Novo iPhone elimina o chip de operadora: entenda o que isso muda para o consumidor


Solução eletrônica vai eliminar chips físicos, mas pode ‘prender’ o cliente dentro do ecossistema da Apple, já que o eSIM dificulta vida do consumidor na hora de mudar de aparelho

Por Lucas Agrela
Atualização:

O chip de operadora como conhecemos pode estar com os dias contados. No lançamento do iPhone 14, no último dia 7, a Apple removeu a opção do uso do tradicional chip de plástico das operadoras de telefonia celular. A decisão é mais uma na lista de tecnologias antigas que a empresa ajudou a tornar obsoletas, como o leitor de CD dos notebooks.

No Brasil, por enquanto, o iPhone 14 será lançado com a bandeja tradicional do chip de telefonia, medida também tomada em outros mercados pelo mundo. Só nos Estados Unidos é que o smartphone da Apple terá uso exclusivo do chamado eSIM.

A tecnologia consiste em um chip eletrônico programável que a operadora usa para configurar o seu número. Não é algo novo. Desde que fez a estreia dos relógios inteligentes da Samsung, em 2016, a tecnologia chama a atenção de analistas de mercado, operadoras e fabricantes de dispositivos inteligentes.

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iPhone 14, da Apple, será vendido nos Estados Unidos sem a entrada para chip físico de operadora 

Para a Apple, sair na frente com o eSIM é uma forma de prender o consumidor dentro do ecossistema do iPhone. A migração para outras marcas de celulares daria um trabalho adicional de configuração de um novo chip físico de operadora.

A medida é uma das muitas da Apple nesse sentido. Até pouco tempo atrás, não havia como fazer a migração de conversas no WhatsApp para celulares da concorrência e até hoje não há uma integração entre o seu sistema operacional e o do Android, usado por todos os rivais.

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Crescimento exponencial no horizonte

Segundo levantamento da consultoria americana Grand View Research, o faturamento global do eSIM passará dos US$ 8 bilhões de 2019 para US$ 26 bilhões em 2027. Em número de linhas ativas, a Juniper Research estima que o uso do eSIM saltará de 1,2 bilhão em 2021 para 3,4 bilhões em 2025.

A demanda será impulsionada pela transição que levará ao fim do chip de plástico das operadoras de telefonia e também pela maior necessidade de conexão de objetos que hoje estão “offline”, como carros e máquinas industriais. Além disso, as máquinas de pagamento também devem acelerar o uso do eSIM nos próximos anos.

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Só no ano de 2020, foram produzidos 4,5 bilhões de chips de operadoras. De acordo com estimativa das empresas francesas Thales e Veolia, a transição para opções mais verdes de chips pode resultar em 15 mil toneladas a menos de emissões de CO2 (gás carbônico).

Uso do chip eletrônico é forma de Apple manter cliente dentro de seu ecossistema Foto: Yuki Iwamura/AP

Vantagens e desvantagens

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O eSIM também tem vantagens como a maior facilidade de encontrar um smartphone perdido ou roubado, uma vez que não é possível, como hoje, simplesmente remover o chip facilmente. Por outro lado, o consumidor precisará acionar as empresas de telefonia quando quiser trocar de operadora.

Diferentemente do que acontece atualmente, o procedimento de configuração de um chip eletrônico não é tão simples quanto o de um chip físico, que já tem uma jornada simplificada de ativação via serviço telefônico. Ou seja, as empresas precisarão melhorar seus processos de ativação de eSIM para que os consumidores e o mercado corporativo passem a utilizar essa solução mais verde.

Enquanto o eSIM ainda é novidade para os consumidores, empresas e governos já utilizam chips sem operadora definida. Em setores como educação e locação de veículos, por exemplo, os chips universais são comuns para permitir a troca de operadora de telefonia. Com a leitura de um QR Code ou uma configuração manual, o chip passa a funcionar em diferentes serviços. “É como na Fórmula 1, o freio ABS aparece primeiro lá e depois chega às ruas”, afirma Rivaldo Paiva, CEO da BaseMobile, fornecedora de chips universais.

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O especialista lembra que a grande maioria dos chips eSIM atuais no País são vinculados a planos pós-pagos, e não pré-pagos, modelo ainda tem mais de 100 milhões de linhas ativas, segundo dados da Anatel.

Para o eSIM se firmar no País, além de ter a aceitação do consumidor e o impulso das operadoras, a tecnologia precisará chegar a telefones mais baratos do que o iPhone. “O desafio é que o eSIM ainda está apenas nos equipamentos mais caros. A tendência é que ele chegue a aparelhos de menor custo”, diz Paiva.

