‘Estrangeiros querem retomar investimento no Brasil’, diz ministro dos Transportes


Em Portugal, Renan Filho apresenta projetos do PAC e conta com demanda por produtos agrícolas e preservação da Amazônia como atrativos

Por Luiz Araújo
Atualização:
Foto: Wilton Junior/Estadão
Entrevista comRenan FilhoMinistro dos Transportes

Brasília - Em viagem a Portugal desde terça-feira, 19, o ministro dos Transportes, Renan Filho, diz que a recepção dos europeus aos projetos de infraestrutura brasileira está sendo “excelente”. Na agenda do ministro, que falou com exclusividade ao Estadão/Broadcast, estão encontros com representantes das maiores empresas portuguesas do setor. Além da atração de investimentos, a comitiva retornará ao Brasil com acordos encaminhados na relação luso-brasileira.

“As maiores construtoras portuguesas têm interesse em ampliar investimentos no Brasil, os estrangeiros querem retomar investimentos no País. A Brisa, por exemplo, que já teve parte da CCR, agora diz que deseja retomar a exposição ao Brasil e que tem muita expectativa sobre os novos projetos que estamos lançando”, afirma o ministro.

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“Estamos mostrando que são projetos rentáveis. O Brasil tem demanda crescente por transportes de cargas e passageiros. Somos garantidores de segurança alimentar para o mundo. Temos o componente da preservação da Amazônia. Essa é uma agenda que garante financiamento”, diz Renan Filho, em referência ao eixo da apresentação que está sendo feita aos estrangeiros.

Os projetos apresentados estão dentro da carteira recentemente incrementada com o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado em agosto, com oportunidades que totalizam R$ 280 bilhões em rodovias e ferrovias nos próximos anos. O volume de empreendimentos é uma aposta do governo para despertar o interesse das empresas e captar recursos privados para o Brasil.

Renan Filho, ministro dos Transportes Foto: WILTON JUNIOR / ESTADÃO
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Os principais projetos do pipeline brasileiro serão apresentados para cerca de cem grupos de diversas partes da Europa (entre fundos de investimentos, operadores, concessionárias, entidades financeiras, de representação jurídica e empresarial) no roadshow Brasil Transport Invest - Portugal, que ocorre na sexta-feira, 22, em Lisboa.

Acordos bilaterais também estão sendo firmados na viagem. Nesta manhã, foi assinado acordo entre a Infraestrutura de Transportes (Portugal) e a Infra S.A para cooperação técnica no âmbito de concessões rodoviárias. Há ainda avaliação sobre o uso de carteiras de habilitação portuguesas em território brasileiro.

Confira a entrevista na íntegra:

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Qual o panorama da viagem até aqui?

A viagem é para atração de investimento e divulgação do novo programa de concessões do Brasil. Adicionalmente estamos conhecendo utilizações de algumas tecnologias que estão incluídas nos nossos novos leilões, o free flow é um deles. Por isso fizemos uma visita técnica focada nisso. Mas o principal objetivo é conversar com operadores internacionais, principalmente de Espanha, Itália e Portugal, a respeito dos investimentos no Brasil, que está com excelentes oportunidades e não podem passar despercebidas. Estamos mostrando que são projetos rentáveis. O Brasil tem demanda crescente por transportes de cargas e passageiros. Somos garantidores de segurança alimentar para o mundo. Temos o componente da preservação da Amazônia. A infraestrutura brasileira, se desenvolvida especialmente no Brasil Central, pode reduzir o conflito entre produção e preservação, isso é uma agenda que garante financiamento.

A comitiva voltará com quais acordos firmados?

