Escritório ajudará BNDES a apurar operações com J&F


Cleary Gottlieb vai auxiliar o banco de fomento em investigação sobre empréstimos ao grupo da família Batista

Por Vinicius Neder

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) contratou o escritório de advocacia americano Cleary Gottlieb para aprofundar investigações internas sobre as operações envolvendo empresas do grupo J&F, da família Batista, dona do frigorífico JBS. No fim de março, um comunicado interno informando sobre a investigação foi distribuído entre funcionários do banco que participaram dessas operações. + JBS tem lucro líquido de R$ 506,5 milhões no 1ºtrimestre de 2018

Segundo fontes que tiveram acesso à mensagem e pediram para não se identificar, além de informar da apuração interna a cargo do Cleary Gottlieb, o comunicado pede aos funcionários para que não apaguem e-mails que possam vir a ser solicitados nas investigações. 

Sócio.Banco aportou R$ 8,1 bi na JBS, maior parte em ações Foto: Paulo Whitaker/Estadão
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Questionada sobre quais seriam os instrumentos de investigação, além da análise de mensagens trocadas entre os funcionários, a assessoria de imprensa do BNDES afirmou que não poderia “dar detalhes acerca dos procedimentos utilizados na apuração”, no intuito de “preservar a eficácia e o sigilo”. A instituição não informou quantos funcionários são alvos em potencial da apuração interna.+ Joesley agora pode falar com Wesley

O BNDES já havia instalado uma comissão de apuração interna sobre as operações com a JBS, após a divulgação da delação premiada de executivos do grupo da família Batista, que envolveram os governos do presidente Michel Temer e dos ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o BNDES, a comissão de apuração interna concluiu seu relatório, “que agora está em fase de aprovação”.

Como parte da política de “campeões nacionais”, o banco de fomento aportou R$ 8,1 bilhões na JBS, a maior parte em participação acionária. No valor, estão incluídos R$ 2,7 bilhões ao frigorífico Bertin, que seria comprado pela JBS em 2009, formando o maior produtor de proteína animal do mundo. As operações do banco com o grupo J&F incluem ainda R$ 3,1 bilhões em empréstimos para a Eldorado, fabricante de celulose da família Batista. + Âmbar, da J&F, retira recurso contra Petrobrás em caso citado na delação da JBS

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As operações com o frigorífico são investigadas também pela Operação Bullish, da Polícia Federal e do Ministério Público Federal do Distrito Federal, deflagrada há um ano. 

Relação. O BNDES informou que usou um contrato de prestação de serviços que já tinha com o Cleary Gottlieb para encomendar a investigação interna. 

+ Doze unidades da BRF são proibidas de exportar para a União Europeia

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Em maio do ano passado, o Cleary Gottlieb assessorou o banco na emissão de US$ 1 bilhão em títulos “verdes” de dívida. O escritório também atuou na defesa da Petrobrás na ação que a petroleira enfrentou na Justiça dos Estados Unidos e culminou no pagamento de US$ 3 bilhões para firmar um acordo, em janeiro.

Em dezembro de 2017, o BNDES renovou até 2020 contratos com cinco escritórios internacionais de advocacia, incluindo o Cleary Gottlieb.

Procurada, a J&F não quis comentar o tema. 

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) contratou o escritório de advocacia americano Cleary Gottlieb para aprofundar investigações internas sobre as operações envolvendo empresas do grupo J&F, da família Batista, dona do frigorífico JBS. No fim de março, um comunicado interno informando sobre a investigação foi distribuído entre funcionários do banco que participaram dessas operações. + JBS tem lucro líquido de R$ 506,5 milhões no 1ºtrimestre de 2018

Segundo fontes que tiveram acesso à mensagem e pediram para não se identificar, além de informar da apuração interna a cargo do Cleary Gottlieb, o comunicado pede aos funcionários para que não apaguem e-mails que possam vir a ser solicitados nas investigações. 

Sócio.Banco aportou R$ 8,1 bi na JBS, maior parte em ações Foto: Paulo Whitaker/Estadão

Questionada sobre quais seriam os instrumentos de investigação, além da análise de mensagens trocadas entre os funcionários, a assessoria de imprensa do BNDES afirmou que não poderia “dar detalhes acerca dos procedimentos utilizados na apuração”, no intuito de “preservar a eficácia e o sigilo”. A instituição não informou quantos funcionários são alvos em potencial da apuração interna.+ Joesley agora pode falar com Wesley

O BNDES já havia instalado uma comissão de apuração interna sobre as operações com a JBS, após a divulgação da delação premiada de executivos do grupo da família Batista, que envolveram os governos do presidente Michel Temer e dos ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o BNDES, a comissão de apuração interna concluiu seu relatório, “que agora está em fase de aprovação”.

