Frooty Açaí, controlada pelo Pátria, estreia na China em 2024 e planeja abrir capital na Bolsa


Internacionalização de empresa que já está em 15 países é importante para o crescimento do negócio

Por Geovani Bucci
Atualização:

ESPECIAL PARA O ESTADÃO - Em quase 30 anos de atuação, a Frooty Açaí já conseguiu levar a essência da Amazônia para os pratos de americanos, australianos e árabes. Com o ajuda dos investidores do Pátria, controladora do grupo, a empresa se movimenta agora para mostrar a identidade da floresta enquanto caminha para um passo promissor: o desembarque no mercado chinês. A estreia está prevista para o início de 2024.

Fundada em 1994, a fabricante de açaí já está presente em 15 países e tem no currículo também aquisições no exterior, como a rede Makai, nos Estados Unidos, comprada em 2022. A internacionalização é um pilar importante para sustentar um crescimento previsto na casa de dois dígitos nos próximos anos, uma receita que, combinada ao histórico do Pátria, deve terminar na Bolsa de Valores. Uma eventual abertura de capital é vista como um caminho possível, um objeto de desejo para o futuro.

“Considerando o tamanho da operação que temos, essa conversa ainda não está na mesa, mas vamos dizer que isso é um sonho para frente”, afirma o CEO da Frooty Açaí, Alexandre Miranda, em entrevista ao Estadão/Broadcast.

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Líder no mercado brasileiro, com 48% de participação, segundo relatório da Nielsen, a marca fatura hoje R$ 260 milhões e prevê crescer 10% neste ano. Para os próximos dois anos, a expectativa é avançar até 15%. Um dos aspectos vendidos como diferenciais da Frooty Açaí é o fato dos seus produtos - cupuaçu e pitaya, além do próprio açaí - carregarem uma identidade própria, por saírem de dentro da Amazônia.

Para agradar os chineses, receita pode ter modificações Foto: FELIPE RAU/AE / undefined

“Estamos no meio da floresta. Existem muitas empresas que compram de lá e fabricam aqui no Sudeste ou em outros Estados, nós temos duas fábricas na região e compramos de pequenos produtores extrativistas”, afirma Miranda.

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A essência da Amazônia é uma forma de tentar chamar a atenção do público para aspectos que vão além da mesa. “Queremos que o consumidor esteja do nosso lado na transformação da bioeconomia da Amazônia”, afirma Miranda. “Não acreditamos que ele vai pagar mais por isso, mas que ele vai deixar de consumir outras marcas que eventualmente não o fazem.”

Para a consultora estratégica e CEO da Gouvêa Foodservice, Cristina Souza, trata-se de um apelo interessante, mas que traz alguns desafios. “Existem duas possibilidades que envolvem o manejo da comunicação: deixar claro que não há agressão à floresta e trabalhar uma adaptação cultural do novo mercado”, diz.

Expansão para a China

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O aspecto amazônico é uma bandeira carregada na expansão pelo mundo. No mercado chinês, por exemplo, o trabalho começa do zero já que o açaí é praticamente inexistente como produto. A intenção é desenvolver esse ‘produto novo da Amazônia’ no território.

“Devemos entrar na China no início de 2024. Já temos negociado com um parceiro”, diz Miranda. “Pode ser um lugar estratégico para expansão da marca, porque pode acelerar exponencialmente os resultados de faturamento.”

De acordo com Cristina Souza, da Gouvea Foodservice, o primeiro desafio que a marca terá é construir uma base de aceitação e um desejo de experimentação pelo consumidor. “É muito importante verificar culturalmente como esse produto se conecta. Não se pode considerar que toda a população vá aderir de primeira”, afirma.

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Além do desafio da aceitação, que muitas vezes passa pela alteração na composição da fórmula ou ingrediente adicional, ela lembra da distribuição como um ponto importante. Trata-se de um produto que tem altíssima dependência da cadeia de frio, de processamento depois que é colhido e questões técnicas envolvendo transporte.

A empresa foi criada por Marcelo Cesana, um jovem que até então jogava tênis. Inicialmente funcionava como uma casa de frozen iogurt e só a partir de 1999 começou a trabalhar com a linha de açaí.