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Na manhã de hoje firmamos acordo entre a Infraestrutura de Transportes (Portugal) e a Infra S.A para cooperação técnica no âmbito de concessões rodoviárias. Estamos encaminhando ainda processos para que os motoristas portugueses possam usar suas próprias carteiras de motorista no Brasil, o que é importante para tornar o turismo mais leve e atrativo. Entre os investimentos, o que posso dizer é que a recepção foi excelente. Tivemos eventos de diálogo com os maiores empresários de Portugal. As maiores construtoras portuguesas têm interesse em ampliar investimentos no Brasil, os estrangeiros querem retomar investimentos no País. A Brisa, por exemplo, que já teve parte da CCR, agora diz que deseja retomar a exposição ao Brasil e que tem muita expectativa sobre os novos projetos que estamos lançando. Com as características do Brasil, que trazem excelentes condições de investimento, o mundo volta a olhar para nós com muito interesse. Isso já percebemos no primeiro leilão das rodovias do Paraná, no mês passado. Nesse leilão, o Fundo Pátria, vencedor da disputa, recebeu recursos de dois fundos internacionais, o de Cingapura e o da Arábia Saudita. Isso é fato muito novo.

Quais as demandas do mercado estrangeiro para ampliar a confiança?

Eles primeiro reconhecem a mudança do discurso internacional do Brasil. Dizem que a mudança é importante, porque estavam inseguros com o discurso dos últimos anos, principalmente com relação à questão ambiental. Agora, para ampliar a confiança e investir no País, querem conhecer de perto os projetos, precisam ter também confiança nos projetos, o que já estamos fazendo, detalhando características de ferrovias e rodovias.

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Como está sendo o diálogo sobre projetos ferroviários?

As ferrovias estão despertando interesse tanto na modalidade de autorizações, para shortline (linhas de menor distância que servem para conectar pontos próximos mas importantes dentro da linha férrea), quanto nas concessões tradicionais das vias estruturantes. Estamos dando prioridade, até mesmo para cumprir a meta de dobrar a malha atual, e vamos apresentar a todos eles projetos de transporte de cargas e de passageiros no evento desta sexta-feira.

Brasília - Em viagem a Portugal desde terça-feira, 19, o ministro dos Transportes, Renan Filho, diz que a recepção dos europeus aos projetos de infraestrutura brasileira está sendo “excelente”. Na agenda do ministro, que falou com exclusividade ao Estadão/Broadcast, estão encontros com representantes das maiores empresas portuguesas do setor. Além da atração de investimentos, a comitiva retornará ao Brasil com acordos encaminhados na relação luso-brasileira.

“As maiores construtoras portuguesas têm interesse em ampliar investimentos no Brasil, os estrangeiros querem retomar investimentos no País. A Brisa, por exemplo, que já teve parte da CCR, agora diz que deseja retomar a exposição ao Brasil e que tem muita expectativa sobre os novos projetos que estamos lançando”, afirma o ministro.

“Estamos mostrando que são projetos rentáveis. O Brasil tem demanda crescente por transportes de cargas e passageiros. Somos garantidores de segurança alimentar para o mundo. Temos o componente da preservação da Amazônia. Essa é uma agenda que garante financiamento”, diz Renan Filho, em referência ao eixo da apresentação que está sendo feita aos estrangeiros.

Os projetos apresentados estão dentro da carteira recentemente incrementada com o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado em agosto, com oportunidades que totalizam R$ 280 bilhões em rodovias e ferrovias nos próximos anos. O volume de empreendimentos é uma aposta do governo para despertar o interesse das empresas e captar recursos privados para o Brasil.

Renan Filho, ministro dos Transportes Foto: WILTON JUNIOR / ESTADÃO

Os principais projetos do pipeline brasileiro serão apresentados para cerca de cem grupos de diversas partes da Europa (entre fundos de investimentos, operadores, concessionárias, entidades financeiras, de representação jurídica e empresarial) no roadshow Brasil Transport Invest - Portugal, que ocorre na sexta-feira, 22, em Lisboa.

Acordos bilaterais também estão sendo firmados na viagem. Nesta manhã, foi assinado acordo entre a Infraestrutura de Transportes (Portugal) e a Infra S.A para cooperação técnica no âmbito de concessões rodoviárias. Há ainda avaliação sobre o uso de carteiras de habilitação portuguesas em território brasileiro.

Confira a entrevista na íntegra:

Qual o panorama da viagem até aqui?

