Conselho da Fiesp marca reunião que pode destituir Josué Gomes do comando


Assembleia foi agendada para o próximo dia 21 e amplia crise na entidade das indústrias paulista; Gomes, que substitui Paulo Skaf no cargo, está na presidência desde janeiro

Por Fernanda Guimarães
Atualização:

Depois de o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) , Josué Gomes, não ter convocado uma assembleia após pedido de 86 sindicatos associados, a maioria do Conselho de Administração da entidade decidiu seguir em frente e marcar a reunião para o próximo dia 21 de dezembro. A assembleia poderá, na prática, culminar com a queda do presidente do cargo, que ocupa a cadeira desde janeiro.

Conforme o edital de convocação da assembleia, que foi publicado hoje, todos os itens da pauta giram em torno da atuação de Josué como presidente da entidade. Estão no texto, por exemplo, a necessidade de se debater a “atuação do sr. diretor presidente da Fiesp acerca de atos que denotam desvirtuamento dos fins estabelecidos nos estatutos, da Fiesp”, esclarecimentos sobre “atos e procedimentos que se encontram pormenorizados em correspondência do dia 16 de novembro”, momento que em os sindicatos pediram a convocação da assembleia.

Josué, segundo fontes, não teria convocado a assembleia porque o pedido não respeitaria as delimitações do estatuto. Para a atual convocação, não houve uma reunião formal de todo o Conselho ontem, quando a decisão foi tomada, mas foi uma decisão de conjunta dos 86 sindicatos, que formam uma maioria, de formalizar a convocação da assembleia. Segundo fontes, a insatisfação do grupo gira em torno da atuação do Josué da Fiesp, “que não tem tempo para reuniões” e “não ouve as demandas dos sindicatos”.

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“A questão é que Josué não tem tempo e não está disponível no dia a dia da Fiesp, como é necessário. Este é o problema”, diz uma das fontes, que faz parte do grupo que pediu a convocação da assembleia no dia 21. Segundo ele, houve a tentativa de dialogar com Josué desde o início do ano, mas que não houve espaço. “Ele foi advertido”, comenta. A intenção da assembleia, afirma, não é de derrubar Josué, mas que ele “reconquiste sua liderança política”.

Uma das fontes consultadas afirmou que, Josué, de fato, não está diariamente na federação, mas que isso não enseja a necessidade de derrubar o presidente da federação, eleito por maioria. “Isso só prejudica a própria entidade”, diz uma das fontes consultadas.

Uma fonte da Fiesp, que pediu anonimato, explicou que o que tem gerado insatisfação na verdade é a mudança na estrutura de poder na entidade, capitaneada pela gestão de Josué. Com isso, a federação trouxe de volta à Fiesp grandes industriais que tinham se afastado ao longo da gestão de Paulo Skaf, que ficou por quase duas décadas na frente da entidade.

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Josué Gomes está na presidência da Fiesp desde janeiro 


Pelo estatuto da Fiesp, que o Estadão teve acesso, a maioria absoluta dos sindicatos podem convocar uma assembleia em caso de negativa do presidente, mas decorrido um prazo de 30 dias. No edital, a justificativa para o prazo é de que a notificação pedindo a convocação da assembleia ocorreu no dia 18 de novembro. Com isso, o prazo exigido de 30 dias terminaria no dia 20 próximo, podendo, assim, haver a assembleia no dia 21 de dezembro, conforme a leitura do grupo. Para respeitar um prazo mínimo para a convocação de 10 dias para a data da assembleia, o edital foi publicado neste domingo, dia 11.

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Josué, que é filho do ex-vice-presidente no governo Lula, José Alencar, que morreu em 2011, é hoje o principal cotado para assumir o MDIC, que será recriado pelo presidente eleito, a partir de 2023, segundo fontes.

Fiesp tem hoje 112 associados

O momento é de grande divisão da Fiesp, conforme fontes consultadas pela reportagem. Um dos problemas levantados é de que uma grande maioria dos sindicatos que fazem parte da entidade – são 112 no total – são de pequeno porte e não envolve nenhuma das grandes indústrias.

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Um dos movimentos que ocorre em paralelo é para que o estatuto da entidade seja revisto após essa crise, assim como a própria formação do conselho da entidade, que conta com um número muito grande de representantes, com quase todos os sindicatos associados. “Estou muito envergonhado com tudo isso. Se eu fosse o Josué mandaria imediatamente minha demissão, ele não precisa desse posto e só está se desgastando”, disse uma fonte, que preside um grande sindicato.

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Conforme informações do estatuto da Fiesp, a perda do mandato pode ocorrer por “conduta incompatível com a ética”, “abandono do cargo”, dilapidação de do patrimônio social”, dentre outros itens. “Nada que justifique, de longe, o impeachment de Josué”, disseram fontes. Procurado, Josué Gomes não respondeu à reportagem até o momento.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), José Ricardo Roriz Coelho, afirmou que chamou sua atenção os “termos duros” usados no edital, que poderiam ser discutidos internamente. Disse ainda que o evento mostra a necessidade de se repensar o estatuto da federação, para que a entidade deixe de impor a vontade de um grupo para todos. “É preciso modernizar o sistema de federação”, comenta.

