Madero obtém financiamento de R$ 500 milhões com juros menores para pagar dívida e fazer caixa


Operação com bancos permitirá acrescentar R$ 80 milhões ao caixa, para investimentos futuros; IPO não é mais prioridade

Por Carlos Eduardo Valim
Atualização:

O Madero anunciou nesta segunda-feira, 8, a captação de financiamento de R$ 500 milhões junto a bancos. A rede de alimentação fundada por Junior Durski obteve recursos com prazo de cinco anos e juros a CDI mais 3,85% ao ano, que será reduzido para CDI mais 2,75% em abril de 2025. Os bancos envolvidos foram Bradesco, Itaú, BTG, Banco do Brasil e, desta vez, também o Santander.

A dívida anterior do grupo estava em CDI mais 6,5%. Com isso, as condições de pagamento melhoram substancialmente. Segundo o diretor financeiro do grupo, Ariel Szwarc, os recursos serão utilizados para quitar as dívidas bancárias de R$ 420 milhões, e os R$ 80 milhões restantes poderão compor o caixa. “Isso foi possível por conta do bom desempenho da companhia nos últimos trimestres, e da melhoria do resultado operacional”, afirma.

A empresa segurou nos últimos meses os planos de expansão da rede, para promover uma melhoria de processos internos e resolver a questão financeira, mas novos investimentos para crescimento devem ser retomados no futuro. No início do ano passado, quatro unidades foram fechadas.

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Rede fundada por Junior Durski obteve recursos com prazo de cinco anos e juros menores Foto: Werther Santana/Estadão

O principal trabalho, de acordo com Durski, envolveu buscar ganhos de eficiência. “Atacamos de todos os lados”, diz o fundador, que também é CEO da empresa. “Baixamos custos com fornecedores, utilizando melhor as compras. A gente tinha também 21 restaurantes de baixa performance e agora não temos nenhum.”

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Isso significou mudança da marca de algumas unidades ou mesmo alterações de localidade. São exemplos um restaurante de Juiz de Fora (MG), que estava em shopping center que passou a trazer maus resultados e das unidades da rede no bairro do Itaim, em São Paulo, explica Durski. “No Itaim, o perfil do consumo mudou após a pandemia. E unidades que iam bem passaram a ir mal”, diz. “Então, mudamos a marca de Jeronimo para Madero, que tem tíquete médio de compra maior.”

Também foram instalados drive thrus em unidades Madero Container, o que traria aumento de 35% nas vendas.

“Trabalhamos muito na logística, e rodamos até 50 mil quilômetros a menos por mês, para entregar as mesmas quantidades de produtos nos restaurantes, com rotas otimizadas e caminhões mais carregados”, afirma.

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Algumas mudanças de formato das lojas e das cozinhas também baixaram as necessidades de investimentos para abrir uma Madero Steakhouse da faixa de R$ 5,5 milhões a R$ 6 milhões para entre R$ 3,8 milhões e R$ 4 milhões.

“Essas mudanças para dar ganhos de eficiência nas operações mostra os benefícios ocultos que temos por não trabalharmos com fraqueados”, afirma Szwarc.

Números melhores

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Em 12 meses, até março deste ano, a dívida do Madero caiu R$ 160 milhões. A relação dívida líquida com Ebitda, que era de 2,39 vezes em março de 2023, fechou o mesmo mês deste ano em 1,57 vez.

O faturamento do primeiro trimestre foi de R$ 449 milhões, um crescimento de 14,3% frente ao mesmo período do ano passado.

Como opção de captar financiamento, a hipótese de fazer uma abertura de capital na Bolsa de Valores (IPO, na sigla em inglês) não é mais uma prioridade, apesar de não ser descartada. “Não temos mais necessidade”, defende Durski. O Madero estava na lista de empresas com interesse em fazer um IPO em 2021, o que acabou não acontecendo após a escalada dos juros tirar o interesse dos investidores por ofertas de ações.

