Petrobras vai comprar crédito de carbono e estuda parcerias em eólicas offshore


Diretor da estatal disse também que empresa negocia compra de projetos de energia eólica e solar no País, além de buscar parceiro na produção de hidrogênio verde

Por Denise Luna

Tendência cada vez mais forte entre as petroleiras, que se preparam para um futuro com menos petróleo, a descarbonização entrou no radar da Petrobras. A empresa está perto de fechar a sua primeira compra de crédito de carbono, afirmou o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da estatal, Maurício Tolmasquim. Segundo ele, no futuro, a própria Petrobras deve passar a vender seus créditos, com a evolução do seu projeto de captura de carbono na região de Macaé, no Rio de Janeiro.

“A gente está olhando agora a questão de crédito de carbono, para compensar algumas emissões. Você pode comprar no País ou fora, mas no Brasil tem um bom potencial, pode comprar (o crédito de carbono) de uma floresta, por exemplo”, disse Tolmasquim. “No futuro, a gente pode também gerar créditos no mercado. Vamos entrar na captura, que é o CCUS (Carbon Capture, Utilization and Storage) e pode até gerar créditos (de carbono)”, completou.

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Segundo Tolmasquim, a prioridade da companhia é reduzir as emissões organicamente, mas tem um limite. “Uma parte você reduz a emissão organicamente, outra parte você captura e a outra parte pode compensar com crédito de carbono”, informou.

A empresa planeja fazer um hub na região de Macaé para armazenar CO2, não apenas da empresa, mas de outras companhias que já demonstraram interesse em participar. Tudo vai depender, porém, da aprovação de uma legislação para CCUS no Brasil, e do sucesso de projeto-piloto da estatal na região para capturar 100 mil toneladas de carbono, que está em andamento. O CO2 é armazenado no fundo do mar, em formações geológicas que nada tem a ver com a exploração de petróleo e gás, informou Tolmasquim.

“Estou torcendo para que a legislação saia no segundo semestre”, afirmou o executivo. Atualmente, a Petrobras é a empresa que mais injeta CO2 no mundo. No ano passado, foram 11 milhões de toneladas, um quarto dos 40 milhões de toneladas das emissões globais.

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Além da captura de carbono, outras legislações estão sendo aguardadas com atenção pela empresa, como o marco regulatório para as usinas eólicas offshore, também previsto para este ano. Mas para já ir “treinando”, Tolmasquim informou que conversa com empreendedores em três países no hemisfério norte, em estágios de construção diferentes, onde poderá ser sócia minoritária para adquirir experiência.

Tolmaquim diz que empresa tentar negócio com três países para ganhar experiência na produção de eólica offshore Foto: Marta Nogueira/Reuters

Segundo Tolmasquim, se tudo correr como previsto, a primeira eólica offshore no Brasil deve começar a produzir em 2030.

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“A ideia é ter uma participação pequena para poder acompanhar, é uma maneira de a gente aprender. Quando for aprovado no Brasil, a gente já está preparado, mas não podemos perder esse barco, por isso é preciso aprovar o marco regulatório”, afirmou, lembrando que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, prometeu um segundo semestre de pautas ambientais.

Mas enquanto a eólica offshore não vem, a empresa está em plena negociação para aquisição de projetos de usinas eólicas e solares onshore (em terra), todos em parceria e visando grandes parques com possibilidade de expansão. Segundo Tolmasquim, podem ser projetos já existentes ou novos, mas ainda dependem de aprovações da diretoria e o Conselho de Administração da companhia.

Hidrogênio

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A mesma expectativa serve para o hidrogênio verde. Tolmasquim vê um grande potencial no Brasil para o combustível, que poderia substituir parte do petróleo no setor de transporte. Nesse caso, também há necessidade de criar uma legislação própria para dar segurança jurídica aos potenciais investidores.

Ele informou que a empresa já conversa com um possível parceiro para a produção de hidrogênio no País que já estaria com o projeto mais avançado. “Vamos analisar a possibilidade de uma planta de hidrogênio verde aqui no Brasil, com um parceiro que já está com projeto, porque hoje não existe nada (de produção)”, afirmou.

O executivo explicou que, como você pode transformar o hidrogênio verde em amônia e transportar como uma commodity, assim como o petróleo, a Petrobras pode se tornar um player importante no futuro, principalmente levando em conta estudos que mostram que, em 2030, o Brasil terá o hidrogênio verde mais barato do mundo por causa da energia renovável abundante no País. “A gente está preparando a empresa para o futuro”, ressaltou.

