‘Há fila de europeus interessados em investimento verde no Brasil’, diz presidente da Eurocâmaras


Investidores buscam oportunidades em energia sustentável e mercado de carbono; europeus foram responsáveis por 62,9% do investimento direto no Brasil em 2021

Por Beatriz Bulla
Atualização:

Novo representante da Eurocâmaras no Brasil, o empresário italiano Graziano Messana afirma que há alto interesse de investimento dos europeus no País, sobretudo em energia sustentável e no mercado de carbono. “A matriz energética na Europa está bastante suja e é muito caro fazer investimento em transição energética. No Brasil, a matriz energética é altamente renovável. Empresas buscam os investidores e dizem que no Brasil há melhores condições de retorno, é um ‘storytelling’ muito bem recebido na Europa”, afirma Messana.

O italiano assumiu nesta quinta-feira, 1, o comando da instituição que representa 15 câmaras de comércio e 5 mil empresas europeias no Brasil. As câmaras comerciais de países como Alemanha, Espanha, França e Itália estão entre associadas. Messana é presidente também da Câmara de Comércio Italiana de São Paulo.

A questão ambiental e a preocupação com os índices de desmatamento na Amazônia mobilizam parte da sociedade, classe política e empresas europeias. O Parlamento Europeu aprovou, em abril, legislação para barrar a entrada de produtos oriundos de áreas florestais desmatadas. O acordo negociado entre União Europeia e Mercosul também está travado porque os europeus redigiram um protocolo adicional com novas exigências de compromissos climáticos, algo que Brasília considera “desbalanceado”.

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Segundo Messana, há percepção na Europa de que a questão do desmatamento ilegal na Amazônia está controlado atualmente. “Mudou o governo e não se fala mais de problema na Amazônia”, diz o italiano. A política ambiental, que flexibilizou controles de fiscalização na Amazônia e o aumento das queimadas na floresta, no início do governo Bolsonaro, gerou uma onda de críticas por parte dos europeus e chegou a ameaçar a finalização do acordo UE-Mercosul.

As recentes medidas aprovadas pelo Congresso brasileiro na área ambiental, criticadas por ambientalistas, repercutiram pouco na Europa, na avaliação do empresário. “A polêmica que está rolando aqui não chegou a respingar lá, não deu um efeito de bloqueio de interesse em relação aos temas ambientais. Todo país tem problema político interno”, afirma. O cenário seria diferente, diz o italiano, se a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, conhecida internacionalmente como uma referência na área, deixasse o cargo. “Se chegasse ao ponto de a Marina sair, seria muito ruim, daria um curto circuito difícil de explicar”, afirma.

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Ele afirma que há interesse em investimento, por exemplo, em energia eólica, além de tecnologias sustentáveis para aumento de eficiência na produção agrícola. Com relação ao mercado de carbono, a Eurocâmaras defende que haja uma mudança na atual legislação que regula a compra de imóveis rurais por estrangeiros. De acordo com ele, exigir sociedade com empresa brasileira como majoritária para a compra de terras é um entrave ao investimento estrangeiro no mercado de carbono.

“Há fila de investidores estrangeiros na Europa que querem entrar no mercado de crédito de carbono no Brasil e estão se descabelando para entender como fazer. Na Europa não tem onde plantar árvores. É uma tremenda oportunidade para o Brasil contar com investimento para preservação ambiental”, afirma.

Representante da Eurocâmaras, o empresário italiano Graziano Messana, diz que há interesse em investimento, por exemplo, em energia eólica e além de tecnologias sustentáveis para aumento de eficiência na produção agrícola Foto: JF DIORIO/ESTADÃO
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Messana diz que os estrangeiros esperam uma regulação, por parte do Banco Central, sobre a forma de enviar créditos de carbono emitidos no Brasil para outros países, o que seria um atrativo para os investimentos no mercado local.

Os dados mais recentes do Banco Central apontam que a Europa é a principal região investidora no Brasil. Os europeus foram responsáveis por 62,9% do investimento direto no País em 2021, com US$ 567,3 bilhões destinados ao Brasil. A América do Norte, que vem em segundo lugar, responde por 22,2% dos investimentos daquele ano.

