Paranaense Muffato se inspira na Amazon e cria loja autônoma e sem filas em Curitiba


Unidade, que custou R$ 10 milhões, tem tecnologias para pagamento automático das compras por QR-Code; segundo ponto de venda já está planejado

Por Lucas Agrela
Atualização:

CURITIBA – O grupo paranaense Muffato inaugurou nesta quinta-feira, 3, sua primeira loja autônoma com tecnologias que permitem pagamento automático das compras. Como no modelo de lojas Amazon Go, o consumidor usa um QR-Code do aplicativo da empresa na catraca da entrada, pega os itens que quiser e sai da loja. O pagamento é feito diretamente no aplicativo, via cartão de crédito.

A loja autônoma é uma aposta do Muffato para mudar a experiência de compras em mercados. A iniciativa levou cerca de dois anos para ficar pronta, e o investimento foi de R$ 10 milhões. O Muffato ficou mais conhecido nacionalmente ao negociar a compra das lojas do Makro em São Paulo – projeto que a companhia já abandonou.

O grupo estuda formas de oferecer mais meios de pagamento além do cartão, como o Pix. A empresa já estuda a criação de uma segunda unidade autônoma, além da instalada na Avenida República Argentina, na capital paranaense.

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Nova loja autônoma é uma aposta da Muffato para mudar a experiência de compras em mercados Foto: Lucas Agrela/Estadão

Sorria, você está sendo filmado

Chamada Muffato Go, a loja de 250 metros quadrados teve projeto feito pela Opus Design e conta com 3,9 mil sensores e balanças integradas às prateleiras. Toda vez que um produto é retirado da gôndola, como um pacote de pão francês, uma fruta ou um chocolate, os sensores captam os sinais, que são processados pelo software da Sensei, empresa de tecnologia portuguesa. Tudo isso acontece automaticamente.

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“O sistema é baseado em três etapas. A primeira é o monitoramento de cada produto e das pessoas que estão na loja. Não há reconhecimento facial, pois o rastreio é apenas pela posição da pessoa. Pelo peso, as prateleiras inteligentes permitem saber qual item foi retirado. Por fim, o sistema foi treinado para reconhecer todos os itens à venda. Cruzamos todos esses dados de forma quase perfeita”, diz José Maria Duarte, gerente de operações da Sensei.

O grupo Muffato vai manter sete funcionários na loja, que ficarão responsáveis pelo atendimento ao cliente e pela gestão de estoque e reposição de prateleiras. São 2 mil itens à venda na unidade. “A parte mais sensacional da experiência de uma corrida no Uber é sair sem precisar fazer nada para pagar. Trouxemos isso para o varejo alimentar”, diz Everton Muffato, que administra o negócio ao lado dos irmãos Eduardo e Ederson. Fundada pelo pai dos atuais administradores, o negócio tem capital familiar.

Etiquetas virtuais

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As etiquetas de preços usadas pela nova loja são digitais. Os preços são exibidos em telas que usam tecnologia parecida com a do leitor digital Kindle, e os valores podem ser modificados em instantes. Deste modo, a empresa pode fazer promoções a qualquer momento para estimular, por exemplo, a venda de itens perto do prazo de validade.

A Amazon descreve o formato do Amazon Go, que inspirou o Muffato Go, como “um novo tipo de loja que não precisa de caixa”. A primeira Amazon Go foi aberta em Seattle, nos Estados Unidos. A unidade era uma loja de conveniência de pequeno porte, que poderia ser replicada em outras regiões.

A versão “tropicalizada” não só dá viabilidade econômica para a loja como também traz itens que fazem parte da vida do brasileiro, como frutas, pão francês e até pão de queijo. Nos Estados Unidos, as lojas no formato Amazon Go funcionam sem pagamento: você entra, leva os produtos que quiser e, graças ao aplicativo, simplesmente sai. O app é vinculado à sua conta Amazon para faturamento.

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Apesar de toda a tecnologia disponível na loja, quem conta cada centavo na hora de ir ao mercado precisará andar pelo Muffato Go com a calculadora na mão. O pagamento é automático, mas pode levar alguns minutos depois que o consumidor sair da loja para mostrar o valor que foi gasto. Com o tempo, a expectativa é que o processamento das compras seja mais ágil.

Aos desastrados, fica o aviso: produtos que caírem da prateleira e quebrarem ou não forem recolhidos serão cobrados do cliente.

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Privacidade dos consumidores

Para manter a privacidade dos consumidores, os dados são totalmente anônimos, diz a empresa. Ao entrar na loja, cada pessoa tem seu CPF vinculado a um identificador para que a compra seja processada na conta da pessoa certa.

Ou seja, a cada vez que um mesmo indivíduo entra no mercado, ele é identificado como um consumidor diferente no sistema das câmeras. Os dados capturados pelas 500 câmeras na loja serão apagados a cada 30 dias. Com isso, a companhia mantém a privacidade dos consumidores enquanto aprende com os dados coletados.