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É para garantir esse futuro que o executivo defende a continuidade da produção de petróleo cada vez com menos CO2, o que tem sido facilitado pelos campos gigantes do pré-sal, como Búzios e Tupi. Isso vai garantir receita para os investimentos verdes, ao mesmo tempo em que deve credenciar a Petrobras para manter o fornecimento de petróleo em uma economia descarbonizada.

Além disso, a empresa vem investindo em biocombustíveis, como o Diesel R, feito por coprocessamento de diesel mineral com óleos vegetais. Tolmasquim espera que o mandato para que o produto da companhia possa ser misturado ao diesel, assim como o biodiesel, saia logo, dando o sinal verde para o crescimento da produção nas refinarias da companhia. Hoje, o Diesel R com 5% de porcentual vegetal é produzido apenas na refinaria no Paraná (Repar). Segundo o executivo, mais três refinarias foram aprovadas para produzir o biocombustível: Reduc (RJ), Replan (SP) e RBPC (SP).

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“Ainda não tem mandato (para o Diesel R), mas estamos conversando e queremos uma legislação para que tenha espaço na mistura do diesel, sem isso não tem como aumentar a produção”, afirmou.

Tendência cada vez mais forte entre as petroleiras, que se preparam para um futuro com menos petróleo, a descarbonização entrou no radar da Petrobras. A empresa está perto de fechar a sua primeira compra de crédito de carbono, afirmou o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da estatal, Maurício Tolmasquim. Segundo ele, no futuro, a própria Petrobras deve passar a vender seus créditos, com a evolução do seu projeto de captura de carbono na região de Macaé, no Rio de Janeiro.

“A gente está olhando agora a questão de crédito de carbono, para compensar algumas emissões. Você pode comprar no País ou fora, mas no Brasil tem um bom potencial, pode comprar (o crédito de carbono) de uma floresta, por exemplo”, disse Tolmasquim. “No futuro, a gente pode também gerar créditos no mercado. Vamos entrar na captura, que é o CCUS (Carbon Capture, Utilization and Storage) e pode até gerar créditos (de carbono)”, completou.

Segundo Tolmasquim, a prioridade da companhia é reduzir as emissões organicamente, mas tem um limite. “Uma parte você reduz a emissão organicamente, outra parte você captura e a outra parte pode compensar com crédito de carbono”, informou.

A empresa planeja fazer um hub na região de Macaé para armazenar CO2, não apenas da empresa, mas de outras companhias que já demonstraram interesse em participar. Tudo vai depender, porém, da aprovação de uma legislação para CCUS no Brasil, e do sucesso de projeto-piloto da estatal na região para capturar 100 mil toneladas de carbono, que está em andamento. O CO2 é armazenado no fundo do mar, em formações geológicas que nada tem a ver com a exploração de petróleo e gás, informou Tolmasquim.

“Estou torcendo para que a legislação saia no segundo semestre”, afirmou o executivo. Atualmente, a Petrobras é a empresa que mais injeta CO2 no mundo. No ano passado, foram 11 milhões de toneladas, um quarto dos 40 milhões de toneladas das emissões globais.

Além da captura de carbono, outras legislações estão sendo aguardadas com atenção pela empresa, como o marco regulatório para as usinas eólicas offshore, também previsto para este ano. Mas para já ir “treinando”, Tolmasquim informou que conversa com empreendedores em três países no hemisfério norte, em estágios de construção diferentes, onde poderá ser sócia minoritária para adquirir experiência.

Tolmaquim diz que empresa tentar negócio com três países para ganhar experiência na produção de eólica offshore Foto: Marta Nogueira/Reuters

Segundo Tolmasquim, se tudo correr como previsto, a primeira eólica offshore no Brasil deve começar a produzir em 2030.

“A ideia é ter uma participação pequena para poder acompanhar, é uma maneira de a gente aprender. Quando for aprovado no Brasil, a gente já está preparado, mas não podemos perder esse barco, por isso é preciso aprovar o marco regulatório”, afirmou, lembrando que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, prometeu um segundo semestre de pautas ambientais.

Mas enquanto a eólica offshore não vem, a empresa está em plena negociação para aquisição de projetos de usinas eólicas e solares onshore (em terra), todos em parceria e visando grandes parques com possibilidade de expansão. Segundo Tolmasquim, podem ser projetos já existentes ou novos, mas ainda dependem de aprovações da diretoria e o Conselho de Administração da companhia.

