Porto vê recuperação com melhora na economia e no emprego após ano difícil


Em 2022, companhia sofreu com inflação e valorização dos carros usados; para analista, empresa já repassa despesas a clientes, o que deve impulsionar seus resultados

Por Matheus Piovesana

O próximo ano deve ser desafiador do ponto de vista econômico, mas a Porto (ex-Porto Seguro) espera um cenário melhor para seu principal negócio do que em 2022. A companhia acredita que a melhoria dos índices de emprego tende a continuar impulsionando a demanda e se vê mais preparada para navegar pelas intempéries do mercado, após ter sentido um forte impacto da inflação em 2022.

“Estou confiante no País, acho que vai ser um bom ano”, disse Rivaldo Leite, CEO da área de seguros da empresa, ao Estadão/Broadcast. “Acredito na melhora da economia e do emprego. E acho que tudo isso se reflete sobre o mercado de seguros.”

Rivaldo Leite, da Porto, acredita em melhora do emprego em 2023 Foto: Fernando Martinho
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Leite assumiu a área em outubro, mas tem trajetória longa no negócio. Chegou à companhia em 1996 e passou por diversos cargos, até chegar à vice-presidência comercial e de marketing em 2020. Trabalhou diretamente com os corretores, peça fundamental da venda de seguros na companhia e no mercado brasileiro.

“Em tudo o que desenvolvermos, vamos pensar sempre no nosso principal canal de distribuição, que é o corretor”, disse o executivo. Por outro lado, hoje o corretor busca uma variedade maior de produtos para vender, para além do seguro automotivo. Isso ajuda a explicar o crescimento de linhas como o residencial, impulsionadas pela possibilidade de unir os dois produtos na mesma apólice – reflexo de uma mudança recente nas regras da Superintendência de Seguros Privados (Susep).

Dificuldades

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Em 2022, os motoristas voltaram às ruas com a reabertura plena das atividades. Isso aumentou a ocorrência de acidentes e, por consequência, os pedidos de indenização às seguradoras.

Até aí, nada diferente do fluxo normal do setor, a não ser por um fator: com as fábricas paradas, os preços dos carros usados e das peças, que balizam o cálculo das indenizações, dispararam.

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Para fazer frente a esse cenário, as seguradoras tiveram de reajustar as apólices – processo que tomou boa parte do primeiro semestre. A Porto é líder do segmento, com 5,7 milhões de veículos segurados em setembro. “Por a Porto ser líder, o mercado espera por ela, e fizemos os devidos ajustes”, disse Leite.

“A combinação de fatores não dá esse alívio todo, mas nos últimos tempos estamos precificando corretamente”, comentou, citando que a tabela Fipe tem caído, mas pouco, e que a cotação do dólar, que afeta os preços de autopeças, continua alta.

Nos nove primeiros meses deste ano, o lucro da Porto caiu 42,7%, para R$ 579,2 milhões. Em seguros, a queda foi de 21,9%, para R$ 377,9 milhões. Mas no terceiro trimestre houve reação: o lucro em seguros cresceu 65,1%, para R$ 199,7 milhões. No consolidado da Porto, a expansão foi de 353,7%, para R$ 272,7 milhões.

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À frente

Nas primeiras estimativas, o mercado prevê um 2023 mais positivo para a companhia. “Com os preços dos veículos usados caindo no Brasil nos últimos meses e depois de um ano inteiro repassando custos mais altos de insumos para os clientes, acreditamos que a Porto pode ter uma virada em 2023″, comentou o analista Henrique Navarro, do Santander, em relatório. O banco espera que a rentabilidade da companhia suba para 16,9% em 2023, ante 11,3% em setembro.

O próximo ano deve ser desafiador do ponto de vista econômico, mas a Porto (ex-Porto Seguro) espera um cenário melhor para seu principal negócio do que em 2022. A companhia acredita que a melhoria dos índices de emprego tende a continuar impulsionando a demanda e se vê mais preparada para navegar pelas intempéries do mercado, após ter sentido um forte impacto da inflação em 2022.

“Estou confiante no País, acho que vai ser um bom ano”, disse Rivaldo Leite, CEO da área de seguros da empresa, ao Estadão/Broadcast. “Acredito na melhora da economia e do emprego. E acho que tudo isso se reflete sobre o mercado de seguros.”

Rivaldo Leite, da Porto, acredita em melhora do emprego em 2023 Foto: Fernando Martinho

Leite assumiu a área em outubro, mas tem trajetória longa no negócio. Chegou à companhia em 1996 e passou por diversos cargos, até chegar à vice-presidência comercial e de marketing em 2020. Trabalhou diretamente com os corretores, peça fundamental da venda de seguros na companhia e no mercado brasileiro.

“Em tudo o que desenvolvermos, vamos pensar sempre no nosso principal canal de distribuição, que é o corretor”, disse o executivo. Por outro lado, hoje o corretor busca uma variedade maior de produtos para vender, para além do seguro automotivo. Isso ajuda a explicar o crescimento de linhas como o residencial, impulsionadas pela possibilidade de unir os dois produtos na mesma apólice – reflexo de uma mudança recente nas regras da Superintendência de Seguros Privados (Susep).

