Total compra 35% da gigante de energia renovável Casa dos Ventos por mais de R$ 3 bi


Negócio já estaria fechado e foi concretizado depois de meses de negociação entre o grupo brasileiro e a multinacional francesa

Por Fernando Scheller
Atualização: Correção:

Um dos negócios de maior crescimento no ramo das energias renováveis no Brasil, a Casa dos Ventos, fundada pelo empresário Mário Araripe (ex-dono da Troller), está com um novo sócio: a gigante francesa Total. O contrato, que vinha sendo alvo de conversas havia meses, já está fechado, conforme apurou o Estadão. Segundo fontes próximas ao assunto, a multinacional pagou pouco mais de R$ 3 bilhões por um total de 35% da Casa dos Ventos. O acordo deve ser anunciado nos próximos dias.

A Total, que é mais conhecida por sua atuação no setor de petróleo, tem forte atuação no Brasil, onde adquiriu a rede de postos de combustíveis Zema. No entanto, o grupo francês tem uma subsidiária dedicada às energias renováveis, a Total Eren, que também possui uma filial brasileira. Segundo o Estadão apurou, funcionários desta companhia já teriam sido avisados sobre o negócio com a Casa dos Ventos.

Parque eólico da Casa dos Ventos no Rio Grande do Norte Foto: Vlademir Alexandre/Estadão
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Procurada, a Casa dos Ventos afirmou que não comentaria o tema. Já a Total não respondeu, até o momento, ao contato da reportagem.

Origem da Casa dos Ventos

Nos seus 15 anos de existência, a Casa dos Ventos foi responsável por desenvolver um terço de todos os projetos eólicos em operação e em construção no País – resultado que ajudou a colocar o empresário Mário Araripe entre os homens mais ricos do Brasil, segundo a revista Forbes. Araripe criou a empresa de energia eólica após vender a montadora Troller para a Ford, em 2006.

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Com dinheiro em caixa e tempo livre, ele começou a estudar o assunto por influência do amigo e ex-colega de faculdade no Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) Odilon Camargo – considerado o maior medidor de ventos do Brasil e responsável pelo Mapa Eólico do Brasil. Naquela época, falar em energia eólica soava quase como poesia. A fonte não tinha competitividade nem interesse por parte do governo, que apostava nas grandes hidrelétricas.

A virada ocorreu em 2009, com o primeiro leilão de energia eólica e a surpreendente competitividade da fonte. Nessa altura, a Casa dos Ventos, embora recém criada, já começava a se posicionar no mercado, com alguns projetos em desenvolvimento. Um deles foi um investimento em parceria com a estatal Chesf, em 2010. Dois anos depois, conseguiu vender, sozinha, cerca de 600 MW de parques eólicos em leilão do governo.

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Nesse tempo todo, uma das maiores características da empresa de Araripe foi se diversificar e buscar novos negócios. Soube aproveitar o momento de ser apenas desenvolvedora de projetos para terceiros, depois de virar investidora e agora de lucrar com a venda da energia no mercado livre.

“Nosso objetivo é que a empresa se torne líder em geração renovável no Brasil”, disse ao Estadão, em março, o diretor de novos negócios da companhia, Lucas Araripe, filho do fundador. Segundo ele, até 2026, a Casa dos Ventos terá cerca de 6 mil MW de capacidade instalada – ou seja, quase um Complexo do Rio Madeira em energia eólica e solar.

Nos últimos tempos, a Casa dos Ventos também tem fechado projetos com empresas para garantir que indústrias sejam abastecidas de energia com fontes renováveis. Acordos do tipo já foram assinados com companhias como a Vulcabrás (dona da Azaleia e da Olympikus), a Baterias Moura e a gigante da mineração Anglo American. / COLABOROU RENÉE PEREIRA

Um dos negócios de maior crescimento no ramo das energias renováveis no Brasil, a Casa dos Ventos, fundada pelo empresário Mário Araripe (ex-dono da Troller), está com um novo sócio: a gigante francesa Total. O contrato, que vinha sendo alvo de conversas havia meses, já está fechado, conforme apurou o Estadão. Segundo fontes próximas ao assunto, a multinacional pagou pouco mais de R$ 3 bilhões por um total de 35% da Casa dos Ventos. O acordo deve ser anunciado nos próximos dias.

A Total, que é mais conhecida por sua atuação no setor de petróleo, tem forte atuação no Brasil, onde adquiriu a rede de postos de combustíveis Zema. No entanto, o grupo francês tem uma subsidiária dedicada às energias renováveis, a Total Eren, que também possui uma filial brasileira. Segundo o Estadão apurou, funcionários desta companhia já teriam sido avisados sobre o negócio com a Casa dos Ventos.

Parque eólico da Casa dos Ventos no Rio Grande do Norte Foto: Vlademir Alexandre/Estadão

Procurada, a Casa dos Ventos afirmou que não comentaria o tema. Já a Total não respondeu, até o momento, ao contato da reportagem.

Origem da Casa dos Ventos

Nos seus 15 anos de existência, a Casa dos Ventos foi responsável por desenvolver um terço de todos os projetos eólicos em operação e em construção no País – resultado que ajudou a colocar o empresário Mário Araripe entre os homens mais ricos do Brasil, segundo a revista Forbes. Araripe criou a empresa de energia eólica após vender a montadora Troller para a Ford, em 2006.