Em 2004, Cesana convidou um amigo que já trabalhava com o produto para se tornar sócio da companhia. Naquela época era um nicho para esportistas de jiu jitsu e surf. Mas a Frooty colocou o produto nas gôndolas dos supermercados e levou o produto para fora do Estado, popularizando o açaí. O Pátria entrou apenas em 2014.

ESPECIAL PARA O ESTADÃO - Em quase 30 anos de atuação, a Frooty Açaí já conseguiu levar a essência da Amazônia para os pratos de americanos, australianos e árabes. Com o ajuda dos investidores do Pátria, controladora do grupo, a empresa se movimenta agora para mostrar a identidade da floresta enquanto caminha para um passo promissor: o desembarque no mercado chinês. A estreia está prevista para o início de 2024.

Fundada em 1994, a fabricante de açaí já está presente em 15 países e tem no currículo também aquisições no exterior, como a rede Makai, nos Estados Unidos, comprada em 2022. A internacionalização é um pilar importante para sustentar um crescimento previsto na casa de dois dígitos nos próximos anos, uma receita que, combinada ao histórico do Pátria, deve terminar na Bolsa de Valores. Uma eventual abertura de capital é vista como um caminho possível, um objeto de desejo para o futuro.

“Considerando o tamanho da operação que temos, essa conversa ainda não está na mesa, mas vamos dizer que isso é um sonho para frente”, afirma o CEO da Frooty Açaí, Alexandre Miranda, em entrevista ao Estadão/Broadcast.

Líder no mercado brasileiro, com 48% de participação, segundo relatório da Nielsen, a marca fatura hoje R$ 260 milhões e prevê crescer 10% neste ano. Para os próximos dois anos, a expectativa é avançar até 15%. Um dos aspectos vendidos como diferenciais da Frooty Açaí é o fato dos seus produtos - cupuaçu e pitaya, além do próprio açaí - carregarem uma identidade própria, por saírem de dentro da Amazônia.

Para agradar os chineses, receita pode ter modificações Foto: FELIPE RAU/AE / undefined

“Estamos no meio da floresta. Existem muitas empresas que compram de lá e fabricam aqui no Sudeste ou em outros Estados, nós temos duas fábricas na região e compramos de pequenos produtores extrativistas”, afirma Miranda.

A essência da Amazônia é uma forma de tentar chamar a atenção do público para aspectos que vão além da mesa. “Queremos que o consumidor esteja do nosso lado na transformação da bioeconomia da Amazônia”, afirma Miranda. “Não acreditamos que ele vai pagar mais por isso, mas que ele vai deixar de consumir outras marcas que eventualmente não o fazem.”

Para a consultora estratégica e CEO da Gouvêa Foodservice, Cristina Souza, trata-se de um apelo interessante, mas que traz alguns desafios. “Existem duas possibilidades que envolvem o manejo da comunicação: deixar claro que não há agressão à floresta e trabalhar uma adaptação cultural do novo mercado”, diz.

Expansão para a China

O aspecto amazônico é uma bandeira carregada na expansão pelo mundo. No mercado chinês, por exemplo, o trabalho começa do zero já que o açaí é praticamente inexistente como produto. A intenção é desenvolver esse ‘produto novo da Amazônia’ no território.

“Devemos entrar na China no início de 2024. Já temos negociado com um parceiro”, diz Miranda. “Pode ser um lugar estratégico para expansão da marca, porque pode acelerar exponencialmente os resultados de faturamento.”

De acordo com Cristina Souza, da Gouvea Foodservice, o primeiro desafio que a marca terá é construir uma base de aceitação e um desejo de experimentação pelo consumidor. “É muito importante verificar culturalmente como esse produto se conecta. Não se pode considerar que toda a população vá aderir de primeira”, afirma.

Além do desafio da aceitação, que muitas vezes passa pela alteração na composição da fórmula ou ingrediente adicional, ela lembra da distribuição como um ponto importante. Trata-se de um produto que tem altíssima dependência da cadeia de frio, de processamento depois que é colhido e questões técnicas envolvendo transporte.

A empresa foi criada por Marcelo Cesana, um jovem que até então jogava tênis. Inicialmente funcionava como uma casa de frozen iogurt e só a partir de 1999 começou a trabalhar com a linha de açaí.

Em 2004, Cesana convidou um amigo que já trabalhava com o produto para se tornar sócio da companhia. Naquela época era um nicho para esportistas de jiu jitsu e surf. Mas a Frooty colocou o produto nas gôndolas dos supermercados e levou o produto para fora do Estado, popularizando o açaí. O Pátria entrou apenas em 2014.