O que dizem as operadoras

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As principais operadoras do País, Claro, Vivo e TIM, já oferecem o eSIM. A Claro já oferece a tecnologia desde 2016 para smartphones compatíveis, como iPhones e os celulares de tela dobrável da Samsung Z Fold3, e o Z Flip3. A empresa informou que o consumidor precisa ir até uma loja e solicitar a migração do chip antigo para um eSIM, pelo mesmo custo de um chip comum. A ativação pode ser feita tanto na própria loja quanto no site da operadora.

A TIM também informou que tem o eSIM desde 2019 e trabalha com os 30 modelos compatíveis com a tecnologia. Para a empresa, a demanda pelo produto deve aumentar devido ao uso de celulares comprados nos Estados Unidos. O consumidor também precisa ir até uma loja física para fazer a migração do chip comum para o eSIM, com custo de um novo chip comum (R$ 15).

A Vivo tem a solução o eSIM desde novembro de 2018 e oferece a habilitação gratuita em smartphones e relógios compatíveis. A ativação é feita em lojas físicas e pela plataforma Vivo em Casa, atendimento 100% remoto via consultor da Vivo por WhatsApp.

Atualização: A reportagem foi corrigida para incluir o posicionamento da Vivo sobre o eSIM.

O chip de operadora como conhecemos pode estar com os dias contados. No lançamento do iPhone 14, no último dia 7, a Apple removeu a opção do uso do tradicional chip de plástico das operadoras de telefonia celular. A decisão é mais uma na lista de tecnologias antigas que a empresa ajudou a tornar obsoletas, como o leitor de CD dos notebooks.

No Brasil, por enquanto, o iPhone 14 será lançado com a bandeja tradicional do chip de telefonia, medida também tomada em outros mercados pelo mundo. Só nos Estados Unidos é que o smartphone da Apple terá uso exclusivo do chamado eSIM.

A tecnologia consiste em um chip eletrônico programável que a operadora usa para configurar o seu número. Não é algo novo. Desde que fez a estreia dos relógios inteligentes da Samsung, em 2016, a tecnologia chama a atenção de analistas de mercado, operadoras e fabricantes de dispositivos inteligentes.

iPhone 14, da Apple, será vendido nos Estados Unidos sem a entrada para chip físico de operadora 

Para a Apple, sair na frente com o eSIM é uma forma de prender o consumidor dentro do ecossistema do iPhone. A migração para outras marcas de celulares daria um trabalho adicional de configuração de um novo chip físico de operadora.

A medida é uma das muitas da Apple nesse sentido. Até pouco tempo atrás, não havia como fazer a migração de conversas no WhatsApp para celulares da concorrência e até hoje não há uma integração entre o seu sistema operacional e o do Android, usado por todos os rivais.

Crescimento exponencial no horizonte

Segundo levantamento da consultoria americana Grand View Research, o faturamento global do eSIM passará dos US$ 8 bilhões de 2019 para US$ 26 bilhões em 2027. Em número de linhas ativas, a Juniper Research estima que o uso do eSIM saltará de 1,2 bilhão em 2021 para 3,4 bilhões em 2025.

A demanda será impulsionada pela transição que levará ao fim do chip de plástico das operadoras de telefonia e também pela maior necessidade de conexão de objetos que hoje estão “offline”, como carros e máquinas industriais. Além disso, as máquinas de pagamento também devem acelerar o uso do eSIM nos próximos anos.

Só no ano de 2020, foram produzidos 4,5 bilhões de chips de operadoras. De acordo com estimativa das empresas francesas Thales e Veolia, a transição para opções mais verdes de chips pode resultar em 15 mil toneladas a menos de emissões de CO2 (gás carbônico).

Uso do chip eletrônico é forma de Apple manter cliente dentro de seu ecossistema Foto: Yuki Iwamura/AP

Vantagens e desvantagens

O eSIM também tem vantagens como a maior facilidade de encontrar um smartphone perdido ou roubado, uma vez que não é possível, como hoje, simplesmente remover o chip facilmente. Por outro lado, o consumidor precisará acionar as empresas de telefonia quando quiser trocar de operadora.

Diferentemente do que acontece atualmente, o procedimento de configuração de um chip eletrônico não é tão simples quanto o de um chip físico, que já tem uma jornada simplificada de ativação via serviço telefônico. Ou seja, as empresas precisarão melhorar seus processos de ativação de eSIM para que os consumidores e o mercado corporativo passem a utilizar essa solução mais verde.