Depois de o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) , Josué Gomes, não ter convocado uma assembleia após pedido de 86 sindicatos associados, a maioria do Conselho de Administração da entidade decidiu seguir em frente e marcar a reunião para o próximo dia 21 de dezembro. A assembleia poderá, na prática, culminar com a queda do presidente do cargo, que ocupa a cadeira desde janeiro.

Conforme o edital de convocação da assembleia, que foi publicado hoje, todos os itens da pauta giram em torno da atuação de Josué como presidente da entidade. Estão no texto, por exemplo, a necessidade de se debater a “atuação do sr. diretor presidente da Fiesp acerca de atos que denotam desvirtuamento dos fins estabelecidos nos estatutos, da Fiesp”, esclarecimentos sobre “atos e procedimentos que se encontram pormenorizados em correspondência do dia 16 de novembro”, momento que em os sindicatos pediram a convocação da assembleia.

Josué, segundo fontes, não teria convocado a assembleia porque o pedido não respeitaria as delimitações do estatuto. Para a atual convocação, não houve uma reunião formal de todo o Conselho ontem, quando a decisão foi tomada, mas foi uma decisão de conjunta dos 86 sindicatos, que formam uma maioria, de formalizar a convocação da assembleia. Segundo fontes, a insatisfação do grupo gira em torno da atuação do Josué da Fiesp, “que não tem tempo para reuniões” e “não ouve as demandas dos sindicatos”.

“A questão é que Josué não tem tempo e não está disponível no dia a dia da Fiesp, como é necessário. Este é o problema”, diz uma das fontes, que faz parte do grupo que pediu a convocação da assembleia no dia 21. Segundo ele, houve a tentativa de dialogar com Josué desde o início do ano, mas que não houve espaço. “Ele foi advertido”, comenta. A intenção da assembleia, afirma, não é de derrubar Josué, mas que ele “reconquiste sua liderança política”.

Uma das fontes consultadas afirmou que, Josué, de fato, não está diariamente na federação, mas que isso não enseja a necessidade de derrubar o presidente da federação, eleito por maioria. “Isso só prejudica a própria entidade”, diz uma das fontes consultadas.

Uma fonte da Fiesp, que pediu anonimato, explicou que o que tem gerado insatisfação na verdade é a mudança na estrutura de poder na entidade, capitaneada pela gestão de Josué. Com isso, a federação trouxe de volta à Fiesp grandes industriais que tinham se afastado ao longo da gestão de Paulo Skaf, que ficou por quase duas décadas na frente da entidade.

Josué Gomes está na presidência da Fiesp desde janeiro 


Pelo estatuto da Fiesp, que o Estadão teve acesso, a maioria absoluta dos sindicatos podem convocar uma assembleia em caso de negativa do presidente, mas decorrido um prazo de 30 dias. No edital, a justificativa para o prazo é de que a notificação pedindo a convocação da assembleia ocorreu no dia 18 de novembro. Com isso, o prazo exigido de 30 dias terminaria no dia 20 próximo, podendo, assim, haver a assembleia no dia 21 de dezembro, conforme a leitura do grupo. Para respeitar um prazo mínimo para a convocação de 10 dias para a data da assembleia, o edital foi publicado neste domingo, dia 11.

Josué, que é filho do ex-vice-presidente no governo Lula, José Alencar, que morreu em 2011, é hoje o principal cotado para assumir o MDIC, que será recriado pelo presidente eleito, a partir de 2023, segundo fontes.

Fiesp tem hoje 112 associados

O momento é de grande divisão da Fiesp, conforme fontes consultadas pela reportagem. Um dos problemas levantados é de que uma grande maioria dos sindicatos que fazem parte da entidade – são 112 no total – são de pequeno porte e não envolve nenhuma das grandes indústrias.

Um dos movimentos que ocorre em paralelo é para que o estatuto da entidade seja revisto após essa crise, assim como a própria formação do conselho da entidade, que conta com um número muito grande de representantes, com quase todos os sindicatos associados. “Estou muito envergonhado com tudo isso. Se eu fosse o Josué mandaria imediatamente minha demissão, ele não precisa desse posto e só está se desgastando”, disse uma fonte, que preside um grande sindicato.

Conforme informações do estatuto da Fiesp, a perda do mandato pode ocorrer por “conduta incompatível com a ética”, “abandono do cargo”, dilapidação de do patrimônio social”, dentre outros itens. “Nada que justifique, de longe, o impeachment de Josué”, disseram fontes. Procurado, Josué Gomes não respondeu à reportagem até o momento.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), José Ricardo Roriz Coelho, afirmou que chamou sua atenção os “termos duros” usados no edital, que poderiam ser discutidos internamente. Disse ainda que o evento mostra a necessidade de se repensar o estatuto da federação, para que a entidade deixe de impor a vontade de um grupo para todos. “É preciso modernizar o sistema de federação”, comenta.

