Fundador da Petz tentou ser franqueado da Cobasi, sem sucesso. E superou rede que o inspirou


As duas maiores redes de animais de estimação do País fecharam acordo de fusão, criando uma empresa com receita de R$ 6,9 bilhões

Por Redação
Atualização:

As redes Petz e Cobasi fecharam um acordo de fusão que cria uma gigante do varejo de animais de estimação com receita combinada de R$ 6,9 bilhões, após negociações que se arrastaram por alguns anos. Mas a relação entre as empresas vem de muito mais longe. Na verdade, desde antes mesmo de a Petz ser criada. A rede do empresário Sergio Zimerman nasceu após uma tentativa fracassada de ser um franqueado da Cobasi.

Zimerman nasceu e cresceu no bairro do Brás, em São Paulo, onde seu pai era dono uma confecção de roupas infantis. Chegou a planejar carreira na engenharia civil, mas não passou do curso secundário de edificações na Escola Técnica Federal. Aos 18 anos, estava desanimado por não conseguir emprego. Foi quando teve seu fusca roubado e resolveu investir o dinheiro do seguro em uma empresa de animação de festas infantis - que se resumia a ele e a namorada.

Dali em diante, Zimerman saltou de um negócio para outro, sempre maior e mais complexo. Abriu adegas na vizinhança, que evoluíram para uma pequena rede de supermercados, a Super do Brás. O passo seguinte foi abrir uma empresa atacadista de alimentos, bebidas e artigos de perfumaria, em 1991. Logo, viu o projeto crescer.

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A expansão acelerada do negócio, o alto nível de endividamento e principalmente a inexperiência na gestão levaram à falência da empresa de 600 funcionários dez anos depois.

Zimerman criou a Petz depois de uma falência Foto: Alex Silva/Estadão

Disposto a não desistir, o empresário mapeou as razões do fracasso. Cursou administração de empresas e fez cursos de gestão. E logo passou a se dedicar à pesquisa para a nova empreitada. Tinha o local - um galpão de 3 mil m² na Marginal do Tietê, na região do Pari, que havia sobrado da antiga empreitada -, mas não o negócio.

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Pensou em abrir uma loja de cosméticos ou de brinquedos, mas o local não tinha movimento de pedestres. Influenciado pelo cunhado que fabricava xampu para cachorros e falava do grande potencial do mercado, Zimerman decidiu prospectar o setor de animais de estimação.

Ao conhecer as lojas da Cobasi, não teve dúvidas: seu novo empreendimento seria mesmo naquele ramo.

Escaldado pela falência, procurou a Cobasi na tentativa de se tornar um franqueado, mas nem chegou a ser recebido pelos diretores da empresa, segundo contou ao Estadão. Foi barrado pela informação de que a empresa não operava com o sistema de franquias. A solução foi abrir sua própria loja, em 2002, tornando-se o principal concorrente de sua fonte de inspiração. O nome escolhido, Pet Center Marginal, denunciava que Zimerman não imaginava aonde chegaria. A ideia, inicialmente, era apenas sobreviver.

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Foi muito além disso. No ano passado, a Petz teve receita bruta de R$ 3,8 bilhões, em 249 lojas. A Cobasi, por sua vez, teve receita de R$ 3,1 bilhões, com 234 lojas. Agora, Zimerman conseguirá finalmente unir sua trajetória à da Cobasi. / Paula Dias e Márcia de Chiara

As redes Petz e Cobasi fecharam um acordo de fusão que cria uma gigante do varejo de animais de estimação com receita combinada de R$ 6,9 bilhões, após negociações que se arrastaram por alguns anos. Mas a relação entre as empresas vem de muito mais longe. Na verdade, desde antes mesmo de a Petz ser criada. A rede do empresário Sergio Zimerman nasceu após uma tentativa fracassada de ser um franqueado da Cobasi.

Zimerman nasceu e cresceu no bairro do Brás, em São Paulo, onde seu pai era dono uma confecção de roupas infantis. Chegou a planejar carreira na engenharia civil, mas não passou do curso secundário de edificações na Escola Técnica Federal. Aos 18 anos, estava desanimado por não conseguir emprego. Foi quando teve seu fusca roubado e resolveu investir o dinheiro do seguro em uma empresa de animação de festas infantis - que se resumia a ele e a namorada.

Dali em diante, Zimerman saltou de um negócio para outro, sempre maior e mais complexo. Abriu adegas na vizinhança, que evoluíram para uma pequena rede de supermercados, a Super do Brás. O passo seguinte foi abrir uma empresa atacadista de alimentos, bebidas e artigos de perfumaria, em 1991. Logo, viu o projeto crescer.

A expansão acelerada do negócio, o alto nível de endividamento e principalmente a inexperiência na gestão levaram à falência da empresa de 600 funcionários dez anos depois.