Segundo ele, o cenário internacional e nacional favorece o investimento estrangeiro no Brasil pela resiliência da economia a despeito de crises, independência do Banco Central, arrefecimento das polêmicas sobre a Amazônia, câmbio em patamar interessante para os europeus, entre outros fatores. Ele espera um aumento dos investimentos europeus no Brasil em 2023.

Novo representante da Eurocâmaras no Brasil, o empresário italiano Graziano Messana afirma que há alto interesse de investimento dos europeus no País, sobretudo em energia sustentável e no mercado de carbono. “A matriz energética na Europa está bastante suja e é muito caro fazer investimento em transição energética. No Brasil, a matriz energética é altamente renovável. Empresas buscam os investidores e dizem que no Brasil há melhores condições de retorno, é um ‘storytelling’ muito bem recebido na Europa”, afirma Messana.

O italiano assumiu nesta quinta-feira, 1, o comando da instituição que representa 15 câmaras de comércio e 5 mil empresas europeias no Brasil. As câmaras comerciais de países como Alemanha, Espanha, França e Itália estão entre associadas. Messana é presidente também da Câmara de Comércio Italiana de São Paulo.

A questão ambiental e a preocupação com os índices de desmatamento na Amazônia mobilizam parte da sociedade, classe política e empresas europeias. O Parlamento Europeu aprovou, em abril, legislação para barrar a entrada de produtos oriundos de áreas florestais desmatadas. O acordo negociado entre União Europeia e Mercosul também está travado porque os europeus redigiram um protocolo adicional com novas exigências de compromissos climáticos, algo que Brasília considera “desbalanceado”.

Segundo Messana, há percepção na Europa de que a questão do desmatamento ilegal na Amazônia está controlado atualmente. “Mudou o governo e não se fala mais de problema na Amazônia”, diz o italiano. A política ambiental, que flexibilizou controles de fiscalização na Amazônia e o aumento das queimadas na floresta, no início do governo Bolsonaro, gerou uma onda de críticas por parte dos europeus e chegou a ameaçar a finalização do acordo UE-Mercosul.

As recentes medidas aprovadas pelo Congresso brasileiro na área ambiental, criticadas por ambientalistas, repercutiram pouco na Europa, na avaliação do empresário. “A polêmica que está rolando aqui não chegou a respingar lá, não deu um efeito de bloqueio de interesse em relação aos temas ambientais. Todo país tem problema político interno”, afirma. O cenário seria diferente, diz o italiano, se a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, conhecida internacionalmente como uma referência na área, deixasse o cargo. “Se chegasse ao ponto de a Marina sair, seria muito ruim, daria um curto circuito difícil de explicar”, afirma.

Ele afirma que há interesse em investimento, por exemplo, em energia eólica, além de tecnologias sustentáveis para aumento de eficiência na produção agrícola. Com relação ao mercado de carbono, a Eurocâmaras defende que haja uma mudança na atual legislação que regula a compra de imóveis rurais por estrangeiros. De acordo com ele, exigir sociedade com empresa brasileira como majoritária para a compra de terras é um entrave ao investimento estrangeiro no mercado de carbono.

“Há fila de investidores estrangeiros na Europa que querem entrar no mercado de crédito de carbono no Brasil e estão se descabelando para entender como fazer. Na Europa não tem onde plantar árvores. É uma tremenda oportunidade para o Brasil contar com investimento para preservação ambiental”, afirma.

Representante da Eurocâmaras, o empresário italiano Graziano Messana, diz que há interesse em investimento, por exemplo, em energia eólica e além de tecnologias sustentáveis para aumento de eficiência na produção agrícola Foto: JF DIORIO/ESTADÃO

Messana diz que os estrangeiros esperam uma regulação, por parte do Banco Central, sobre a forma de enviar créditos de carbono emitidos no Brasil para outros países, o que seria um atrativo para os investimentos no mercado local.

Os dados mais recentes do Banco Central apontam que a Europa é a principal região investidora no Brasil. Os europeus foram responsáveis por 62,9% do investimento direto no País em 2021, com US$ 567,3 bilhões destinados ao Brasil. A América do Norte, que vem em segundo lugar, responde por 22,2% dos investimentos daquele ano.

