Pandemia e aposta frustrada no digital: como a Tok&Stok se endividou e encolheu


Rede varejista acumulou débitos de mais de R$ 600 milhões e fechou lojas nos últimos anos para sobreviver à crise

Por Redação

A rede de móveis Tok&Stok, fundada em 1978 pelo casal francês Régis e Ghislaine Dubrule, então recém-chegados ao Brasil, se tornou uma referência em móveis e decoração, com peças de design a um preço um pouco mais acessível. Em seu auge, chegou a ter mais de 60 lojas espalhadas pelo Brasil. Mas nos últimos anos vem atravessando um momento financeiro delicado.

Em 2012, o fundo Carlyle assumiu o controle da varejista, comprando 60% por cerca de R$ 700 milhões. À época, era uma empresa com 35 lojas, receita anual de R$ 1 bilhão e um bom potencial de crescimento.

Loja da Tok&Stok em Pinheiros, São Paulo Foto: Taba Benedicto/Estadão
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Com os recursos do fundo, a rede cresceu e tinha planos ambiciosos para uma abertura de capital, previsto para 2019 ou 2020. Mas a chegada da pandemia da covid-19 mudou o cenário.

Como muitas companhias, a Tok&Stok teve um aumento vigoroso de vendas via internet durante a pandemia e fez investimentos para modernizar a sua operação de comércio eletrônico. Mas esse quadro acabou não perdurando. A inflação alta do setor no período inibiu vendas, a empresa teve de reduzir margens e acabou elevando seu endividamento, que chegou a mais de R$ 600 milhões.

No início do ano passado, a situação se agravou. A varejista chegou a ter pedidos de falência feitos na Justiça por falta de pagamento de aluguel. Precisou fechar várias lojas para reduzir custos - hoje tem cerca de 50.

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Em meio à turbulência, a fundadora da rede, Ghislaine Dubrule, acabou reassumindo o comando, em maio do ano passado. Em junho, a empresa recebeu um aporte de R$ 100 milhões do Carlyle e anunciou o refinanciamento por dois anos de dívidas equivalentes a R$ 350 milhões. Mas o movimento não foi suficiente.

Em entrevista ao Estadão em fevereiro deste ano, Ghislaine disse atribui principalmente aos altos investimentos no varejo digital as dificuldades da empresa. “É uma venda extremamente competitiva, de produto pelo produto. Tem de dar desconto e frete grátis o tempo todo. Portanto, é extremamente difícil lucrar”, disse. “Além disso, o site consegue pouco demonstrar o sonho do que é o morar, o life style de uma casa, as tendências. Foi nesse contexto que o mercado focou em digitalizar as empresas. Isso significa digitalizar processos, controles internos. Significa contratar muitos analistas de dados, vários aplicativos, que demandam muito dinheiro.”

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Segundo ela, a maior parte da dívida de R$ 600 milhões veio daí. “Mais da metade dessa grande dívida diz respeito a todo esse movimento de fortalecer o digital e digitalizar a empresa. Foram comprados muitos aplicativos, investiu-se muito em informatização, foram contratados muitos especialistas em TI (Tecnologia da Informação)”, disse. “Passamos de 60 profissionais de TI para 350, uma proporção gigante dentro do escritório central. O digital chegou a representar 23% do faturamento. Quando eu deixei a empresa, estava em 7%, 8%. Mas a custo do quê? De uma venda não lucrativa.”

A aposta de Ghislaine para dar a volta por cima era buscar o que ela chama de DNA da Tok&Stok. “Estamos retomando o foco na gestão das coleções, no desenvolvimento de coleções exclusivas. Durante os últimos tempos, inúmeros segmentos dentro das coleções não tiveram renovação”, disse. “Nosso DNA é a valorização, desde o artesanato até o desenho de móveis, as coleções de tecidos.” Mas, com o negócio anunciado nesta sexta-feira com a Mobly, não se sabe ao certo qual será o papel dos Dubrule na companhia.

A rede de móveis Tok&Stok, fundada em 1978 pelo casal francês Régis e Ghislaine Dubrule, então recém-chegados ao Brasil, se tornou uma referência em móveis e decoração, com peças de design a um preço um pouco mais acessível. Em seu auge, chegou a ter mais de 60 lojas espalhadas pelo Brasil. Mas nos últimos anos vem atravessando um momento financeiro delicado.

Em 2012, o fundo Carlyle assumiu o controle da varejista, comprando 60% por cerca de R$ 700 milhões. À época, era uma empresa com 35 lojas, receita anual de R$ 1 bilhão e um bom potencial de crescimento.