ESPECIAL PARA O ESTADÃO - Em quase 30 anos de atuação, a Frooty Açaí já conseguiu levar a essência da Amazônia para os pratos de americanos, australianos e árabes. Com o ajuda dos investidores do Pátria, controladora do grupo, a empresa se movimenta agora para mostrar a identidade da floresta enquanto caminha para um passo promissor: o desembarque no mercado chinês. A estreia está prevista para o início de 2024.

Fundada em 1994, a fabricante de açaí já está presente em 15 países e tem no currículo também aquisições no exterior, como a rede Makai, nos Estados Unidos, comprada em 2022. A internacionalização é um pilar importante para sustentar um crescimento previsto na casa de dois dígitos nos próximos anos, uma receita que, combinada ao histórico do Pátria, deve terminar na Bolsa de Valores. Uma eventual abertura de capital é vista como um caminho possível, um objeto de desejo para o futuro.

“Considerando o tamanho da operação que temos, essa conversa ainda não está na mesa, mas vamos dizer que isso é um sonho para frente”, afirma o CEO da Frooty Açaí, Alexandre Miranda, em entrevista ao Estadão/Broadcast.

Líder no mercado brasileiro, com 48% de participação, segundo relatório da Nielsen, a marca fatura hoje R$ 260 milhões e prevê crescer 10% neste ano. Para os próximos dois anos, a expectativa é avançar até 15%. Um dos aspectos vendidos como diferenciais da Frooty Açaí é o fato dos seus produtos - cupuaçu e pitaya, além do próprio açaí - carregarem uma identidade própria, por saírem de dentro da Amazônia.

Para agradar os chineses, receita pode ter modificações Foto: FELIPE RAU/AE / undefined

“Estamos no meio da floresta. Existem muitas empresas que compram de lá e fabricam aqui no Sudeste ou em outros Estados, nós temos duas fábricas na região e compramos de pequenos produtores extrativistas”, afirma Miranda.

A essência da Amazônia é uma forma de tentar chamar a atenção do público para aspectos que vão além da mesa. “Queremos que o consumidor esteja do nosso lado na transformação da bioeconomia da Amazônia”, afirma Miranda. “Não acreditamos que ele vai pagar mais por isso, mas que ele vai deixar de consumir outras marcas que eventualmente não o fazem.”

Para a consultora estratégica e CEO da Gouvêa Foodservice, Cristina Souza, trata-se de um apelo interessante, mas que traz alguns desafios. “Existem duas possibilidades que envolvem o manejo da comunicação: deixar claro que não há agressão à floresta e trabalhar uma adaptação cultural do novo mercado”, diz.

Expansão para a China

O aspecto amazônico é uma bandeira carregada na expansão pelo mundo. No mercado chinês, por exemplo, o trabalho começa do zero já que o açaí é praticamente inexistente como produto. A intenção é desenvolver esse ‘produto novo da Amazônia’ no território.

“Devemos entrar na China no início de 2024. Já temos negociado com um parceiro”, diz Miranda. “Pode ser um lugar estratégico para expansão da marca, porque pode acelerar exponencialmente os resultados de faturamento.”

De acordo com Cristina Souza, da Gouvea Foodservice, o primeiro desafio que a marca terá é construir uma base de aceitação e um desejo de experimentação pelo consumidor. “É muito importante verificar culturalmente como esse produto se conecta. Não se pode considerar que toda a população vá aderir de primeira”, afirma.

Além do desafio da aceitação, que muitas vezes passa pela alteração na composição da fórmula ou ingrediente adicional, ela lembra da distribuição como um ponto importante. Trata-se de um produto que tem altíssima dependência da cadeia de frio, de processamento depois que é colhido e questões técnicas envolvendo transporte.

A empresa foi criada por Marcelo Cesana, um jovem que até então jogava tênis. Inicialmente funcionava como uma casa de frozen iogurt e só a partir de 1999 começou a trabalhar com a linha de açaí.

Em 2004, Cesana convidou um amigo que já trabalhava com o produto para se tornar sócio da companhia. Naquela época era um nicho para esportistas de jiu jitsu e surf. Mas a Frooty colocou o produto nas gôndolas dos supermercados e levou o produto para fora do Estado, popularizando o açaí. O Pátria entrou apenas em 2014.

