Hurb demite cerca de 40% dos funcionários, um dia após suspensão de venda de pacotes flexíveis


Empresa fala em ‘readequação de quadro de colaboradores’ e lamenta as decisões tomadas

Por João Scheller
Atualização:

Um dia após a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) determinar a suspensão das vendas de pacotes flexíveis pela agência de viagens Hurb, a empresa iniciou um processo de demissão de cerca de 400 funcionários. O número é equivalente a cerca de 40% do total de colaboradores da companhia, segundo funcionários da empresa. Posts no LinkedIn mencionam o desligamento de profissionais de diferentes áreas, como designers, programadores e gerentes de operação.

Em nota, a companhia menciona a “readequação de seu quadro de colaboradores, além de outras ações que visam a redução de despesas”. A empresa afirma ainda que “está promovendo mudanças em todas as suas áreas, como parte da reestruturação da companhia” e lamenta as decisões tomadas.

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A modalidade flexível era um dos principais negócios da empresa e consistia na possibilidade dos clientes sugerirem três possíveis datas de viagem para que a Hurb selecionasse uma delas ou uma data próxima. A flexibilidade fornecida pela modalidade permitiria com que a companhia buscasse preços mais competitivos, o que justificaria os valores baixos cobrados pelos pacotes.

Porém, com o número cada vez maior de clientes sem resposta da empresa após o limite de envio das informações de viagem fez com que uma enxurrada de críticas surgissem nas redes sociais e em canais de reclamações como Reclame Aqui e na própria Senacon.

Como o Estadão mostrou, só nos primeiros quatro meses deste ano, o número de processos contra a companhia na Justiça de São Paulo foi 46% maior do que o registrado em todo o ano passado.

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CEO da Hurb João Mendes, que renunciou ao cargo no final de abril Foto: Hurb/Divulgação

A reação do então CEO da empresa, João Mendes, fez com que a crise de imagem se agravasse ainda mais. Ele divulgou vídeos institucionais debochando das reclamações e chegou a gravar e publicar nas redes o momento em que xingava um cliente que se queixava sobre o cancelamento de uma viagem com a Hurb em um grupo de mensagens.

No final de abril, após o aumento das críticas, Mendes renunciou ao cargo, dando espaço a Otavio Brissant, até então general council da Hurb. O novo presidente chegou a protocolar junto à Senacon um plano de ação para solucionar os problemas que a empresa vinha enfrentando junto aos clientes.

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Em entrevista ao Estadão, João Mendes chegou a afirmar que todos os usuários que compraram passagens com a Hurb iriam viajar e disse que fora “pego de surpresa” pela dificuldade de acessar o caixa da empresa e honrar os contratos.

A suspensão pela Senacon das vendas de pacotes flexíveis foi anunciada na segunda-feira, 29, devido a “irregularidades encontradas nas práticas comerciais” da Hurb. Segundo nota divulgada pelo órgão, a medida foi tomada para garantir que os problemas referentes às vendas já realizadas sejam sanadas antes de novos pacotes serem comercializados pela Hurb.

Um dia após a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) determinar a suspensão das vendas de pacotes flexíveis pela agência de viagens Hurb, a empresa iniciou um processo de demissão de cerca de 400 funcionários. O número é equivalente a cerca de 40% do total de colaboradores da companhia, segundo funcionários da empresa. Posts no LinkedIn mencionam o desligamento de profissionais de diferentes áreas, como designers, programadores e gerentes de operação.

Em nota, a companhia menciona a “readequação de seu quadro de colaboradores, além de outras ações que visam a redução de despesas”. A empresa afirma ainda que “está promovendo mudanças em todas as suas áreas, como parte da reestruturação da companhia” e lamenta as decisões tomadas.

A modalidade flexível era um dos principais negócios da empresa e consistia na possibilidade dos clientes sugerirem três possíveis datas de viagem para que a Hurb selecionasse uma delas ou uma data próxima. A flexibilidade fornecida pela modalidade permitiria com que a companhia buscasse preços mais competitivos, o que justificaria os valores baixos cobrados pelos pacotes.

Porém, com o número cada vez maior de clientes sem resposta da empresa após o limite de envio das informações de viagem fez com que uma enxurrada de críticas surgissem nas redes sociais e em canais de reclamações como Reclame Aqui e na própria Senacon.

