Roldão demite executivos e coloca família de volta no comando do negócio


Depois de anunciar executivo vindo do Assaí como CEO e contratar novos diretores, maior parte dos executivos foi substituída pela rede de atacarejo; Eduardo Roldão recentemente assumiu o comando do negócio

Por Talita Nascimento

Com a promessa de profissionalizar sua gestão, o Roldão Atacadista contratou uma leva de executivos há cerca de um ano. O plano era melhorar a governança e investir um total de R$ 330 milhões nos 18 meses que se seguiriam. O dinheiro serviria para abrir 11 lojas e chegar a um faturamento de R$ 4,25 bilhões em 2021. No entanto, a tentativa de profissionalização parece não ter dado certo: nem o CEO contratado à época, Sérgio Leite, está mais no cargo.

Há cerca de um ano a companhia havia anunciado as mudanças no seu quadro de executivos. Foto: Daniel Teixeira/ Estadão

A empresa confirma as substituições em massa. “Nesse processo de recomposição, além do pedido de desligamento do ex-presidente e da liderança Comercial e de Operações, optamos pela rescisão dos líderes das áreas de Controladoria, RH, Financeiro, Marketing e Jurídico”, disse o atual presidente da companhia, Eduardo Roldão, em nota. O motivo, porém, não fica claro. “Entendemos que é comum ocorrer cortes estratégicos em processos de reformulação”, resumiu.

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Nos bastidores, porém, a história é outra. Mesmo antes do anúncio da profissionalização, a empresa já era conhecida por muitas interferências da família e pouca retenção de executivos. Os sinais nesse sentido são muitos. Ainda no fim de 2020, a empresária Claudia Elisa havia sido escolhida para assumir a presidência do Conselho de Administração da companhia. Em março deste ano, já havia deixado o cargo. Quemagora dá as cartas no Conselho é o ex-CEO Ricardo Roldão, da família fundadora.

O diretor financeiro, Gonzalo Morales, durou ainda menos. Contratado em março de 2021, foi dispensado em abril deste ano. Outras demissões vieram em seguida. O então CEO, Sergio Leite, e o diretor comercial, Rodrigo Silva Lima então pediram demissão – em abril e maio últimos, respectivamente. 

Após a saída de Claudia Elisa do Conselho de Administração da companhia, quem agora dá as cartas no Conselho é o ex-CEO Ricardo Roldão, da família fundadora. Foto: Amanda Berobelli/Estadão
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Os dois voltaram para o Assaí, rede de atacarejo do Grupo Casino: Leite como diretor de novos negócios e Lima como gerente da mesma área. Antes de irem para o Roldão, ambos eram funcionários de controladas do Casino: Leite do próprio Assaí e Lima do Compre Bem. Como novo CEO, assumiu Eduardo Roldão.

Cargos em aberto

A empresa já contratou uma série de novos executivos. “Para substituir essas posições, contratamos Fatima Bonfim, para a vice-presidência administrativa; Daniel Maziero, para diretor de Controladoria; Marcio Mendes, para diretor de Operações e Expansão; Thais Marques, como gerente Jurídico; Denise Freitas, como gerente de RH; Tuca Sardinha para gerenciar a área de Marketing, e Lilian Soler, como gerente de engenharia e manutenção”, diz o presidente. 

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No entanto, os cargos de diretores Financeiro e Comercial, além da vice-presidência Comercial, seguem em aberto.

Para especialistas ouvidos pela reportagem, é comum que empresas familiares que tentam a profissionalização voltem atrás. O envolvimento emocional com o negócio costuma criar dificuldade para acatar decisões dos gestores contratados. No caso do Roldão, a ânsia de expansão da família parece ter sido um dos pivôs da quebra com a gestão contratada. “Seguimos com os objetivos anteriormente divulgados: planejamento de expansão e, como qualquer empresa, aumentar nosso faturamento. Por isso a reestruturação na área diretiva”, disse.

Das cinco lojas que previa abrir ainda em 2021, o Roldão Atacadista havia aberto quatro até meados de dezembro, chegando a 39 estabelecimentos em São Paulo. “Vale ressaltar, contudo, que mantivemos o nosso quadro de mais de 5 mil colaboradores em nossas 39 unidades no Estado de São Paulo e geramos cerca de 800 novos empregos somente no último semestre de 2021 com a inauguração de quatro novas e modernas unidades em Salto, Itu, Jundiaí e Mogi Guaçu, no interior de São Paulo”, diz o executivo, em nota à reportagem do Estadão/Broadcast.