Hidrogênio

A mesma expectativa serve para o hidrogênio verde. Tolmasquim vê um grande potencial no Brasil para o combustível, que poderia substituir parte do petróleo no setor de transporte. Nesse caso, também há necessidade de criar uma legislação própria para dar segurança jurídica aos potenciais investidores.

Ele informou que a empresa já conversa com um possível parceiro para a produção de hidrogênio no País que já estaria com o projeto mais avançado. “Vamos analisar a possibilidade de uma planta de hidrogênio verde aqui no Brasil, com um parceiro que já está com projeto, porque hoje não existe nada (de produção)”, afirmou.

O executivo explicou que, como você pode transformar o hidrogênio verde em amônia e transportar como uma commodity, assim como o petróleo, a Petrobras pode se tornar um player importante no futuro, principalmente levando em conta estudos que mostram que, em 2030, o Brasil terá o hidrogênio verde mais barato do mundo por causa da energia renovável abundante no País. “A gente está preparando a empresa para o futuro”, ressaltou.

É para garantir esse futuro que o executivo defende a continuidade da produção de petróleo cada vez com menos CO2, o que tem sido facilitado pelos campos gigantes do pré-sal, como Búzios e Tupi. Isso vai garantir receita para os investimentos verdes, ao mesmo tempo em que deve credenciar a Petrobras para manter o fornecimento de petróleo em uma economia descarbonizada.

Além disso, a empresa vem investindo em biocombustíveis, como o Diesel R, feito por coprocessamento de diesel mineral com óleos vegetais. Tolmasquim espera que o mandato para que o produto da companhia possa ser misturado ao diesel, assim como o biodiesel, saia logo, dando o sinal verde para o crescimento da produção nas refinarias da companhia. Hoje, o Diesel R com 5% de porcentual vegetal é produzido apenas na refinaria no Paraná (Repar). Segundo o executivo, mais três refinarias foram aprovadas para produzir o biocombustível: Reduc (RJ), Replan (SP) e RBPC (SP).

“Ainda não tem mandato (para o Diesel R), mas estamos conversando e queremos uma legislação para que tenha espaço na mistura do diesel, sem isso não tem como aumentar a produção”, afirmou.

Tendência cada vez mais forte entre as petroleiras, que se preparam para um futuro com menos petróleo, a descarbonização entrou no radar da Petrobras. A empresa está perto de fechar a sua primeira compra de crédito de carbono, afirmou o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da estatal, Maurício Tolmasquim. Segundo ele, no futuro, a própria Petrobras deve passar a vender seus créditos, com a evolução do seu projeto de captura de carbono na região de Macaé, no Rio de Janeiro.

“A gente está olhando agora a questão de crédito de carbono, para compensar algumas emissões. Você pode comprar no País ou fora, mas no Brasil tem um bom potencial, pode comprar (o crédito de carbono) de uma floresta, por exemplo”, disse Tolmasquim. “No futuro, a gente pode também gerar créditos no mercado. Vamos entrar na captura, que é o CCUS (Carbon Capture, Utilization and Storage) e pode até gerar créditos (de carbono)”, completou.

Segundo Tolmasquim, a prioridade da companhia é reduzir as emissões organicamente, mas tem um limite. “Uma parte você reduz a emissão organicamente, outra parte você captura e a outra parte pode compensar com crédito de carbono”, informou.

A empresa planeja fazer um hub na região de Macaé para armazenar CO2, não apenas da empresa, mas de outras companhias que já demonstraram interesse em participar. Tudo vai depender, porém, da aprovação de uma legislação para CCUS no Brasil, e do sucesso de projeto-piloto da estatal na região para capturar 100 mil toneladas de carbono, que está em andamento. O CO2 é armazenado no fundo do mar, em formações geológicas que nada tem a ver com a exploração de petróleo e gás, informou Tolmasquim.

“Estou torcendo para que a legislação saia no segundo semestre”, afirmou o executivo. Atualmente, a Petrobras é a empresa que mais injeta CO2 no mundo. No ano passado, foram 11 milhões de toneladas, um quarto dos 40 milhões de toneladas das emissões globais.