Segundo ele, o cenário internacional e nacional favorece o investimento estrangeiro no Brasil pela resiliência da economia a despeito de crises, independência do Banco Central, arrefecimento das polêmicas sobre a Amazônia, câmbio em patamar interessante para os europeus, entre outros fatores. Ele espera um aumento dos investimentos europeus no Brasil em 2023.

Novo representante da Eurocâmaras no Brasil, o empresário italiano Graziano Messana afirma que há alto interesse de investimento dos europeus no País, sobretudo em energia sustentável e no mercado de carbono. “A matriz energética na Europa está bastante suja e é muito caro fazer investimento em transição energética. No Brasil, a matriz energética é altamente renovável. Empresas buscam os investidores e dizem que no Brasil há melhores condições de retorno, é um ‘storytelling’ muito bem recebido na Europa”, afirma Messana.

O italiano assumiu nesta quinta-feira, 1, o comando da instituição que representa 15 câmaras de comércio e 5 mil empresas europeias no Brasil. As câmaras comerciais de países como Alemanha, Espanha, França e Itália estão entre associadas. Messana é presidente também da Câmara de Comércio Italiana de São Paulo.

A questão ambiental e a preocupação com os índices de desmatamento na Amazônia mobilizam parte da sociedade, classe política e empresas europeias. O Parlamento Europeu aprovou, em abril, legislação para barrar a entrada de produtos oriundos de áreas florestais desmatadas. O acordo negociado entre União Europeia e Mercosul também está travado porque os europeus redigiram um protocolo adicional com novas exigências de compromissos climáticos, algo que Brasília considera “desbalanceado”.

Segundo Messana, há percepção na Europa de que a questão do desmatamento ilegal na Amazônia está controlado atualmente. “Mudou o governo e não se fala mais de problema na Amazônia”, diz o italiano. A política ambiental, que flexibilizou controles de fiscalização na Amazônia e o aumento das queimadas na floresta, no início do governo Bolsonaro, gerou uma onda de críticas por parte dos europeus e chegou a ameaçar a finalização do acordo UE-Mercosul.

As recentes medidas aprovadas pelo Congresso brasileiro na área ambiental, criticadas por ambientalistas, repercutiram pouco na Europa, na avaliação do empresário. “A polêmica que está rolando aqui não chegou a respingar lá, não deu um efeito de bloqueio de interesse em relação aos temas ambientais. Todo país tem problema político interno”, afirma. O cenário seria diferente, diz o italiano, se a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, conhecida internacionalmente como uma referência na área, deixasse o cargo. “Se chegasse ao ponto de a Marina sair, seria muito ruim, daria um curto circuito difícil de explicar”, afirma.

Ele afirma que há interesse em investimento, por exemplo, em energia eólica, além de tecnologias sustentáveis para aumento de eficiência na produção agrícola. Com relação ao mercado de carbono, a Eurocâmaras defende que haja uma mudança na atual legislação que regula a compra de imóveis rurais por estrangeiros. De acordo com ele, exigir sociedade com empresa brasileira como majoritária para a compra de terras é um entrave ao investimento estrangeiro no mercado de carbono.

“Há fila de investidores estrangeiros na Europa que querem entrar no mercado de crédito de carbono no Brasil e estão se descabelando para entender como fazer. Na Europa não tem onde plantar árvores. É uma tremenda oportunidade para o Brasil contar com investimento para preservação ambiental”, afirma.

Representante da Eurocâmaras, o empresário italiano Graziano Messana, diz que há interesse em investimento, por exemplo, em energia eólica e além de tecnologias sustentáveis para aumento de eficiência na produção agrícola Foto: JF DIORIO/ESTADÃO

Messana diz que os estrangeiros esperam uma regulação, por parte do Banco Central, sobre a forma de enviar créditos de carbono emitidos no Brasil para outros países, o que seria um atrativo para os investimentos no mercado local.

Os dados mais recentes do Banco Central apontam que a Europa é a principal região investidora no Brasil. Os europeus foram responsáveis por 62,9% do investimento direto no País em 2021, com US$ 567,3 bilhões destinados ao Brasil. A América do Norte, que vem em segundo lugar, responde por 22,2% dos investimentos daquele ano.

Segundo ele, o cenário internacional e nacional favorece o investimento estrangeiro no Brasil pela resiliência da economia a despeito de crises, independência do Banco Central, arrefecimento das polêmicas sobre a Amazônia, câmbio em patamar interessante para os europeus, entre outros fatores. Ele espera um aumento dos investimentos europeus no Brasil em 2023.

