Empresas consideram pré-sal investimento de risco


Por Denise Luna

O argumento do governo de que o modelo de exploração petrolífera no país deve ser mudado porque não há risco no pré-sal foi derrubado nesta sexta-feira por empresários do setor, que defendem a manutenção do atual modelo de concessão, Segundo o presidente da Devon no Brasil, Murilo Marroquim, mais de 100 poços foram perfurados na bacia de Campos na camada pré-sal sem sucesso. "Essa história de que não há risco no pré-sal não existe. Não há risco no pólo Tupi", afirmou ele durante sua apresentação no seminário "Os Desafios do Pré-Sal", promovido pelo Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP) e a Fundação Getúlio Vargas. Tupi faz parte de um conjunto de sete blocos na bacia de Santos onde a Petrobras e parceiras descobriram petróleo de alta qualidade a mais de 5 mil metros de profundidade, a chamada camada pré-sal. Tupi é o único com estimativas de reservas, entre 5 e 8 bilhões de barris de óleo equivalente. No Brasil, atualmente vigora o modelo de concessão, onde o investidor é dono de toda a produção e paga impostos ao governo. Uma comissão interministerial avalia no momento se o modelo será modificado, provavelmente para o de partilha, onde a União é dona do óleo e paga ao investidor em petróleo. "O governo não pode criar um modelo para o pré-sal, pensando apenas em Tupi", alertou Marroquim, que também é coordenador do comitê de exploração e produção do IBP. Segundo Marroquim, já houve casos em que os Testes de Longa Duração (TLD) no pré-sal de Campos não confirmaram o volume previsto inicialmente. O TLD de Tupi será iniciado em março de 2009. "A viabilidade dos campos não está comprovada, só lá para 2026 vai chegar no pico da produção e em 2027 começa a recuperar o investimento", afirmou Ivan Simões Filho, diretor da British Petroleum (BP) e ex-diretor da ANP. O executivo confirmou que a própria Petrobras já furou 150 poços na bacia de Campos atrás de pré-sal desde 1990 e não conseguiu encontrar petróleo. Procurada pela Reuters, a estatal informou que não vai se pronunciar sobre o assunto. "Hoje as reservas do pré-sal são zero. Para considerar reserva você tem que ver se tem comercialidade, conseguir licenças ambientais...", explicou Simões Filho. Ele lembrou ainda que grandes volumes de recursos terão que ser investidos e também é um risco aportar somas bilionárias. "Colocar 100 bilhões de dólares de investimentos é um risco também, temos que lembrar dos riscos do pré-sal", ressaltou. Segundo o executivo, apenas o campo de Tupi vai demandar investimentos de 60 bilhões de dólares para montar a infra-estrutura e mais 20 bilhões de dólares para começar a operar. De acordo com o analista do UBS Pactual Gustavo Gattass, presente no evento, "Tupi é apenas um pedaço do jogo e os investimentos em todo o pré-sal podem variar de 600 bilhões a 1,2 trilhão de dólares." Também no seminário, o doutor de direito administrativo da Universidade de São Paulo Floriano Marques disse que o risco exploratório do pré-sal "é fortíssimo" e tem que ser respeitado na hora de se pensar em modificar o marco regulatório ou os impostos pagos pela indústria. "Tem que se respeitar tanto a época de vacas gordas como de vacas magras", disse o advogado, explicando que como o preço do petróleo é volátil, as taxas cobradas terão que ser flexíveis para não inviabilizar os investimentos em caso de queda do preço do petróleo.