ESPECIAL PARA O ESTADÃO - Em quase 30 anos de atuação, a Frooty Açaí já conseguiu levar a essência da Amazônia para os pratos de americanos, australianos e árabes. Com o ajuda dos investidores do Pátria, controladora do grupo, a empresa se movimenta agora para mostrar a identidade da floresta enquanto caminha para um passo promissor: o desembarque no mercado chinês. A estreia está prevista para o início de 2024.

Fundada em 1994, a fabricante de açaí já está presente em 15 países e tem no currículo também aquisições no exterior, como a rede Makai, nos Estados Unidos, comprada em 2022. A internacionalização é um pilar importante para sustentar um crescimento previsto na casa de dois dígitos nos próximos anos, uma receita que, combinada ao histórico do Pátria, deve terminar na Bolsa de Valores. Uma eventual abertura de capital é vista como um caminho possível, um objeto de desejo para o futuro.

“Considerando o tamanho da operação que temos, essa conversa ainda não está na mesa, mas vamos dizer que isso é um sonho para frente”, afirma o CEO da Frooty Açaí, Alexandre Miranda, em entrevista ao Estadão/Broadcast.

Líder no mercado brasileiro, com 48% de participação, segundo relatório da Nielsen, a marca fatura hoje R$ 260 milhões e prevê crescer 10% neste ano. Para os próximos dois anos, a expectativa é avançar até 15%. Um dos aspectos vendidos como diferenciais da Frooty Açaí é o fato dos seus produtos - cupuaçu e pitaya, além do próprio açaí - carregarem uma identidade própria, por saírem de dentro da Amazônia.

Para agradar os chineses, receita pode ter modificações Foto: FELIPE RAU/AE / undefined

“Estamos no meio da floresta. Existem muitas empresas que compram de lá e fabricam aqui no Sudeste ou em outros Estados, nós temos duas fábricas na região e compramos de pequenos produtores extrativistas”, afirma Miranda.

A essência da Amazônia é uma forma de tentar chamar a atenção do público para aspectos que vão além da mesa. “Queremos que o consumidor esteja do nosso lado na transformação da bioeconomia da Amazônia”, afirma Miranda. “Não acreditamos que ele vai pagar mais por isso, mas que ele vai deixar de consumir outras marcas que eventualmente não o fazem.”

Para a consultora estratégica e CEO da Gouvêa Foodservice, Cristina Souza, trata-se de um apelo interessante, mas que traz alguns desafios. “Existem duas possibilidades que envolvem o manejo da comunicação: deixar claro que não há agressão à floresta e trabalhar uma adaptação cultural do novo mercado”, diz.

Expansão para a China

O aspecto amazônico é uma bandeira carregada na expansão pelo mundo. No mercado chinês, por exemplo, o trabalho começa do zero já que o açaí é praticamente inexistente como produto. A intenção é desenvolver esse ‘produto novo da Amazônia’ no território.

“Devemos entrar na China no início de 2024. Já temos negociado com um parceiro”, diz Miranda. “Pode ser um lugar estratégico para expansão da marca, porque pode acelerar exponencialmente os resultados de faturamento.”

De acordo com Cristina Souza, da Gouvea Foodservice, o primeiro desafio que a marca terá é construir uma base de aceitação e um desejo de experimentação pelo consumidor. “É muito importante verificar culturalmente como esse produto se conecta. Não se pode considerar que toda a população vá aderir de primeira”, afirma.

Além do desafio da aceitação, que muitas vezes passa pela alteração na composição da fórmula ou ingrediente adicional, ela lembra da distribuição como um ponto importante. Trata-se de um produto que tem altíssima dependência da cadeia de frio, de processamento depois que é colhido e questões técnicas envolvendo transporte.

A empresa foi criada por Marcelo Cesana, um jovem que até então jogava tênis. Inicialmente funcionava como uma casa de frozen iogurt e só a partir de 1999 começou a trabalhar com a linha de açaí.

Em 2004, Cesana convidou um amigo que já trabalhava com o produto para se tornar sócio da companhia. Naquela época era um nicho para esportistas de jiu jitsu e surf. Mas a Frooty colocou o produto nas gôndolas dos supermercados e levou o produto para fora do Estado, popularizando o açaí. O Pátria entrou apenas em 2014.

