Clube de surfe para endinheirados dentro de São Paulo terá títulos de R$ 600 mil: conheça o projeto


Empreendimento será instalado no terreno onde funcionava o Hotel Transamérica e tem participação do BTG Pactual; tocado pela KSM, projeto receberá investimento de R$ 1,1 bilhão

Por Fernanda Guimarães
Atualização:

Além de se desfazer do Banco Alfa, as herdeiras de Aloysio Faria, ex-dono do Banco Real, venderam a um fundo do BTG Pactual o enorme terreno na zona sul de São Paulo onde funcionava o Hotel Transamérica, que havia fechado as portas no início da pandemia de covid-19. Agora, o local sofrerá uma reviravolta, com planos ambiciosos: vai receber um novo clube que englobará a primeira piscina com ondas da cidade, item de lazer que tem feito sucesso nos empreendimentos de superluxo no País. O projeto receberá investimento de R$ 1,1 bilhão, com a projeção de, no futuro, faturar R$ 2 bilhões ao ano.

Raul Amorim de Souza e Oscar Segall, sócios da KSM Realty, no Hotel Transamérica: área vai abrir um clube Foto: Alex Silva/Estadão

Batizado de Beyond The Club São Paulo, o projeto é capitaneado pela KSM, empresa que tem por trás Oscar Segall, um dos fundadores da construtora Klabin Segall, vendida em 2009. Segall tem feito um negócio da construção de praias artificiais em condomínios de luxo, sendo o primeiro projeto a Praia da Gama, em Itupeva.

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Praia da Grama, em Itupeva: empreendimento da KSM que trouxe ao interior piscina com ondas artificiais Foto: Felipe Rau/Estadão

“Há 80 anos não se lança um clube em São Paulo. E isso tinha de ocorrer em uma área bem localizada, com alto poder aquisitivo”, afirma Segall ao Estadão. Os primeiros títulos começaram a ser vendidos há duas semanas e a procura tem superado as expectativas. Em cerca de duas semanas de vendas já foram vendidos 450 títulos, 200 para os chamados fundadores e outros 250 para o público em geral. Cada unidade saiu por R$ 630 mil. No total serão 3 mil títulos, com o preço subindo para quem deixar para depois.

Um dos desafios foi encontrar um local em São Paulo para abrigar a ideia do clube – mas um dos sócios da KSM, Raul Amorim de Souza, conhecia a família Faria. “Após a morte de Aloysio Faria, a família está passando por um processo de separação dos ativos e estão hoje nesse processo de reorganização patrimonial. E ter o hotel não fazia mais sentido”, conta Segall. Como apenas o espaço do hotel não seria suficiente para abrigar o clube, também foi adquirido um terreno ao lado, totalizando 120 mil m².

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Já o Teatro Alfa, que também era da família Faria, foi vendido à gestora do BTG e fará parte do complexo do clube, com a diferença de que ele continuará aberto ao público em geral. Por conta das reformas, o teatro fechará temporariamente as portas no fim de ano, mas reabrirá “o mais rápido possível”. A ideia, segundo Segall, é que o teatro também funcione como uma fonte de receitas extras para a associação do clube.

Além da praia artificial, a grande aposta para dar tração às vendas, o clube quer trazer outros diferenciais em relação aos concorrentes em São Paulo. Para isso, irá além das quadras e do popular beach tennis, com espaço para e-sports e simuladores, incluindo de esqui e Fórmula 1, além de coworking. Em parte do antigo Hotel Transamérica funcionará uma área para a estadia dos sócios do clube, que poderão se hospedar no local e trazer convidados.

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Hotel Transamérica, que pertencia à família de Aloysio Faria, estava fechado desde início da pandemia Foto: Marcos Mendes/Estadão

Mais praias na cidade

Com a procura, a KSM quer levar o conceito do Beyond The Club para outras regiões, inclusive fora do Brasil. No plano estratégico já estão Miami (EUA), Madri (Espanha), Dubai (Emirados Árabes Unidos) e Uruguai. Conforme Segall, construir uma praia artificial ainda é bastante caro, mas à medida que os projetos vão saindo do papel, a tendência é de queda de preços. “O processo de democratização já está acontecendo.”