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Faturamento do primeiro trimestre de 2024 foi de R$ 449 milhões Foto: Daniel Teixeira/Estadão

O Grupo Madero tem hoje uma operação verticalizada, ou seja, que conduz por conta própria, sem terceirizar, todas as áreas de interesse do negócio. Os ingredientes servidos nos restaurantes, por exemplo, são produzidos em sua fábrica de 52 mil metros quadrados em Ponta Grossa, no Paraná. A unidade tem capacidade de abastecimento para até 500 lojas, sendo que a rede possui atualmente 276 unidades das marcas Madero SteakHouse, Madero Container e Jeronimo. A ideia é, então, ampliar a rede ao longo do tempo, mantendo o custo fixo controlado da fábrica e aumentando o potencial de faturamento de vendas.

O aumento da oferta também pode acontecer dentro das mesmas lojas. A empresa já vem oferecendo potes de frango frito, ao estilo americano, em suas unidades, mas não fez campanha de marketing quanto a isso. “Prefiro ir crescendo aos poucos, no boca a boca. Com campanhas, as vendas aumentam e depois caem quando termina a divulgação”, afirma o empresário. Novas metas de crescimento devem ser divulgadas nas próximas semanas.

O Madero anunciou nesta segunda-feira, 8, a captação de financiamento de R$ 500 milhões junto a bancos. A rede de alimentação fundada por Junior Durski obteve recursos com prazo de cinco anos e juros a CDI mais 3,85% ao ano, que será reduzido para CDI mais 2,75% em abril de 2025. Os bancos envolvidos foram Bradesco, Itaú, BTG, Banco do Brasil e, desta vez, também o Santander.

A dívida anterior do grupo estava em CDI mais 6,5%. Com isso, as condições de pagamento melhoram substancialmente. Segundo o diretor financeiro do grupo, Ariel Szwarc, os recursos serão utilizados para quitar as dívidas bancárias de R$ 420 milhões, e os R$ 80 milhões restantes poderão compor o caixa. “Isso foi possível por conta do bom desempenho da companhia nos últimos trimestres, e da melhoria do resultado operacional”, afirma.

A empresa segurou nos últimos meses os planos de expansão da rede, para promover uma melhoria de processos internos e resolver a questão financeira, mas novos investimentos para crescimento devem ser retomados no futuro. No início do ano passado, quatro unidades foram fechadas.

Rede fundada por Junior Durski obteve recursos com prazo de cinco anos e juros menores Foto: Werther Santana/Estadão

O principal trabalho, de acordo com Durski, envolveu buscar ganhos de eficiência. “Atacamos de todos os lados”, diz o fundador, que também é CEO da empresa. “Baixamos custos com fornecedores, utilizando melhor as compras. A gente tinha também 21 restaurantes de baixa performance e agora não temos nenhum.”

Isso significou mudança da marca de algumas unidades ou mesmo alterações de localidade. São exemplos um restaurante de Juiz de Fora (MG), que estava em shopping center que passou a trazer maus resultados e das unidades da rede no bairro do Itaim, em São Paulo, explica Durski. “No Itaim, o perfil do consumo mudou após a pandemia. E unidades que iam bem passaram a ir mal”, diz. “Então, mudamos a marca de Jeronimo para Madero, que tem tíquete médio de compra maior.”

Também foram instalados drive thrus em unidades Madero Container, o que traria aumento de 35% nas vendas.

“Trabalhamos muito na logística, e rodamos até 50 mil quilômetros a menos por mês, para entregar as mesmas quantidades de produtos nos restaurantes, com rotas otimizadas e caminhões mais carregados”, afirma.

Algumas mudanças de formato das lojas e das cozinhas também baixaram as necessidades de investimentos para abrir uma Madero Steakhouse da faixa de R$ 5,5 milhões a R$ 6 milhões para entre R$ 3,8 milhões e R$ 4 milhões.

“Essas mudanças para dar ganhos de eficiência nas operações mostra os benefícios ocultos que temos por não trabalharmos com fraqueados”, afirma Szwarc.

Números melhores

Em 12 meses, até março deste ano, a dívida do Madero caiu R$ 160 milhões. A relação dívida líquida com Ebitda, que era de 2,39 vezes em março de 2023, fechou o mesmo mês deste ano em 1,57 vez.