Como o Estadão mostrou, só nos primeiros quatro meses deste ano, o número de processos contra a companhia na Justiça de São Paulo foi 46% maior do que o registrado em todo o ano passado.

CEO da Hurb João Mendes, que renunciou ao cargo no final de abril Foto: Hurb/Divulgação

A reação do então CEO da empresa, João Mendes, fez com que a crise de imagem se agravasse ainda mais. Ele divulgou vídeos institucionais debochando das reclamações e chegou a gravar e publicar nas redes o momento em que xingava um cliente que se queixava sobre o cancelamento de uma viagem com a Hurb em um grupo de mensagens.

No final de abril, após o aumento das críticas, Mendes renunciou ao cargo, dando espaço a Otavio Brissant, até então general council da Hurb. O novo presidente chegou a protocolar junto à Senacon um plano de ação para solucionar os problemas que a empresa vinha enfrentando junto aos clientes.

Em entrevista ao Estadão, João Mendes chegou a afirmar que todos os usuários que compraram passagens com a Hurb iriam viajar e disse que fora “pego de surpresa” pela dificuldade de acessar o caixa da empresa e honrar os contratos.

A suspensão pela Senacon das vendas de pacotes flexíveis foi anunciada na segunda-feira, 29, devido a “irregularidades encontradas nas práticas comerciais” da Hurb. Segundo nota divulgada pelo órgão, a medida foi tomada para garantir que os problemas referentes às vendas já realizadas sejam sanadas antes de novos pacotes serem comercializados pela Hurb.

Um dia após a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) determinar a suspensão das vendas de pacotes flexíveis pela agência de viagens Hurb, a empresa iniciou um processo de demissão de cerca de 400 funcionários. O número é equivalente a cerca de 40% do total de colaboradores da companhia, segundo funcionários da empresa. Posts no LinkedIn mencionam o desligamento de profissionais de diferentes áreas, como designers, programadores e gerentes de operação.

Em nota, a companhia menciona a “readequação de seu quadro de colaboradores, além de outras ações que visam a redução de despesas”. A empresa afirma ainda que “está promovendo mudanças em todas as suas áreas, como parte da reestruturação da companhia” e lamenta as decisões tomadas.

A modalidade flexível era um dos principais negócios da empresa e consistia na possibilidade dos clientes sugerirem três possíveis datas de viagem para que a Hurb selecionasse uma delas ou uma data próxima. A flexibilidade fornecida pela modalidade permitiria com que a companhia buscasse preços mais competitivos, o que justificaria os valores baixos cobrados pelos pacotes.

Porém, com o número cada vez maior de clientes sem resposta da empresa após o limite de envio das informações de viagem fez com que uma enxurrada de críticas surgissem nas redes sociais e em canais de reclamações como Reclame Aqui e na própria Senacon.

Como o Estadão mostrou, só nos primeiros quatro meses deste ano, o número de processos contra a companhia na Justiça de São Paulo foi 46% maior do que o registrado em todo o ano passado.

CEO da Hurb João Mendes, que renunciou ao cargo no final de abril Foto: Hurb/Divulgação

A reação do então CEO da empresa, João Mendes, fez com que a crise de imagem se agravasse ainda mais. Ele divulgou vídeos institucionais debochando das reclamações e chegou a gravar e publicar nas redes o momento em que xingava um cliente que se queixava sobre o cancelamento de uma viagem com a Hurb em um grupo de mensagens.

No final de abril, após o aumento das críticas, Mendes renunciou ao cargo, dando espaço a Otavio Brissant, até então general council da Hurb. O novo presidente chegou a protocolar junto à Senacon um plano de ação para solucionar os problemas que a empresa vinha enfrentando junto aos clientes.

Em entrevista ao Estadão, João Mendes chegou a afirmar que todos os usuários que compraram passagens com a Hurb iriam viajar e disse que fora “pego de surpresa” pela dificuldade de acessar o caixa da empresa e honrar os contratos.

A suspensão pela Senacon das vendas de pacotes flexíveis foi anunciada na segunda-feira, 29, devido a “irregularidades encontradas nas práticas comerciais” da Hurb. Segundo nota divulgada pelo órgão, a medida foi tomada para garantir que os problemas referentes às vendas já realizadas sejam sanadas antes de novos pacotes serem comercializados pela Hurb.

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