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A tecnologia da piscina com ondas ficará à cargo da espanhola Wavegarden, que tem quatro parques abertos ao público. Eles estão em Melbourne, na Austrália; em Bristol, na Inglaterra; na Coreia do Sul; e em Sion, nos Alpes Suíços. No Brasil, Praia da Grama foi o primeiro em um complexo residencial.

Além de se desfazer do Banco Alfa, as herdeiras de Aloysio Faria, ex-dono do Banco Real, venderam a um fundo do BTG Pactual o enorme terreno na zona sul de São Paulo onde funcionava o Hotel Transamérica, que havia fechado as portas no início da pandemia de covid-19. Agora, o local sofrerá uma reviravolta, com planos ambiciosos: vai receber um novo clube que englobará a primeira piscina com ondas da cidade, item de lazer que tem feito sucesso nos empreendimentos de superluxo no País. O projeto receberá investimento de R$ 1,1 bilhão, com a projeção de, no futuro, faturar R$ 2 bilhões ao ano.

Raul Amorim de Souza e Oscar Segall, sócios da KSM Realty, no Hotel Transamérica: área vai abrir um clube Foto: Alex Silva/Estadão

Batizado de Beyond The Club São Paulo, o projeto é capitaneado pela KSM, empresa que tem por trás Oscar Segall, um dos fundadores da construtora Klabin Segall, vendida em 2009. Segall tem feito um negócio da construção de praias artificiais em condomínios de luxo, sendo o primeiro projeto a Praia da Gama, em Itupeva.

Praia da Grama, em Itupeva: empreendimento da KSM que trouxe ao interior piscina com ondas artificiais Foto: Felipe Rau/Estadão

“Há 80 anos não se lança um clube em São Paulo. E isso tinha de ocorrer em uma área bem localizada, com alto poder aquisitivo”, afirma Segall ao Estadão. Os primeiros títulos começaram a ser vendidos há duas semanas e a procura tem superado as expectativas. Em cerca de duas semanas de vendas já foram vendidos 450 títulos, 200 para os chamados fundadores e outros 250 para o público em geral. Cada unidade saiu por R$ 630 mil. No total serão 3 mil títulos, com o preço subindo para quem deixar para depois.

Um dos desafios foi encontrar um local em São Paulo para abrigar a ideia do clube – mas um dos sócios da KSM, Raul Amorim de Souza, conhecia a família Faria. “Após a morte de Aloysio Faria, a família está passando por um processo de separação dos ativos e estão hoje nesse processo de reorganização patrimonial. E ter o hotel não fazia mais sentido”, conta Segall. Como apenas o espaço do hotel não seria suficiente para abrigar o clube, também foi adquirido um terreno ao lado, totalizando 120 mil m².

Já o Teatro Alfa, que também era da família Faria, foi vendido à gestora do BTG e fará parte do complexo do clube, com a diferença de que ele continuará aberto ao público em geral. Por conta das reformas, o teatro fechará temporariamente as portas no fim de ano, mas reabrirá “o mais rápido possível”. A ideia, segundo Segall, é que o teatro também funcione como uma fonte de receitas extras para a associação do clube.

Além da praia artificial, a grande aposta para dar tração às vendas, o clube quer trazer outros diferenciais em relação aos concorrentes em São Paulo. Para isso, irá além das quadras e do popular beach tennis, com espaço para e-sports e simuladores, incluindo de esqui e Fórmula 1, além de coworking. Em parte do antigo Hotel Transamérica funcionará uma área para a estadia dos sócios do clube, que poderão se hospedar no local e trazer convidados.

Hotel Transamérica, que pertencia à família de Aloysio Faria, estava fechado desde início da pandemia Foto: Marcos Mendes/Estadão

Mais praias na cidade

Com a procura, a KSM quer levar o conceito do Beyond The Club para outras regiões, inclusive fora do Brasil. No plano estratégico já estão Miami (EUA), Madri (Espanha), Dubai (Emirados Árabes Unidos) e Uruguai. Conforme Segall, construir uma praia artificial ainda é bastante caro, mas à medida que os projetos vão saindo do papel, a tendência é de queda de preços. “O processo de democratização já está acontecendo.”

A tecnologia da piscina com ondas ficará à cargo da espanhola Wavegarden, que tem quatro parques abertos ao público. Eles estão em Melbourne, na Austrália; em Bristol, na Inglaterra; na Coreia do Sul; e em Sion, nos Alpes Suíços. No Brasil, Praia da Grama foi o primeiro em um complexo residencial.

