Após meses de conversas com seus credores e acionistas, a Tok&Stok assinou acordo envolvendo um aporte de R$ 100 milhões do fundo norte-americano Carlyle e de seus sócios e o refinanciamento de dívidas com bancos no montante de R$ 350 milhões. As informações foram antecipadas pela Coluna do Broadcast.
A companhia divulgou comunicado na manhã desta terça-feira, 27, e informou ainda que os bancos deram dois anos de carência para o pagamento dessa dívida, período em que poderá se dedicar a recuperar o equilíbrio financeiro. O Estadão/Broadcast apurou que a família Dubrule também realizará um aporte financeiro.
“Como resultado de seu processo de reestruturação, a companhia já apresenta geração de caixa positiva em 2023″, diz a empresa na nota.
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A Tok&Stok afirma que está centrando esforços em negócios essenciais e no desenvolvimento de frentes como simplificação de seu organograma, da gestão de processos em suas lojas, da operação em seu centro de distribuição e com foco na transformação digital rentável, utilizando sistemas ágeis e robustos para garantir a excelência em seu atendimento.
“Diante de um momento desafiador de mercado, a empresa coloca seu foco na gestão de caixa e melhora da operação”, afirma. Como etapa importante do seu processo de reestruturação, a empresa fechou 17 lojas não rentáveis. Esse movimento manteve a presença física em todos os Estados em que já atuava e as 51 lojas da rede operam no positivo, segundo a companhia.
Fundada em 1978 pelo casal de franceses Régis e Ghislaine Dubrule, recém-chegados ao país, a Tok&Stok nasceu com o propósito de oferecer móveis e acessórios com design inovador.
A companhia tem uma dívida de pouco mais de R$ 400 milhões sendo reestruturada, e Banco do Brasil e Santander estão entre os credores.