Com a promessa de profissionalizar sua gestão, o Roldão Atacadista contratou uma leva de executivos há cerca de um ano. O plano era melhorar a governança e investir um total de R$ 330 milhões nos 18 meses que se seguiriam. O dinheiro serviria para abrir 11 lojas e chegar a um faturamento de R$ 4,25 bilhões em 2021. No entanto, a tentativa de profissionalização parece não ter dado certo: nem o CEO contratado à época, Sérgio Leite, está mais no cargo.

Há cerca de um ano a companhia havia anunciado as mudanças no seu quadro de executivos. Foto: Daniel Teixeira/ Estadão

A empresa confirma as substituições em massa. “Nesse processo de recomposição, além do pedido de desligamento do ex-presidente e da liderança Comercial e de Operações, optamos pela rescisão dos líderes das áreas de Controladoria, RH, Financeiro, Marketing e Jurídico”, disse o atual presidente da companhia, Eduardo Roldão, em nota. O motivo, porém, não fica claro. “Entendemos que é comum ocorrer cortes estratégicos em processos de reformulação”, resumiu.

Nos bastidores, porém, a história é outra. Mesmo antes do anúncio da profissionalização, a empresa já era conhecida por muitas interferências da família e pouca retenção de executivos. Os sinais nesse sentido são muitos. Ainda no fim de 2020, a empresária Claudia Elisa havia sido escolhida para assumir a presidência do Conselho de Administração da companhia. Em março deste ano, já havia deixado o cargo. Quemagora dá as cartas no Conselho é o ex-CEO Ricardo Roldão, da família fundadora.

O diretor financeiro, Gonzalo Morales, durou ainda menos. Contratado em março de 2021, foi dispensado em abril deste ano. Outras demissões vieram em seguida. O então CEO, Sergio Leite, e o diretor comercial, Rodrigo Silva Lima então pediram demissão – em abril e maio últimos, respectivamente. 

Após a saída de Claudia Elisa do Conselho de Administração da companhia, quem agora dá as cartas no Conselho é o ex-CEO Ricardo Roldão, da família fundadora. Foto: Amanda Berobelli/Estadão

Os dois voltaram para o Assaí, rede de atacarejo do Grupo Casino: Leite como diretor de novos negócios e Lima como gerente da mesma área. Antes de irem para o Roldão, ambos eram funcionários de controladas do Casino: Leite do próprio Assaí e Lima do Compre Bem. Como novo CEO, assumiu Eduardo Roldão.

Cargos em aberto

A empresa já contratou uma série de novos executivos. “Para substituir essas posições, contratamos Fatima Bonfim, para a vice-presidência administrativa; Daniel Maziero, para diretor de Controladoria; Marcio Mendes, para diretor de Operações e Expansão; Thais Marques, como gerente Jurídico; Denise Freitas, como gerente de RH; Tuca Sardinha para gerenciar a área de Marketing, e Lilian Soler, como gerente de engenharia e manutenção”, diz o presidente. 

No entanto, os cargos de diretores Financeiro e Comercial, além da vice-presidência Comercial, seguem em aberto.

Para especialistas ouvidos pela reportagem, é comum que empresas familiares que tentam a profissionalização voltem atrás. O envolvimento emocional com o negócio costuma criar dificuldade para acatar decisões dos gestores contratados. No caso do Roldão, a ânsia de expansão da família parece ter sido um dos pivôs da quebra com a gestão contratada. “Seguimos com os objetivos anteriormente divulgados: planejamento de expansão e, como qualquer empresa, aumentar nosso faturamento. Por isso a reestruturação na área diretiva”, disse.

Das cinco lojas que previa abrir ainda em 2021, o Roldão Atacadista havia aberto quatro até meados de dezembro, chegando a 39 estabelecimentos em São Paulo. “Vale ressaltar, contudo, que mantivemos o nosso quadro de mais de 5 mil colaboradores em nossas 39 unidades no Estado de São Paulo e geramos cerca de 800 novos empregos somente no último semestre de 2021 com a inauguração de quatro novas e modernas unidades em Salto, Itu, Jundiaí e Mogi Guaçu, no interior de São Paulo”, diz o executivo, em nota à reportagem do Estadão/Broadcast.

