O que era para ser a “festa” de inauguração da primeira loja física em formato pop-up -ou seja, uma loja temporária - da Shein no Brasil se transformou em uma confusão na manhã deste sábado, 12, em São Paulo. Em vídeos que circulam nas redes sociais, clientes do e-commerce chinês que esperavam para conhecer a unidade acabaram se estapeando por causa da desorganização das filas gigantescas que se formaram no Shopping Vila Olímpia, onde a loja temporária foi montada.
Questionada sobre o incidente, a varejista de moda informou que “devido ao grande sucesso” do seu primeiro dia de abertura da pop-up store , a empresa atuou “rapidamente” para controlar o que chamou de “situações adversas”. Diante do problema envolvendo as brigas e filas, a Shein decidiu encerrar o expediente da loja temporária mais cedo, às 17h30 deste sábado.
Para os próximos dias de atuação, a companhia determinou regras de entrada para garantir o funcionamento da unidade, como o limite de 500 senhas a serem distribuídas para o acesso à loja, máximo de peças por cliente dentro do provador e limite de tempo dentro da loja em até 20 minutos por cliente.
Nas redes sociais, os relatos dos usuários narravam as filas que rodeavam o shopping e a falta de organização para acessar a loja da varejista.
A loja está no piso térreo do shopping, com 265 metros quadrados, contanto com uma equipe especializada e com ambientes “instagramáveis”, ou seja, ambientes idealizados para que clientes tirem fotos e postem em suas redes sociais. A loja possui cerca de 11 mil peças, entre roupas e acessórios, que estarão sujeitas à disponibilidade de estoque.
Com popularidade crescente no Brasil, a Shein já realizou outra iniciativa do tipo no País em março deste ano, com a abertura de uma loja pop-up no Village Mall, na cidade do Rio de Janeiro. A diferença, contudo, é que a loja não tinha venda física. A empresa tem afirmado que tem investido no País como um mercado estratégico na América Latina.
Com preços baixos, a Shein já foi alvo de críticas por ser uma marca de fast fashion, o que contribuiria para o consumo excessivo e para o desperdício. A varejista também atrai dúvidas em relação a suas práticas trabalhistas, mas afirma realizar auditorias regulares e manter um código de conduta rígido. Globalmente, a Shein alcança consumidores em mais de 150 países.
O aplicativo da fashiontech Shein foi o mais baixado no ano passado no setor de moda, com 23,8 milhões de downloads no Brasil. Para se ter ideia, foram três vezes mais downloads que seu concorrente mais próximo, a Lojas Renner, conforme dados da Google Play Store no Brasil.
Com a popularidade, a varejista chinesa deve bater os R$ 2 bilhões em vendas este ano no Brasil, segundo estima o BTG Pactual.
Dentre seus segredos está vender barato e ter muitas opções. Toda semana o aplicativo lança em torno de 7 mil novos itens, entre tops, calças e vestidos. A Shein usa um algoritmo para explorar como os consumidores se comportam, varrer as mídias sociais e pesquisar sites de concorrentes para saber as tendências, conforme um relatório do Goldman Sachs publicado em janeiro. O curioso é que na China, mesmo, a Shein não vende. N ano passado foram US$ 15,7 bilhões em produtos exportados.
Saiba as regras para que for visitar a loja no dia 16 de novembro, último dia de funcionamento:
- No domingo (13) e feriado (15) serão distribuídas 500 novas senhas. Na segunda-feira (14) e quarta-feira (16) serão 800 senhas.
- Será permitida a entrada no provador com apenas 4 peças por cliente.
- A entrada na loja será permitida em grupos de 20 pessoas com limite de permanência de 20 minutos.
Assista a outros vídeos das filas e confusões: