Digitalização e centralização de dados é nova arma na gestão de estoques do varejo


Presente no top 11 do varejo brasileiro, grupo DMA usa solução digital para reduzir desperdício e aumentar as vendas; painéis e aplicativos para celular informam situação de estoques nas gôndolas para diminuir ruptura de produtos e itens parados, sem venda

Por Estadão Blue Studio
Atualização:

Todos os dias, uma cena acontece nos corredores dos mercados brasileiros: o consumidor vai em busca de um produto, encontra a etiqueta de preço, mas quando procura o item na gôndola não o encontra. Para quem está comprando, a frustração pode ser grande e até fazer a pessoa ir embora da loja. Notícia ruim para o estabelecimento, que fez todo o trabalho de atrair o cliente, mas, na hora do gol, perdeu uma venda por falta de mercadoria. Pior ainda é se o item estiver no estoque, mas não tiver sido levado até a parte da frente da loja, em uma clara oportunidade desperdiçada. Mas, ao longo dos últimos anos, a digitalização tem sido uma aliada para reduzir esse problema.

É o que ocorre, por exemplo, no grupo varejista DMA: sediada em Minas Gerais, a rede de estabelecimentos que ocupa a 11ª posição no ranking do varejo da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e 3ª no ranking da Associação Mineira de Supermercados (Amis), tem reduzido o desperdício e a ruptura de estoque graças a ferramentas de tecnologia implementadas em sua gestão. Entre as novidades, estão as soluções da plataforma Scanntech para gestão de estoque e também de preços das mercadorias.

Mais do que apenas centralizar informações, as soluções tecnológicas auxiliam os gerentes de loja a compreender os problemas rapidamente. “O gerente hoje se preocupa com muitos tópicos, como funcionários, funcionamento da loja, produtos, datas de validade. É muita coisa, mas, com ajuda da tecnologia, conseguimos ter mais acurácia nos estoques e repor rapidamente os produtos nas gôndolas”, diz Edmar de Souza Costa, gerente de Gestão Comercial do grupo DMA. Além disso, a plataforma também permite que executivos como Edmar tenham uma visão geral do que acontece em toda a rede varejista em suas mais de 170 lojas.

Soluções tecnológicas auxiliam os gerentes de loja a controlar estoques e tomar decisões rápidas sobre mercadorias Foto: br.freepik

“A solução tem caído no gosto dos clientes, porque ela é simples: com um clique, no corredor da loja, identificamos o problema do produto e corrigimos”, destaca Larissa Pedrosa, gerente de Soluções Supply Chain da Scanntech. “Hoje, atuamos em duas frentes para ajudar nossos clientes: uma é operacional, estoque na palma da mão, garantir que o produto esteja abastecido corretamente nas gôndolas; a outra é estratégica, dar visibilidade para as categorias das oportunidades de gestão de estoques, quais produtos precisam de reabastecimento, revisão sortimento, ação em ofertas”.

Avanços

Responsável por marcas como EPA, Mineirão Atacarejo e Brasil Atacarejo, espalhadas por cinco Estados do Nordeste e por Minas Gerais, o grupo conseguiu reduzir seu índice de não venda – isto é, quando um produto passa dias sem ser vendido com estoque nas lojas – de 30% do estoque para 14,5% ao longo dos últimos tempos, graças à implementação da tecnologia. Essa situação pode ocorrer, por exemplo, quando o produto está mal exposto, fora da gôndola ou mesmo com preço totalmente fora dos praticados no mercado.

O gerente hoje se preocupa com muitos tópico, Mas, com ajuda da tecnologia, conseguimos ter mais acurácia para saber o que precisa ser reposto rapidamente nas gôndolas”, diz Edmar de Souza Costa

Gerente de Gestão Comercial do grupo DMA

Graças à tecnologia, os colaboradores do DMA conseguem ver, seja em painéis ou em aplicativos acessíveis em qualquer celular, os produtos que estão há mais dias sem ser vendidos. “O nosso maior problema hoje é a não venda, porque em muitos casos isso significa que o caixa da empresa não está girando por estar parado no depósito das lojas”, diz Costa.