Enquanto o eSIM ainda é novidade para os consumidores, empresas e governos já utilizam chips sem operadora definida. Em setores como educação e locação de veículos, por exemplo, os chips universais são comuns para permitir a troca de operadora de telefonia. Com a leitura de um QR Code ou uma configuração manual, o chip passa a funcionar em diferentes serviços. “É como na Fórmula 1, o freio ABS aparece primeiro lá e depois chega às ruas”, afirma Rivaldo Paiva, CEO da BaseMobile, fornecedora de chips universais.

O especialista lembra que a grande maioria dos chips eSIM atuais no País são vinculados a planos pós-pagos, e não pré-pagos, modelo ainda tem mais de 100 milhões de linhas ativas, segundo dados da Anatel.

Para o eSIM se firmar no País, além de ter a aceitação do consumidor e o impulso das operadoras, a tecnologia precisará chegar a telefones mais baratos do que o iPhone. “O desafio é que o eSIM ainda está apenas nos equipamentos mais caros. A tendência é que ele chegue a aparelhos de menor custo”, diz Paiva.

O que dizem as operadoras

As principais operadoras do País, Claro, Vivo e TIM, já oferecem o eSIM. A Claro já oferece a tecnologia desde 2016 para smartphones compatíveis, como iPhones e os celulares de tela dobrável da Samsung Z Fold3, e o Z Flip3. A empresa informou que o consumidor precisa ir até uma loja e solicitar a migração do chip antigo para um eSIM, pelo mesmo custo de um chip comum. A ativação pode ser feita tanto na própria loja quanto no site da operadora.

A TIM também informou que tem o eSIM desde 2019 e trabalha com os 30 modelos compatíveis com a tecnologia. Para a empresa, a demanda pelo produto deve aumentar devido ao uso de celulares comprados nos Estados Unidos. O consumidor também precisa ir até uma loja física para fazer a migração do chip comum para o eSIM, com custo de um novo chip comum (R$ 15).

A Vivo tem a solução o eSIM desde novembro de 2018 e oferece a habilitação gratuita em smartphones e relógios compatíveis. A ativação é feita em lojas físicas e pela plataforma Vivo em Casa, atendimento 100% remoto via consultor da Vivo por WhatsApp.

Atualização: A reportagem foi corrigida para incluir o posicionamento da Vivo sobre o eSIM.

O chip de operadora como conhecemos pode estar com os dias contados. No lançamento do iPhone 14, no último dia 7, a Apple removeu a opção do uso do tradicional chip de plástico das operadoras de telefonia celular. A decisão é mais uma na lista de tecnologias antigas que a empresa ajudou a tornar obsoletas, como o leitor de CD dos notebooks.

No Brasil, por enquanto, o iPhone 14 será lançado com a bandeja tradicional do chip de telefonia, medida também tomada em outros mercados pelo mundo. Só nos Estados Unidos é que o smartphone da Apple terá uso exclusivo do chamado eSIM.

A tecnologia consiste em um chip eletrônico programável que a operadora usa para configurar o seu número. Não é algo novo. Desde que fez a estreia dos relógios inteligentes da Samsung, em 2016, a tecnologia chama a atenção de analistas de mercado, operadoras e fabricantes de dispositivos inteligentes.

iPhone 14, da Apple, será vendido nos Estados Unidos sem a entrada para chip físico de operadora 

Para a Apple, sair na frente com o eSIM é uma forma de prender o consumidor dentro do ecossistema do iPhone. A migração para outras marcas de celulares daria um trabalho adicional de configuração de um novo chip físico de operadora.

A medida é uma das muitas da Apple nesse sentido. Até pouco tempo atrás, não havia como fazer a migração de conversas no WhatsApp para celulares da concorrência e até hoje não há uma integração entre o seu sistema operacional e o do Android, usado por todos os rivais.

Crescimento exponencial no horizonte

Segundo levantamento da consultoria americana Grand View Research, o faturamento global do eSIM passará dos US$ 8 bilhões de 2019 para US$ 26 bilhões em 2027. Em número de linhas ativas, a Juniper Research estima que o uso do eSIM saltará de 1,2 bilhão em 2021 para 3,4 bilhões em 2025.

A demanda será impulsionada pela transição que levará ao fim do chip de plástico das operadoras de telefonia e também pela maior necessidade de conexão de objetos que hoje estão “offline”, como carros e máquinas industriais. Além disso, as máquinas de pagamento também devem acelerar o uso do eSIM nos próximos anos.

