Eternit entra com pedido de recuperação judicial


Valor total da dívida do grupo é de R$ 228,9 milhões; empresa diz que será capaz de retomar curva de crescimento após negociação com credores

Por Luana Pavani

O grupo Eternit, fabricante de telhas, caixas d'água, louças e metais sanitários, afirma, em petição na qual fez seu pedido de recuperação judicial, que será capaz de "retomar a curva de crescimento", após negociar com seus credores. A companhia pretende entregar o seu plano de reestruturação em um prazo de até 60 dias depois que seu pedido de recuperação for aceito pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

Companhia pretende entregar plano de reestruturação ematé 60 dias depois que o pedido de recuperação for aceito pelo Tribunal de Justiça de São Paulo Foto: HEINZ-PETER BADER/REUTERS

A Eternit protocolou, ontem à noite, pedido de proteção contra a execução de dívidas que totalizam R$ 228,9 milhões. A companhia afirma que, mesmo após realizar corte de custos e readequar suas operações, não tem condições de gerar caixa suficiente para fazer frente às obrigações financeiras, segundo documento assinado pelo escritório Galdino, Coelho e Mendes Advogados.

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+ Abilio Diniz diz que situação da BRF é ‘nada anormal’

O grupo atribui seus problemas, em parte, à longa crise econômica nacional, que reduziu fortemente a atividade no setor de construção civil. As fábricas de louças e metais sanitários, por exemplo, contam com capacidade de produção de 110 mil peças por mês, mas entregam apenas 50 mil atualmente.+ Petrobrás decide hibernar fábricas de fertilizantes em Sergipe e na Bahia

No entanto, o principal problema do grupo foi o encolhimento na procura por produtos à base de amianto por conta dos debates públicos sobre os efeitos nocivos desse material à saúde. Cerca de 25% da receita do grupo vêm da extração e da comercialização do amianto do tipo crisotila, bem como de produtos que empregam este material, como as telhas.

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O golpe fatal para a Eternit foi a decisão proferida em novembro do ano passado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de proibir as vendas de amianto crisotila em todo o País.+ Caixa vai reter lucro de 2017 para reforçar capital e emprestar mais

De acordo com os advogados do grupo, o assunto não foi totalmente esgotado na Justiça, mas o risco de que a proibição seja validada em definitivo foi suficiente para causar um grande impacto no grupo, inclusive com bancos declinando de novos financiamentos.

Enquanto isso, a companhia buscava substituir o uso de amianto na produção de telhas de fibrocimento, mas suas linhas de produção ainda estavam em processo de adaptação.

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Fundado em 1940, o grupo Eternit tem sede na capital paulista, oito fábricas (situadas em Goiás, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Ceará) e uma mineradora (em Goiás), totalizando 1.700 funcionários próprios e uma rede de 15 mil revendedores. A companhia está listada no Novo Mercado da B3, a bolsa paulista, desde 2006.

Dentre os R$ 228,9 milhões de dívidas totais, R$ 459,7 mil são pendências com funcionários, R$ 36,2 milhões com credores com garantia real, R$ 190,7 milhões a credores sem garantia real (quirografários) e R$ 1,5 milhão a pequenas empresas.

O grupo Eternit, fabricante de telhas, caixas d'água, louças e metais sanitários, afirma, em petição na qual fez seu pedido de recuperação judicial, que será capaz de "retomar a curva de crescimento", após negociar com seus credores. A companhia pretende entregar o seu plano de reestruturação em um prazo de até 60 dias depois que seu pedido de recuperação for aceito pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

Companhia pretende entregar plano de reestruturação ematé 60 dias depois que o pedido de recuperação for aceito pelo Tribunal de Justiça de São Paulo Foto: HEINZ-PETER BADER/REUTERS

A Eternit protocolou, ontem à noite, pedido de proteção contra a execução de dívidas que totalizam R$ 228,9 milhões. A companhia afirma que, mesmo após realizar corte de custos e readequar suas operações, não tem condições de gerar caixa suficiente para fazer frente às obrigações financeiras, segundo documento assinado pelo escritório Galdino, Coelho e Mendes Advogados.