Novo representante da Eurocâmaras no Brasil, o empresário italiano Graziano Messana afirma que há alto interesse de investimento dos europeus no País, sobretudo em energia sustentável e no mercado de carbono. “A matriz energética na Europa está bastante suja e é muito caro fazer investimento em transição energética. No Brasil, a matriz energética é altamente renovável. Empresas buscam os investidores e dizem que no Brasil há melhores condições de retorno, é um ‘storytelling’ muito bem recebido na Europa”, afirma Messana.

O italiano assumiu nesta quinta-feira, 1, o comando da instituição que representa 15 câmaras de comércio e 5 mil empresas europeias no Brasil. As câmaras comerciais de países como Alemanha, Espanha, França e Itália estão entre associadas. Messana é presidente também da Câmara de Comércio Italiana de São Paulo.

A questão ambiental e a preocupação com os índices de desmatamento na Amazônia mobilizam parte da sociedade, classe política e empresas europeias. O Parlamento Europeu aprovou, em abril, legislação para barrar a entrada de produtos oriundos de áreas florestais desmatadas. O acordo negociado entre União Europeia e Mercosul também está travado porque os europeus redigiram um protocolo adicional com novas exigências de compromissos climáticos, algo que Brasília considera “desbalanceado”.

Segundo Messana, há percepção na Europa de que a questão do desmatamento ilegal na Amazônia está controlado atualmente. “Mudou o governo e não se fala mais de problema na Amazônia”, diz o italiano. A política ambiental, que flexibilizou controles de fiscalização na Amazônia e o aumento das queimadas na floresta, no início do governo Bolsonaro, gerou uma onda de críticas por parte dos europeus e chegou a ameaçar a finalização do acordo UE-Mercosul.

As recentes medidas aprovadas pelo Congresso brasileiro na área ambiental, criticadas por ambientalistas, repercutiram pouco na Europa, na avaliação do empresário. “A polêmica que está rolando aqui não chegou a respingar lá, não deu um efeito de bloqueio de interesse em relação aos temas ambientais. Todo país tem problema político interno”, afirma. O cenário seria diferente, diz o italiano, se a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, conhecida internacionalmente como uma referência na área, deixasse o cargo. “Se chegasse ao ponto de a Marina sair, seria muito ruim, daria um curto circuito difícil de explicar”, afirma.

Ele afirma que há interesse em investimento, por exemplo, em energia eólica, além de tecnologias sustentáveis para aumento de eficiência na produção agrícola. Com relação ao mercado de carbono, a Eurocâmaras defende que haja uma mudança na atual legislação que regula a compra de imóveis rurais por estrangeiros. De acordo com ele, exigir sociedade com empresa brasileira como majoritária para a compra de terras é um entrave ao investimento estrangeiro no mercado de carbono.

“Há fila de investidores estrangeiros na Europa que querem entrar no mercado de crédito de carbono no Brasil e estão se descabelando para entender como fazer. Na Europa não tem onde plantar árvores. É uma tremenda oportunidade para o Brasil contar com investimento para preservação ambiental”, afirma.

Representante da Eurocâmaras, o empresário italiano Graziano Messana, diz que há interesse em investimento, por exemplo, em energia eólica e além de tecnologias sustentáveis para aumento de eficiência na produção agrícola Foto: JF DIORIO/ESTADÃO

Messana diz que os estrangeiros esperam uma regulação, por parte do Banco Central, sobre a forma de enviar créditos de carbono emitidos no Brasil para outros países, o que seria um atrativo para os investimentos no mercado local.

Os dados mais recentes do Banco Central apontam que a Europa é a principal região investidora no Brasil. Os europeus foram responsáveis por 62,9% do investimento direto no País em 2021, com US$ 567,3 bilhões destinados ao Brasil. A América do Norte, que vem em segundo lugar, responde por 22,2% dos investimentos daquele ano.

Segundo ele, o cenário internacional e nacional favorece o investimento estrangeiro no Brasil pela resiliência da economia a despeito de crises, independência do Banco Central, arrefecimento das polêmicas sobre a Amazônia, câmbio em patamar interessante para os europeus, entre outros fatores. Ele espera um aumento dos investimentos europeus no Brasil em 2023.