O argumento do governo de que o modelo de exploração petrolífera no país deve ser mudado porque não há risco no pré-sal foi derrubado nesta sexta-feira por empresários do setor, que defendem a manutenção do atual modelo de concessão, Segundo o presidente da Devon no Brasil, Murilo Marroquim, mais de 100 poços foram perfurados na bacia de Campos na camada pré-sal sem sucesso. "Essa história de que não há risco no pré-sal não existe. Não há risco no pólo Tupi", afirmou ele durante sua apresentação no seminário "Os Desafios do Pré-Sal", promovido pelo Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP) e a Fundação Getúlio Vargas. Tupi faz parte de um conjunto de sete blocos na bacia de Santos onde a Petrobras e parceiras descobriram petróleo de alta qualidade a mais de 5 mil metros de profundidade, a chamada camada pré-sal. Tupi é o único com estimativas de reservas, entre 5 e 8 bilhões de barris de óleo equivalente. No Brasil, atualmente vigora o modelo de concessão, onde o investidor é dono de toda a produção e paga impostos ao governo. Uma comissão interministerial avalia no momento se o modelo será modificado, provavelmente para o de partilha, onde a União é dona do óleo e paga ao investidor em petróleo. "O governo não pode criar um modelo para o pré-sal, pensando apenas em Tupi", alertou Marroquim, que também é coordenador do comitê de exploração e produção do IBP. Segundo Marroquim, já houve casos em que os Testes de Longa Duração (TLD) no pré-sal de Campos não confirmaram o volume previsto inicialmente. O TLD de Tupi será iniciado em março de 2009. "A viabilidade dos campos não está comprovada, só lá para 2026 vai chegar no pico da produção e em 2027 começa a recuperar o investimento", afirmou Ivan Simões Filho, diretor da British Petroleum (BP) e ex-diretor da ANP. O executivo confirmou que a própria Petrobras já furou 150 poços na bacia de Campos atrás de pré-sal desde 1990 e não conseguiu encontrar petróleo. Procurada pela Reuters, a estatal informou que não vai se pronunciar sobre o assunto. "Hoje as reservas do pré-sal são zero. Para considerar reserva você tem que ver se tem comercialidade, conseguir licenças ambientais...", explicou Simões Filho. Ele lembrou ainda que grandes volumes de recursos terão que ser investidos e também é um risco aportar somas bilionárias. "Colocar 100 bilhões de dólares de investimentos é um risco também, temos que lembrar dos riscos do pré-sal", ressaltou. Segundo o executivo, apenas o campo de Tupi vai demandar investimentos de 60 bilhões de dólares para montar a infra-estrutura e mais 20 bilhões de dólares para começar a operar. De acordo com o analista do UBS Pactual Gustavo Gattass, presente no evento, "Tupi é apenas um pedaço do jogo e os investimentos em todo o pré-sal podem variar de 600 bilhões a 1,2 trilhão de dólares." Também no seminário, o doutor de direito administrativo da Universidade de São Paulo Floriano Marques disse que o risco exploratório do pré-sal "é fortíssimo" e tem que ser respeitado na hora de se pensar em modificar o marco regulatório ou os impostos pagos pela indústria. "Tem que se respeitar tanto a época de vacas gordas como de vacas magras", disse o advogado, explicando que como o preço do petróleo é volátil, as taxas cobradas terão que ser flexíveis para não inviabilizar os investimentos em caso de queda do preço do petróleo.

O argumento do governo de que o modelo de exploração petrolífera no país deve ser mudado porque não há risco no pré-sal foi derrubado nesta sexta-feira por empresários do setor, que defendem a manutenção do atual modelo de concessão, Segundo o presidente da Devon no Brasil, Murilo Marroquim, mais de 100 poços foram perfurados na bacia de Campos na camada pré-sal sem sucesso. "Essa história de que não há risco no pré-sal não existe. Não há risco no pólo Tupi", afirmou ele durante sua apresentação no seminário "Os Desafios do Pré-Sal", promovido pelo Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP) e a Fundação Getúlio Vargas. Tupi faz parte de um conjunto de sete blocos na bacia de Santos onde a Petrobras e parceiras descobriram petróleo de alta qualidade a mais de 5 mil metros de profundidade, a chamada camada pré-sal. Tupi é o único com estimativas de reservas, entre 5 e 8 bilhões de barris de óleo equivalente. No Brasil, atualmente vigora o modelo de concessão, onde o investidor é dono de toda a produção e paga impostos ao governo. Uma comissão interministerial avalia no momento se o modelo será modificado, provavelmente para o de partilha, onde a União é dona do óleo e paga ao investidor em petróleo. "O governo não pode criar um modelo para o pré-sal, pensando apenas em Tupi", alertou Marroquim, que também é coordenador do comitê de exploração e produção do IBP. Segundo Marroquim, já houve casos em que os Testes de Longa Duração (TLD) no pré-sal de Campos não confirmaram o volume previsto inicialmente. O TLD de Tupi será iniciado em março de 2009. "A viabilidade dos campos não está comprovada, só lá para 2026 vai chegar no pico da produção e em 2027 começa a recuperar o investimento", afirmou Ivan Simões Filho, diretor da British Petroleum (BP) e ex-diretor da ANP. O executivo confirmou que a própria Petrobras já furou 150 poços na bacia de Campos atrás de pré-sal desde 1990 e não conseguiu encontrar petróleo. Procurada pela Reuters, a estatal informou que não vai se pronunciar sobre o assunto. "Hoje as reservas do pré-sal são zero. Para considerar reserva você tem que ver se tem comercialidade, conseguir licenças ambientais...", explicou Simões Filho. Ele lembrou ainda que grandes volumes de recursos terão que ser investidos e também é um risco aportar somas bilionárias. "Colocar 100 bilhões de dólares de investimentos é um risco também, temos que lembrar dos riscos do pré-sal", ressaltou. Segundo o executivo, apenas o campo de Tupi vai demandar investimentos de 60 bilhões de dólares para montar a infra-estrutura e mais 20 bilhões de dólares para começar a operar. De acordo com o analista do UBS Pactual Gustavo Gattass, presente no evento, "Tupi é apenas um pedaço do jogo e os investimentos em todo o pré-sal podem variar de 600 bilhões a 1,2 trilhão de dólares." Também no seminário, o doutor de direito administrativo da Universidade de São Paulo Floriano Marques disse que o risco exploratório do pré-sal "é fortíssimo" e tem que ser respeitado na hora de se pensar em modificar o marco regulatório ou os impostos pagos pela indústria. "Tem que se respeitar tanto a época de vacas gordas como de vacas magras", disse o advogado, explicando que como o preço do petróleo é volátil, as taxas cobradas terão que ser flexíveis para não inviabilizar os investimentos em caso de queda do preço do petróleo.

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