Zimerman criou a Petz depois de uma falência Foto: Alex Silva/Estadão

Disposto a não desistir, o empresário mapeou as razões do fracasso. Cursou administração de empresas e fez cursos de gestão. E logo passou a se dedicar à pesquisa para a nova empreitada. Tinha o local - um galpão de 3 mil m² na Marginal do Tietê, na região do Pari, que havia sobrado da antiga empreitada -, mas não o negócio.

Pensou em abrir uma loja de cosméticos ou de brinquedos, mas o local não tinha movimento de pedestres. Influenciado pelo cunhado que fabricava xampu para cachorros e falava do grande potencial do mercado, Zimerman decidiu prospectar o setor de animais de estimação.

Ao conhecer as lojas da Cobasi, não teve dúvidas: seu novo empreendimento seria mesmo naquele ramo.

Escaldado pela falência, procurou a Cobasi na tentativa de se tornar um franqueado, mas nem chegou a ser recebido pelos diretores da empresa, segundo contou ao Estadão. Foi barrado pela informação de que a empresa não operava com o sistema de franquias. A solução foi abrir sua própria loja, em 2002, tornando-se o principal concorrente de sua fonte de inspiração. O nome escolhido, Pet Center Marginal, denunciava que Zimerman não imaginava aonde chegaria. A ideia, inicialmente, era apenas sobreviver.

Foi muito além disso. No ano passado, a Petz teve receita bruta de R$ 3,8 bilhões, em 249 lojas. A Cobasi, por sua vez, teve receita de R$ 3,1 bilhões, com 234 lojas. Agora, Zimerman conseguirá finalmente unir sua trajetória à da Cobasi. / Paula Dias e Márcia de Chiara

As redes Petz e Cobasi fecharam um acordo de fusão que cria uma gigante do varejo de animais de estimação com receita combinada de R$ 6,9 bilhões, após negociações que se arrastaram por alguns anos. Mas a relação entre as empresas vem de muito mais longe. Na verdade, desde antes mesmo de a Petz ser criada. A rede do empresário Sergio Zimerman nasceu após uma tentativa fracassada de ser um franqueado da Cobasi.

Zimerman nasceu e cresceu no bairro do Brás, em São Paulo, onde seu pai era dono uma confecção de roupas infantis. Chegou a planejar carreira na engenharia civil, mas não passou do curso secundário de edificações na Escola Técnica Federal. Aos 18 anos, estava desanimado por não conseguir emprego. Foi quando teve seu fusca roubado e resolveu investir o dinheiro do seguro em uma empresa de animação de festas infantis - que se resumia a ele e a namorada.

Dali em diante, Zimerman saltou de um negócio para outro, sempre maior e mais complexo. Abriu adegas na vizinhança, que evoluíram para uma pequena rede de supermercados, a Super do Brás. O passo seguinte foi abrir uma empresa atacadista de alimentos, bebidas e artigos de perfumaria, em 1991. Logo, viu o projeto crescer.

A expansão acelerada do negócio, o alto nível de endividamento e principalmente a inexperiência na gestão levaram à falência da empresa de 600 funcionários dez anos depois.

Zimerman criou a Petz depois de uma falência Foto: Alex Silva/Estadão

Disposto a não desistir, o empresário mapeou as razões do fracasso. Cursou administração de empresas e fez cursos de gestão. E logo passou a se dedicar à pesquisa para a nova empreitada. Tinha o local - um galpão de 3 mil m² na Marginal do Tietê, na região do Pari, que havia sobrado da antiga empreitada -, mas não o negócio.

Pensou em abrir uma loja de cosméticos ou de brinquedos, mas o local não tinha movimento de pedestres. Influenciado pelo cunhado que fabricava xampu para cachorros e falava do grande potencial do mercado, Zimerman decidiu prospectar o setor de animais de estimação.

Ao conhecer as lojas da Cobasi, não teve dúvidas: seu novo empreendimento seria mesmo naquele ramo.

Escaldado pela falência, procurou a Cobasi na tentativa de se tornar um franqueado, mas nem chegou a ser recebido pelos diretores da empresa, segundo contou ao Estadão. Foi barrado pela informação de que a empresa não operava com o sistema de franquias. A solução foi abrir sua própria loja, em 2002, tornando-se o principal concorrente de sua fonte de inspiração. O nome escolhido, Pet Center Marginal, denunciava que Zimerman não imaginava aonde chegaria. A ideia, inicialmente, era apenas sobreviver.

Foi muito além disso. No ano passado, a Petz teve receita bruta de R$ 3,8 bilhões, em 249 lojas. A Cobasi, por sua vez, teve receita de R$ 3,1 bilhões, com 234 lojas. Agora, Zimerman conseguirá finalmente unir sua trajetória à da Cobasi. / Paula Dias e Márcia de Chiara

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