A fintech Nomad traz ao mercado brasileiro a possibilidade de parcelar compras em dólar feitas no exterior, como nos Estados Unidos. O recurso é uma aposta da empresa para atrair clientes em um mercado que tem concorrentes capitalizados, como a Avenue, comprada pelo Itaú, o banco múltiplo C6 Bank e o recém-chegado Revolut, maior fintech do Reino Unido.
O parcelamento das compras em dólar é feito em cartões de crédito emitidos no Brasil. Funciona assim: o cliente compra um produto de US$ 100 ou mais, como um celular, pagando com o cartão de débito da Nomad. Depois disso, pode pedir o parcelamento dessa compra para a Nomad, que será feito com um cartão de crédito brasileiro. Ao fazer isso, a startup estorna o valor que foi gasto na conta com o cartão de débito. Desse modo, o cliente tem novamente um saldo em dólar disponível para gastar durante a viagem.
“Estávamos em um limbo porque sabíamos que o cliente queria parcelar compras e a proposta de valor da Nomad, baseada na economia nas viagens, não estava sendo o suficiente. Por isso, surgiu o produto de parcelamento pós-pago em dólares, mas com os pagamentos das parcelas em reais”, conta Lucas Vargas, CEO da Nomad.
O parcelamento das compras em dólar pode ser em três, seis ou nove vezes e há cobrança de juros, mas que variam caso a caso, a depender do valor da compra e da quantidade de parcelas. “Na operação de crédito, o grande motor por trás da operação de parcelamento de pagamentos é o parceiro chamado Marlim. Já o câmbio é realizado pela Ourinvest. Com isso, a Nomad criou uma solução nova”, explica Vargas.
Ele explica que o parcelamento das compras em dólar não tem pagamento de IOF e o câmbio é travado na data do gasto. Com isso, a empresa estima que o custo seria menor do que comprar produtos usando um cartão de crédito internacional. As concorrentes da Nomad ainda não oferecem um parcelamento semelhante em compras em dólar.