Operação da PF aponta ‘pressão política’ sobre fundos


Relatório sobre investigações da operação Greenfield aponta suspeita de lobby de grupos econômicos ligados ao governo federal sobre fundos de pensão

Por Fabio Serapião

No relatório em que detalham a possível “gestão temerária e fraudulenta” em investimentos realizados pelos quatro maiores fundos de pensão de estatais federais, os investigadores da operação Greenfield, da Polícia Federal, citam a “suspeita de que pressões políticas e lobbies realizados por grupos econômicos próximos ao governo federal tenham pressionado a diretoria e os conselhos deliberativos dos fundos” para liberar os aportes em cinco casos investigados pela Greenfield. São eles: Fundo de Investimentos em Participações (FIP) Multiner, FIP Enseada, FIP RG Estaleiros, FIP Global Equity e Invepar.

Como corre por uma vara criminal da 1.ª instância da Justiça Federal, a Greenfield não tem como foco políticos ou agentes públicos com foro privilegiado. Entretanto, os apontamentos dos investigadores no relatório – em que pediram para que 40 alvos da apuração fossem afastados de suas empresas e fundos – indicam que, assim como no caso da Lava Jato, em algum momento, deve haver desdobramento em inquéritos nas cortes superiores.

No caso do FIP OAS Empreendimentos, os investigadores afirmam ser “necessário investigar mais a fundo as razões que levaram a Funcef a investir na OAS Empreendimentos, considerando a influência que o Grupo OAS exerce sobre o Poder Público Federal”.

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Ao explicar o investimento no FIP Sondas, responsável pela Sete Brasil, o relatório lembra as informações “públicas e notórias de que, apesar da iliquidez do investimento e do risco de prejuízos, a opção pelo investimento da Funcef na Sete Brasil S/A deu-se por motivos políticos e possivelmente por pressão de grupos representados por lobistas”.

Assinado pela delegada Rúbia Pinheiro e pelo procurador Anselmo Cordeiro Lopes, o relatório é ainda mais incisivo no caso envolvendo o investimento da Funcef e da Petros, por meio da FIP Florestal, na Eldorado Brasil Celulose S/A. Segundo os investigadores, “sabe-se que a mencionada empresa é controlada pelo grupo J&F, grupo este que é um dos principais doadores de campanha do Partido dos Trabalhadores”.

Ainda no relatório, os investigadores afirmam que o fato de o aporte ter sido “apresentado e pré-aprovado diretamente pelo diretor de Investimentos da Petros” indica que o investimento já havia sido “negociado por instâncias políticas superiores entre os fundos de pensão e o grupo econômico proprietário das empresas”.

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O FIP Florestal contou com o aporte de R$ 272,2 milhões da Funcef e outro de mesmo valor do Petros, pagos entre os anos de 2009 e 2010. O investimento teve como destinatário a empresa Eldorado Celulose que tem como acionista a holding J&F, da família Batista. Os irmãos Wesley e Joesley tiveram condução coercitiva solicitada na Greenfield. Joesley estava fora do País e prestará depoimento no seu retorno. Wesley foi ouvido pela Polícia Federal.

Ainda segundo os investigadores, é bastante suspeito na operação o fato de o investigado Humberto Pires Grault Vianna de Lima ter sido funcionário da Petros, estando na função de Gerente da Assessoria de Novos Projetos, e, posteriormente, atuar como presidente e diretor da Vitória Asset Management S/A – gestora inicial do FIP. O mesmo Viana de Lima é, atualmente, funcionário da Funcef.

Justificativa. Em nota divulgada no dia da operação, o grupo J&F afirmou que sempre esteve à disposição das autoridades e que sua relação com os fundos de pensão sempre se pautou pela ética e pela impessoalidade. Sobre a participação dos fundos Petros e Funcef na Eldorado Celulose, a empresa informou que hoje esse investimento vale RS 3 bilhões, valor “cerca de seis vezes maior do que o investido por eles em 2009, que foi de R$ 550 milhões”.

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A Petros informou que está colaborando com os órgãos responsáveis pelas investigações e reforça “o comprometimento da gestão com a transparência, as boas práticas de governança e a responsabilidade na administração dos recursos”. A Previ, também por meio de nota, afirmou que possui um “modelo de governança maduro e transparente” e que reforçou seu compromisso com o aprimoramento do sistema de Previdência Complementar Fechado.