Com a promessa de profissionalizar sua gestão, o Roldão Atacadista contratou uma leva de executivos há cerca de um ano. O plano era melhorar a governança e investir um total de R$ 330 milhões nos 18 meses que se seguiriam. O dinheiro serviria para abrir 11 lojas e chegar a um faturamento de R$ 4,25 bilhões em 2021. No entanto, a tentativa de profissionalização parece não ter dado certo: nem o CEO contratado à época, Sérgio Leite, está mais no cargo.

Há cerca de um ano a companhia havia anunciado as mudanças no seu quadro de executivos. Foto: Daniel Teixeira/ Estadão

A empresa confirma as substituições em massa. “Nesse processo de recomposição, além do pedido de desligamento do ex-presidente e da liderança Comercial e de Operações, optamos pela rescisão dos líderes das áreas de Controladoria, RH, Financeiro, Marketing e Jurídico”, disse o atual presidente da companhia, Eduardo Roldão, em nota. O motivo, porém, não fica claro. “Entendemos que é comum ocorrer cortes estratégicos em processos de reformulação”, resumiu.

Nos bastidores, porém, a história é outra. Mesmo antes do anúncio da profissionalização, a empresa já era conhecida por muitas interferências da família e pouca retenção de executivos. Os sinais nesse sentido são muitos. Ainda no fim de 2020, a empresária Claudia Elisa havia sido escolhida para assumir a presidência do Conselho de Administração da companhia. Em março deste ano, já havia deixado o cargo. Quemagora dá as cartas no Conselho é o ex-CEO Ricardo Roldão, da família fundadora.

O diretor financeiro, Gonzalo Morales, durou ainda menos. Contratado em março de 2021, foi dispensado em abril deste ano. Outras demissões vieram em seguida. O então CEO, Sergio Leite, e o diretor comercial, Rodrigo Silva Lima então pediram demissão – em abril e maio últimos, respectivamente. 

Após a saída de Claudia Elisa do Conselho de Administração da companhia, quem agora dá as cartas no Conselho é o ex-CEO Ricardo Roldão, da família fundadora. Foto: Amanda Berobelli/Estadão

Os dois voltaram para o Assaí, rede de atacarejo do Grupo Casino: Leite como diretor de novos negócios e Lima como gerente da mesma área. Antes de irem para o Roldão, ambos eram funcionários de controladas do Casino: Leite do próprio Assaí e Lima do Compre Bem. Como novo CEO, assumiu Eduardo Roldão.

Cargos em aberto

A empresa já contratou uma série de novos executivos. “Para substituir essas posições, contratamos Fatima Bonfim, para a vice-presidência administrativa; Daniel Maziero, para diretor de Controladoria; Marcio Mendes, para diretor de Operações e Expansão; Thais Marques, como gerente Jurídico; Denise Freitas, como gerente de RH; Tuca Sardinha para gerenciar a área de Marketing, e Lilian Soler, como gerente de engenharia e manutenção”, diz o presidente. 

No entanto, os cargos de diretores Financeiro e Comercial, além da vice-presidência Comercial, seguem em aberto.

Para especialistas ouvidos pela reportagem, é comum que empresas familiares que tentam a profissionalização voltem atrás. O envolvimento emocional com o negócio costuma criar dificuldade para acatar decisões dos gestores contratados. No caso do Roldão, a ânsia de expansão da família parece ter sido um dos pivôs da quebra com a gestão contratada. “Seguimos com os objetivos anteriormente divulgados: planejamento de expansão e, como qualquer empresa, aumentar nosso faturamento. Por isso a reestruturação na área diretiva”, disse.

Das cinco lojas que previa abrir ainda em 2021, o Roldão Atacadista havia aberto quatro até meados de dezembro, chegando a 39 estabelecimentos em São Paulo. “Vale ressaltar, contudo, que mantivemos o nosso quadro de mais de 5 mil colaboradores em nossas 39 unidades no Estado de São Paulo e geramos cerca de 800 novos empregos somente no último semestre de 2021 com a inauguração de quatro novas e modernas unidades em Salto, Itu, Jundiaí e Mogi Guaçu, no interior de São Paulo”, diz o executivo, em nota à reportagem do Estadão/Broadcast.

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