A viagem é para atração de investimento e divulgação do novo programa de concessões do Brasil. Adicionalmente estamos conhecendo utilizações de algumas tecnologias que estão incluídas nos nossos novos leilões, o free flow é um deles. Por isso fizemos uma visita técnica focada nisso. Mas o principal objetivo é conversar com operadores internacionais, principalmente de Espanha, Itália e Portugal, a respeito dos investimentos no Brasil, que está com excelentes oportunidades e não podem passar despercebidas. Estamos mostrando que são projetos rentáveis. O Brasil tem demanda crescente por transportes de cargas e passageiros. Somos garantidores de segurança alimentar para o mundo. Temos o componente da preservação da Amazônia. A infraestrutura brasileira, se desenvolvida especialmente no Brasil Central, pode reduzir o conflito entre produção e preservação, isso é uma agenda que garante financiamento.

A comitiva voltará com quais acordos firmados?

Na manhã de hoje firmamos acordo entre a Infraestrutura de Transportes (Portugal) e a Infra S.A para cooperação técnica no âmbito de concessões rodoviárias. Estamos encaminhando ainda processos para que os motoristas portugueses possam usar suas próprias carteiras de motorista no Brasil, o que é importante para tornar o turismo mais leve e atrativo. Entre os investimentos, o que posso dizer é que a recepção foi excelente. Tivemos eventos de diálogo com os maiores empresários de Portugal. As maiores construtoras portuguesas têm interesse em ampliar investimentos no Brasil, os estrangeiros querem retomar investimentos no País. A Brisa, por exemplo, que já teve parte da CCR, agora diz que deseja retomar a exposição ao Brasil e que tem muita expectativa sobre os novos projetos que estamos lançando. Com as características do Brasil, que trazem excelentes condições de investimento, o mundo volta a olhar para nós com muito interesse. Isso já percebemos no primeiro leilão das rodovias do Paraná, no mês passado. Nesse leilão, o Fundo Pátria, vencedor da disputa, recebeu recursos de dois fundos internacionais, o de Cingapura e o da Arábia Saudita. Isso é fato muito novo.

Quais as demandas do mercado estrangeiro para ampliar a confiança?

Eles primeiro reconhecem a mudança do discurso internacional do Brasil. Dizem que a mudança é importante, porque estavam inseguros com o discurso dos últimos anos, principalmente com relação à questão ambiental. Agora, para ampliar a confiança e investir no País, querem conhecer de perto os projetos, precisam ter também confiança nos projetos, o que já estamos fazendo, detalhando características de ferrovias e rodovias.

Como está sendo o diálogo sobre projetos ferroviários?

As ferrovias estão despertando interesse tanto na modalidade de autorizações, para shortline (linhas de menor distância que servem para conectar pontos próximos mas importantes dentro da linha férrea), quanto nas concessões tradicionais das vias estruturantes. Estamos dando prioridade, até mesmo para cumprir a meta de dobrar a malha atual, e vamos apresentar a todos eles projetos de transporte de cargas e de passageiros no evento desta sexta-feira.

Brasília - Em viagem a Portugal desde terça-feira, 19, o ministro dos Transportes, Renan Filho, diz que a recepção dos europeus aos projetos de infraestrutura brasileira está sendo “excelente”. Na agenda do ministro, que falou com exclusividade ao Estadão/Broadcast, estão encontros com representantes das maiores empresas portuguesas do setor. Além da atração de investimentos, a comitiva retornará ao Brasil com acordos encaminhados na relação luso-brasileira.

“As maiores construtoras portuguesas têm interesse em ampliar investimentos no Brasil, os estrangeiros querem retomar investimentos no País. A Brisa, por exemplo, que já teve parte da CCR, agora diz que deseja retomar a exposição ao Brasil e que tem muita expectativa sobre os novos projetos que estamos lançando”, afirma o ministro.

“Estamos mostrando que são projetos rentáveis. O Brasil tem demanda crescente por transportes de cargas e passageiros. Somos garantidores de segurança alimentar para o mundo. Temos o componente da preservação da Amazônia. Essa é uma agenda que garante financiamento”, diz Renan Filho, em referência ao eixo da apresentação que está sendo feita aos estrangeiros.