Novo representante da Eurocâmaras no Brasil, o empresário italiano Graziano Messana afirma que há alto interesse de investimento dos europeus no País, sobretudo em energia sustentável e no mercado de carbono. “A matriz energética na Europa está bastante suja e é muito caro fazer investimento em transição energética. No Brasil, a matriz energética é altamente renovável. Empresas buscam os investidores e dizem que no Brasil há melhores condições de retorno, é um ‘storytelling’ muito bem recebido na Europa”, afirma Messana.

O italiano assumiu nesta quinta-feira, 1, o comando da instituição que representa 15 câmaras de comércio e 5 mil empresas europeias no Brasil. As câmaras comerciais de países como Alemanha, Espanha, França e Itália estão entre associadas. Messana é presidente também da Câmara de Comércio Italiana de São Paulo.

A questão ambiental e a preocupação com os índices de desmatamento na Amazônia mobilizam parte da sociedade, classe política e empresas europeias. O Parlamento Europeu aprovou, em abril, legislação para barrar a entrada de produtos oriundos de áreas florestais desmatadas. O acordo negociado entre União Europeia e Mercosul também está travado porque os europeus redigiram um protocolo adicional com novas exigências de compromissos climáticos, algo que Brasília considera “desbalanceado”.

Segundo Messana, há percepção na Europa de que a questão do desmatamento ilegal na Amazônia está controlado atualmente. “Mudou o governo e não se fala mais de problema na Amazônia”, diz o italiano. A política ambiental, que flexibilizou controles de fiscalização na Amazônia e o aumento das queimadas na floresta, no início do governo Bolsonaro, gerou uma onda de críticas por parte dos europeus e chegou a ameaçar a finalização do acordo UE-Mercosul.

As recentes medidas aprovadas pelo Congresso brasileiro na área ambiental, criticadas por ambientalistas, repercutiram pouco na Europa, na avaliação do empresário. “A polêmica que está rolando aqui não chegou a respingar lá, não deu um efeito de bloqueio de interesse em relação aos temas ambientais. Todo país tem problema político interno”, afirma. O cenário seria diferente, diz o italiano, se a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, conhecida internacionalmente como uma referência na área, deixasse o cargo. “Se chegasse ao ponto de a Marina sair, seria muito ruim, daria um curto circuito difícil de explicar”, afirma.

Ele afirma que há interesse em investimento, por exemplo, em energia eólica, além de tecnologias sustentáveis para aumento de eficiência na produção agrícola. Com relação ao mercado de carbono, a Eurocâmaras defende que haja uma mudança na atual legislação que regula a compra de imóveis rurais por estrangeiros. De acordo com ele, exigir sociedade com empresa brasileira como majoritária para a compra de terras é um entrave ao investimento estrangeiro no mercado de carbono.

“Há fila de investidores estrangeiros na Europa que querem entrar no mercado de crédito de carbono no Brasil e estão se descabelando para entender como fazer. Na Europa não tem onde plantar árvores. É uma tremenda oportunidade para o Brasil contar com investimento para preservação ambiental”, afirma.

Representante da Eurocâmaras, o empresário italiano Graziano Messana, diz que há interesse em investimento, por exemplo, em energia eólica e além de tecnologias sustentáveis para aumento de eficiência na produção agrícola Foto: JF DIORIO/ESTADÃO

Messana diz que os estrangeiros esperam uma regulação, por parte do Banco Central, sobre a forma de enviar créditos de carbono emitidos no Brasil para outros países, o que seria um atrativo para os investimentos no mercado local.

Os dados mais recentes do Banco Central apontam que a Europa é a principal região investidora no Brasil. Os europeus foram responsáveis por 62,9% do investimento direto no País em 2021, com US$ 567,3 bilhões destinados ao Brasil. A América do Norte, que vem em segundo lugar, responde por 22,2% dos investimentos daquele ano.

Segundo ele, o cenário internacional e nacional favorece o investimento estrangeiro no Brasil pela resiliência da economia a despeito de crises, independência do Banco Central, arrefecimento das polêmicas sobre a Amazônia, câmbio em patamar interessante para os europeus, entre outros fatores. Ele espera um aumento dos investimentos europeus no Brasil em 2023.

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