Madero fecha unidades do Jeronimo em regiões nobres de SP e renegocia dívida


Empresa faz reestruturação da dívida e reavalia rentabilidade das lojas para equilibrar as contas

Por Lucas Agrela
Atualização:

O Madero fechou duas unidades da hamburgueria Jeronimo em São Paulo, uma na Vila Madalena e outra em Pinheiros. A empresa passa por uma reestruturação nas finanças, ainda abaladas pelas medidas sanitárias para conter a pandemia de covid-19 no País e por seu modelo de negócio de alto custo.

A dívida líquida, de R$ 898,8 milhões, representa 70% da receita líquida do Madero em 2022, que foi de R$ 1,48 bilhão. Por isso, o Madero tem feito uma análise das operações menos rentáveis, que estão sendo fechadas. Nesta semana, a empresa anunciou a renegociação de uma dívida de R$ 435 milhões com Banco do Brasil, Bradesco e BTG Pactual. A companhia também assinou um aditivo em relação à quarta emissão de debêntures (títulos de dívida).

Neste ano, a marca Jerônimo ganhou apenas uma nova unidade, em Curitiba (PR). Já uma loja da marca principal do Madero foi inaugurada no aeroporto de Congonhas (SP), quebrando o jejum de lançamentos depois de pisar no freio em 2022 para reduzir o endividamento.

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SAO PAULO SP 30/06/2023 ECONOMIA - FACHADA/ JERONIMO - Fachada onde abrigavam o restaurante Jeronimo na Rua Henrique Schaumann, em Pinheiros. FOTO TABA BENEDICTO / ESTADAO Foto: TABA BENEDICTO

Além da marca própria, a companhia tem lojas do Jeronimo, da Legno, de comida italiana, e da Dundee, de frango frito. A marca Jeronimo foi criada em 2017 pelo empresário Junior Durski, fundador e CEO, com o nome em homenagem ao seu tataravô.

De acordo com a empresa, a marca Jeronimo não deixará de existir. Trata-se apenas de uma gestão de portfólio de lojas, considerando a rentabilidade de cada unidade. O Madero prevê fechar o ano com um modesto aumento no número total de lojas, incluindo todas as suas marcas.

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O sócio fundador da Food Consulting, Sérgio Molinari, afirma que o endividamento do Madero se dá devido ao seu modelo de negócios. Porém, a rolagem de uma dívida bilionária é indicativo de que os credores veem boas perspectivas para o segmento de alimentação fora do lar.

“O Grupo Madero tem um modelo de desenvolvimento próprio, com fábricas e grande produção de orgânicos. É uma linha de altíssimo investimento que assegura coisas importantes em termos de qualidade, diferenciação, saudabilidade e sustentabilidade. Mas tudo isso tem um custo”, diz Molinari.

O especialista avalia ainda que o fechamento de unidades de uma rede como o Jeronimo não é um sinal positivo, especialmente porque a rede depende de um alto volume de tráfego para ter rentabilidade, como acontece com concorrentes como McDonald’s e Bob’s.

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No primeiro trimestre de 2023, o Madero teve aumento de 29% na receita ante igual período no ano anterior, fechando março com R$ 392,9 milhões. O prejuízo líquido caiu 20%, indo a R$ 43,5 milhões.

A empresa diz que os juros altos na economia brasileira exigiram aumento de caixa, o que levou a despesas não recorrentes no começo deste ano.

Restaurante Jeronimo na Rua Wisard, na Vila Madalena Foto: TABA BENEDICTO
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O Madero é parte do grupo de empresa que estava na fila da abertura de capital na bolsa de valores em 2021, mas decidiram desistir da operação devido às mudanças no cenário macroeconômico. Outros casos são Iguá Saneamento, Lupo e Coty.

Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, a renegociação de dívidas do Madero atenua o endividamento da empresa, mas a tese da necessidade de um pedido de recuperação judicial para pagar os credores ganha cada vez mais força no mercado devido ao crescimento da dívida, em grande parte, devido ao patamar elevado da taxa Selic.

Atualização: Em nota ao Estadão, o Grupo Madero informou que renegociou dívida de R$ 435 milhões em 2023, e não R$ 1 bilhão. Como consequência, o prazo médio da dívida da companhia aumentou para três anos, e sua dívida de curto prazo reduziu em 44%.

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“Os termos do reperfilamento contemplam principalmente a redução das taxas de juros de CDI + 7,18% para CDI + 6,5% e o alongamento do prazo de carência de amortização do principal em 12 meses, prorrogando o vencimento da primeira parcela de amortização para setembro de 2024. Os prazos totais das dívidas permanecem inalterados”, informou a empresa.