O faturamento do primeiro trimestre foi de R$ 449 milhões, um crescimento de 14,3% frente ao mesmo período do ano passado.

Como opção de captar financiamento, a hipótese de fazer uma abertura de capital na Bolsa de Valores (IPO, na sigla em inglês) não é mais uma prioridade, apesar de não ser descartada. “Não temos mais necessidade”, defende Durski. O Madero estava na lista de empresas com interesse em fazer um IPO em 2021, o que acabou não acontecendo após a escalada dos juros tirar o interesse dos investidores por ofertas de ações.

Faturamento do primeiro trimestre de 2024 foi de R$ 449 milhões Foto: Daniel Teixeira/Estadão

O Grupo Madero tem hoje uma operação verticalizada, ou seja, que conduz por conta própria, sem terceirizar, todas as áreas de interesse do negócio. Os ingredientes servidos nos restaurantes, por exemplo, são produzidos em sua fábrica de 52 mil metros quadrados em Ponta Grossa, no Paraná. A unidade tem capacidade de abastecimento para até 500 lojas, sendo que a rede possui atualmente 276 unidades das marcas Madero SteakHouse, Madero Container e Jeronimo. A ideia é, então, ampliar a rede ao longo do tempo, mantendo o custo fixo controlado da fábrica e aumentando o potencial de faturamento de vendas.

O aumento da oferta também pode acontecer dentro das mesmas lojas. A empresa já vem oferecendo potes de frango frito, ao estilo americano, em suas unidades, mas não fez campanha de marketing quanto a isso. “Prefiro ir crescendo aos poucos, no boca a boca. Com campanhas, as vendas aumentam e depois caem quando termina a divulgação”, afirma o empresário. Novas metas de crescimento devem ser divulgadas nas próximas semanas.

O Madero anunciou nesta segunda-feira, 8, a captação de financiamento de R$ 500 milhões junto a bancos. A rede de alimentação fundada por Junior Durski obteve recursos com prazo de cinco anos e juros a CDI mais 3,85% ao ano, que será reduzido para CDI mais 2,75% em abril de 2025. Os bancos envolvidos foram Bradesco, Itaú, BTG, Banco do Brasil e, desta vez, também o Santander.

A dívida anterior do grupo estava em CDI mais 6,5%. Com isso, as condições de pagamento melhoram substancialmente. Segundo o diretor financeiro do grupo, Ariel Szwarc, os recursos serão utilizados para quitar as dívidas bancárias de R$ 420 milhões, e os R$ 80 milhões restantes poderão compor o caixa. “Isso foi possível por conta do bom desempenho da companhia nos últimos trimestres, e da melhoria do resultado operacional”, afirma.

A empresa segurou nos últimos meses os planos de expansão da rede, para promover uma melhoria de processos internos e resolver a questão financeira, mas novos investimentos para crescimento devem ser retomados no futuro. No início do ano passado, quatro unidades foram fechadas.

Rede fundada por Junior Durski obteve recursos com prazo de cinco anos e juros menores Foto: Werther Santana/Estadão

O principal trabalho, de acordo com Durski, envolveu buscar ganhos de eficiência. “Atacamos de todos os lados”, diz o fundador, que também é CEO da empresa. “Baixamos custos com fornecedores, utilizando melhor as compras. A gente tinha também 21 restaurantes de baixa performance e agora não temos nenhum.”

Isso significou mudança da marca de algumas unidades ou mesmo alterações de localidade. São exemplos um restaurante de Juiz de Fora (MG), que estava em shopping center que passou a trazer maus resultados e das unidades da rede no bairro do Itaim, em São Paulo, explica Durski. “No Itaim, o perfil do consumo mudou após a pandemia. E unidades que iam bem passaram a ir mal”, diz. “Então, mudamos a marca de Jeronimo para Madero, que tem tíquete médio de compra maior.”

Também foram instalados drive thrus em unidades Madero Container, o que traria aumento de 35% nas vendas.

