Ele começou colhendo laranjas e hoje é dono de uma marca de moda que fatura R$ 260 milhões


Depois de trabalhar na lavoura e em lojas de roupas, ele decidiu distribuir confecções; começou vendendo roupas no porta-malas do carro e hoje é dono de duas marcas que ‘homenageiam’ essa época: Acostamento e Vicinal

Por Wesley Gonsalves
Atualização:

“Eu sempre quis ganhar dinheiro.” Foi com esse pensamento em mente que o empresário Raritom Pasquini, fundador do Grupo de Moda Pasquini, decidiu, aos 10 anos, se juntar a uma amigo para trabalhar na colheita de laranja em uma lavoura em Taquaritinga (a 327 km de São Paulo). Na época, a promessa de pagamento era de meio salário mínimo ao mês.

No entanto, os dois foram vítimas de um golpe e acabaram nunca recebendo pelo trabalho. “Todo dia às 4h da madrugada nós esperávamos no ponto onde o caminhão passava recolhendo os boias-frias. Nós ganhávamos por caixa recolhida. Quando chegou o dia do pagamento, não deram nosso dinheiro.”

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Para ganhar dinheiro, empresário Raritom Pasquini começou cedo a trabalhar, mas foi no mercado têxtil que ele conseguiu se destacar, criando sua primeira marca, a Acostamento. Foto: Pedro Zucco Neto

Apesar desse baque, Pasquini continuou a buscar formas de ganhar dinheiro durante a adolescência: foi vendedor de móveis, ajudante em um cartório até que, em 1991, aos 17 anos, foi contratado como vendedor em uma loja de roupas. Ali ele começaria sua jornada dentro do mercado têxtil.

Dois anos depois, em 1993, o empresário criaria as marcas Acostamento e Vicinal, ambas focadas no público de alta renda. Hoje, o grupo Pasquini de Moda distribui peças de roupa para mais de 4 mil revendedores e fatura anualmente R$ 260 milhões.

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O começo da vida de empreendedor, no entanto, não foi fácil. O nome da empresa foi inspirado no fato de que Pasquini lotava o bagageiro do carro com os produtos e dirigia pelas estradas da região de São José do Rio Preto (a 140 km da capital) vendendo direto para os clientes, de porta em porta, ou para pequenas lojas que revendiam peças multimarcas.

“Eu comprava da loja e saí revendendo o produto nas cidades do interior. Com isso, fui entendendo como o mercado funcionava e o que os meus clientes queriam”, conta ele hoje. Essa vivência de caixeiro-viajante, aliás, serviu de inspiração para o batismo das marcas que hoje custam a partir de R$ 120 e chegam a R$ 1,4 mil nas lojas.

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Da primeira coleção às lojas próprias

Depois de formar uma carteira sólida de clientes, o empresário decidiu iniciar uma confecção própria para distribuir a seus revendedores. A primeira marca foi a Acostamento “Começamos com 400 peças. Fomos a São Paulo sem conhecer nada, encontramos uma confecção e fizemos a primeira coleção”, relembra.

Conforme o negócio crescia, Pasquini passou a produzir as peças na confecção que criou em São José do Rio Preto (SP). Apesar de ter começado a companhia em sociedade com o pai e um amigo, ao longo dos anos o empresário decidiu seguir “carreira solo” no mercado têxtil.

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Anos depois, em 2019, Pasquini quis deixar o interior de São Paulo e mudou sua fábrica para a região do Vale do Itajaí, em Santa Catarina, conhecida por ser um polo do setor têxtil. “Eu precisei me mudar para ter mais qualidade no produto e poder continuar crescendo no mercado”, avalia. A nova confecção possui 16 mil metros quadrados de área construída e 450 funcionários diretos.

Atualmente o Grupo de Moda Pasquini produz cerca de 250 mil peças ao mês, em quatro coleções anuais, e atende mais de 4 mil revendedores multimarcas em todo o País. “Tenho clientes que compram conosco desde que eu comecei neste negócio, quando dirigia pelas estradas com roupas no porta-malas”, afirma.

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Conforme projeções do empresário, a companhia deve encerrar 2022 com faturamento de R$ 260 milhões, crescimento de 30% ante 2021 e o dobro em relação a 2020. “Toda nossa produção para o ano já está vendida, agora, é só entregar tudo até dezembro.”