Por fim, a empresa diz que o fechamento das duas pequenas citadas na reportagem ocorreu em dezembro de 2022, portanto, “muito antes do reperfilamento”, e estão em linha com o plano estratégico de gestão ativa da rede e ganho de eficiência. A rede possui atualmente 274 unidades.

O Madero fechou duas unidades da hamburgueria Jeronimo em São Paulo, uma na Vila Madalena e outra em Pinheiros. A empresa passa por uma reestruturação nas finanças, ainda abaladas pelas medidas sanitárias para conter a pandemia de covid-19 no País e por seu modelo de negócio de alto custo.

A dívida líquida, de R$ 898,8 milhões, representa 70% da receita líquida do Madero em 2022, que foi de R$ 1,48 bilhão. Por isso, o Madero tem feito uma análise das operações menos rentáveis, que estão sendo fechadas. Nesta semana, a empresa anunciou a renegociação de uma dívida de R$ 435 milhões com Banco do Brasil, Bradesco e BTG Pactual. A companhia também assinou um aditivo em relação à quarta emissão de debêntures (títulos de dívida).

Neste ano, a marca Jerônimo ganhou apenas uma nova unidade, em Curitiba (PR). Já uma loja da marca principal do Madero foi inaugurada no aeroporto de Congonhas (SP), quebrando o jejum de lançamentos depois de pisar no freio em 2022 para reduzir o endividamento.

SAO PAULO SP 30/06/2023 ECONOMIA - FACHADA/ JERONIMO - Fachada onde abrigavam o restaurante Jeronimo na Rua Henrique Schaumann, em Pinheiros. FOTO TABA BENEDICTO / ESTADAO Foto: TABA BENEDICTO

Além da marca própria, a companhia tem lojas do Jeronimo, da Legno, de comida italiana, e da Dundee, de frango frito. A marca Jeronimo foi criada em 2017 pelo empresário Junior Durski, fundador e CEO, com o nome em homenagem ao seu tataravô.

De acordo com a empresa, a marca Jeronimo não deixará de existir. Trata-se apenas de uma gestão de portfólio de lojas, considerando a rentabilidade de cada unidade. O Madero prevê fechar o ano com um modesto aumento no número total de lojas, incluindo todas as suas marcas.

O sócio fundador da Food Consulting, Sérgio Molinari, afirma que o endividamento do Madero se dá devido ao seu modelo de negócios. Porém, a rolagem de uma dívida bilionária é indicativo de que os credores veem boas perspectivas para o segmento de alimentação fora do lar.

“O Grupo Madero tem um modelo de desenvolvimento próprio, com fábricas e grande produção de orgânicos. É uma linha de altíssimo investimento que assegura coisas importantes em termos de qualidade, diferenciação, saudabilidade e sustentabilidade. Mas tudo isso tem um custo”, diz Molinari.

O especialista avalia ainda que o fechamento de unidades de uma rede como o Jeronimo não é um sinal positivo, especialmente porque a rede depende de um alto volume de tráfego para ter rentabilidade, como acontece com concorrentes como McDonald’s e Bob’s.

No primeiro trimestre de 2023, o Madero teve aumento de 29% na receita ante igual período no ano anterior, fechando março com R$ 392,9 milhões. O prejuízo líquido caiu 20%, indo a R$ 43,5 milhões.

A empresa diz que os juros altos na economia brasileira exigiram aumento de caixa, o que levou a despesas não recorrentes no começo deste ano.

Restaurante Jeronimo na Rua Wisard, na Vila Madalena Foto: TABA BENEDICTO

O Madero é parte do grupo de empresa que estava na fila da abertura de capital na bolsa de valores em 2021, mas decidiram desistir da operação devido às mudanças no cenário macroeconômico. Outros casos são Iguá Saneamento, Lupo e Coty.

Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, a renegociação de dívidas do Madero atenua o endividamento da empresa, mas a tese da necessidade de um pedido de recuperação judicial para pagar os credores ganha cada vez mais força no mercado devido ao crescimento da dívida, em grande parte, devido ao patamar elevado da taxa Selic.

Atualização: Em nota ao Estadão, o Grupo Madero informou que renegociou dívida de R$ 435 milhões em 2023, e não R$ 1 bilhão. Como consequência, o prazo médio da dívida da companhia aumentou para três anos, e sua dívida de curto prazo reduziu em 44%.

“Os termos do reperfilamento contemplam principalmente a redução das taxas de juros de CDI + 7,18% para CDI + 6,5% e o alongamento do prazo de carência de amortização do principal em 12 meses, prorrogando o vencimento da primeira parcela de amortização para setembro de 2024. Os prazos totais das dívidas permanecem inalterados”, informou a empresa.

Por fim, a empresa diz que o fechamento das duas pequenas citadas na reportagem ocorreu em dezembro de 2022, portanto, “muito antes do reperfilamento”, e estão em linha com o plano estratégico de gestão ativa da rede e ganho de eficiência. A rede possui atualmente 274 unidades.