Esse problema é ainda maior quando se trata de um item de alta rotatividade nas lojas. “Houve uma vez em que uma loja ficou de novembro até o carnaval sem vender Energético, um produto que vende diariamente. Era um problema grave, mas, entre 8 mil itens, acabou passando despercebido pelo sistema da loja. Com a tecnologia, foi possível identificar a falta da venda, acertando o estoque da loja e disparar uma nova recompra para começar a vender”, conta Costa. Em um caso diferente, outro estabelecimento estava sem vender cervejas premium por vários dias, até perceber que o problema era a relação de preço com a concorrência na mesma região.

A disseminação do uso dos sistemas de dados, por sua vez, permite que as lojas tenham respostas cada vez mais rápidas para os problemas. “Hoje, temos um diagnóstico do estoque com um dia apenas de diferença para a realidade. Se sabemos que um produto de alta rotatividade não foi vendido, já buscamos reabastecer ou saber se estão parados no fundo da loja”, conta o executivo do grupo DMA. Além disso, os sistemas também permitem à companhia organizar melhor a relação com os fornecedores e a indústria. “Se percebemos que há alta rotatividade por conta da demanda de um produto, isso ajuda a levar uma promoção para aquela loja e beneficiar os consumidores”, ressalta.

Para ele, porém, ainda há um longo caminho a ser desempenhado nos próximos meses: se hoje a realidade do grupo DMA é de ter 14,5% de não venda, na média, a meta da empresa é chegar a 6%, índice considerado padrão-ouro no mercado global. “Tem muito chão para andar”, avalia Costa, que cita a melhoria como um dos passos importantes para a companhia alcançar à nona posição no ranking dos maiores varejistas do País.

Para que esse processo dê certo, além da tecnologia, Costa conta ainda com a força do exemplo da liderança: no processo de implementação de tecnologia, ele ressalta que a visão dos diretores e a cobrança hierárquica por resultados ajudaram a empresa a aderir a nova cultura de uso de dados. “Quando a diretriz vem de cima, ajuda muito, ocorre a transformação”, diz o executivo do DMA.

“É algo que reverbera para as lojas sobre a importância do uso”, reforça Larissa, da Scanntech, que revela que as ferramentas para gestão de estoque da companhia estão em uso em mais de 100 redes varejistas no Brasil – a meta é alcançar mais de 150 clientes até o final de 2024. Além da tecnologia, diz ela, a Scanntech ainda dispõe de uma equipe de colaboradores que não só atende e treina os clientes, mas busca trazer análises e insights a partir de temas relevantes para o varejo, procurando criar novas oportunidades para as redes venderem mais e atenderem os clientes finais.

Todos os dias, uma cena acontece nos corredores dos mercados brasileiros: o consumidor vai em busca de um produto, encontra a etiqueta de preço, mas quando procura o item na gôndola não o encontra. Para quem está comprando, a frustração pode ser grande e até fazer a pessoa ir embora da loja. Notícia ruim para o estabelecimento, que fez todo o trabalho de atrair o cliente, mas, na hora do gol, perdeu uma venda por falta de mercadoria. Pior ainda é se o item estiver no estoque, mas não tiver sido levado até a parte da frente da loja, em uma clara oportunidade desperdiçada. Mas, ao longo dos últimos anos, a digitalização tem sido uma aliada para reduzir esse problema.

É o que ocorre, por exemplo, no grupo varejista DMA: sediada em Minas Gerais, a rede de estabelecimentos que ocupa a 11ª posição no ranking do varejo da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e 3ª no ranking da Associação Mineira de Supermercados (Amis), tem reduzido o desperdício e a ruptura de estoque graças a ferramentas de tecnologia implementadas em sua gestão. Entre as novidades, estão as soluções da plataforma Scanntech para gestão de estoque e também de preços das mercadorias.

Mais do que apenas centralizar informações, as soluções tecnológicas auxiliam os gerentes de loja a compreender os problemas rapidamente. “O gerente hoje se preocupa com muitos tópicos, como funcionários, funcionamento da loja, produtos, datas de validade. É muita coisa, mas, com ajuda da tecnologia, conseguimos ter mais acurácia nos estoques e repor rapidamente os produtos nas gôndolas”, diz Edmar de Souza Costa, gerente de Gestão Comercial do grupo DMA. Além disso, a plataforma também permite que executivos como Edmar tenham uma visão geral do que acontece em toda a rede varejista em suas mais de 170 lojas.

