São Paulo - O Mercado Livre vai abrir 5,6 mil vagas de emprego temporárias para a Black Friday deste ano. As contratações já começaram no mês de setembro, apesar de o evento ocorrer somente na última semana de novembro.
Segundo a vice-presidente de Marketplace do Mercado Livre, Julia Rueff, esse efetivo representa um quinto do quadro de funcionários da empresa. As vagas são concentradas no setor de logística e nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e Bahia. A vice-presidente ainda disse haver possibilidade de efetivação após a data.
A empresa também informou que vai investir cinco vezes mais em marketing neste ano para a Black Friday do que no ano passado, na expectativa de a data ser “a maior da história”. Executivos esperam que o crescimento da empresa seja na casa dos dois dígitos, como foi em 2022 - quando cresceu 19%.
“A gente vem trabalhando para a Black Friday de 2023 ser a maior da história do Mercado Pago, com dois grandes focos. Por um lado, daremos uma série de vantagens do banco digital, para pessoa física e pessoa jurídica”, afirma Daniel Davanço, Country Head de Pagamentos para Empresas do Mercado Pago. Ele afirma que uma série de soluções serão oferecidas para pequenas e médias empresas para aproveitarem o período, como facilitar o acesso a crédito, algo que só havia antes para grandes varejistas.
Julia Rueff disse também que a Black Friday deste ano está muito mais organizada e planejada do que nos anos anteriores, com o objetivo de atender à expectativa dos clientes e vendedores.
Apesar de dizer que o contexto é desafiador para o varejo, Rueff diz esperar uma Black Friday mais positiva para o mercado, com resultados melhores do que os de 2022. “Enxergamos um contexto desafiador para o e-commerce. Por outro lado, enxergamos uma retomada do consumo, principalmente quando olhamos para os indicadores de redução de inflação, desemprego e taxa de juros”, completa.
A Black Friday acontece na última sexta-feira de novembro e é uma das principais datas para o varejo e comércio eletrônico.
Remessa Conforme
Julia Rueff também confirmou a adesão do Mercado Livre ao programa Remessa Conforme, do governo federal, para isentar impostos das compras internacionais de até US$ 50. Segundo ela, a adesão visa a trazer mais isonomia ao mercado.
“Tira um pouco da isonomia do mercado se considerar que produtos locais pagam muito mais imposto até US$ 50 do que trazer produto de fora sem impostos. Acreditamos na isonomia, mas faz parte da regra do jogo.Vamos oferecer produtos de até US$ 50 com a mesma isenção”, disse Rueff.
O Remessa Conforme, que busca conter a sonegação tributária, zera o Imposto de Importação nas transações de até US$ 50 para as varejistas integrantes do programa que cobrarem os tributos no momento em que o produto é adquirido - antes, essa cobrança só ocorria quando a mercadoria chegava ao País.
Em contrapartida, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), cobrado pelos Estados, passou a ter alíquota padrão de 17% para essas operações. Acima de US$ 50, há incidência do Imposto de Importação (60%) e do ICMS. Fora do programa, a alíquota de importação é de 60%.