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“O problema da gestão de dados pessoais no âmbito da Lei Geral de Proteção de Dados é nosso. As estatísticas sobre a circulação de clientes e o consumo são todas anonimizadas”, diz Fábio Donadon, gerente de tecnologia do Grupo Muffato.

CURITIBA – O grupo paranaense Muffato inaugurou nesta quinta-feira, 3, sua primeira loja autônoma com tecnologias que permitem pagamento automático das compras. Como no modelo de lojas Amazon Go, o consumidor usa um QR-Code do aplicativo da empresa na catraca da entrada, pega os itens que quiser e sai da loja. O pagamento é feito diretamente no aplicativo, via cartão de crédito.

A loja autônoma é uma aposta do Muffato para mudar a experiência de compras em mercados. A iniciativa levou cerca de dois anos para ficar pronta, e o investimento foi de R$ 10 milhões. O Muffato ficou mais conhecido nacionalmente ao negociar a compra das lojas do Makro em São Paulo – projeto que a companhia já abandonou.

O grupo estuda formas de oferecer mais meios de pagamento além do cartão, como o Pix. A empresa já estuda a criação de uma segunda unidade autônoma, além da instalada na Avenida República Argentina, na capital paranaense.

Nova loja autônoma é uma aposta da Muffato para mudar a experiência de compras em mercados Foto: Lucas Agrela/Estadão

Sorria, você está sendo filmado

Chamada Muffato Go, a loja de 250 metros quadrados teve projeto feito pela Opus Design e conta com 3,9 mil sensores e balanças integradas às prateleiras. Toda vez que um produto é retirado da gôndola, como um pacote de pão francês, uma fruta ou um chocolate, os sensores captam os sinais, que são processados pelo software da Sensei, empresa de tecnologia portuguesa. Tudo isso acontece automaticamente.

“O sistema é baseado em três etapas. A primeira é o monitoramento de cada produto e das pessoas que estão na loja. Não há reconhecimento facial, pois o rastreio é apenas pela posição da pessoa. Pelo peso, as prateleiras inteligentes permitem saber qual item foi retirado. Por fim, o sistema foi treinado para reconhecer todos os itens à venda. Cruzamos todos esses dados de forma quase perfeita”, diz José Maria Duarte, gerente de operações da Sensei.

O grupo Muffato vai manter sete funcionários na loja, que ficarão responsáveis pelo atendimento ao cliente e pela gestão de estoque e reposição de prateleiras. São 2 mil itens à venda na unidade. “A parte mais sensacional da experiência de uma corrida no Uber é sair sem precisar fazer nada para pagar. Trouxemos isso para o varejo alimentar”, diz Everton Muffato, que administra o negócio ao lado dos irmãos Eduardo e Ederson. Fundada pelo pai dos atuais administradores, o negócio tem capital familiar.

Etiquetas virtuais

As etiquetas de preços usadas pela nova loja são digitais. Os preços são exibidos em telas que usam tecnologia parecida com a do leitor digital Kindle, e os valores podem ser modificados em instantes. Deste modo, a empresa pode fazer promoções a qualquer momento para estimular, por exemplo, a venda de itens perto do prazo de validade.

A Amazon descreve o formato do Amazon Go, que inspirou o Muffato Go, como “um novo tipo de loja que não precisa de caixa”. A primeira Amazon Go foi aberta em Seattle, nos Estados Unidos. A unidade era uma loja de conveniência de pequeno porte, que poderia ser replicada em outras regiões.

A versão “tropicalizada” não só dá viabilidade econômica para a loja como também traz itens que fazem parte da vida do brasileiro, como frutas, pão francês e até pão de queijo. Nos Estados Unidos, as lojas no formato Amazon Go funcionam sem pagamento: você entra, leva os produtos que quiser e, graças ao aplicativo, simplesmente sai. O app é vinculado à sua conta Amazon para faturamento.

Apesar de toda a tecnologia disponível na loja, quem conta cada centavo na hora de ir ao mercado precisará andar pelo Muffato Go com a calculadora na mão. O pagamento é automático, mas pode levar alguns minutos depois que o consumidor sair da loja para mostrar o valor que foi gasto. Com o tempo, a expectativa é que o processamento das compras seja mais ágil.

Aos desastrados, fica o aviso: produtos que caírem da prateleira e quebrarem ou não forem recolhidos serão cobrados do cliente.

Privacidade dos consumidores

Para manter a privacidade dos consumidores, os dados são totalmente anônimos, diz a empresa. Ao entrar na loja, cada pessoa tem seu CPF vinculado a um identificador para que a compra seja processada na conta da pessoa certa.

Ou seja, a cada vez que um mesmo indivíduo entra no mercado, ele é identificado como um consumidor diferente no sistema das câmeras. Os dados capturados pelas 500 câmeras na loja serão apagados a cada 30 dias. Com isso, a companhia mantém a privacidade dos consumidores enquanto aprende com os dados coletados.

“O problema da gestão de dados pessoais no âmbito da Lei Geral de Proteção de Dados é nosso. As estatísticas sobre a circulação de clientes e o consumo são todas anonimizadas”, diz Fábio Donadon, gerente de tecnologia do Grupo Muffato.