Diante do crescimento forte, Pasquini agora quer lançar franquias para lojas da Vicinal e da Acostamento. “Estamos de olho em cidades com mais de 300 mil habitantes”, explica. Especialista em varejo e fundador da Varese Retail, Alberto Serrentino afirma que a estratégia pode aproximar as marcas dos consumidores. “O que é determinante para esse movimento é encontrar um mix de produtos e um formato de negócio de loja que seja lucrativo”, ressalta.

“Eu sempre quis ganhar dinheiro.” Foi com esse pensamento em mente que o empresário Raritom Pasquini, fundador do Grupo de Moda Pasquini, decidiu, aos 10 anos, se juntar a uma amigo para trabalhar na colheita de laranja em uma lavoura em Taquaritinga (a 327 km de São Paulo). Na época, a promessa de pagamento era de meio salário mínimo ao mês.

No entanto, os dois foram vítimas de um golpe e acabaram nunca recebendo pelo trabalho. “Todo dia às 4h da madrugada nós esperávamos no ponto onde o caminhão passava recolhendo os boias-frias. Nós ganhávamos por caixa recolhida. Quando chegou o dia do pagamento, não deram nosso dinheiro.”

Para ganhar dinheiro, empresário Raritom Pasquini começou cedo a trabalhar, mas foi no mercado têxtil que ele conseguiu se destacar, criando sua primeira marca, a Acostamento. Foto: Pedro Zucco Neto

Apesar desse baque, Pasquini continuou a buscar formas de ganhar dinheiro durante a adolescência: foi vendedor de móveis, ajudante em um cartório até que, em 1991, aos 17 anos, foi contratado como vendedor em uma loja de roupas. Ali ele começaria sua jornada dentro do mercado têxtil.

Dois anos depois, em 1993, o empresário criaria as marcas Acostamento e Vicinal, ambas focadas no público de alta renda. Hoje, o grupo Pasquini de Moda distribui peças de roupa para mais de 4 mil revendedores e fatura anualmente R$ 260 milhões.

O começo da vida de empreendedor, no entanto, não foi fácil. O nome da empresa foi inspirado no fato de que Pasquini lotava o bagageiro do carro com os produtos e dirigia pelas estradas da região de São José do Rio Preto (a 140 km da capital) vendendo direto para os clientes, de porta em porta, ou para pequenas lojas que revendiam peças multimarcas.

“Eu comprava da loja e saí revendendo o produto nas cidades do interior. Com isso, fui entendendo como o mercado funcionava e o que os meus clientes queriam”, conta ele hoje. Essa vivência de caixeiro-viajante, aliás, serviu de inspiração para o batismo das marcas que hoje custam a partir de R$ 120 e chegam a R$ 1,4 mil nas lojas.

Da primeira coleção às lojas próprias

Depois de formar uma carteira sólida de clientes, o empresário decidiu iniciar uma confecção própria para distribuir a seus revendedores. A primeira marca foi a Acostamento “Começamos com 400 peças. Fomos a São Paulo sem conhecer nada, encontramos uma confecção e fizemos a primeira coleção”, relembra.

Conforme o negócio crescia, Pasquini passou a produzir as peças na confecção que criou em São José do Rio Preto (SP). Apesar de ter começado a companhia em sociedade com o pai e um amigo, ao longo dos anos o empresário decidiu seguir “carreira solo” no mercado têxtil.

Anos depois, em 2019, Pasquini quis deixar o interior de São Paulo e mudou sua fábrica para a região do Vale do Itajaí, em Santa Catarina, conhecida por ser um polo do setor têxtil. “Eu precisei me mudar para ter mais qualidade no produto e poder continuar crescendo no mercado”, avalia. A nova confecção possui 16 mil metros quadrados de área construída e 450 funcionários diretos.

Atualmente o Grupo de Moda Pasquini produz cerca de 250 mil peças ao mês, em quatro coleções anuais, e atende mais de 4 mil revendedores multimarcas em todo o País. “Tenho clientes que compram conosco desde que eu comecei neste negócio, quando dirigia pelas estradas com roupas no porta-malas”, afirma.

Conforme projeções do empresário, a companhia deve encerrar 2022 com faturamento de R$ 260 milhões, crescimento de 30% ante 2021 e o dobro em relação a 2020. “Toda nossa produção para o ano já está vendida, agora, é só entregar tudo até dezembro.”