Soluções tecnológicas auxiliam os gerentes de loja a controlar estoques e tomar decisões rápidas sobre mercadorias Foto: br.freepik

“A solução tem caído no gosto dos clientes, porque ela é simples: com um clique, no corredor da loja, identificamos o problema do produto e corrigimos”, destaca Larissa Pedrosa, gerente de Soluções Supply Chain da Scanntech. “Hoje, atuamos em duas frentes para ajudar nossos clientes: uma é operacional, estoque na palma da mão, garantir que o produto esteja abastecido corretamente nas gôndolas; a outra é estratégica, dar visibilidade para as categorias das oportunidades de gestão de estoques, quais produtos precisam de reabastecimento, revisão sortimento, ação em ofertas”.

Avanços

Responsável por marcas como EPA, Mineirão Atacarejo e Brasil Atacarejo, espalhadas por cinco Estados do Nordeste e por Minas Gerais, o grupo conseguiu reduzir seu índice de não venda – isto é, quando um produto passa dias sem ser vendido com estoque nas lojas – de 30% do estoque para 14,5% ao longo dos últimos tempos, graças à implementação da tecnologia. Essa situação pode ocorrer, por exemplo, quando o produto está mal exposto, fora da gôndola ou mesmo com preço totalmente fora dos praticados no mercado.

O gerente hoje se preocupa com muitos tópico, Mas, com ajuda da tecnologia, conseguimos ter mais acurácia para saber o que precisa ser reposto rapidamente nas gôndolas”, diz Edmar de Souza Costa

Gerente de Gestão Comercial do grupo DMA

Graças à tecnologia, os colaboradores do DMA conseguem ver, seja em painéis ou em aplicativos acessíveis em qualquer celular, os produtos que estão há mais dias sem ser vendidos. “O nosso maior problema hoje é a não venda, porque em muitos casos isso significa que o caixa da empresa não está girando por estar parado no depósito das lojas”, diz Costa.

Esse problema é ainda maior quando se trata de um item de alta rotatividade nas lojas. “Houve uma vez em que uma loja ficou de novembro até o carnaval sem vender Energético, um produto que vende diariamente. Era um problema grave, mas, entre 8 mil itens, acabou passando despercebido pelo sistema da loja. Com a tecnologia, foi possível identificar a falta da venda, acertando o estoque da loja e disparar uma nova recompra para começar a vender”, conta Costa. Em um caso diferente, outro estabelecimento estava sem vender cervejas premium por vários dias, até perceber que o problema era a relação de preço com a concorrência na mesma região.

A disseminação do uso dos sistemas de dados, por sua vez, permite que as lojas tenham respostas cada vez mais rápidas para os problemas. “Hoje, temos um diagnóstico do estoque com um dia apenas de diferença para a realidade. Se sabemos que um produto de alta rotatividade não foi vendido, já buscamos reabastecer ou saber se estão parados no fundo da loja”, conta o executivo do grupo DMA. Além disso, os sistemas também permitem à companhia organizar melhor a relação com os fornecedores e a indústria. “Se percebemos que há alta rotatividade por conta da demanda de um produto, isso ajuda a levar uma promoção para aquela loja e beneficiar os consumidores”, ressalta.

Para ele, porém, ainda há um longo caminho a ser desempenhado nos próximos meses: se hoje a realidade do grupo DMA é de ter 14,5% de não venda, na média, a meta da empresa é chegar a 6%, índice considerado padrão-ouro no mercado global. “Tem muito chão para andar”, avalia Costa, que cita a melhoria como um dos passos importantes para a companhia alcançar à nona posição no ranking dos maiores varejistas do País.

Para que esse processo dê certo, além da tecnologia, Costa conta ainda com a força do exemplo da liderança: no processo de implementação de tecnologia, ele ressalta que a visão dos diretores e a cobrança hierárquica por resultados ajudaram a empresa a aderir a nova cultura de uso de dados. “Quando a diretriz vem de cima, ajuda muito, ocorre a transformação”, diz o executivo do DMA.

“É algo que reverbera para as lojas sobre a importância do uso”, reforça Larissa, da Scanntech, que revela que as ferramentas para gestão de estoque da companhia estão em uso em mais de 100 redes varejistas no Brasil – a meta é alcançar mais de 150 clientes até o final de 2024. Além da tecnologia, diz ela, a Scanntech ainda dispõe de uma equipe de colaboradores que não só atende e treina os clientes, mas busca trazer análises e insights a partir de temas relevantes para o varejo, procurando criar novas oportunidades para as redes venderem mais e atenderem os clientes finais.