Além de se desfazer do Banco Alfa, as herdeiras de Aloysio Faria, ex-dono do Banco Real, venderam a um fundo do BTG Pactual o enorme terreno na zona sul de São Paulo onde funcionava o Hotel Transamérica, que havia fechado as portas no início da pandemia de covid-19. Agora, o local sofrerá uma reviravolta, com planos ambiciosos: vai receber um novo clube que englobará a primeira piscina com ondas da cidade, item de lazer que tem feito sucesso nos empreendimentos de superluxo no País. O projeto receberá investimento de R$ 1,1 bilhão, com a projeção de, no futuro, faturar R$ 2 bilhões ao ano.

Raul Amorim de Souza e Oscar Segall, sócios da KSM Realty, no Hotel Transamérica: área vai abrir um clube Foto: Alex Silva/Estadão

Batizado de Beyond The Club São Paulo, o projeto é capitaneado pela KSM, empresa que tem por trás Oscar Segall, um dos fundadores da construtora Klabin Segall, vendida em 2009. Segall tem feito um negócio da construção de praias artificiais em condomínios de luxo, sendo o primeiro projeto a Praia da Gama, em Itupeva.

Praia da Grama, em Itupeva: empreendimento da KSM que trouxe ao interior piscina com ondas artificiais Foto: Felipe Rau/Estadão

“Há 80 anos não se lança um clube em São Paulo. E isso tinha de ocorrer em uma área bem localizada, com alto poder aquisitivo”, afirma Segall ao Estadão. Os primeiros títulos começaram a ser vendidos há duas semanas e a procura tem superado as expectativas. Em cerca de duas semanas de vendas já foram vendidos 450 títulos, 200 para os chamados fundadores e outros 250 para o público em geral. Cada unidade saiu por R$ 630 mil. No total serão 3 mil títulos, com o preço subindo para quem deixar para depois.

Um dos desafios foi encontrar um local em São Paulo para abrigar a ideia do clube – mas um dos sócios da KSM, Raul Amorim de Souza, conhecia a família Faria. “Após a morte de Aloysio Faria, a família está passando por um processo de separação dos ativos e estão hoje nesse processo de reorganização patrimonial. E ter o hotel não fazia mais sentido”, conta Segall. Como apenas o espaço do hotel não seria suficiente para abrigar o clube, também foi adquirido um terreno ao lado, totalizando 120 mil m².

Já o Teatro Alfa, que também era da família Faria, foi vendido à gestora do BTG e fará parte do complexo do clube, com a diferença de que ele continuará aberto ao público em geral. Por conta das reformas, o teatro fechará temporariamente as portas no fim de ano, mas reabrirá “o mais rápido possível”. A ideia, segundo Segall, é que o teatro também funcione como uma fonte de receitas extras para a associação do clube.

Além da praia artificial, a grande aposta para dar tração às vendas, o clube quer trazer outros diferenciais em relação aos concorrentes em São Paulo. Para isso, irá além das quadras e do popular beach tennis, com espaço para e-sports e simuladores, incluindo de esqui e Fórmula 1, além de coworking. Em parte do antigo Hotel Transamérica funcionará uma área para a estadia dos sócios do clube, que poderão se hospedar no local e trazer convidados.

Hotel Transamérica, que pertencia à família de Aloysio Faria, estava fechado desde início da pandemia Foto: Marcos Mendes/Estadão

Mais praias na cidade

Com a procura, a KSM quer levar o conceito do Beyond The Club para outras regiões, inclusive fora do Brasil. No plano estratégico já estão Miami (EUA), Madri (Espanha), Dubai (Emirados Árabes Unidos) e Uruguai. Conforme Segall, construir uma praia artificial ainda é bastante caro, mas à medida que os projetos vão saindo do papel, a tendência é de queda de preços. “O processo de democratização já está acontecendo.”

A tecnologia da piscina com ondas ficará à cargo da espanhola Wavegarden, que tem quatro parques abertos ao público. Eles estão em Melbourne, na Austrália; em Bristol, na Inglaterra; na Coreia do Sul; e em Sion, nos Alpes Suíços. No Brasil, Praia da Grama foi o primeiro em um complexo residencial.

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