A Funcef reiterou, por meio de nota, que possui rigorosos padrões éticos em todos os investimentos e na relação com seus participantes e assistidos e reafirma que está, como sempre esteve, à disposição das autoridades competentes para prestar os esclarecimentos que vierem a ser solicitados”. A OAS disse que comentaria o caso.

No relatório em que detalham a possível “gestão temerária e fraudulenta” em investimentos realizados pelos quatro maiores fundos de pensão de estatais federais, os investigadores da operação Greenfield, da Polícia Federal, citam a “suspeita de que pressões políticas e lobbies realizados por grupos econômicos próximos ao governo federal tenham pressionado a diretoria e os conselhos deliberativos dos fundos” para liberar os aportes em cinco casos investigados pela Greenfield. São eles: Fundo de Investimentos em Participações (FIP) Multiner, FIP Enseada, FIP RG Estaleiros, FIP Global Equity e Invepar.

Como corre por uma vara criminal da 1.ª instância da Justiça Federal, a Greenfield não tem como foco políticos ou agentes públicos com foro privilegiado. Entretanto, os apontamentos dos investigadores no relatório – em que pediram para que 40 alvos da apuração fossem afastados de suas empresas e fundos – indicam que, assim como no caso da Lava Jato, em algum momento, deve haver desdobramento em inquéritos nas cortes superiores.

No caso do FIP OAS Empreendimentos, os investigadores afirmam ser “necessário investigar mais a fundo as razões que levaram a Funcef a investir na OAS Empreendimentos, considerando a influência que o Grupo OAS exerce sobre o Poder Público Federal”.

Ao explicar o investimento no FIP Sondas, responsável pela Sete Brasil, o relatório lembra as informações “públicas e notórias de que, apesar da iliquidez do investimento e do risco de prejuízos, a opção pelo investimento da Funcef na Sete Brasil S/A deu-se por motivos políticos e possivelmente por pressão de grupos representados por lobistas”.

Assinado pela delegada Rúbia Pinheiro e pelo procurador Anselmo Cordeiro Lopes, o relatório é ainda mais incisivo no caso envolvendo o investimento da Funcef e da Petros, por meio da FIP Florestal, na Eldorado Brasil Celulose S/A. Segundo os investigadores, “sabe-se que a mencionada empresa é controlada pelo grupo J&F, grupo este que é um dos principais doadores de campanha do Partido dos Trabalhadores”.

Ainda no relatório, os investigadores afirmam que o fato de o aporte ter sido “apresentado e pré-aprovado diretamente pelo diretor de Investimentos da Petros” indica que o investimento já havia sido “negociado por instâncias políticas superiores entre os fundos de pensão e o grupo econômico proprietário das empresas”.

O FIP Florestal contou com o aporte de R$ 272,2 milhões da Funcef e outro de mesmo valor do Petros, pagos entre os anos de 2009 e 2010. O investimento teve como destinatário a empresa Eldorado Celulose que tem como acionista a holding J&F, da família Batista. Os irmãos Wesley e Joesley tiveram condução coercitiva solicitada na Greenfield. Joesley estava fora do País e prestará depoimento no seu retorno. Wesley foi ouvido pela Polícia Federal.

Ainda segundo os investigadores, é bastante suspeito na operação o fato de o investigado Humberto Pires Grault Vianna de Lima ter sido funcionário da Petros, estando na função de Gerente da Assessoria de Novos Projetos, e, posteriormente, atuar como presidente e diretor da Vitória Asset Management S/A – gestora inicial do FIP. O mesmo Viana de Lima é, atualmente, funcionário da Funcef.

Justificativa. Em nota divulgada no dia da operação, o grupo J&F afirmou que sempre esteve à disposição das autoridades e que sua relação com os fundos de pensão sempre se pautou pela ética e pela impessoalidade. Sobre a participação dos fundos Petros e Funcef na Eldorado Celulose, a empresa informou que hoje esse investimento vale RS 3 bilhões, valor “cerca de seis vezes maior do que o investido por eles em 2009, que foi de R$ 550 milhões”.

A Petros informou que está colaborando com os órgãos responsáveis pelas investigações e reforça “o comprometimento da gestão com a transparência, as boas práticas de governança e a responsabilidade na administração dos recursos”. A Previ, também por meio de nota, afirmou que possui um “modelo de governança maduro e transparente” e que reforçou seu compromisso com o aprimoramento do sistema de Previdência Complementar Fechado.

A Funcef reiterou, por meio de nota, que possui rigorosos padrões éticos em todos os investimentos e na relação com seus participantes e assistidos e reafirma que está, como sempre esteve, à disposição das autoridades competentes para prestar os esclarecimentos que vierem a ser solicitados”. A OAS disse que comentaria o caso.

