Pão de Açúcar: venda de ações e fundo de investimento são possibilidades para o Casino


Francesas podem optar por vender participação de 40,9% em ofertas na B3, mas desempenho não deve ser o mesmo das ofertas feitas com sua participação no Assaí

Por Talita Nascimento e Cynthia Decloedt

O plano de venda de ativos do Casino que cita nominalmente o Grupo Pão de Açúcar (GPA) não trouxe surpresas. A varejista brasileira já estava na vitrine das ofertas ao mercado, mas conseguir um comprador para o ativo que restou após a separação do Assaí e, agora, do Éxito (varejista colombiana) não é tarefa simples.

Fundos de investimento como o Pátria são uma possibilidade, mas sem um comprador claro, a saída do Casino pode se dar via venda de ações na B3, como foi feito com o Assaí. No entanto, a marca Pão de Açúcar não tem a mesma atratividade para garantir demanda parecida.

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No ano passado, informações sobre movimentações do Casino e de Abílio Diniz na abertura de um diálogo para que o ex-dono readquirisse a companhia animaram os investidores. No entanto, o próprio Diniz dissipou possíveis evoluções dessa história.

Em janeiro deste ano, o empresário brasileiro afirmou ao Estadão/Broadcast que sua briga com o ex-sócio Jean Charles-Naouri havia se encerrado há muito tempo. “Estamos em boa situação. Mas, enfim, já encerramos nossos negócios. Estou no Carrefour e estou satisfeito com as pessoas lá”, disse.

Grupo Casino pode vender ações do Pão de Açúcar Foto: Wikimedia Commons
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Fundos de investimento são outra possibilidade de compradores para a companhia. Desvalorizado (só nesta segunda-feira, 26, o papel caiu mais de 5%), o ativo pode estar em um bom momento para compra. Vale lembrar que o Pátria tem uma estratégia conhecida de investimento em redes varejistas alimentares. Um dos quadros do Pátria, inclusive, é Peter Estermann, ex-CEO do GPA, uma das pessoas com maior conhecimento interno do negócio.

Outro caminho possível, mas improvável, na visão de fontes de setor, é a de competidores no segmento de varejo alimentar premium. A marca Pão de Açúcar ainda tem força, mas faltam candidatos com estofo e estrutura financeira para a aquisição de uma rede nacional.

Na falta de mais nomes interessados (ou com propostas robustas), os francesas podem optar por vender sua participação de 40,9% em ofertas na B3. Nesse caso, porém, não se deve esperar o mesmo desempenho das ofertas feitas com sua participação no Assaí. Em três vendas, o Casino levantou perto de R$ 9 bilhões, mesmo em um momento pouco favorável. O GPA, por sua vez, tem tido dificuldade de crescer e mostrar rentabilidade, o que desanima investidores.

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Um complicador, aliás, é o fato do Hortifruti Natural da Terra, da Americanas, também estar à venda. Esse é um ativo de proposta parecida que pode dividir a atenção dos poucos compradores. A vantagem do GPA é que a situação da Americanas, que não oferece segurança nem mesmo sobre os números do passado, torna a venda desse ativo concorrente ainda mais vagarosa.

O GPA afirmou em Fato Relevante que, questionado sobre as informações divulgadas na manhã desta segunda, o Casino respondeu à controlada: “GPA e Éxito são ativos que poderão ser vendidos como parte do plano de três anos de venda de ativos do Grupo Casino, sendo que, nesta data, não há cronograma, metas definidas ou processo de venda em aberto para o GPA. O único projeto ativo neste momento envolvendo estas duas empresas é a segregação dos negócios de GPA e Éxito”.

Procurado, o Patria não comentou.

O plano de venda de ativos do Casino que cita nominalmente o Grupo Pão de Açúcar (GPA) não trouxe surpresas. A varejista brasileira já estava na vitrine das ofertas ao mercado, mas conseguir um comprador para o ativo que restou após a separação do Assaí e, agora, do Éxito (varejista colombiana) não é tarefa simples.

Fundos de investimento como o Pátria são uma possibilidade, mas sem um comprador claro, a saída do Casino pode se dar via venda de ações na B3, como foi feito com o Assaí. No entanto, a marca Pão de Açúcar não tem a mesma atratividade para garantir demanda parecida.

No ano passado, informações sobre movimentações do Casino e de Abílio Diniz na abertura de um diálogo para que o ex-dono readquirisse a companhia animaram os investidores. No entanto, o próprio Diniz dissipou possíveis evoluções dessa história.

Em janeiro deste ano, o empresário brasileiro afirmou ao Estadão/Broadcast que sua briga com o ex-sócio Jean Charles-Naouri havia se encerrado há muito tempo. “Estamos em boa situação. Mas, enfim, já encerramos nossos negócios. Estou no Carrefour e estou satisfeito com as pessoas lá”, disse.

Grupo Casino pode vender ações do Pão de Açúcar Foto: Wikimedia Commons

Fundos de investimento são outra possibilidade de compradores para a companhia. Desvalorizado (só nesta segunda-feira, 26, o papel caiu mais de 5%), o ativo pode estar em um bom momento para compra. Vale lembrar que o Pátria tem uma estratégia conhecida de investimento em redes varejistas alimentares. Um dos quadros do Pátria, inclusive, é Peter Estermann, ex-CEO do GPA, uma das pessoas com maior conhecimento interno do negócio.