Loja da Tok&Stok em Pinheiros, São Paulo Foto: Taba Benedicto/Estadão

Com os recursos do fundo, a rede cresceu e tinha planos ambiciosos para uma abertura de capital, previsto para 2019 ou 2020. Mas a chegada da pandemia da covid-19 mudou o cenário.

Como muitas companhias, a Tok&Stok teve um aumento vigoroso de vendas via internet durante a pandemia e fez investimentos para modernizar a sua operação de comércio eletrônico. Mas esse quadro acabou não perdurando. A inflação alta do setor no período inibiu vendas, a empresa teve de reduzir margens e acabou elevando seu endividamento, que chegou a mais de R$ 600 milhões.

No início do ano passado, a situação se agravou. A varejista chegou a ter pedidos de falência feitos na Justiça por falta de pagamento de aluguel. Precisou fechar várias lojas para reduzir custos - hoje tem cerca de 50.

Em meio à turbulência, a fundadora da rede, Ghislaine Dubrule, acabou reassumindo o comando, em maio do ano passado. Em junho, a empresa recebeu um aporte de R$ 100 milhões do Carlyle e anunciou o refinanciamento por dois anos de dívidas equivalentes a R$ 350 milhões. Mas o movimento não foi suficiente.

Em entrevista ao Estadão em fevereiro deste ano, Ghislaine disse atribui principalmente aos altos investimentos no varejo digital as dificuldades da empresa. “É uma venda extremamente competitiva, de produto pelo produto. Tem de dar desconto e frete grátis o tempo todo. Portanto, é extremamente difícil lucrar”, disse. “Além disso, o site consegue pouco demonstrar o sonho do que é o morar, o life style de uma casa, as tendências. Foi nesse contexto que o mercado focou em digitalizar as empresas. Isso significa digitalizar processos, controles internos. Significa contratar muitos analistas de dados, vários aplicativos, que demandam muito dinheiro.”

Segundo ela, a maior parte da dívida de R$ 600 milhões veio daí. “Mais da metade dessa grande dívida diz respeito a todo esse movimento de fortalecer o digital e digitalizar a empresa. Foram comprados muitos aplicativos, investiu-se muito em informatização, foram contratados muitos especialistas em TI (Tecnologia da Informação)”, disse. “Passamos de 60 profissionais de TI para 350, uma proporção gigante dentro do escritório central. O digital chegou a representar 23% do faturamento. Quando eu deixei a empresa, estava em 7%, 8%. Mas a custo do quê? De uma venda não lucrativa.”

A aposta de Ghislaine para dar a volta por cima era buscar o que ela chama de DNA da Tok&Stok. “Estamos retomando o foco na gestão das coleções, no desenvolvimento de coleções exclusivas. Durante os últimos tempos, inúmeros segmentos dentro das coleções não tiveram renovação”, disse. “Nosso DNA é a valorização, desde o artesanato até o desenho de móveis, as coleções de tecidos.” Mas, com o negócio anunciado nesta sexta-feira com a Mobly, não se sabe ao certo qual será o papel dos Dubrule na companhia.

A rede de móveis Tok&Stok, fundada em 1978 pelo casal francês Régis e Ghislaine Dubrule, então recém-chegados ao Brasil, se tornou uma referência em móveis e decoração, com peças de design a um preço um pouco mais acessível. Em seu auge, chegou a ter mais de 60 lojas espalhadas pelo Brasil. Mas nos últimos anos vem atravessando um momento financeiro delicado.

Em 2012, o fundo Carlyle assumiu o controle da varejista, comprando 60% por cerca de R$ 700 milhões. À época, era uma empresa com 35 lojas, receita anual de R$ 1 bilhão e um bom potencial de crescimento.

Loja da Tok&Stok em Pinheiros, São Paulo Foto: Taba Benedicto/Estadão

Com os recursos do fundo, a rede cresceu e tinha planos ambiciosos para uma abertura de capital, previsto para 2019 ou 2020. Mas a chegada da pandemia da covid-19 mudou o cenário.

Como muitas companhias, a Tok&Stok teve um aumento vigoroso de vendas via internet durante a pandemia e fez investimentos para modernizar a sua operação de comércio eletrônico. Mas esse quadro acabou não perdurando. A inflação alta do setor no período inibiu vendas, a empresa teve de reduzir margens e acabou elevando seu endividamento, que chegou a mais de R$ 600 milhões.

No início do ano passado, a situação se agravou. A varejista chegou a ter pedidos de falência feitos na Justiça por falta de pagamento de aluguel. Precisou fechar várias lojas para reduzir custos - hoje tem cerca de 50.

Em meio à turbulência, a fundadora da rede, Ghislaine Dubrule, acabou reassumindo o comando, em maio do ano passado. Em junho, a empresa recebeu um aporte de R$ 100 milhões do Carlyle e anunciou o refinanciamento por dois anos de dívidas equivalentes a R$ 350 milhões. Mas o movimento não foi suficiente.