Diante do crescimento forte, Pasquini agora quer lançar franquias para lojas da Vicinal e da Acostamento. “Estamos de olho em cidades com mais de 300 mil habitantes”, explica. Especialista em varejo e fundador da Varese Retail, Alberto Serrentino afirma que a estratégia pode aproximar as marcas dos consumidores. “O que é determinante para esse movimento é encontrar um mix de produtos e um formato de negócio de loja que seja lucrativo”, ressalta.

“Eu sempre quis ganhar dinheiro.” Foi com esse pensamento em mente que o empresário Raritom Pasquini, fundador do Grupo de Moda Pasquini, decidiu, aos 10 anos, se juntar a uma amigo para trabalhar na colheita de laranja em uma lavoura em Taquaritinga (a 327 km de São Paulo). Na época, a promessa de pagamento era de meio salário mínimo ao mês.

No entanto, os dois foram vítimas de um golpe e acabaram nunca recebendo pelo trabalho. “Todo dia às 4h da madrugada nós esperávamos no ponto onde o caminhão passava recolhendo os boias-frias. Nós ganhávamos por caixa recolhida. Quando chegou o dia do pagamento, não deram nosso dinheiro.”

Para ganhar dinheiro, empresário Raritom Pasquini começou cedo a trabalhar, mas foi no mercado têxtil que ele conseguiu se destacar, criando sua primeira marca, a Acostamento. Foto: Pedro Zucco Neto

Apesar desse baque, Pasquini continuou a buscar formas de ganhar dinheiro durante a adolescência: foi vendedor de móveis, ajudante em um cartório até que, em 1991, aos 17 anos, foi contratado como vendedor em uma loja de roupas. Ali ele começaria sua jornada dentro do mercado têxtil.

Dois anos depois, em 1993, o empresário criaria as marcas Acostamento e Vicinal, ambas focadas no público de alta renda. Hoje, o grupo Pasquini de Moda distribui peças de roupa para mais de 4 mil revendedores e fatura anualmente R$ 260 milhões.

O começo da vida de empreendedor, no entanto, não foi fácil. O nome da empresa foi inspirado no fato de que Pasquini lotava o bagageiro do carro com os produtos e dirigia pelas estradas da região de São José do Rio Preto (a 140 km da capital) vendendo direto para os clientes, de porta em porta, ou para pequenas lojas que revendiam peças multimarcas.

“Eu comprava da loja e saí revendendo o produto nas cidades do interior. Com isso, fui entendendo como o mercado funcionava e o que os meus clientes queriam”, conta ele hoje. Essa vivência de caixeiro-viajante, aliás, serviu de inspiração para o batismo das marcas que hoje custam a partir de R$ 120 e chegam a R$ 1,4 mil nas lojas.

Da primeira coleção às lojas próprias

Depois de formar uma carteira sólida de clientes, o empresário decidiu iniciar uma confecção própria para distribuir a seus revendedores. A primeira marca foi a Acostamento “Começamos com 400 peças. Fomos a São Paulo sem conhecer nada, encontramos uma confecção e fizemos a primeira coleção”, relembra.

Conforme o negócio crescia, Pasquini passou a produzir as peças na confecção que criou em São José do Rio Preto (SP). Apesar de ter começado a companhia em sociedade com o pai e um amigo, ao longo dos anos o empresário decidiu seguir “carreira solo” no mercado têxtil.

Anos depois, em 2019, Pasquini quis deixar o interior de São Paulo e mudou sua fábrica para a região do Vale do Itajaí, em Santa Catarina, conhecida por ser um polo do setor têxtil. “Eu precisei me mudar para ter mais qualidade no produto e poder continuar crescendo no mercado”, avalia. A nova confecção possui 16 mil metros quadrados de área construída e 450 funcionários diretos.

Atualmente o Grupo de Moda Pasquini produz cerca de 250 mil peças ao mês, em quatro coleções anuais, e atende mais de 4 mil revendedores multimarcas em todo o País. “Tenho clientes que compram conosco desde que eu comecei neste negócio, quando dirigia pelas estradas com roupas no porta-malas”, afirma.

Conforme projeções do empresário, a companhia deve encerrar 2022 com faturamento de R$ 260 milhões, crescimento de 30% ante 2021 e o dobro em relação a 2020. “Toda nossa produção para o ano já está vendida, agora, é só entregar tudo até dezembro.”

Diante do crescimento forte, Pasquini agora quer lançar franquias para lojas da Vicinal e da Acostamento. “Estamos de olho em cidades com mais de 300 mil habitantes”, explica. Especialista em varejo e fundador da Varese Retail, Alberto Serrentino afirma que a estratégia pode aproximar as marcas dos consumidores. “O que é determinante para esse movimento é encontrar um mix de produtos e um formato de negócio de loja que seja lucrativo”, ressalta.