Só no ano de 2020, foram produzidos 4,5 bilhões de chips de operadoras. De acordo com estimativa das empresas francesas Thales e Veolia, a transição para opções mais verdes de chips pode resultar em 15 mil toneladas a menos de emissões de CO2 (gás carbônico).

Uso do chip eletrônico é forma de Apple manter cliente dentro de seu ecossistema Foto: Yuki Iwamura/AP

Vantagens e desvantagens

O eSIM também tem vantagens como a maior facilidade de encontrar um smartphone perdido ou roubado, uma vez que não é possível, como hoje, simplesmente remover o chip facilmente. Por outro lado, o consumidor precisará acionar as empresas de telefonia quando quiser trocar de operadora.

Diferentemente do que acontece atualmente, o procedimento de configuração de um chip eletrônico não é tão simples quanto o de um chip físico, que já tem uma jornada simplificada de ativação via serviço telefônico. Ou seja, as empresas precisarão melhorar seus processos de ativação de eSIM para que os consumidores e o mercado corporativo passem a utilizar essa solução mais verde.

Enquanto o eSIM ainda é novidade para os consumidores, empresas e governos já utilizam chips sem operadora definida. Em setores como educação e locação de veículos, por exemplo, os chips universais são comuns para permitir a troca de operadora de telefonia. Com a leitura de um QR Code ou uma configuração manual, o chip passa a funcionar em diferentes serviços. “É como na Fórmula 1, o freio ABS aparece primeiro lá e depois chega às ruas”, afirma Rivaldo Paiva, CEO da BaseMobile, fornecedora de chips universais.

O especialista lembra que a grande maioria dos chips eSIM atuais no País são vinculados a planos pós-pagos, e não pré-pagos, modelo ainda tem mais de 100 milhões de linhas ativas, segundo dados da Anatel.

Para o eSIM se firmar no País, além de ter a aceitação do consumidor e o impulso das operadoras, a tecnologia precisará chegar a telefones mais baratos do que o iPhone. “O desafio é que o eSIM ainda está apenas nos equipamentos mais caros. A tendência é que ele chegue a aparelhos de menor custo”, diz Paiva.

O que dizem as operadoras

As principais operadoras do País, Claro, Vivo e TIM, já oferecem o eSIM. A Claro já oferece a tecnologia desde 2016 para smartphones compatíveis, como iPhones e os celulares de tela dobrável da Samsung Z Fold3, e o Z Flip3. A empresa informou que o consumidor precisa ir até uma loja e solicitar a migração do chip antigo para um eSIM, pelo mesmo custo de um chip comum. A ativação pode ser feita tanto na própria loja quanto no site da operadora.

A TIM também informou que tem o eSIM desde 2019 e trabalha com os 30 modelos compatíveis com a tecnologia. Para a empresa, a demanda pelo produto deve aumentar devido ao uso de celulares comprados nos Estados Unidos. O consumidor também precisa ir até uma loja física para fazer a migração do chip comum para o eSIM, com custo de um novo chip comum (R$ 15).

A Vivo tem a solução o eSIM desde novembro de 2018 e oferece a habilitação gratuita em smartphones e relógios compatíveis. A ativação é feita em lojas físicas e pela plataforma Vivo em Casa, atendimento 100% remoto via consultor da Vivo por WhatsApp.

Atualização: A reportagem foi corrigida para incluir o posicionamento da Vivo sobre o eSIM.

O chip de operadora como conhecemos pode estar com os dias contados. No lançamento do iPhone 14, no último dia 7, a Apple removeu a opção do uso do tradicional chip de plástico das operadoras de telefonia celular. A decisão é mais uma na lista de tecnologias antigas que a empresa ajudou a tornar obsoletas, como o leitor de CD dos notebooks.

No Brasil, por enquanto, o iPhone 14 será lançado com a bandeja tradicional do chip de telefonia, medida também tomada em outros mercados pelo mundo. Só nos Estados Unidos é que o smartphone da Apple terá uso exclusivo do chamado eSIM.

A tecnologia consiste em um chip eletrônico programável que a operadora usa para configurar o seu número. Não é algo novo. Desde que fez a estreia dos relógios inteligentes da Samsung, em 2016, a tecnologia chama a atenção de analistas de mercado, operadoras e fabricantes de dispositivos inteligentes.

iPhone 14, da Apple, será vendido nos Estados Unidos sem a entrada para chip físico de operadora 

Para a Apple, sair na frente com o eSIM é uma forma de prender o consumidor dentro do ecossistema do iPhone. A migração para outras marcas de celulares daria um trabalho adicional de configuração de um novo chip físico de operadora.