ESPECIAL PARA O ESTADÃO - Em quase 30 anos de atuação, a Frooty Açaí já conseguiu levar a essência da Amazônia para os pratos de americanos, australianos e árabes. Com o ajuda dos investidores do Pátria, controladora do grupo, a empresa se movimenta agora para mostrar a identidade da floresta enquanto caminha para um passo promissor: o desembarque no mercado chinês. A estreia está prevista para o início de 2024.

Fundada em 1994, a fabricante de açaí já está presente em 15 países e tem no currículo também aquisições no exterior, como a rede Makai, nos Estados Unidos, comprada em 2022. A internacionalização é um pilar importante para sustentar um crescimento previsto na casa de dois dígitos nos próximos anos, uma receita que, combinada ao histórico do Pátria, deve terminar na Bolsa de Valores. Uma eventual abertura de capital é vista como um caminho possível, um objeto de desejo para o futuro.

“Considerando o tamanho da operação que temos, essa conversa ainda não está na mesa, mas vamos dizer que isso é um sonho para frente”, afirma o CEO da Frooty Açaí, Alexandre Miranda, em entrevista ao Estadão/Broadcast.

Líder no mercado brasileiro, com 48% de participação, segundo relatório da Nielsen, a marca fatura hoje R$ 260 milhões e prevê crescer 10% neste ano. Para os próximos dois anos, a expectativa é avançar até 15%. Um dos aspectos vendidos como diferenciais da Frooty Açaí é o fato dos seus produtos - cupuaçu e pitaya, além do próprio açaí - carregarem uma identidade própria, por saírem de dentro da Amazônia.

Para agradar os chineses, receita pode ter modificações Foto: FELIPE RAU/AE / undefined

“Estamos no meio da floresta. Existem muitas empresas que compram de lá e fabricam aqui no Sudeste ou em outros Estados, nós temos duas fábricas na região e compramos de pequenos produtores extrativistas”, afirma Miranda.

A essência da Amazônia é uma forma de tentar chamar a atenção do público para aspectos que vão além da mesa. “Queremos que o consumidor esteja do nosso lado na transformação da bioeconomia da Amazônia”, afirma Miranda. “Não acreditamos que ele vai pagar mais por isso, mas que ele vai deixar de consumir outras marcas que eventualmente não o fazem.”

Para a consultora estratégica e CEO da Gouvêa Foodservice, Cristina Souza, trata-se de um apelo interessante, mas que traz alguns desafios. “Existem duas possibilidades que envolvem o manejo da comunicação: deixar claro que não há agressão à floresta e trabalhar uma adaptação cultural do novo mercado”, diz.

Expansão para a China

O aspecto amazônico é uma bandeira carregada na expansão pelo mundo. No mercado chinês, por exemplo, o trabalho começa do zero já que o açaí é praticamente inexistente como produto. A intenção é desenvolver esse ‘produto novo da Amazônia’ no território.

“Devemos entrar na China no início de 2024. Já temos negociado com um parceiro”, diz Miranda. “Pode ser um lugar estratégico para expansão da marca, porque pode acelerar exponencialmente os resultados de faturamento.”

De acordo com Cristina Souza, da Gouvea Foodservice, o primeiro desafio que a marca terá é construir uma base de aceitação e um desejo de experimentação pelo consumidor. “É muito importante verificar culturalmente como esse produto se conecta. Não se pode considerar que toda a população vá aderir de primeira”, afirma.

Além do desafio da aceitação, que muitas vezes passa pela alteração na composição da fórmula ou ingrediente adicional, ela lembra da distribuição como um ponto importante. Trata-se de um produto que tem altíssima dependência da cadeia de frio, de processamento depois que é colhido e questões técnicas envolvendo transporte.

A empresa foi criada por Marcelo Cesana, um jovem que até então jogava tênis. Inicialmente funcionava como uma casa de frozen iogurt e só a partir de 1999 começou a trabalhar com a linha de açaí.

Em 2004, Cesana convidou um amigo que já trabalhava com o produto para se tornar sócio da companhia. Naquela época era um nicho para esportistas de jiu jitsu e surf. Mas a Frooty colocou o produto nas gôndolas dos supermercados e levou o produto para fora do Estado, popularizando o açaí. O Pátria entrou apenas em 2014.

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