“Eu sempre quis ganhar dinheiro.” Foi com esse pensamento em mente que o empresário Raritom Pasquini, fundador do Grupo de Moda Pasquini, decidiu, aos 10 anos, se juntar a uma amigo para trabalhar na colheita de laranja em uma lavoura em Taquaritinga (a 327 km de São Paulo). Na época, a promessa de pagamento era de meio salário mínimo ao mês.

No entanto, os dois foram vítimas de um golpe e acabaram nunca recebendo pelo trabalho. “Todo dia às 4h da madrugada nós esperávamos no ponto onde o caminhão passava recolhendo os boias-frias. Nós ganhávamos por caixa recolhida. Quando chegou o dia do pagamento, não deram nosso dinheiro.”

Para ganhar dinheiro, empresário Raritom Pasquini começou cedo a trabalhar, mas foi no mercado têxtil que ele conseguiu se destacar, criando sua primeira marca, a Acostamento. Foto: Pedro Zucco Neto

Apesar desse baque, Pasquini continuou a buscar formas de ganhar dinheiro durante a adolescência: foi vendedor de móveis, ajudante em um cartório até que, em 1991, aos 17 anos, foi contratado como vendedor em uma loja de roupas. Ali ele começaria sua jornada dentro do mercado têxtil.

Dois anos depois, em 1993, o empresário criaria as marcas Acostamento e Vicinal, ambas focadas no público de alta renda. Hoje, o grupo Pasquini de Moda distribui peças de roupa para mais de 4 mil revendedores e fatura anualmente R$ 260 milhões.

O começo da vida de empreendedor, no entanto, não foi fácil. O nome da empresa foi inspirado no fato de que Pasquini lotava o bagageiro do carro com os produtos e dirigia pelas estradas da região de São José do Rio Preto (a 140 km da capital) vendendo direto para os clientes, de porta em porta, ou para pequenas lojas que revendiam peças multimarcas.

“Eu comprava da loja e saí revendendo o produto nas cidades do interior. Com isso, fui entendendo como o mercado funcionava e o que os meus clientes queriam”, conta ele hoje. Essa vivência de caixeiro-viajante, aliás, serviu de inspiração para o batismo das marcas que hoje custam a partir de R$ 120 e chegam a R$ 1,4 mil nas lojas.

Da primeira coleção às lojas próprias

Depois de formar uma carteira sólida de clientes, o empresário decidiu iniciar uma confecção própria para distribuir a seus revendedores. A primeira marca foi a Acostamento “Começamos com 400 peças. Fomos a São Paulo sem conhecer nada, encontramos uma confecção e fizemos a primeira coleção”, relembra.

Conforme o negócio crescia, Pasquini passou a produzir as peças na confecção que criou em São José do Rio Preto (SP). Apesar de ter começado a companhia em sociedade com o pai e um amigo, ao longo dos anos o empresário decidiu seguir “carreira solo” no mercado têxtil.

Anos depois, em 2019, Pasquini quis deixar o interior de São Paulo e mudou sua fábrica para a região do Vale do Itajaí, em Santa Catarina, conhecida por ser um polo do setor têxtil. “Eu precisei me mudar para ter mais qualidade no produto e poder continuar crescendo no mercado”, avalia. A nova confecção possui 16 mil metros quadrados de área construída e 450 funcionários diretos.

Atualmente o Grupo de Moda Pasquini produz cerca de 250 mil peças ao mês, em quatro coleções anuais, e atende mais de 4 mil revendedores multimarcas em todo o País. “Tenho clientes que compram conosco desde que eu comecei neste negócio, quando dirigia pelas estradas com roupas no porta-malas”, afirma.

Conforme projeções do empresário, a companhia deve encerrar 2022 com faturamento de R$ 260 milhões, crescimento de 30% ante 2021 e o dobro em relação a 2020. “Toda nossa produção para o ano já está vendida, agora, é só entregar tudo até dezembro.”

Diante do crescimento forte, Pasquini agora quer lançar franquias para lojas da Vicinal e da Acostamento. “Estamos de olho em cidades com mais de 300 mil habitantes”, explica. Especialista em varejo e fundador da Varese Retail, Alberto Serrentino afirma que a estratégia pode aproximar as marcas dos consumidores. “O que é determinante para esse movimento é encontrar um mix de produtos e um formato de negócio de loja que seja lucrativo”, ressalta.