No relatório em que detalham a possível “gestão temerária e fraudulenta” em investimentos realizados pelos quatro maiores fundos de pensão de estatais federais, os investigadores da operação Greenfield, da Polícia Federal, citam a “suspeita de que pressões políticas e lobbies realizados por grupos econômicos próximos ao governo federal tenham pressionado a diretoria e os conselhos deliberativos dos fundos” para liberar os aportes em cinco casos investigados pela Greenfield. São eles: Fundo de Investimentos em Participações (FIP) Multiner, FIP Enseada, FIP RG Estaleiros, FIP Global Equity e Invepar.

Como corre por uma vara criminal da 1.ª instância da Justiça Federal, a Greenfield não tem como foco políticos ou agentes públicos com foro privilegiado. Entretanto, os apontamentos dos investigadores no relatório – em que pediram para que 40 alvos da apuração fossem afastados de suas empresas e fundos – indicam que, assim como no caso da Lava Jato, em algum momento, deve haver desdobramento em inquéritos nas cortes superiores.

No caso do FIP OAS Empreendimentos, os investigadores afirmam ser “necessário investigar mais a fundo as razões que levaram a Funcef a investir na OAS Empreendimentos, considerando a influência que o Grupo OAS exerce sobre o Poder Público Federal”.

Ao explicar o investimento no FIP Sondas, responsável pela Sete Brasil, o relatório lembra as informações “públicas e notórias de que, apesar da iliquidez do investimento e do risco de prejuízos, a opção pelo investimento da Funcef na Sete Brasil S/A deu-se por motivos políticos e possivelmente por pressão de grupos representados por lobistas”.

Assinado pela delegada Rúbia Pinheiro e pelo procurador Anselmo Cordeiro Lopes, o relatório é ainda mais incisivo no caso envolvendo o investimento da Funcef e da Petros, por meio da FIP Florestal, na Eldorado Brasil Celulose S/A. Segundo os investigadores, “sabe-se que a mencionada empresa é controlada pelo grupo J&F, grupo este que é um dos principais doadores de campanha do Partido dos Trabalhadores”.

Ainda no relatório, os investigadores afirmam que o fato de o aporte ter sido “apresentado e pré-aprovado diretamente pelo diretor de Investimentos da Petros” indica que o investimento já havia sido “negociado por instâncias políticas superiores entre os fundos de pensão e o grupo econômico proprietário das empresas”.

O FIP Florestal contou com o aporte de R$ 272,2 milhões da Funcef e outro de mesmo valor do Petros, pagos entre os anos de 2009 e 2010. O investimento teve como destinatário a empresa Eldorado Celulose que tem como acionista a holding J&F, da família Batista. Os irmãos Wesley e Joesley tiveram condução coercitiva solicitada na Greenfield. Joesley estava fora do País e prestará depoimento no seu retorno. Wesley foi ouvido pela Polícia Federal.

Ainda segundo os investigadores, é bastante suspeito na operação o fato de o investigado Humberto Pires Grault Vianna de Lima ter sido funcionário da Petros, estando na função de Gerente da Assessoria de Novos Projetos, e, posteriormente, atuar como presidente e diretor da Vitória Asset Management S/A – gestora inicial do FIP. O mesmo Viana de Lima é, atualmente, funcionário da Funcef.

Justificativa. Em nota divulgada no dia da operação, o grupo J&F afirmou que sempre esteve à disposição das autoridades e que sua relação com os fundos de pensão sempre se pautou pela ética e pela impessoalidade. Sobre a participação dos fundos Petros e Funcef na Eldorado Celulose, a empresa informou que hoje esse investimento vale RS 3 bilhões, valor “cerca de seis vezes maior do que o investido por eles em 2009, que foi de R$ 550 milhões”.

A Petros informou que está colaborando com os órgãos responsáveis pelas investigações e reforça “o comprometimento da gestão com a transparência, as boas práticas de governança e a responsabilidade na administração dos recursos”. A Previ, também por meio de nota, afirmou que possui um “modelo de governança maduro e transparente” e que reforçou seu compromisso com o aprimoramento do sistema de Previdência Complementar Fechado.

A Funcef reiterou, por meio de nota, que possui rigorosos padrões éticos em todos os investimentos e na relação com seus participantes e assistidos e reafirma que está, como sempre esteve, à disposição das autoridades competentes para prestar os esclarecimentos que vierem a ser solicitados”. A OAS disse que comentaria o caso.