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O grupo atribui seus problemas, em parte, à longa crise econômica nacional, que reduziu fortemente a atividade no setor de construção civil. As fábricas de louças e metais sanitários, por exemplo, contam com capacidade de produção de 110 mil peças por mês, mas entregam apenas 50 mil atualmente.+ Petrobrás decide hibernar fábricas de fertilizantes em Sergipe e na Bahia

No entanto, o principal problema do grupo foi o encolhimento na procura por produtos à base de amianto por conta dos debates públicos sobre os efeitos nocivos desse material à saúde. Cerca de 25% da receita do grupo vêm da extração e da comercialização do amianto do tipo crisotila, bem como de produtos que empregam este material, como as telhas.

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De acordo com os advogados do grupo, o assunto não foi totalmente esgotado na Justiça, mas o risco de que a proibição seja validada em definitivo foi suficiente para causar um grande impacto no grupo, inclusive com bancos declinando de novos financiamentos.

Enquanto isso, a companhia buscava substituir o uso de amianto na produção de telhas de fibrocimento, mas suas linhas de produção ainda estavam em processo de adaptação.

Fundado em 1940, o grupo Eternit tem sede na capital paulista, oito fábricas (situadas em Goiás, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Ceará) e uma mineradora (em Goiás), totalizando 1.700 funcionários próprios e uma rede de 15 mil revendedores. A companhia está listada no Novo Mercado da B3, a bolsa paulista, desde 2006.

Dentre os R$ 228,9 milhões de dívidas totais, R$ 459,7 mil são pendências com funcionários, R$ 36,2 milhões com credores com garantia real, R$ 190,7 milhões a credores sem garantia real (quirografários) e R$ 1,5 milhão a pequenas empresas.

O grupo Eternit, fabricante de telhas, caixas d'água, louças e metais sanitários, afirma, em petição na qual fez seu pedido de recuperação judicial, que será capaz de "retomar a curva de crescimento", após negociar com seus credores. A companhia pretende entregar o seu plano de reestruturação em um prazo de até 60 dias depois que seu pedido de recuperação for aceito pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

Companhia pretende entregar plano de reestruturação ematé 60 dias depois que o pedido de recuperação for aceito pelo Tribunal de Justiça de São Paulo Foto: HEINZ-PETER BADER/REUTERS

A Eternit protocolou, ontem à noite, pedido de proteção contra a execução de dívidas que totalizam R$ 228,9 milhões. A companhia afirma que, mesmo após realizar corte de custos e readequar suas operações, não tem condições de gerar caixa suficiente para fazer frente às obrigações financeiras, segundo documento assinado pelo escritório Galdino, Coelho e Mendes Advogados.

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O grupo atribui seus problemas, em parte, à longa crise econômica nacional, que reduziu fortemente a atividade no setor de construção civil. As fábricas de louças e metais sanitários, por exemplo, contam com capacidade de produção de 110 mil peças por mês, mas entregam apenas 50 mil atualmente.+ Petrobrás decide hibernar fábricas de fertilizantes em Sergipe e na Bahia

No entanto, o principal problema do grupo foi o encolhimento na procura por produtos à base de amianto por conta dos debates públicos sobre os efeitos nocivos desse material à saúde. Cerca de 25% da receita do grupo vêm da extração e da comercialização do amianto do tipo crisotila, bem como de produtos que empregam este material, como as telhas.

O golpe fatal para a Eternit foi a decisão proferida em novembro do ano passado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de proibir as vendas de amianto crisotila em todo o País.+ Caixa vai reter lucro de 2017 para reforçar capital e emprestar mais

De acordo com os advogados do grupo, o assunto não foi totalmente esgotado na Justiça, mas o risco de que a proibição seja validada em definitivo foi suficiente para causar um grande impacto no grupo, inclusive com bancos declinando de novos financiamentos.

Enquanto isso, a companhia buscava substituir o uso de amianto na produção de telhas de fibrocimento, mas suas linhas de produção ainda estavam em processo de adaptação.

Fundado em 1940, o grupo Eternit tem sede na capital paulista, oito fábricas (situadas em Goiás, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Ceará) e uma mineradora (em Goiás), totalizando 1.700 funcionários próprios e uma rede de 15 mil revendedores. A companhia está listada no Novo Mercado da B3, a bolsa paulista, desde 2006.

Dentre os R$ 228,9 milhões de dívidas totais, R$ 459,7 mil são pendências com funcionários, R$ 36,2 milhões com credores com garantia real, R$ 190,7 milhões a credores sem garantia real (quirografários) e R$ 1,5 milhão a pequenas empresas.

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