Os projetos apresentados estão dentro da carteira recentemente incrementada com o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado em agosto, com oportunidades que totalizam R$ 280 bilhões em rodovias e ferrovias nos próximos anos. O volume de empreendimentos é uma aposta do governo para despertar o interesse das empresas e captar recursos privados para o Brasil.

Renan Filho, ministro dos Transportes Foto: WILTON JUNIOR / ESTADÃO

Os principais projetos do pipeline brasileiro serão apresentados para cerca de cem grupos de diversas partes da Europa (entre fundos de investimentos, operadores, concessionárias, entidades financeiras, de representação jurídica e empresarial) no roadshow Brasil Transport Invest - Portugal, que ocorre na sexta-feira, 22, em Lisboa.

Acordos bilaterais também estão sendo firmados na viagem. Nesta manhã, foi assinado acordo entre a Infraestrutura de Transportes (Portugal) e a Infra S.A para cooperação técnica no âmbito de concessões rodoviárias. Há ainda avaliação sobre o uso de carteiras de habilitação portuguesas em território brasileiro.

Confira a entrevista na íntegra:

Qual o panorama da viagem até aqui?

A viagem é para atração de investimento e divulgação do novo programa de concessões do Brasil. Adicionalmente estamos conhecendo utilizações de algumas tecnologias que estão incluídas nos nossos novos leilões, o free flow é um deles. Por isso fizemos uma visita técnica focada nisso. Mas o principal objetivo é conversar com operadores internacionais, principalmente de Espanha, Itália e Portugal, a respeito dos investimentos no Brasil, que está com excelentes oportunidades e não podem passar despercebidas. Estamos mostrando que são projetos rentáveis. O Brasil tem demanda crescente por transportes de cargas e passageiros. Somos garantidores de segurança alimentar para o mundo. Temos o componente da preservação da Amazônia. A infraestrutura brasileira, se desenvolvida especialmente no Brasil Central, pode reduzir o conflito entre produção e preservação, isso é uma agenda que garante financiamento.

A comitiva voltará com quais acordos firmados?

Na manhã de hoje firmamos acordo entre a Infraestrutura de Transportes (Portugal) e a Infra S.A para cooperação técnica no âmbito de concessões rodoviárias. Estamos encaminhando ainda processos para que os motoristas portugueses possam usar suas próprias carteiras de motorista no Brasil, o que é importante para tornar o turismo mais leve e atrativo. Entre os investimentos, o que posso dizer é que a recepção foi excelente. Tivemos eventos de diálogo com os maiores empresários de Portugal. As maiores construtoras portuguesas têm interesse em ampliar investimentos no Brasil, os estrangeiros querem retomar investimentos no País. A Brisa, por exemplo, que já teve parte da CCR, agora diz que deseja retomar a exposição ao Brasil e que tem muita expectativa sobre os novos projetos que estamos lançando. Com as características do Brasil, que trazem excelentes condições de investimento, o mundo volta a olhar para nós com muito interesse. Isso já percebemos no primeiro leilão das rodovias do Paraná, no mês passado. Nesse leilão, o Fundo Pátria, vencedor da disputa, recebeu recursos de dois fundos internacionais, o de Cingapura e o da Arábia Saudita. Isso é fato muito novo.

Quais as demandas do mercado estrangeiro para ampliar a confiança?

Eles primeiro reconhecem a mudança do discurso internacional do Brasil. Dizem que a mudança é importante, porque estavam inseguros com o discurso dos últimos anos, principalmente com relação à questão ambiental. Agora, para ampliar a confiança e investir no País, querem conhecer de perto os projetos, precisam ter também confiança nos projetos, o que já estamos fazendo, detalhando características de ferrovias e rodovias.

Como está sendo o diálogo sobre projetos ferroviários?

As ferrovias estão despertando interesse tanto na modalidade de autorizações, para shortline (linhas de menor distância que servem para conectar pontos próximos mas importantes dentro da linha férrea), quanto nas concessões tradicionais das vias estruturantes. Estamos dando prioridade, até mesmo para cumprir a meta de dobrar a malha atual, e vamos apresentar a todos eles projetos de transporte de cargas e de passageiros no evento desta sexta-feira.

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