A Confederação Nacional da Indústria (CNI) emitiu uma nota nesta segunda-feira, 23, apoiando a permanência de Josué Gomes na presidência da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Assinada por Robson Braga de Andrade, presidente da CNI, a carta diz que a entidade “defende e acredita no processo democrático de escolhas de seus líderes para a condução das entidades sindicais patronais”.
A CNI também reforçou a importância do desenvolvimento da indústria no País, agenda na qual Gomes teria papel “estratégico”
“Ele tem toda a capacidade, além do respeito e do reconhecimento de seus pares, para trabalhar e elevar o potencial das indústrias paulistas e do Brasil ao patamar desejável para o crescimento e para o desenvolvimento do País”, diz a nota de Andrade.
O QUE ACONTECEU NA FIESP
Em meados deste mês de janeiro, Josué Gomes da Silva foi destituído da presidência da Fiesp. O afastamento foi referendado pelo voto de 47 industriais, em uma reunião extraordinária marcada por controvérsias e sem a presença do empresário.
Opositores acusam o presidente da Fiesp de conivência com postura machista do presidente do sindicato dos fabricantes de brinquedos, Synésio Batista, integrante da entidade. Porém, aliados estimam que Gomes tem o apoio de 79% do PIB da indústria.
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Em quase 100 anos de história, é a primeira vez que a Fiesp destitui um presidente. Gomes assumiu a Fiesp em janeiro de 2022 para um mandato de três anos. Ele foi o candidato único de uma chapa que sucedeu a Paulo Skaf e seus 17 anos na chefia da entidade.
Após o caso, que gerou polêmica no empresariado, os principais integrantes do Conselho Superior de Assuntos Jurídicos e Legislativos da Fiesp assinaram um documento que atesta a legitimidade do comando de Josué Gomes na entidade.
Na semana passada, a Fiesp alegou que Josué Gomes está “no exercício pleno de suas funções, conforme determinam os estatutos vigentes”. O caso deve ir à Justiça.