Dificuldades

Em 2022, os motoristas voltaram às ruas com a reabertura plena das atividades. Isso aumentou a ocorrência de acidentes e, por consequência, os pedidos de indenização às seguradoras.

Até aí, nada diferente do fluxo normal do setor, a não ser por um fator: com as fábricas paradas, os preços dos carros usados e das peças, que balizam o cálculo das indenizações, dispararam.

Para fazer frente a esse cenário, as seguradoras tiveram de reajustar as apólices – processo que tomou boa parte do primeiro semestre. A Porto é líder do segmento, com 5,7 milhões de veículos segurados em setembro. “Por a Porto ser líder, o mercado espera por ela, e fizemos os devidos ajustes”, disse Leite.

“A combinação de fatores não dá esse alívio todo, mas nos últimos tempos estamos precificando corretamente”, comentou, citando que a tabela Fipe tem caído, mas pouco, e que a cotação do dólar, que afeta os preços de autopeças, continua alta.

Nos nove primeiros meses deste ano, o lucro da Porto caiu 42,7%, para R$ 579,2 milhões. Em seguros, a queda foi de 21,9%, para R$ 377,9 milhões. Mas no terceiro trimestre houve reação: o lucro em seguros cresceu 65,1%, para R$ 199,7 milhões. No consolidado da Porto, a expansão foi de 353,7%, para R$ 272,7 milhões.

À frente

Nas primeiras estimativas, o mercado prevê um 2023 mais positivo para a companhia. “Com os preços dos veículos usados caindo no Brasil nos últimos meses e depois de um ano inteiro repassando custos mais altos de insumos para os clientes, acreditamos que a Porto pode ter uma virada em 2023″, comentou o analista Henrique Navarro, do Santander, em relatório. O banco espera que a rentabilidade da companhia suba para 16,9% em 2023, ante 11,3% em setembro.

O próximo ano deve ser desafiador do ponto de vista econômico, mas a Porto (ex-Porto Seguro) espera um cenário melhor para seu principal negócio do que em 2022. A companhia acredita que a melhoria dos índices de emprego tende a continuar impulsionando a demanda e se vê mais preparada para navegar pelas intempéries do mercado, após ter sentido um forte impacto da inflação em 2022.

“Estou confiante no País, acho que vai ser um bom ano”, disse Rivaldo Leite, CEO da área de seguros da empresa, ao Estadão/Broadcast. “Acredito na melhora da economia e do emprego. E acho que tudo isso se reflete sobre o mercado de seguros.”

Rivaldo Leite, da Porto, acredita em melhora do emprego em 2023 Foto: Fernando Martinho

Leite assumiu a área em outubro, mas tem trajetória longa no negócio. Chegou à companhia em 1996 e passou por diversos cargos, até chegar à vice-presidência comercial e de marketing em 2020. Trabalhou diretamente com os corretores, peça fundamental da venda de seguros na companhia e no mercado brasileiro.

“Em tudo o que desenvolvermos, vamos pensar sempre no nosso principal canal de distribuição, que é o corretor”, disse o executivo. Por outro lado, hoje o corretor busca uma variedade maior de produtos para vender, para além do seguro automotivo. Isso ajuda a explicar o crescimento de linhas como o residencial, impulsionadas pela possibilidade de unir os dois produtos na mesma apólice – reflexo de uma mudança recente nas regras da Superintendência de Seguros Privados (Susep).

Dificuldades

Em 2022, os motoristas voltaram às ruas com a reabertura plena das atividades. Isso aumentou a ocorrência de acidentes e, por consequência, os pedidos de indenização às seguradoras.

Até aí, nada diferente do fluxo normal do setor, a não ser por um fator: com as fábricas paradas, os preços dos carros usados e das peças, que balizam o cálculo das indenizações, dispararam.

Para fazer frente a esse cenário, as seguradoras tiveram de reajustar as apólices – processo que tomou boa parte do primeiro semestre. A Porto é líder do segmento, com 5,7 milhões de veículos segurados em setembro. “Por a Porto ser líder, o mercado espera por ela, e fizemos os devidos ajustes”, disse Leite.

“A combinação de fatores não dá esse alívio todo, mas nos últimos tempos estamos precificando corretamente”, comentou, citando que a tabela Fipe tem caído, mas pouco, e que a cotação do dólar, que afeta os preços de autopeças, continua alta.

Nos nove primeiros meses deste ano, o lucro da Porto caiu 42,7%, para R$ 579,2 milhões. Em seguros, a queda foi de 21,9%, para R$ 377,9 milhões. Mas no terceiro trimestre houve reação: o lucro em seguros cresceu 65,1%, para R$ 199,7 milhões. No consolidado da Porto, a expansão foi de 353,7%, para R$ 272,7 milhões.

À frente

Nas primeiras estimativas, o mercado prevê um 2023 mais positivo para a companhia. “Com os preços dos veículos usados caindo no Brasil nos últimos meses e depois de um ano inteiro repassando custos mais altos de insumos para os clientes, acreditamos que a Porto pode ter uma virada em 2023″, comentou o analista Henrique Navarro, do Santander, em relatório. O banco espera que a rentabilidade da companhia suba para 16,9% em 2023, ante 11,3% em setembro.

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