Todos os dias, uma cena acontece nos corredores dos mercados brasileiros: o consumidor vai em busca de um produto, encontra a etiqueta de preço, mas quando procura o item na gôndola não o encontra. Para quem está comprando, a frustração pode ser grande e até fazer a pessoa ir embora da loja. Notícia ruim para o estabelecimento, que fez todo o trabalho de atrair o cliente, mas, na hora do gol, perdeu uma venda por falta de mercadoria. Pior ainda é se o item estiver no estoque, mas não tiver sido levado até a parte da frente da loja, em uma clara oportunidade desperdiçada. Mas, ao longo dos últimos anos, a digitalização tem sido uma aliada para reduzir esse problema.

É o que ocorre, por exemplo, no grupo varejista DMA: sediada em Minas Gerais, a rede de estabelecimentos que ocupa a 11ª posição no ranking do varejo da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e 3ª no ranking da Associação Mineira de Supermercados (Amis), tem reduzido o desperdício e a ruptura de estoque graças a ferramentas de tecnologia implementadas em sua gestão. Entre as novidades, estão as soluções da plataforma Scanntech para gestão de estoque e também de preços das mercadorias.

Mais do que apenas centralizar informações, as soluções tecnológicas auxiliam os gerentes de loja a compreender os problemas rapidamente. “O gerente hoje se preocupa com muitos tópicos, como funcionários, funcionamento da loja, produtos, datas de validade. É muita coisa, mas, com ajuda da tecnologia, conseguimos ter mais acurácia nos estoques e repor rapidamente os produtos nas gôndolas”, diz Edmar de Souza Costa, gerente de Gestão Comercial do grupo DMA. Além disso, a plataforma também permite que executivos como Edmar tenham uma visão geral do que acontece em toda a rede varejista em suas mais de 170 lojas.

Soluções tecnológicas auxiliam os gerentes de loja a controlar estoques e tomar decisões rápidas sobre mercadorias Foto: br.freepik

“A solução tem caído no gosto dos clientes, porque ela é simples: com um clique, no corredor da loja, identificamos o problema do produto e corrigimos”, destaca Larissa Pedrosa, gerente de Soluções Supply Chain da Scanntech. “Hoje, atuamos em duas frentes para ajudar nossos clientes: uma é operacional, estoque na palma da mão, garantir que o produto esteja abastecido corretamente nas gôndolas; a outra é estratégica, dar visibilidade para as categorias das oportunidades de gestão de estoques, quais produtos precisam de reabastecimento, revisão sortimento, ação em ofertas”.

Avanços

Responsável por marcas como EPA, Mineirão Atacarejo e Brasil Atacarejo, espalhadas por cinco Estados do Nordeste e por Minas Gerais, o grupo conseguiu reduzir seu índice de não venda – isto é, quando um produto passa dias sem ser vendido com estoque nas lojas – de 30% do estoque para 14,5% ao longo dos últimos tempos, graças à implementação da tecnologia. Essa situação pode ocorrer, por exemplo, quando o produto está mal exposto, fora da gôndola ou mesmo com preço totalmente fora dos praticados no mercado.

O gerente hoje se preocupa com muitos tópico, Mas, com ajuda da tecnologia, conseguimos ter mais acurácia para saber o que precisa ser reposto rapidamente nas gôndolas”, diz Edmar de Souza Costa

Gerente de Gestão Comercial do grupo DMA

Graças à tecnologia, os colaboradores do DMA conseguem ver, seja em painéis ou em aplicativos acessíveis em qualquer celular, os produtos que estão há mais dias sem ser vendidos. “O nosso maior problema hoje é a não venda, porque em muitos casos isso significa que o caixa da empresa não está girando por estar parado no depósito das lojas”, diz Costa.

Esse problema é ainda maior quando se trata de um item de alta rotatividade nas lojas. “Houve uma vez em que uma loja ficou de novembro até o carnaval sem vender Energético, um produto que vende diariamente. Era um problema grave, mas, entre 8 mil itens, acabou passando despercebido pelo sistema da loja. Com a tecnologia, foi possível identificar a falta da venda, acertando o estoque da loja e disparar uma nova recompra para começar a vender”, conta Costa. Em um caso diferente, outro estabelecimento estava sem vender cervejas premium por vários dias, até perceber que o problema era a relação de preço com a concorrência na mesma região.