Em entrevista ao Estadão em fevereiro deste ano, Ghislaine disse atribui principalmente aos altos investimentos no varejo digital as dificuldades da empresa. “É uma venda extremamente competitiva, de produto pelo produto. Tem de dar desconto e frete grátis o tempo todo. Portanto, é extremamente difícil lucrar”, disse. “Além disso, o site consegue pouco demonstrar o sonho do que é o morar, o life style de uma casa, as tendências. Foi nesse contexto que o mercado focou em digitalizar as empresas. Isso significa digitalizar processos, controles internos. Significa contratar muitos analistas de dados, vários aplicativos, que demandam muito dinheiro.”

Segundo ela, a maior parte da dívida de R$ 600 milhões veio daí. “Mais da metade dessa grande dívida diz respeito a todo esse movimento de fortalecer o digital e digitalizar a empresa. Foram comprados muitos aplicativos, investiu-se muito em informatização, foram contratados muitos especialistas em TI (Tecnologia da Informação)”, disse. “Passamos de 60 profissionais de TI para 350, uma proporção gigante dentro do escritório central. O digital chegou a representar 23% do faturamento. Quando eu deixei a empresa, estava em 7%, 8%. Mas a custo do quê? De uma venda não lucrativa.”

A aposta de Ghislaine para dar a volta por cima era buscar o que ela chama de DNA da Tok&Stok. “Estamos retomando o foco na gestão das coleções, no desenvolvimento de coleções exclusivas. Durante os últimos tempos, inúmeros segmentos dentro das coleções não tiveram renovação”, disse. “Nosso DNA é a valorização, desde o artesanato até o desenho de móveis, as coleções de tecidos.” Mas, com o negócio anunciado nesta sexta-feira com a Mobly, não se sabe ao certo qual será o papel dos Dubrule na companhia.

A rede de móveis Tok&Stok, fundada em 1978 pelo casal francês Régis e Ghislaine Dubrule, então recém-chegados ao Brasil, se tornou uma referência em móveis e decoração, com peças de design a um preço um pouco mais acessível. Em seu auge, chegou a ter mais de 60 lojas espalhadas pelo Brasil. Mas nos últimos anos vem atravessando um momento financeiro delicado.

Em 2012, o fundo Carlyle assumiu o controle da varejista, comprando 60% por cerca de R$ 700 milhões. À época, era uma empresa com 35 lojas, receita anual de R$ 1 bilhão e um bom potencial de crescimento.

Loja da Tok&Stok em Pinheiros, São Paulo Foto: Taba Benedicto/Estadão

Com os recursos do fundo, a rede cresceu e tinha planos ambiciosos para uma abertura de capital, previsto para 2019 ou 2020. Mas a chegada da pandemia da covid-19 mudou o cenário.

Como muitas companhias, a Tok&Stok teve um aumento vigoroso de vendas via internet durante a pandemia e fez investimentos para modernizar a sua operação de comércio eletrônico. Mas esse quadro acabou não perdurando. A inflação alta do setor no período inibiu vendas, a empresa teve de reduzir margens e acabou elevando seu endividamento, que chegou a mais de R$ 600 milhões.

No início do ano passado, a situação se agravou. A varejista chegou a ter pedidos de falência feitos na Justiça por falta de pagamento de aluguel. Precisou fechar várias lojas para reduzir custos - hoje tem cerca de 50.

Em meio à turbulência, a fundadora da rede, Ghislaine Dubrule, acabou reassumindo o comando, em maio do ano passado. Em junho, a empresa recebeu um aporte de R$ 100 milhões do Carlyle e anunciou o refinanciamento por dois anos de dívidas equivalentes a R$ 350 milhões. Mas o movimento não foi suficiente.

Em entrevista ao Estadão em fevereiro deste ano, Ghislaine disse atribui principalmente aos altos investimentos no varejo digital as dificuldades da empresa. “É uma venda extremamente competitiva, de produto pelo produto. Tem de dar desconto e frete grátis o tempo todo. Portanto, é extremamente difícil lucrar”, disse. “Além disso, o site consegue pouco demonstrar o sonho do que é o morar, o life style de uma casa, as tendências. Foi nesse contexto que o mercado focou em digitalizar as empresas. Isso significa digitalizar processos, controles internos. Significa contratar muitos analistas de dados, vários aplicativos, que demandam muito dinheiro.”