Com dinheiro em caixa e tempo livre, ele começou a estudar o assunto por influência do amigo e ex-colega de faculdade no Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) Odilon Camargo – considerado o maior medidor de ventos do Brasil e responsável pelo Mapa Eólico do Brasil. Naquela época, falar em energia eólica soava quase como poesia. A fonte não tinha competitividade nem interesse por parte do governo, que apostava nas grandes hidrelétricas.

A virada ocorreu em 2009, com o primeiro leilão de energia eólica e a surpreendente competitividade da fonte. Nessa altura, a Casa dos Ventos, embora recém criada, já começava a se posicionar no mercado, com alguns projetos em desenvolvimento. Um deles foi um investimento em parceria com a estatal Chesf, em 2010. Dois anos depois, conseguiu vender, sozinha, cerca de 600 MW de parques eólicos em leilão do governo.

Nesse tempo todo, uma das maiores características da empresa de Araripe foi se diversificar e buscar novos negócios. Soube aproveitar o momento de ser apenas desenvolvedora de projetos para terceiros, depois de virar investidora e agora de lucrar com a venda da energia no mercado livre.

“Nosso objetivo é que a empresa se torne líder em geração renovável no Brasil”, disse ao Estadão, em março, o diretor de novos negócios da companhia, Lucas Araripe, filho do fundador. Segundo ele, até 2026, a Casa dos Ventos terá cerca de 6 mil MW de capacidade instalada – ou seja, quase um Complexo do Rio Madeira em energia eólica e solar.

Nos últimos tempos, a Casa dos Ventos também tem fechado projetos com empresas para garantir que indústrias sejam abastecidas de energia com fontes renováveis. Acordos do tipo já foram assinados com companhias como a Vulcabrás (dona da Azaleia e da Olympikus), a Baterias Moura e a gigante da mineração Anglo American. / COLABOROU RENÉE PEREIRA

Um dos negócios de maior crescimento no ramo das energias renováveis no Brasil, a Casa dos Ventos, fundada pelo empresário Mário Araripe (ex-dono da Troller), está com um novo sócio: a gigante francesa Total. O contrato, que vinha sendo alvo de conversas havia meses, já está fechado, conforme apurou o Estadão. Segundo fontes próximas ao assunto, a multinacional pagou pouco mais de R$ 3 bilhões por um total de 35% da Casa dos Ventos. O acordo deve ser anunciado nos próximos dias.

A Total, que é mais conhecida por sua atuação no setor de petróleo, tem forte atuação no Brasil, onde adquiriu a rede de postos de combustíveis Zema. No entanto, o grupo francês tem uma subsidiária dedicada às energias renováveis, a Total Eren, que também possui uma filial brasileira. Segundo o Estadão apurou, funcionários desta companhia já teriam sido avisados sobre o negócio com a Casa dos Ventos.

Parque eólico da Casa dos Ventos no Rio Grande do Norte Foto: Vlademir Alexandre/Estadão

Procurada, a Casa dos Ventos afirmou que não comentaria o tema. Já a Total não respondeu, até o momento, ao contato da reportagem.

Origem da Casa dos Ventos

Nos seus 15 anos de existência, a Casa dos Ventos foi responsável por desenvolver um terço de todos os projetos eólicos em operação e em construção no País – resultado que ajudou a colocar o empresário Mário Araripe entre os homens mais ricos do Brasil, segundo a revista Forbes. Araripe criou a empresa de energia eólica após vender a montadora Troller para a Ford, em 2006.

Com dinheiro em caixa e tempo livre, ele começou a estudar o assunto por influência do amigo e ex-colega de faculdade no Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) Odilon Camargo – considerado o maior medidor de ventos do Brasil e responsável pelo Mapa Eólico do Brasil. Naquela época, falar em energia eólica soava quase como poesia. A fonte não tinha competitividade nem interesse por parte do governo, que apostava nas grandes hidrelétricas.

A virada ocorreu em 2009, com o primeiro leilão de energia eólica e a surpreendente competitividade da fonte. Nessa altura, a Casa dos Ventos, embora recém criada, já começava a se posicionar no mercado, com alguns projetos em desenvolvimento. Um deles foi um investimento em parceria com a estatal Chesf, em 2010. Dois anos depois, conseguiu vender, sozinha, cerca de 600 MW de parques eólicos em leilão do governo.

Nesse tempo todo, uma das maiores características da empresa de Araripe foi se diversificar e buscar novos negócios. Soube aproveitar o momento de ser apenas desenvolvedora de projetos para terceiros, depois de virar investidora e agora de lucrar com a venda da energia no mercado livre.

“Nosso objetivo é que a empresa se torne líder em geração renovável no Brasil”, disse ao Estadão, em março, o diretor de novos negócios da companhia, Lucas Araripe, filho do fundador. Segundo ele, até 2026, a Casa dos Ventos terá cerca de 6 mil MW de capacidade instalada – ou seja, quase um Complexo do Rio Madeira em energia eólica e solar.

Nos últimos tempos, a Casa dos Ventos também tem fechado projetos com empresas para garantir que indústrias sejam abastecidas de energia com fontes renováveis. Acordos do tipo já foram assinados com companhias como a Vulcabrás (dona da Azaleia e da Olympikus), a Baterias Moura e a gigante da mineração Anglo American. / COLABOROU RENÉE PEREIRA

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