No relatório em que detalham a possível “gestão temerária e fraudulenta” em investimentos realizados pelos quatro maiores fundos de pensão de estatais federais, os investigadores da operação Greenfield, da Polícia Federal, citam a “suspeita de que pressões políticas e lobbies realizados por grupos econômicos próximos ao governo federal tenham pressionado a diretoria e os conselhos deliberativos dos fundos” para liberar os aportes em cinco casos investigados pela Greenfield. São eles: Fundo de Investimentos em Participações (FIP) Multiner, FIP Enseada, FIP RG Estaleiros, FIP Global Equity e Invepar.

Como corre por uma vara criminal da 1.ª instância da Justiça Federal, a Greenfield não tem como foco políticos ou agentes públicos com foro privilegiado. Entretanto, os apontamentos dos investigadores no relatório – em que pediram para que 40 alvos da apuração fossem afastados de suas empresas e fundos – indicam que, assim como no caso da Lava Jato, em algum momento, deve haver desdobramento em inquéritos nas cortes superiores.

No caso do FIP OAS Empreendimentos, os investigadores afirmam ser “necessário investigar mais a fundo as razões que levaram a Funcef a investir na OAS Empreendimentos, considerando a influência que o Grupo OAS exerce sobre o Poder Público Federal”.

Ao explicar o investimento no FIP Sondas, responsável pela Sete Brasil, o relatório lembra as informações “públicas e notórias de que, apesar da iliquidez do investimento e do risco de prejuízos, a opção pelo investimento da Funcef na Sete Brasil S/A deu-se por motivos políticos e possivelmente por pressão de grupos representados por lobistas”.

Assinado pela delegada Rúbia Pinheiro e pelo procurador Anselmo Cordeiro Lopes, o relatório é ainda mais incisivo no caso envolvendo o investimento da Funcef e da Petros, por meio da FIP Florestal, na Eldorado Brasil Celulose S/A. Segundo os investigadores, “sabe-se que a mencionada empresa é controlada pelo grupo J&F, grupo este que é um dos principais doadores de campanha do Partido dos Trabalhadores”.

Ainda no relatório, os investigadores afirmam que o fato de o aporte ter sido “apresentado e pré-aprovado diretamente pelo diretor de Investimentos da Petros” indica que o investimento já havia sido “negociado por instâncias políticas superiores entre os fundos de pensão e o grupo econômico proprietário das empresas”.

O FIP Florestal contou com o aporte de R$ 272,2 milhões da Funcef e outro de mesmo valor do Petros, pagos entre os anos de 2009 e 2010. O investimento teve como destinatário a empresa Eldorado Celulose que tem como acionista a holding J&F, da família Batista. Os irmãos Wesley e Joesley tiveram condução coercitiva solicitada na Greenfield. Joesley estava fora do País e prestará depoimento no seu retorno. Wesley foi ouvido pela Polícia Federal.

Ainda segundo os investigadores, é bastante suspeito na operação o fato de o investigado Humberto Pires Grault Vianna de Lima ter sido funcionário da Petros, estando na função de Gerente da Assessoria de Novos Projetos, e, posteriormente, atuar como presidente e diretor da Vitória Asset Management S/A – gestora inicial do FIP. O mesmo Viana de Lima é, atualmente, funcionário da Funcef.

Justificativa. Em nota divulgada no dia da operação, o grupo J&F afirmou que sempre esteve à disposição das autoridades e que sua relação com os fundos de pensão sempre se pautou pela ética e pela impessoalidade. Sobre a participação dos fundos Petros e Funcef na Eldorado Celulose, a empresa informou que hoje esse investimento vale RS 3 bilhões, valor “cerca de seis vezes maior do que o investido por eles em 2009, que foi de R$ 550 milhões”.

A Petros informou que está colaborando com os órgãos responsáveis pelas investigações e reforça “o comprometimento da gestão com a transparência, as boas práticas de governança e a responsabilidade na administração dos recursos”. A Previ, também por meio de nota, afirmou que possui um “modelo de governança maduro e transparente” e que reforçou seu compromisso com o aprimoramento do sistema de Previdência Complementar Fechado.

A Funcef reiterou, por meio de nota, que possui rigorosos padrões éticos em todos os investimentos e na relação com seus participantes e assistidos e reafirma que está, como sempre esteve, à disposição das autoridades competentes para prestar os esclarecimentos que vierem a ser solicitados”. A OAS disse que comentaria o caso.

