Engordando a lista de startups que vem fazendo demissões em massa, a fintech de pagamentos PagSeguro - avaliada em US$ 3,11 bilhões - demitiu, nesta segunda-feira, 16, aproximadamente 7% da sua equipe de quase 7 mil trabalhadores. A informação foi confirmada pela companhia em comunicado enviado ao Estadão.
De acordo com a empresa, os desligamentos dos quase 500 funcionários atingiram diversas áreas. Segundo relatos de pessoas demitidas, os principais cortes aconteceram em áreas estratégicas ligadas à inovação e tecnologia. “Assim como empresas de tecnologia e fintechs no Brasil e no mundo, o PagBank PagSeguro também está fazendo alguns ajustes em sua estrutura”, declarou, em nota, a fintech.
Conforme apurou a reportagem, os desligamentos vêm sendo realizados em chamadas de vídeo com os ex-colaboradores, que são avisados por seus antigos gestores sobre a reestruturação e os cortes. Segundo um ex-funcionário que preferiu não se identificar, logo após a ligação, os acessos ao sistema da empresa são cortados logo após esta ligação e o RH entra em contato avisando sobre os próximos passos.
Crise no mercado
Ainda segundo o comunicado oficial enviado pela companhia, a reestruturação acontece para “melhorar a eficiência da companhia”. “O PagBank PagSeguro continua empenhado em sua missão de democratizar o acesso a serviços financeiros e soluções de pagamento no Brasil, oferecendo um ecossistema simples, seguro, acessível e digital a comerciantes e consumidores.”
Conforme apurou a reportagem, uma nova rodada de demissões deve ocorrer ainda nesta semana, subindo o número de desligamentos de 7% para 12% da equipe. Questionada, a PagSeguro não informou se pretende realizar novas demissões.
Listada na Nasdaq, a fintech de pagamento passou por um 2022 de queda expressiva nos valores das suas ações na bolsa. No último ano, o preço médio dos papéis da companhia caiu quase 70%, um resultado negativo parecido com outros nomes do setor.