Segundo ela, a maior parte da dívida de R$ 600 milhões veio daí. “Mais da metade dessa grande dívida diz respeito a todo esse movimento de fortalecer o digital e digitalizar a empresa. Foram comprados muitos aplicativos, investiu-se muito em informatização, foram contratados muitos especialistas em TI (Tecnologia da Informação)”, disse. “Passamos de 60 profissionais de TI para 350, uma proporção gigante dentro do escritório central. O digital chegou a representar 23% do faturamento. Quando eu deixei a empresa, estava em 7%, 8%. Mas a custo do quê? De uma venda não lucrativa.”

A aposta de Ghislaine para dar a volta por cima era buscar o que ela chama de DNA da Tok&Stok. “Estamos retomando o foco na gestão das coleções, no desenvolvimento de coleções exclusivas. Durante os últimos tempos, inúmeros segmentos dentro das coleções não tiveram renovação”, disse. “Nosso DNA é a valorização, desde o artesanato até o desenho de móveis, as coleções de tecidos.” Mas, com o negócio anunciado nesta sexta-feira com a Mobly, não se sabe ao certo qual será o papel dos Dubrule na companhia.

A rede de móveis Tok&Stok, fundada em 1978 pelo casal francês Régis e Ghislaine Dubrule, então recém-chegados ao Brasil, se tornou uma referência em móveis e decoração, com peças de design a um preço um pouco mais acessível. Em seu auge, chegou a ter mais de 60 lojas espalhadas pelo Brasil. Mas nos últimos anos vem atravessando um momento financeiro delicado.

Em 2012, o fundo Carlyle assumiu o controle da varejista, comprando 60% por cerca de R$ 700 milhões. À época, era uma empresa com 35 lojas, receita anual de R$ 1 bilhão e um bom potencial de crescimento.

Loja da Tok&Stok em Pinheiros, São Paulo Foto: Taba Benedicto/Estadão

Com os recursos do fundo, a rede cresceu e tinha planos ambiciosos para uma abertura de capital, previsto para 2019 ou 2020. Mas a chegada da pandemia da covid-19 mudou o cenário.

Como muitas companhias, a Tok&Stok teve um aumento vigoroso de vendas via internet durante a pandemia e fez investimentos para modernizar a sua operação de comércio eletrônico. Mas esse quadro acabou não perdurando. A inflação alta do setor no período inibiu vendas, a empresa teve de reduzir margens e acabou elevando seu endividamento, que chegou a mais de R$ 600 milhões.

No início do ano passado, a situação se agravou. A varejista chegou a ter pedidos de falência feitos na Justiça por falta de pagamento de aluguel. Precisou fechar várias lojas para reduzir custos - hoje tem cerca de 50.

Em meio à turbulência, a fundadora da rede, Ghislaine Dubrule, acabou reassumindo o comando, em maio do ano passado. Em junho, a empresa recebeu um aporte de R$ 100 milhões do Carlyle e anunciou o refinanciamento por dois anos de dívidas equivalentes a R$ 350 milhões. Mas o movimento não foi suficiente.

Em entrevista ao Estadão em fevereiro deste ano, Ghislaine disse atribui principalmente aos altos investimentos no varejo digital as dificuldades da empresa. “É uma venda extremamente competitiva, de produto pelo produto. Tem de dar desconto e frete grátis o tempo todo. Portanto, é extremamente difícil lucrar”, disse. “Além disso, o site consegue pouco demonstrar o sonho do que é o morar, o life style de uma casa, as tendências. Foi nesse contexto que o mercado focou em digitalizar as empresas. Isso significa digitalizar processos, controles internos. Significa contratar muitos analistas de dados, vários aplicativos, que demandam muito dinheiro.”

Segundo ela, a maior parte da dívida de R$ 600 milhões veio daí. “Mais da metade dessa grande dívida diz respeito a todo esse movimento de fortalecer o digital e digitalizar a empresa. Foram comprados muitos aplicativos, investiu-se muito em informatização, foram contratados muitos especialistas em TI (Tecnologia da Informação)”, disse. “Passamos de 60 profissionais de TI para 350, uma proporção gigante dentro do escritório central. O digital chegou a representar 23% do faturamento. Quando eu deixei a empresa, estava em 7%, 8%. Mas a custo do quê? De uma venda não lucrativa.”

A aposta de Ghislaine para dar a volta por cima era buscar o que ela chama de DNA da Tok&Stok. “Estamos retomando o foco na gestão das coleções, no desenvolvimento de coleções exclusivas. Durante os últimos tempos, inúmeros segmentos dentro das coleções não tiveram renovação”, disse. “Nosso DNA é a valorização, desde o artesanato até o desenho de móveis, as coleções de tecidos.” Mas, com o negócio anunciado nesta sexta-feira com a Mobly, não se sabe ao certo qual será o papel dos Dubrule na companhia.

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