CURITIBA – O grupo paranaense Muffato inaugurou nesta quinta-feira, 3, sua primeira loja autônoma com tecnologias que permitem pagamento automático das compras. Como no modelo de lojas Amazon Go, o consumidor usa um QR-Code do aplicativo da empresa na catraca da entrada, pega os itens que quiser e sai da loja. O pagamento é feito diretamente no aplicativo, via cartão de crédito.

A loja autônoma é uma aposta do Muffato para mudar a experiência de compras em mercados. A iniciativa levou cerca de dois anos para ficar pronta, e o investimento foi de R$ 10 milhões. O Muffato ficou mais conhecido nacionalmente ao negociar a compra das lojas do Makro em São Paulo – projeto que a companhia já abandonou.

O grupo estuda formas de oferecer mais meios de pagamento além do cartão, como o Pix. A empresa já estuda a criação de uma segunda unidade autônoma, além da instalada na Avenida República Argentina, na capital paranaense.

Nova loja autônoma é uma aposta da Muffato para mudar a experiência de compras em mercados Foto: Lucas Agrela/Estadão

Sorria, você está sendo filmado

Chamada Muffato Go, a loja de 250 metros quadrados teve projeto feito pela Opus Design e conta com 3,9 mil sensores e balanças integradas às prateleiras. Toda vez que um produto é retirado da gôndola, como um pacote de pão francês, uma fruta ou um chocolate, os sensores captam os sinais, que são processados pelo software da Sensei, empresa de tecnologia portuguesa. Tudo isso acontece automaticamente.

“O sistema é baseado em três etapas. A primeira é o monitoramento de cada produto e das pessoas que estão na loja. Não há reconhecimento facial, pois o rastreio é apenas pela posição da pessoa. Pelo peso, as prateleiras inteligentes permitem saber qual item foi retirado. Por fim, o sistema foi treinado para reconhecer todos os itens à venda. Cruzamos todos esses dados de forma quase perfeita”, diz José Maria Duarte, gerente de operações da Sensei.

O grupo Muffato vai manter sete funcionários na loja, que ficarão responsáveis pelo atendimento ao cliente e pela gestão de estoque e reposição de prateleiras. São 2 mil itens à venda na unidade. “A parte mais sensacional da experiência de uma corrida no Uber é sair sem precisar fazer nada para pagar. Trouxemos isso para o varejo alimentar”, diz Everton Muffato, que administra o negócio ao lado dos irmãos Eduardo e Ederson. Fundada pelo pai dos atuais administradores, o negócio tem capital familiar.

Etiquetas virtuais

As etiquetas de preços usadas pela nova loja são digitais. Os preços são exibidos em telas que usam tecnologia parecida com a do leitor digital Kindle, e os valores podem ser modificados em instantes. Deste modo, a empresa pode fazer promoções a qualquer momento para estimular, por exemplo, a venda de itens perto do prazo de validade.

A Amazon descreve o formato do Amazon Go, que inspirou o Muffato Go, como “um novo tipo de loja que não precisa de caixa”. A primeira Amazon Go foi aberta em Seattle, nos Estados Unidos. A unidade era uma loja de conveniência de pequeno porte, que poderia ser replicada em outras regiões.

A versão “tropicalizada” não só dá viabilidade econômica para a loja como também traz itens que fazem parte da vida do brasileiro, como frutas, pão francês e até pão de queijo. Nos Estados Unidos, as lojas no formato Amazon Go funcionam sem pagamento: você entra, leva os produtos que quiser e, graças ao aplicativo, simplesmente sai. O app é vinculado à sua conta Amazon para faturamento.

Apesar de toda a tecnologia disponível na loja, quem conta cada centavo na hora de ir ao mercado precisará andar pelo Muffato Go com a calculadora na mão. O pagamento é automático, mas pode levar alguns minutos depois que o consumidor sair da loja para mostrar o valor que foi gasto. Com o tempo, a expectativa é que o processamento das compras seja mais ágil.

Aos desastrados, fica o aviso: produtos que caírem da prateleira e quebrarem ou não forem recolhidos serão cobrados do cliente.

Privacidade dos consumidores

Para manter a privacidade dos consumidores, os dados são totalmente anônimos, diz a empresa. Ao entrar na loja, cada pessoa tem seu CPF vinculado a um identificador para que a compra seja processada na conta da pessoa certa.

Ou seja, a cada vez que um mesmo indivíduo entra no mercado, ele é identificado como um consumidor diferente no sistema das câmeras. Os dados capturados pelas 500 câmeras na loja serão apagados a cada 30 dias. Com isso, a companhia mantém a privacidade dos consumidores enquanto aprende com os dados coletados.

“O problema da gestão de dados pessoais no âmbito da Lei Geral de Proteção de Dados é nosso. As estatísticas sobre a circulação de clientes e o consumo são todas anonimizadas”, diz Fábio Donadon, gerente de tecnologia do Grupo Muffato.

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