“Trabalhamos muito na logística, e rodamos até 50 mil quilômetros a menos por mês, para entregar as mesmas quantidades de produtos nos restaurantes, com rotas otimizadas e caminhões mais carregados”, afirma.

Algumas mudanças de formato das lojas e das cozinhas também baixaram as necessidades de investimentos para abrir uma Madero Steakhouse da faixa de R$ 5,5 milhões a R$ 6 milhões para entre R$ 3,8 milhões e R$ 4 milhões.

“Essas mudanças para dar ganhos de eficiência nas operações mostra os benefícios ocultos que temos por não trabalharmos com fraqueados”, afirma Szwarc.

Números melhores

Em 12 meses, até março deste ano, a dívida do Madero caiu R$ 160 milhões. A relação dívida líquida com Ebitda, que era de 2,39 vezes em março de 2023, fechou o mesmo mês deste ano em 1,57 vez.

O faturamento do primeiro trimestre foi de R$ 449 milhões, um crescimento de 14,3% frente ao mesmo período do ano passado.

Como opção de captar financiamento, a hipótese de fazer uma abertura de capital na Bolsa de Valores (IPO, na sigla em inglês) não é mais uma prioridade, apesar de não ser descartada. “Não temos mais necessidade”, defende Durski. O Madero estava na lista de empresas com interesse em fazer um IPO em 2021, o que acabou não acontecendo após a escalada dos juros tirar o interesse dos investidores por ofertas de ações.

Faturamento do primeiro trimestre de 2024 foi de R$ 449 milhões Foto: Daniel Teixeira/Estadão

O Grupo Madero tem hoje uma operação verticalizada, ou seja, que conduz por conta própria, sem terceirizar, todas as áreas de interesse do negócio. Os ingredientes servidos nos restaurantes, por exemplo, são produzidos em sua fábrica de 52 mil metros quadrados em Ponta Grossa, no Paraná. A unidade tem capacidade de abastecimento para até 500 lojas, sendo que a rede possui atualmente 276 unidades das marcas Madero SteakHouse, Madero Container e Jeronimo. A ideia é, então, ampliar a rede ao longo do tempo, mantendo o custo fixo controlado da fábrica e aumentando o potencial de faturamento de vendas.

O aumento da oferta também pode acontecer dentro das mesmas lojas. A empresa já vem oferecendo potes de frango frito, ao estilo americano, em suas unidades, mas não fez campanha de marketing quanto a isso. “Prefiro ir crescendo aos poucos, no boca a boca. Com campanhas, as vendas aumentam e depois caem quando termina a divulgação”, afirma o empresário. Novas metas de crescimento devem ser divulgadas nas próximas semanas.

O Madero anunciou nesta segunda-feira, 8, a captação de financiamento de R$ 500 milhões junto a bancos. A rede de alimentação fundada por Junior Durski obteve recursos com prazo de cinco anos e juros a CDI mais 3,85% ao ano, que será reduzido para CDI mais 2,75% em abril de 2025. Os bancos envolvidos foram Bradesco, Itaú, BTG, Banco do Brasil e, desta vez, também o Santander.

A dívida anterior do grupo estava em CDI mais 6,5%. Com isso, as condições de pagamento melhoram substancialmente. Segundo o diretor financeiro do grupo, Ariel Szwarc, os recursos serão utilizados para quitar as dívidas bancárias de R$ 420 milhões, e os R$ 80 milhões restantes poderão compor o caixa. “Isso foi possível por conta do bom desempenho da companhia nos últimos trimestres, e da melhoria do resultado operacional”, afirma.

A empresa segurou nos últimos meses os planos de expansão da rede, para promover uma melhoria de processos internos e resolver a questão financeira, mas novos investimentos para crescimento devem ser retomados no futuro. No início do ano passado, quatro unidades foram fechadas.

Rede fundada por Junior Durski obteve recursos com prazo de cinco anos e juros menores Foto: Werther Santana/Estadão

O principal trabalho, de acordo com Durski, envolveu buscar ganhos de eficiência. “Atacamos de todos os lados”, diz o fundador, que também é CEO da empresa. “Baixamos custos com fornecedores, utilizando melhor as compras. A gente tinha também 21 restaurantes de baixa performance e agora não temos nenhum.”