Além da captura de carbono, outras legislações estão sendo aguardadas com atenção pela empresa, como o marco regulatório para as usinas eólicas offshore, também previsto para este ano. Mas para já ir “treinando”, Tolmasquim informou que conversa com empreendedores em três países no hemisfério norte, em estágios de construção diferentes, onde poderá ser sócia minoritária para adquirir experiência.

Tolmaquim diz que empresa tentar negócio com três países para ganhar experiência na produção de eólica offshore Foto: Marta Nogueira/Reuters

Segundo Tolmasquim, se tudo correr como previsto, a primeira eólica offshore no Brasil deve começar a produzir em 2030.

“A ideia é ter uma participação pequena para poder acompanhar, é uma maneira de a gente aprender. Quando for aprovado no Brasil, a gente já está preparado, mas não podemos perder esse barco, por isso é preciso aprovar o marco regulatório”, afirmou, lembrando que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, prometeu um segundo semestre de pautas ambientais.

Mas enquanto a eólica offshore não vem, a empresa está em plena negociação para aquisição de projetos de usinas eólicas e solares onshore (em terra), todos em parceria e visando grandes parques com possibilidade de expansão. Segundo Tolmasquim, podem ser projetos já existentes ou novos, mas ainda dependem de aprovações da diretoria e o Conselho de Administração da companhia.

Hidrogênio

A mesma expectativa serve para o hidrogênio verde. Tolmasquim vê um grande potencial no Brasil para o combustível, que poderia substituir parte do petróleo no setor de transporte. Nesse caso, também há necessidade de criar uma legislação própria para dar segurança jurídica aos potenciais investidores.

Ele informou que a empresa já conversa com um possível parceiro para a produção de hidrogênio no País que já estaria com o projeto mais avançado. “Vamos analisar a possibilidade de uma planta de hidrogênio verde aqui no Brasil, com um parceiro que já está com projeto, porque hoje não existe nada (de produção)”, afirmou.

O executivo explicou que, como você pode transformar o hidrogênio verde em amônia e transportar como uma commodity, assim como o petróleo, a Petrobras pode se tornar um player importante no futuro, principalmente levando em conta estudos que mostram que, em 2030, o Brasil terá o hidrogênio verde mais barato do mundo por causa da energia renovável abundante no País. “A gente está preparando a empresa para o futuro”, ressaltou.

É para garantir esse futuro que o executivo defende a continuidade da produção de petróleo cada vez com menos CO2, o que tem sido facilitado pelos campos gigantes do pré-sal, como Búzios e Tupi. Isso vai garantir receita para os investimentos verdes, ao mesmo tempo em que deve credenciar a Petrobras para manter o fornecimento de petróleo em uma economia descarbonizada.

Além disso, a empresa vem investindo em biocombustíveis, como o Diesel R, feito por coprocessamento de diesel mineral com óleos vegetais. Tolmasquim espera que o mandato para que o produto da companhia possa ser misturado ao diesel, assim como o biodiesel, saia logo, dando o sinal verde para o crescimento da produção nas refinarias da companhia. Hoje, o Diesel R com 5% de porcentual vegetal é produzido apenas na refinaria no Paraná (Repar). Segundo o executivo, mais três refinarias foram aprovadas para produzir o biocombustível: Reduc (RJ), Replan (SP) e RBPC (SP).

“Ainda não tem mandato (para o Diesel R), mas estamos conversando e queremos uma legislação para que tenha espaço na mistura do diesel, sem isso não tem como aumentar a produção”, afirmou.

Tendência cada vez mais forte entre as petroleiras, que se preparam para um futuro com menos petróleo, a descarbonização entrou no radar da Petrobras. A empresa está perto de fechar a sua primeira compra de crédito de carbono, afirmou o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da estatal, Maurício Tolmasquim. Segundo ele, no futuro, a própria Petrobras deve passar a vender seus créditos, com a evolução do seu projeto de captura de carbono na região de Macaé, no Rio de Janeiro.

“A gente está olhando agora a questão de crédito de carbono, para compensar algumas emissões. Você pode comprar no País ou fora, mas no Brasil tem um bom potencial, pode comprar (o crédito de carbono) de uma floresta, por exemplo”, disse Tolmasquim. “No futuro, a gente pode também gerar créditos no mercado. Vamos entrar na captura, que é o CCUS (Carbon Capture, Utilization and Storage) e pode até gerar créditos (de carbono)”, completou.

Segundo Tolmasquim, a prioridade da companhia é reduzir as emissões organicamente, mas tem um limite. “Uma parte você reduz a emissão organicamente, outra parte você captura e a outra parte pode compensar com crédito de carbono”, informou.