A disseminação do uso dos sistemas de dados, por sua vez, permite que as lojas tenham respostas cada vez mais rápidas para os problemas. “Hoje, temos um diagnóstico do estoque com um dia apenas de diferença para a realidade. Se sabemos que um produto de alta rotatividade não foi vendido, já buscamos reabastecer ou saber se estão parados no fundo da loja”, conta o executivo do grupo DMA. Além disso, os sistemas também permitem à companhia organizar melhor a relação com os fornecedores e a indústria. “Se percebemos que há alta rotatividade por conta da demanda de um produto, isso ajuda a levar uma promoção para aquela loja e beneficiar os consumidores”, ressalta.

Para ele, porém, ainda há um longo caminho a ser desempenhado nos próximos meses: se hoje a realidade do grupo DMA é de ter 14,5% de não venda, na média, a meta da empresa é chegar a 6%, índice considerado padrão-ouro no mercado global. “Tem muito chão para andar”, avalia Costa, que cita a melhoria como um dos passos importantes para a companhia alcançar à nona posição no ranking dos maiores varejistas do País.

Para que esse processo dê certo, além da tecnologia, Costa conta ainda com a força do exemplo da liderança: no processo de implementação de tecnologia, ele ressalta que a visão dos diretores e a cobrança hierárquica por resultados ajudaram a empresa a aderir a nova cultura de uso de dados. “Quando a diretriz vem de cima, ajuda muito, ocorre a transformação”, diz o executivo do DMA.

“É algo que reverbera para as lojas sobre a importância do uso”, reforça Larissa, da Scanntech, que revela que as ferramentas para gestão de estoque da companhia estão em uso em mais de 100 redes varejistas no Brasil – a meta é alcançar mais de 150 clientes até o final de 2024. Além da tecnologia, diz ela, a Scanntech ainda dispõe de uma equipe de colaboradores que não só atende e treina os clientes, mas busca trazer análises e insights a partir de temas relevantes para o varejo, procurando criar novas oportunidades para as redes venderem mais e atenderem os clientes finais.

Todos os dias, uma cena acontece nos corredores dos mercados brasileiros: o consumidor vai em busca de um produto, encontra a etiqueta de preço, mas quando procura o item na gôndola não o encontra. Para quem está comprando, a frustração pode ser grande e até fazer a pessoa ir embora da loja. Notícia ruim para o estabelecimento, que fez todo o trabalho de atrair o cliente, mas, na hora do gol, perdeu uma venda por falta de mercadoria. Pior ainda é se o item estiver no estoque, mas não tiver sido levado até a parte da frente da loja, em uma clara oportunidade desperdiçada. Mas, ao longo dos últimos anos, a digitalização tem sido uma aliada para reduzir esse problema.

É o que ocorre, por exemplo, no grupo varejista DMA: sediada em Minas Gerais, a rede de estabelecimentos que ocupa a 11ª posição no ranking do varejo da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e 3ª no ranking da Associação Mineira de Supermercados (Amis), tem reduzido o desperdício e a ruptura de estoque graças a ferramentas de tecnologia implementadas em sua gestão. Entre as novidades, estão as soluções da plataforma Scanntech para gestão de estoque e também de preços das mercadorias.

Mais do que apenas centralizar informações, as soluções tecnológicas auxiliam os gerentes de loja a compreender os problemas rapidamente. “O gerente hoje se preocupa com muitos tópicos, como funcionários, funcionamento da loja, produtos, datas de validade. É muita coisa, mas, com ajuda da tecnologia, conseguimos ter mais acurácia nos estoques e repor rapidamente os produtos nas gôndolas”, diz Edmar de Souza Costa, gerente de Gestão Comercial do grupo DMA. Além disso, a plataforma também permite que executivos como Edmar tenham uma visão geral do que acontece em toda a rede varejista em suas mais de 170 lojas.