No relatório em que detalham a possível “gestão temerária e fraudulenta” em investimentos realizados pelos quatro maiores fundos de pensão de estatais federais, os investigadores da operação Greenfield, da Polícia Federal, citam a “suspeita de que pressões políticas e lobbies realizados por grupos econômicos próximos ao governo federal tenham pressionado a diretoria e os conselhos deliberativos dos fundos” para liberar os aportes em cinco casos investigados pela Greenfield. São eles: Fundo de Investimentos em Participações (FIP) Multiner, FIP Enseada, FIP RG Estaleiros, FIP Global Equity e Invepar.

Como corre por uma vara criminal da 1.ª instância da Justiça Federal, a Greenfield não tem como foco políticos ou agentes públicos com foro privilegiado. Entretanto, os apontamentos dos investigadores no relatório – em que pediram para que 40 alvos da apuração fossem afastados de suas empresas e fundos – indicam que, assim como no caso da Lava Jato, em algum momento, deve haver desdobramento em inquéritos nas cortes superiores.

No caso do FIP OAS Empreendimentos, os investigadores afirmam ser “necessário investigar mais a fundo as razões que levaram a Funcef a investir na OAS Empreendimentos, considerando a influência que o Grupo OAS exerce sobre o Poder Público Federal”.

Ao explicar o investimento no FIP Sondas, responsável pela Sete Brasil, o relatório lembra as informações “públicas e notórias de que, apesar da iliquidez do investimento e do risco de prejuízos, a opção pelo investimento da Funcef na Sete Brasil S/A deu-se por motivos políticos e possivelmente por pressão de grupos representados por lobistas”.

Assinado pela delegada Rúbia Pinheiro e pelo procurador Anselmo Cordeiro Lopes, o relatório é ainda mais incisivo no caso envolvendo o investimento da Funcef e da Petros, por meio da FIP Florestal, na Eldorado Brasil Celulose S/A. Segundo os investigadores, “sabe-se que a mencionada empresa é controlada pelo grupo J&F, grupo este que é um dos principais doadores de campanha do Partido dos Trabalhadores”.

Ainda no relatório, os investigadores afirmam que o fato de o aporte ter sido “apresentado e pré-aprovado diretamente pelo diretor de Investimentos da Petros” indica que o investimento já havia sido “negociado por instâncias políticas superiores entre os fundos de pensão e o grupo econômico proprietário das empresas”.

O FIP Florestal contou com o aporte de R$ 272,2 milhões da Funcef e outro de mesmo valor do Petros, pagos entre os anos de 2009 e 2010. O investimento teve como destinatário a empresa Eldorado Celulose que tem como acionista a holding J&F, da família Batista. Os irmãos Wesley e Joesley tiveram condução coercitiva solicitada na Greenfield. Joesley estava fora do País e prestará depoimento no seu retorno. Wesley foi ouvido pela Polícia Federal.

Ainda segundo os investigadores, é bastante suspeito na operação o fato de o investigado Humberto Pires Grault Vianna de Lima ter sido funcionário da Petros, estando na função de Gerente da Assessoria de Novos Projetos, e, posteriormente, atuar como presidente e diretor da Vitória Asset Management S/A – gestora inicial do FIP. O mesmo Viana de Lima é, atualmente, funcionário da Funcef.

Justificativa. Em nota divulgada no dia da operação, o grupo J&F afirmou que sempre esteve à disposição das autoridades e que sua relação com os fundos de pensão sempre se pautou pela ética e pela impessoalidade. Sobre a participação dos fundos Petros e Funcef na Eldorado Celulose, a empresa informou que hoje esse investimento vale RS 3 bilhões, valor “cerca de seis vezes maior do que o investido por eles em 2009, que foi de R$ 550 milhões”.

A Petros informou que está colaborando com os órgãos responsáveis pelas investigações e reforça “o comprometimento da gestão com a transparência, as boas práticas de governança e a responsabilidade na administração dos recursos”. A Previ, também por meio de nota, afirmou que possui um “modelo de governança maduro e transparente” e que reforçou seu compromisso com o aprimoramento do sistema de Previdência Complementar Fechado.

A Funcef reiterou, por meio de nota, que possui rigorosos padrões éticos em todos os investimentos e na relação com seus participantes e assistidos e reafirma que está, como sempre esteve, à disposição das autoridades competentes para prestar os esclarecimentos que vierem a ser solicitados”. A OAS disse que comentaria o caso.

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