“Eu sempre quis ganhar dinheiro.” Foi com esse pensamento em mente que o empresário Raritom Pasquini, fundador do Grupo de Moda Pasquini, decidiu, aos 10 anos, se juntar a uma amigo para trabalhar na colheita de laranja em uma lavoura em Taquaritinga (a 327 km de São Paulo). Na época, a promessa de pagamento era de meio salário mínimo ao mês.

No entanto, os dois foram vítimas de um golpe e acabaram nunca recebendo pelo trabalho. “Todo dia às 4h da madrugada nós esperávamos no ponto onde o caminhão passava recolhendo os boias-frias. Nós ganhávamos por caixa recolhida. Quando chegou o dia do pagamento, não deram nosso dinheiro.”

Para ganhar dinheiro, empresário Raritom Pasquini começou cedo a trabalhar, mas foi no mercado têxtil que ele conseguiu se destacar, criando sua primeira marca, a Acostamento. Foto: Pedro Zucco Neto

Apesar desse baque, Pasquini continuou a buscar formas de ganhar dinheiro durante a adolescência: foi vendedor de móveis, ajudante em um cartório até que, em 1991, aos 17 anos, foi contratado como vendedor em uma loja de roupas. Ali ele começaria sua jornada dentro do mercado têxtil.

Dois anos depois, em 1993, o empresário criaria as marcas Acostamento e Vicinal, ambas focadas no público de alta renda. Hoje, o grupo Pasquini de Moda distribui peças de roupa para mais de 4 mil revendedores e fatura anualmente R$ 260 milhões.

O começo da vida de empreendedor, no entanto, não foi fácil. O nome da empresa foi inspirado no fato de que Pasquini lotava o bagageiro do carro com os produtos e dirigia pelas estradas da região de São José do Rio Preto (a 140 km da capital) vendendo direto para os clientes, de porta em porta, ou para pequenas lojas que revendiam peças multimarcas.

“Eu comprava da loja e saí revendendo o produto nas cidades do interior. Com isso, fui entendendo como o mercado funcionava e o que os meus clientes queriam”, conta ele hoje. Essa vivência de caixeiro-viajante, aliás, serviu de inspiração para o batismo das marcas que hoje custam a partir de R$ 120 e chegam a R$ 1,4 mil nas lojas.

Da primeira coleção às lojas próprias

Depois de formar uma carteira sólida de clientes, o empresário decidiu iniciar uma confecção própria para distribuir a seus revendedores. A primeira marca foi a Acostamento “Começamos com 400 peças. Fomos a São Paulo sem conhecer nada, encontramos uma confecção e fizemos a primeira coleção”, relembra.

Conforme o negócio crescia, Pasquini passou a produzir as peças na confecção que criou em São José do Rio Preto (SP). Apesar de ter começado a companhia em sociedade com o pai e um amigo, ao longo dos anos o empresário decidiu seguir “carreira solo” no mercado têxtil.

Anos depois, em 2019, Pasquini quis deixar o interior de São Paulo e mudou sua fábrica para a região do Vale do Itajaí, em Santa Catarina, conhecida por ser um polo do setor têxtil. “Eu precisei me mudar para ter mais qualidade no produto e poder continuar crescendo no mercado”, avalia. A nova confecção possui 16 mil metros quadrados de área construída e 450 funcionários diretos.

Atualmente o Grupo de Moda Pasquini produz cerca de 250 mil peças ao mês, em quatro coleções anuais, e atende mais de 4 mil revendedores multimarcas em todo o País. “Tenho clientes que compram conosco desde que eu comecei neste negócio, quando dirigia pelas estradas com roupas no porta-malas”, afirma.

Conforme projeções do empresário, a companhia deve encerrar 2022 com faturamento de R$ 260 milhões, crescimento de 30% ante 2021 e o dobro em relação a 2020. “Toda nossa produção para o ano já está vendida, agora, é só entregar tudo até dezembro.”

Diante do crescimento forte, Pasquini agora quer lançar franquias para lojas da Vicinal e da Acostamento. “Estamos de olho em cidades com mais de 300 mil habitantes”, explica. Especialista em varejo e fundador da Varese Retail, Alberto Serrentino afirma que a estratégia pode aproximar as marcas dos consumidores. “O que é determinante para esse movimento é encontrar um mix de produtos e um formato de negócio de loja que seja lucrativo”, ressalta.

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