O parque Hopi Hari está impedido legalmente de efetuar pagamentos para seus credores por causa de uma decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), que suspendeu em meados de março a homologação do plano de recuperação da empresa. A proibição inclui os titulares de créditos trabalhistas que vinham sendo pagos antes mesmo da homologação do plano.
Os administradores do parque informaram que a suspensão dos pagamentos ocorreu com a concessão de um pedido liminar apresentado pelos credores Alpha Consultoria e o banco Bradesco, que teriam crédito não preferencial de R$ 528 mil.
Os credores do Hopi Hari que aprovaram o plano em assembleia, em fevereiro, têm cerca de R$ 400 milhões a receber. Segundo a gestão da empresa, o parque tentou pagar os credores trabalhistas, com base em uma permissão em primeira instância da Justiça, e conseguiu que alguns créditos fossem realizados. No entanto, a decisão do desembargador, e de segunda instância, impediu a continuidade dos pagamentos.
Em comunicado oficial, o Hopi Hari lamentou a situação e esclareceu que seus advogados tentam reverter a "decisão monocrática que suspendeu a homologação de seu plano de recuperação". A companhia espera a retomada dos pagamentos em cumprimento ao plano de recuperação judicial o mais breve possível.
Recuperação judicial
Em recuperação judicial desde 2016, o Hopi Hari busca, desde fevereiro deste ano, comprovar sua regularidade fiscal, sob o risco de ter decretada sua falência. A aprovação do plano no começo de 2022 foi viabilizada pelo sinal verde dado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A insituição é a maior credora do parque.
Inaugurado em 1999, o parque foi construído com recursos da gestora GP e quatro fundos de pensão: Previ (dos funcionários do Banco do Brasil), Petros (Petrobras), Funcef (Caixa Econômica Federal) e Sistel.