Soluções tecnológicas auxiliam os gerentes de loja a controlar estoques e tomar decisões rápidas sobre mercadorias Foto: br.freepik

“A solução tem caído no gosto dos clientes, porque ela é simples: com um clique, no corredor da loja, identificamos o problema do produto e corrigimos”, destaca Larissa Pedrosa, gerente de Soluções Supply Chain da Scanntech. “Hoje, atuamos em duas frentes para ajudar nossos clientes: uma é operacional, estoque na palma da mão, garantir que o produto esteja abastecido corretamente nas gôndolas; a outra é estratégica, dar visibilidade para as categorias das oportunidades de gestão de estoques, quais produtos precisam de reabastecimento, revisão sortimento, ação em ofertas”.

Avanços

Responsável por marcas como EPA, Mineirão Atacarejo e Brasil Atacarejo, espalhadas por cinco Estados do Nordeste e por Minas Gerais, o grupo conseguiu reduzir seu índice de não venda – isto é, quando um produto passa dias sem ser vendido com estoque nas lojas – de 30% do estoque para 14,5% ao longo dos últimos tempos, graças à implementação da tecnologia. Essa situação pode ocorrer, por exemplo, quando o produto está mal exposto, fora da gôndola ou mesmo com preço totalmente fora dos praticados no mercado.

O gerente hoje se preocupa com muitos tópico, Mas, com ajuda da tecnologia, conseguimos ter mais acurácia para saber o que precisa ser reposto rapidamente nas gôndolas”, diz Edmar de Souza Costa

Gerente de Gestão Comercial do grupo DMA

Graças à tecnologia, os colaboradores do DMA conseguem ver, seja em painéis ou em aplicativos acessíveis em qualquer celular, os produtos que estão há mais dias sem ser vendidos. “O nosso maior problema hoje é a não venda, porque em muitos casos isso significa que o caixa da empresa não está girando por estar parado no depósito das lojas”, diz Costa.

Esse problema é ainda maior quando se trata de um item de alta rotatividade nas lojas. “Houve uma vez em que uma loja ficou de novembro até o carnaval sem vender Energético, um produto que vende diariamente. Era um problema grave, mas, entre 8 mil itens, acabou passando despercebido pelo sistema da loja. Com a tecnologia, foi possível identificar a falta da venda, acertando o estoque da loja e disparar uma nova recompra para começar a vender”, conta Costa. Em um caso diferente, outro estabelecimento estava sem vender cervejas premium por vários dias, até perceber que o problema era a relação de preço com a concorrência na mesma região.

A disseminação do uso dos sistemas de dados, por sua vez, permite que as lojas tenham respostas cada vez mais rápidas para os problemas. “Hoje, temos um diagnóstico do estoque com um dia apenas de diferença para a realidade. Se sabemos que um produto de alta rotatividade não foi vendido, já buscamos reabastecer ou saber se estão parados no fundo da loja”, conta o executivo do grupo DMA. Além disso, os sistemas também permitem à companhia organizar melhor a relação com os fornecedores e a indústria. “Se percebemos que há alta rotatividade por conta da demanda de um produto, isso ajuda a levar uma promoção para aquela loja e beneficiar os consumidores”, ressalta.

Para ele, porém, ainda há um longo caminho a ser desempenhado nos próximos meses: se hoje a realidade do grupo DMA é de ter 14,5% de não venda, na média, a meta da empresa é chegar a 6%, índice considerado padrão-ouro no mercado global. “Tem muito chão para andar”, avalia Costa, que cita a melhoria como um dos passos importantes para a companhia alcançar à nona posição no ranking dos maiores varejistas do País.

Para que esse processo dê certo, além da tecnologia, Costa conta ainda com a força do exemplo da liderança: no processo de implementação de tecnologia, ele ressalta que a visão dos diretores e a cobrança hierárquica por resultados ajudaram a empresa a aderir a nova cultura de uso de dados. “Quando a diretriz vem de cima, ajuda muito, ocorre a transformação”, diz o executivo do DMA.

“É algo que reverbera para as lojas sobre a importância do uso”, reforça Larissa, da Scanntech, que revela que as ferramentas para gestão de estoque da companhia estão em uso em mais de 100 redes varejistas no Brasil – a meta é alcançar mais de 150 clientes até o final de 2024. Além da tecnologia, diz ela, a Scanntech ainda dispõe de uma equipe de colaboradores que não só atende e treina os clientes, mas busca trazer análises e insights a partir de temas relevantes para o varejo, procurando criar novas oportunidades para as redes venderem mais e atenderem os clientes finais.

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