Depois de o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) , Josué Gomes, não ter convocado uma assembleia após pedido de 86 sindicatos associados, a maioria do Conselho de Administração da entidade decidiu seguir em frente e marcar a reunião para o próximo dia 21 de dezembro. A assembleia poderá, na prática, culminar com a queda do presidente do cargo, que ocupa a cadeira desde janeiro.

Conforme o edital de convocação da assembleia, que foi publicado hoje, todos os itens da pauta giram em torno da atuação de Josué como presidente da entidade. Estão no texto, por exemplo, a necessidade de se debater a “atuação do sr. diretor presidente da Fiesp acerca de atos que denotam desvirtuamento dos fins estabelecidos nos estatutos, da Fiesp”, esclarecimentos sobre “atos e procedimentos que se encontram pormenorizados em correspondência do dia 16 de novembro”, momento que em os sindicatos pediram a convocação da assembleia.

Josué, segundo fontes, não teria convocado a assembleia porque o pedido não respeitaria as delimitações do estatuto. Para a atual convocação, não houve uma reunião formal de todo o Conselho ontem, quando a decisão foi tomada, mas foi uma decisão de conjunta dos 86 sindicatos, que formam uma maioria, de formalizar a convocação da assembleia. Segundo fontes, a insatisfação do grupo gira em torno da atuação do Josué da Fiesp, “que não tem tempo para reuniões” e “não ouve as demandas dos sindicatos”.

“A questão é que Josué não tem tempo e não está disponível no dia a dia da Fiesp, como é necessário. Este é o problema”, diz uma das fontes, que faz parte do grupo que pediu a convocação da assembleia no dia 21. Segundo ele, houve a tentativa de dialogar com Josué desde o início do ano, mas que não houve espaço. “Ele foi advertido”, comenta. A intenção da assembleia, afirma, não é de derrubar Josué, mas que ele “reconquiste sua liderança política”.

Uma das fontes consultadas afirmou que, Josué, de fato, não está diariamente na federação, mas que isso não enseja a necessidade de derrubar o presidente da federação, eleito por maioria. “Isso só prejudica a própria entidade”, diz uma das fontes consultadas.

Uma fonte da Fiesp, que pediu anonimato, explicou que o que tem gerado insatisfação na verdade é a mudança na estrutura de poder na entidade, capitaneada pela gestão de Josué. Com isso, a federação trouxe de volta à Fiesp grandes industriais que tinham se afastado ao longo da gestão de Paulo Skaf, que ficou por quase duas décadas na frente da entidade.

Josué Gomes está na presidência da Fiesp desde janeiro 


Pelo estatuto da Fiesp, que o Estadão teve acesso, a maioria absoluta dos sindicatos podem convocar uma assembleia em caso de negativa do presidente, mas decorrido um prazo de 30 dias. No edital, a justificativa para o prazo é de que a notificação pedindo a convocação da assembleia ocorreu no dia 18 de novembro. Com isso, o prazo exigido de 30 dias terminaria no dia 20 próximo, podendo, assim, haver a assembleia no dia 21 de dezembro, conforme a leitura do grupo. Para respeitar um prazo mínimo para a convocação de 10 dias para a data da assembleia, o edital foi publicado neste domingo, dia 11.

Josué, que é filho do ex-vice-presidente no governo Lula, José Alencar, que morreu em 2011, é hoje o principal cotado para assumir o MDIC, que será recriado pelo presidente eleito, a partir de 2023, segundo fontes.

Fiesp tem hoje 112 associados

O momento é de grande divisão da Fiesp, conforme fontes consultadas pela reportagem. Um dos problemas levantados é de que uma grande maioria dos sindicatos que fazem parte da entidade – são 112 no total – são de pequeno porte e não envolve nenhuma das grandes indústrias.

Um dos movimentos que ocorre em paralelo é para que o estatuto da entidade seja revisto após essa crise, assim como a própria formação do conselho da entidade, que conta com um número muito grande de representantes, com quase todos os sindicatos associados. “Estou muito envergonhado com tudo isso. Se eu fosse o Josué mandaria imediatamente minha demissão, ele não precisa desse posto e só está se desgastando”, disse uma fonte, que preside um grande sindicato.

Conforme informações do estatuto da Fiesp, a perda do mandato pode ocorrer por “conduta incompatível com a ética”, “abandono do cargo”, dilapidação de do patrimônio social”, dentre outros itens. “Nada que justifique, de longe, o impeachment de Josué”, disseram fontes. Procurado, Josué Gomes não respondeu à reportagem até o momento.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), José Ricardo Roriz Coelho, afirmou que chamou sua atenção os “termos duros” usados no edital, que poderiam ser discutidos internamente. Disse ainda que o evento mostra a necessidade de se repensar o estatuto da federação, para que a entidade deixe de impor a vontade de um grupo para todos. “É preciso modernizar o sistema de federação”, comenta.

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