A empresa planeja fazer um hub na região de Macaé para armazenar CO2, não apenas da empresa, mas de outras companhias que já demonstraram interesse em participar. Tudo vai depender, porém, da aprovação de uma legislação para CCUS no Brasil, e do sucesso de projeto-piloto da estatal na região para capturar 100 mil toneladas de carbono, que está em andamento. O CO2 é armazenado no fundo do mar, em formações geológicas que nada tem a ver com a exploração de petróleo e gás, informou Tolmasquim.

“Estou torcendo para que a legislação saia no segundo semestre”, afirmou o executivo. Atualmente, a Petrobras é a empresa que mais injeta CO2 no mundo. No ano passado, foram 11 milhões de toneladas, um quarto dos 40 milhões de toneladas das emissões globais.

Além da captura de carbono, outras legislações estão sendo aguardadas com atenção pela empresa, como o marco regulatório para as usinas eólicas offshore, também previsto para este ano. Mas para já ir “treinando”, Tolmasquim informou que conversa com empreendedores em três países no hemisfério norte, em estágios de construção diferentes, onde poderá ser sócia minoritária para adquirir experiência.

Tolmaquim diz que empresa tentar negócio com três países para ganhar experiência na produção de eólica offshore Foto: Marta Nogueira/Reuters

Segundo Tolmasquim, se tudo correr como previsto, a primeira eólica offshore no Brasil deve começar a produzir em 2030.

“A ideia é ter uma participação pequena para poder acompanhar, é uma maneira de a gente aprender. Quando for aprovado no Brasil, a gente já está preparado, mas não podemos perder esse barco, por isso é preciso aprovar o marco regulatório”, afirmou, lembrando que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, prometeu um segundo semestre de pautas ambientais.

Mas enquanto a eólica offshore não vem, a empresa está em plena negociação para aquisição de projetos de usinas eólicas e solares onshore (em terra), todos em parceria e visando grandes parques com possibilidade de expansão. Segundo Tolmasquim, podem ser projetos já existentes ou novos, mas ainda dependem de aprovações da diretoria e o Conselho de Administração da companhia.

Hidrogênio

A mesma expectativa serve para o hidrogênio verde. Tolmasquim vê um grande potencial no Brasil para o combustível, que poderia substituir parte do petróleo no setor de transporte. Nesse caso, também há necessidade de criar uma legislação própria para dar segurança jurídica aos potenciais investidores.

Ele informou que a empresa já conversa com um possível parceiro para a produção de hidrogênio no País que já estaria com o projeto mais avançado. “Vamos analisar a possibilidade de uma planta de hidrogênio verde aqui no Brasil, com um parceiro que já está com projeto, porque hoje não existe nada (de produção)”, afirmou.

O executivo explicou que, como você pode transformar o hidrogênio verde em amônia e transportar como uma commodity, assim como o petróleo, a Petrobras pode se tornar um player importante no futuro, principalmente levando em conta estudos que mostram que, em 2030, o Brasil terá o hidrogênio verde mais barato do mundo por causa da energia renovável abundante no País. “A gente está preparando a empresa para o futuro”, ressaltou.

É para garantir esse futuro que o executivo defende a continuidade da produção de petróleo cada vez com menos CO2, o que tem sido facilitado pelos campos gigantes do pré-sal, como Búzios e Tupi. Isso vai garantir receita para os investimentos verdes, ao mesmo tempo em que deve credenciar a Petrobras para manter o fornecimento de petróleo em uma economia descarbonizada.

Além disso, a empresa vem investindo em biocombustíveis, como o Diesel R, feito por coprocessamento de diesel mineral com óleos vegetais. Tolmasquim espera que o mandato para que o produto da companhia possa ser misturado ao diesel, assim como o biodiesel, saia logo, dando o sinal verde para o crescimento da produção nas refinarias da companhia. Hoje, o Diesel R com 5% de porcentual vegetal é produzido apenas na refinaria no Paraná (Repar). Segundo o executivo, mais três refinarias foram aprovadas para produzir o biocombustível: Reduc (RJ), Replan (SP) e RBPC (SP).

“Ainda não tem mandato (para o Diesel R), mas estamos conversando e queremos uma legislação para que tenha espaço na mistura do diesel, sem isso não tem como aumentar a produção”, afirmou.

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