Isso significou mudança da marca de algumas unidades ou mesmo alterações de localidade. São exemplos um restaurante de Juiz de Fora (MG), que estava em shopping center que passou a trazer maus resultados e das unidades da rede no bairro do Itaim, em São Paulo, explica Durski. “No Itaim, o perfil do consumo mudou após a pandemia. E unidades que iam bem passaram a ir mal”, diz. “Então, mudamos a marca de Jeronimo para Madero, que tem tíquete médio de compra maior.”

Também foram instalados drive thrus em unidades Madero Container, o que traria aumento de 35% nas vendas.

“Trabalhamos muito na logística, e rodamos até 50 mil quilômetros a menos por mês, para entregar as mesmas quantidades de produtos nos restaurantes, com rotas otimizadas e caminhões mais carregados”, afirma.

Algumas mudanças de formato das lojas e das cozinhas também baixaram as necessidades de investimentos para abrir uma Madero Steakhouse da faixa de R$ 5,5 milhões a R$ 6 milhões para entre R$ 3,8 milhões e R$ 4 milhões.

“Essas mudanças para dar ganhos de eficiência nas operações mostra os benefícios ocultos que temos por não trabalharmos com fraqueados”, afirma Szwarc.

Números melhores

Em 12 meses, até março deste ano, a dívida do Madero caiu R$ 160 milhões. A relação dívida líquida com Ebitda, que era de 2,39 vezes em março de 2023, fechou o mesmo mês deste ano em 1,57 vez.

O faturamento do primeiro trimestre foi de R$ 449 milhões, um crescimento de 14,3% frente ao mesmo período do ano passado.

Como opção de captar financiamento, a hipótese de fazer uma abertura de capital na Bolsa de Valores (IPO, na sigla em inglês) não é mais uma prioridade, apesar de não ser descartada. “Não temos mais necessidade”, defende Durski. O Madero estava na lista de empresas com interesse em fazer um IPO em 2021, o que acabou não acontecendo após a escalada dos juros tirar o interesse dos investidores por ofertas de ações.

Faturamento do primeiro trimestre de 2024 foi de R$ 449 milhões Foto: Daniel Teixeira/Estadão

O Grupo Madero tem hoje uma operação verticalizada, ou seja, que conduz por conta própria, sem terceirizar, todas as áreas de interesse do negócio. Os ingredientes servidos nos restaurantes, por exemplo, são produzidos em sua fábrica de 52 mil metros quadrados em Ponta Grossa, no Paraná. A unidade tem capacidade de abastecimento para até 500 lojas, sendo que a rede possui atualmente 276 unidades das marcas Madero SteakHouse, Madero Container e Jeronimo. A ideia é, então, ampliar a rede ao longo do tempo, mantendo o custo fixo controlado da fábrica e aumentando o potencial de faturamento de vendas.

O aumento da oferta também pode acontecer dentro das mesmas lojas. A empresa já vem oferecendo potes de frango frito, ao estilo americano, em suas unidades, mas não fez campanha de marketing quanto a isso. “Prefiro ir crescendo aos poucos, no boca a boca. Com campanhas, as vendas aumentam e depois caem quando termina a divulgação”, afirma o empresário. Novas metas de crescimento devem ser divulgadas nas próximas semanas.

O Madero anunciou nesta segunda-feira, 8, a captação de financiamento de R$ 500 milhões junto a bancos. A rede de alimentação fundada por Junior Durski obteve recursos com prazo de cinco anos e juros a CDI mais 3,85% ao ano, que será reduzido para CDI mais 2,75% em abril de 2025. Os bancos envolvidos foram Bradesco, Itaú, BTG, Banco do Brasil e, desta vez, também o Santander.

A dívida anterior do grupo estava em CDI mais 6,5%. Com isso, as condições de pagamento melhoram substancialmente. Segundo o diretor financeiro do grupo, Ariel Szwarc, os recursos serão utilizados para quitar as dívidas bancárias de R$ 420 milhões, e os R$ 80 milhões restantes poderão compor o caixa. “Isso foi possível por conta do bom desempenho da companhia nos últimos trimestres, e da melhoria do resultado operacional”, afirma.