A medida é uma das muitas da Apple nesse sentido. Até pouco tempo atrás, não havia como fazer a migração de conversas no WhatsApp para celulares da concorrência e até hoje não há uma integração entre o seu sistema operacional e o do Android, usado por todos os rivais.

Crescimento exponencial no horizonte

Segundo levantamento da consultoria americana Grand View Research, o faturamento global do eSIM passará dos US$ 8 bilhões de 2019 para US$ 26 bilhões em 2027. Em número de linhas ativas, a Juniper Research estima que o uso do eSIM saltará de 1,2 bilhão em 2021 para 3,4 bilhões em 2025.

A demanda será impulsionada pela transição que levará ao fim do chip de plástico das operadoras de telefonia e também pela maior necessidade de conexão de objetos que hoje estão “offline”, como carros e máquinas industriais. Além disso, as máquinas de pagamento também devem acelerar o uso do eSIM nos próximos anos.

Só no ano de 2020, foram produzidos 4,5 bilhões de chips de operadoras. De acordo com estimativa das empresas francesas Thales e Veolia, a transição para opções mais verdes de chips pode resultar em 15 mil toneladas a menos de emissões de CO2 (gás carbônico).

Uso do chip eletrônico é forma de Apple manter cliente dentro de seu ecossistema Foto: Yuki Iwamura/AP

Vantagens e desvantagens

O eSIM também tem vantagens como a maior facilidade de encontrar um smartphone perdido ou roubado, uma vez que não é possível, como hoje, simplesmente remover o chip facilmente. Por outro lado, o consumidor precisará acionar as empresas de telefonia quando quiser trocar de operadora.

Diferentemente do que acontece atualmente, o procedimento de configuração de um chip eletrônico não é tão simples quanto o de um chip físico, que já tem uma jornada simplificada de ativação via serviço telefônico. Ou seja, as empresas precisarão melhorar seus processos de ativação de eSIM para que os consumidores e o mercado corporativo passem a utilizar essa solução mais verde.

Enquanto o eSIM ainda é novidade para os consumidores, empresas e governos já utilizam chips sem operadora definida. Em setores como educação e locação de veículos, por exemplo, os chips universais são comuns para permitir a troca de operadora de telefonia. Com a leitura de um QR Code ou uma configuração manual, o chip passa a funcionar em diferentes serviços. “É como na Fórmula 1, o freio ABS aparece primeiro lá e depois chega às ruas”, afirma Rivaldo Paiva, CEO da BaseMobile, fornecedora de chips universais.

O especialista lembra que a grande maioria dos chips eSIM atuais no País são vinculados a planos pós-pagos, e não pré-pagos, modelo ainda tem mais de 100 milhões de linhas ativas, segundo dados da Anatel.

Para o eSIM se firmar no País, além de ter a aceitação do consumidor e o impulso das operadoras, a tecnologia precisará chegar a telefones mais baratos do que o iPhone. “O desafio é que o eSIM ainda está apenas nos equipamentos mais caros. A tendência é que ele chegue a aparelhos de menor custo”, diz Paiva.

O que dizem as operadoras

As principais operadoras do País, Claro, Vivo e TIM, já oferecem o eSIM. A Claro já oferece a tecnologia desde 2016 para smartphones compatíveis, como iPhones e os celulares de tela dobrável da Samsung Z Fold3, e o Z Flip3. A empresa informou que o consumidor precisa ir até uma loja e solicitar a migração do chip antigo para um eSIM, pelo mesmo custo de um chip comum. A ativação pode ser feita tanto na própria loja quanto no site da operadora.

A TIM também informou que tem o eSIM desde 2019 e trabalha com os 30 modelos compatíveis com a tecnologia. Para a empresa, a demanda pelo produto deve aumentar devido ao uso de celulares comprados nos Estados Unidos. O consumidor também precisa ir até uma loja física para fazer a migração do chip comum para o eSIM, com custo de um novo chip comum (R$ 15).

A Vivo tem a solução o eSIM desde novembro de 2018 e oferece a habilitação gratuita em smartphones e relógios compatíveis. A ativação é feita em lojas físicas e pela plataforma Vivo em Casa, atendimento 100% remoto via consultor da Vivo por WhatsApp.

Atualização: A reportagem foi corrigida para incluir o posicionamento da Vivo sobre o eSIM.

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