O Madero fechou duas unidades da hamburgueria Jeronimo em São Paulo, uma na Vila Madalena e outra em Pinheiros. A empresa passa por uma reestruturação nas finanças, ainda abaladas pelas medidas sanitárias para conter a pandemia de covid-19 no País e por seu modelo de negócio de alto custo.

A dívida líquida, de R$ 898,8 milhões, representa 70% da receita líquida do Madero em 2022, que foi de R$ 1,48 bilhão. Por isso, o Madero tem feito uma análise das operações menos rentáveis, que estão sendo fechadas. Nesta semana, a empresa anunciou a renegociação de uma dívida de R$ 435 milhões com Banco do Brasil, Bradesco e BTG Pactual. A companhia também assinou um aditivo em relação à quarta emissão de debêntures (títulos de dívida).

Neste ano, a marca Jerônimo ganhou apenas uma nova unidade, em Curitiba (PR). Já uma loja da marca principal do Madero foi inaugurada no aeroporto de Congonhas (SP), quebrando o jejum de lançamentos depois de pisar no freio em 2022 para reduzir o endividamento.

SAO PAULO SP 30/06/2023 ECONOMIA - FACHADA/ JERONIMO - Fachada onde abrigavam o restaurante Jeronimo na Rua Henrique Schaumann, em Pinheiros. FOTO TABA BENEDICTO / ESTADAO Foto: TABA BENEDICTO

Além da marca própria, a companhia tem lojas do Jeronimo, da Legno, de comida italiana, e da Dundee, de frango frito. A marca Jeronimo foi criada em 2017 pelo empresário Junior Durski, fundador e CEO, com o nome em homenagem ao seu tataravô.

De acordo com a empresa, a marca Jeronimo não deixará de existir. Trata-se apenas de uma gestão de portfólio de lojas, considerando a rentabilidade de cada unidade. O Madero prevê fechar o ano com um modesto aumento no número total de lojas, incluindo todas as suas marcas.

O sócio fundador da Food Consulting, Sérgio Molinari, afirma que o endividamento do Madero se dá devido ao seu modelo de negócios. Porém, a rolagem de uma dívida bilionária é indicativo de que os credores veem boas perspectivas para o segmento de alimentação fora do lar.

“O Grupo Madero tem um modelo de desenvolvimento próprio, com fábricas e grande produção de orgânicos. É uma linha de altíssimo investimento que assegura coisas importantes em termos de qualidade, diferenciação, saudabilidade e sustentabilidade. Mas tudo isso tem um custo”, diz Molinari.

O especialista avalia ainda que o fechamento de unidades de uma rede como o Jeronimo não é um sinal positivo, especialmente porque a rede depende de um alto volume de tráfego para ter rentabilidade, como acontece com concorrentes como McDonald’s e Bob’s.

No primeiro trimestre de 2023, o Madero teve aumento de 29% na receita ante igual período no ano anterior, fechando março com R$ 392,9 milhões. O prejuízo líquido caiu 20%, indo a R$ 43,5 milhões.

A empresa diz que os juros altos na economia brasileira exigiram aumento de caixa, o que levou a despesas não recorrentes no começo deste ano.

Restaurante Jeronimo na Rua Wisard, na Vila Madalena Foto: TABA BENEDICTO

O Madero é parte do grupo de empresa que estava na fila da abertura de capital na bolsa de valores em 2021, mas decidiram desistir da operação devido às mudanças no cenário macroeconômico. Outros casos são Iguá Saneamento, Lupo e Coty.

Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, a renegociação de dívidas do Madero atenua o endividamento da empresa, mas a tese da necessidade de um pedido de recuperação judicial para pagar os credores ganha cada vez mais força no mercado devido ao crescimento da dívida, em grande parte, devido ao patamar elevado da taxa Selic.

Atualização: Em nota ao Estadão, o Grupo Madero informou que renegociou dívida de R$ 435 milhões em 2023, e não R$ 1 bilhão. Como consequência, o prazo médio da dívida da companhia aumentou para três anos, e sua dívida de curto prazo reduziu em 44%.

“Os termos do reperfilamento contemplam principalmente a redução das taxas de juros de CDI + 7,18% para CDI + 6,5% e o alongamento do prazo de carência de amortização do principal em 12 meses, prorrogando o vencimento da primeira parcela de amortização para setembro de 2024. Os prazos totais das dívidas permanecem inalterados”, informou a empresa.

Por fim, a empresa diz que o fechamento das duas pequenas citadas na reportagem ocorreu em dezembro de 2022, portanto, “muito antes do reperfilamento”, e estão em linha com o plano estratégico de gestão ativa da rede e ganho de eficiência. A rede possui atualmente 274 unidades.

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