A empresa segurou nos últimos meses os planos de expansão da rede, para promover uma melhoria de processos internos e resolver a questão financeira, mas novos investimentos para crescimento devem ser retomados no futuro. No início do ano passado, quatro unidades foram fechadas.

Rede fundada por Junior Durski obteve recursos com prazo de cinco anos e juros menores Foto: Werther Santana/Estadão

O principal trabalho, de acordo com Durski, envolveu buscar ganhos de eficiência. “Atacamos de todos os lados”, diz o fundador, que também é CEO da empresa. “Baixamos custos com fornecedores, utilizando melhor as compras. A gente tinha também 21 restaurantes de baixa performance e agora não temos nenhum.”

Isso significou mudança da marca de algumas unidades ou mesmo alterações de localidade. São exemplos um restaurante de Juiz de Fora (MG), que estava em shopping center que passou a trazer maus resultados e das unidades da rede no bairro do Itaim, em São Paulo, explica Durski. “No Itaim, o perfil do consumo mudou após a pandemia. E unidades que iam bem passaram a ir mal”, diz. “Então, mudamos a marca de Jeronimo para Madero, que tem tíquete médio de compra maior.”

Também foram instalados drive thrus em unidades Madero Container, o que traria aumento de 35% nas vendas.

“Trabalhamos muito na logística, e rodamos até 50 mil quilômetros a menos por mês, para entregar as mesmas quantidades de produtos nos restaurantes, com rotas otimizadas e caminhões mais carregados”, afirma.

Algumas mudanças de formato das lojas e das cozinhas também baixaram as necessidades de investimentos para abrir uma Madero Steakhouse da faixa de R$ 5,5 milhões a R$ 6 milhões para entre R$ 3,8 milhões e R$ 4 milhões.

“Essas mudanças para dar ganhos de eficiência nas operações mostra os benefícios ocultos que temos por não trabalharmos com fraqueados”, afirma Szwarc.

Números melhores

Em 12 meses, até março deste ano, a dívida do Madero caiu R$ 160 milhões. A relação dívida líquida com Ebitda, que era de 2,39 vezes em março de 2023, fechou o mesmo mês deste ano em 1,57 vez.

O faturamento do primeiro trimestre foi de R$ 449 milhões, um crescimento de 14,3% frente ao mesmo período do ano passado.

Como opção de captar financiamento, a hipótese de fazer uma abertura de capital na Bolsa de Valores (IPO, na sigla em inglês) não é mais uma prioridade, apesar de não ser descartada. “Não temos mais necessidade”, defende Durski. O Madero estava na lista de empresas com interesse em fazer um IPO em 2021, o que acabou não acontecendo após a escalada dos juros tirar o interesse dos investidores por ofertas de ações.

Faturamento do primeiro trimestre de 2024 foi de R$ 449 milhões Foto: Daniel Teixeira/Estadão

O Grupo Madero tem hoje uma operação verticalizada, ou seja, que conduz por conta própria, sem terceirizar, todas as áreas de interesse do negócio. Os ingredientes servidos nos restaurantes, por exemplo, são produzidos em sua fábrica de 52 mil metros quadrados em Ponta Grossa, no Paraná. A unidade tem capacidade de abastecimento para até 500 lojas, sendo que a rede possui atualmente 276 unidades das marcas Madero SteakHouse, Madero Container e Jeronimo. A ideia é, então, ampliar a rede ao longo do tempo, mantendo o custo fixo controlado da fábrica e aumentando o potencial de faturamento de vendas.

O aumento da oferta também pode acontecer dentro das mesmas lojas. A empresa já vem oferecendo potes de frango frito, ao estilo americano, em suas unidades, mas não fez campanha de marketing quanto a isso. “Prefiro ir crescendo aos poucos, no boca a boca. Com campanhas, as vendas aumentam e depois caem quando termina a divulgação”, afirma o empresário. Novas metas de crescimento devem ser divulgadas nas próximas semanas.

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