Outro caminho possível, mas improvável, na visão de fontes de setor, é a de competidores no segmento de varejo alimentar premium. A marca Pão de Açúcar ainda tem força, mas faltam candidatos com estofo e estrutura financeira para a aquisição de uma rede nacional.

Na falta de mais nomes interessados (ou com propostas robustas), os francesas podem optar por vender sua participação de 40,9% em ofertas na B3. Nesse caso, porém, não se deve esperar o mesmo desempenho das ofertas feitas com sua participação no Assaí. Em três vendas, o Casino levantou perto de R$ 9 bilhões, mesmo em um momento pouco favorável. O GPA, por sua vez, tem tido dificuldade de crescer e mostrar rentabilidade, o que desanima investidores.

Um complicador, aliás, é o fato do Hortifruti Natural da Terra, da Americanas, também estar à venda. Esse é um ativo de proposta parecida que pode dividir a atenção dos poucos compradores. A vantagem do GPA é que a situação da Americanas, que não oferece segurança nem mesmo sobre os números do passado, torna a venda desse ativo concorrente ainda mais vagarosa.

O GPA afirmou em Fato Relevante que, questionado sobre as informações divulgadas na manhã desta segunda, o Casino respondeu à controlada: “GPA e Éxito são ativos que poderão ser vendidos como parte do plano de três anos de venda de ativos do Grupo Casino, sendo que, nesta data, não há cronograma, metas definidas ou processo de venda em aberto para o GPA. O único projeto ativo neste momento envolvendo estas duas empresas é a segregação dos negócios de GPA e Éxito”.

Procurado, o Patria não comentou.

O plano de venda de ativos do Casino que cita nominalmente o Grupo Pão de Açúcar (GPA) não trouxe surpresas. A varejista brasileira já estava na vitrine das ofertas ao mercado, mas conseguir um comprador para o ativo que restou após a separação do Assaí e, agora, do Éxito (varejista colombiana) não é tarefa simples.

Fundos de investimento como o Pátria são uma possibilidade, mas sem um comprador claro, a saída do Casino pode se dar via venda de ações na B3, como foi feito com o Assaí. No entanto, a marca Pão de Açúcar não tem a mesma atratividade para garantir demanda parecida.

No ano passado, informações sobre movimentações do Casino e de Abílio Diniz na abertura de um diálogo para que o ex-dono readquirisse a companhia animaram os investidores. No entanto, o próprio Diniz dissipou possíveis evoluções dessa história.

Em janeiro deste ano, o empresário brasileiro afirmou ao Estadão/Broadcast que sua briga com o ex-sócio Jean Charles-Naouri havia se encerrado há muito tempo. “Estamos em boa situação. Mas, enfim, já encerramos nossos negócios. Estou no Carrefour e estou satisfeito com as pessoas lá”, disse.

Grupo Casino pode vender ações do Pão de Açúcar Foto: Wikimedia Commons

Fundos de investimento são outra possibilidade de compradores para a companhia. Desvalorizado (só nesta segunda-feira, 26, o papel caiu mais de 5%), o ativo pode estar em um bom momento para compra. Vale lembrar que o Pátria tem uma estratégia conhecida de investimento em redes varejistas alimentares. Um dos quadros do Pátria, inclusive, é Peter Estermann, ex-CEO do GPA, uma das pessoas com maior conhecimento interno do negócio.

Outro caminho possível, mas improvável, na visão de fontes de setor, é a de competidores no segmento de varejo alimentar premium. A marca Pão de Açúcar ainda tem força, mas faltam candidatos com estofo e estrutura financeira para a aquisição de uma rede nacional.

Na falta de mais nomes interessados (ou com propostas robustas), os francesas podem optar por vender sua participação de 40,9% em ofertas na B3. Nesse caso, porém, não se deve esperar o mesmo desempenho das ofertas feitas com sua participação no Assaí. Em três vendas, o Casino levantou perto de R$ 9 bilhões, mesmo em um momento pouco favorável. O GPA, por sua vez, tem tido dificuldade de crescer e mostrar rentabilidade, o que desanima investidores.

Um complicador, aliás, é o fato do Hortifruti Natural da Terra, da Americanas, também estar à venda. Esse é um ativo de proposta parecida que pode dividir a atenção dos poucos compradores. A vantagem do GPA é que a situação da Americanas, que não oferece segurança nem mesmo sobre os números do passado, torna a venda desse ativo concorrente ainda mais vagarosa.

O GPA afirmou em Fato Relevante que, questionado sobre as informações divulgadas na manhã desta segunda, o Casino respondeu à controlada: “GPA e Éxito são ativos que poderão ser vendidos como parte do plano de três anos de venda de ativos do Grupo Casino, sendo que, nesta data, não há cronograma, metas definidas ou processo de venda em aberto para o GPA. O único projeto ativo neste momento envolvendo estas duas empresas é a segregação dos negócios de GPA e Éxito”.

Procurado, o Patria não comentou.

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