Como parte da política de “campeões nacionais”, o banco de fomento aportou R$ 8,1 bilhões na JBS, a maior parte em participação acionária. No valor, estão incluídos R$ 2,7 bilhões ao frigorífico Bertin, que seria comprado pela JBS em 2009, formando o maior produtor de proteína animal do mundo. As operações do banco com o grupo J&F incluem ainda R$ 3,1 bilhões em empréstimos para a Eldorado, fabricante de celulose da família Batista. + Âmbar, da J&F, retira recurso contra Petrobrás em caso citado na delação da JBS

As operações com o frigorífico são investigadas também pela Operação Bullish, da Polícia Federal e do Ministério Público Federal do Distrito Federal, deflagrada há um ano. 

Relação. O BNDES informou que usou um contrato de prestação de serviços que já tinha com o Cleary Gottlieb para encomendar a investigação interna. 

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Em maio do ano passado, o Cleary Gottlieb assessorou o banco na emissão de US$ 1 bilhão em títulos “verdes” de dívida. O escritório também atuou na defesa da Petrobrás na ação que a petroleira enfrentou na Justiça dos Estados Unidos e culminou no pagamento de US$ 3 bilhões para firmar um acordo, em janeiro.

Em dezembro de 2017, o BNDES renovou até 2020 contratos com cinco escritórios internacionais de advocacia, incluindo o Cleary Gottlieb.

Procurada, a J&F não quis comentar o tema. 

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) contratou o escritório de advocacia americano Cleary Gottlieb para aprofundar investigações internas sobre as operações envolvendo empresas do grupo J&F, da família Batista, dona do frigorífico JBS. No fim de março, um comunicado interno informando sobre a investigação foi distribuído entre funcionários do banco que participaram dessas operações. + JBS tem lucro líquido de R$ 506,5 milhões no 1ºtrimestre de 2018

Segundo fontes que tiveram acesso à mensagem e pediram para não se identificar, além de informar da apuração interna a cargo do Cleary Gottlieb, o comunicado pede aos funcionários para que não apaguem e-mails que possam vir a ser solicitados nas investigações. 

Sócio.Banco aportou R$ 8,1 bi na JBS, maior parte em ações Foto: Paulo Whitaker/Estadão

Questionada sobre quais seriam os instrumentos de investigação, além da análise de mensagens trocadas entre os funcionários, a assessoria de imprensa do BNDES afirmou que não poderia “dar detalhes acerca dos procedimentos utilizados na apuração”, no intuito de “preservar a eficácia e o sigilo”. A instituição não informou quantos funcionários são alvos em potencial da apuração interna.+ Joesley agora pode falar com Wesley

O BNDES já havia instalado uma comissão de apuração interna sobre as operações com a JBS, após a divulgação da delação premiada de executivos do grupo da família Batista, que envolveram os governos do presidente Michel Temer e dos ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o BNDES, a comissão de apuração interna concluiu seu relatório, “que agora está em fase de aprovação”.

Como parte da política de “campeões nacionais”, o banco de fomento aportou R$ 8,1 bilhões na JBS, a maior parte em participação acionária. No valor, estão incluídos R$ 2,7 bilhões ao frigorífico Bertin, que seria comprado pela JBS em 2009, formando o maior produtor de proteína animal do mundo. As operações do banco com o grupo J&F incluem ainda R$ 3,1 bilhões em empréstimos para a Eldorado, fabricante de celulose da família Batista. + Âmbar, da J&F, retira recurso contra Petrobrás em caso citado na delação da JBS

As operações com o frigorífico são investigadas também pela Operação Bullish, da Polícia Federal e do Ministério Público Federal do Distrito Federal, deflagrada há um ano. 

Relação. O BNDES informou que usou um contrato de prestação de serviços que já tinha com o Cleary Gottlieb para encomendar a investigação interna. 

+ Doze unidades da BRF são proibidas de exportar para a União Europeia

Em maio do ano passado, o Cleary Gottlieb assessorou o banco na emissão de US$ 1 bilhão em títulos “verdes” de dívida. O escritório também atuou na defesa da Petrobrás na ação que a petroleira enfrentou na Justiça dos Estados Unidos e culminou no pagamento de US$ 3 bilhões para firmar um acordo, em janeiro.

Em dezembro de 2017, o BNDES renovou até 2020 contratos com cinco escritórios internacionais de advocacia, incluindo o Cleary Gottlieb.

Procurada, a J&F não quis comentar o tema. 

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