A Toyota anunciou nesta quarta-feira, 19, que vai investir R$ 1,7 bilhão na produção no Brasil de um carro compacto com tecnologia híbrida flex, que combina um motor bicombustível, que funciona tanto a gasolina quanto a etanol, com outro elétrico, cuja bateria é autocarregada - não precisa de tomada.
O projeto foi lançado pelo presidente da Toyota do Brasil, Rafael Chang, em cerimônia com o governador Tarcísio de Freitas no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. O investimento vai gerar 700 empregos diretos nas fábricas da Toyota em Porto Feliz, onde são produzidos motores, e Sorocaba, onde o novo modelo será montado.
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Chang informou também que o carro será exportado a 22 países. “É um dia histórico para a Toyota e o Estado de São Paulo. Esse investimento vai gerar emprego, renda e contribuir para a descarbonização do Brasil”, declarou o presidente da montadora, que está comemorando dez anos do lançamento do seu primeiro modelo híbrido no País, o Prius.
A montadora ainda faz mistério sobre qual será o modelo, bem como seu preço, mas adianta que, como será um compacto, a tecnologia deve ser mais acessível. O investimento permitirá à companhia efetivar trabalhadores que hoje têm contratos temporários, sendo 500 em Sorocaba e 200 em Porto Feliz.
Se tudo sair dentro do cronograma, a Toyota vai lançar o novo carro no fim do ano que vem, iniciando agora os trabalhos de desenvolvimento de fornecedores e preparação da fábrica de Sorocaba. Os motores serão montados na unidade de Porto Feliz, vizinha a Sorocaba, com bateria importada do Japão.
O anúncio acontece um ano após a Toyota decidir fechar a fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, onde produzia peças fornecidas a outras unidades da montadora no Brasil e na Argentina. Na época, a empresa justificou que buscava mais sinergia entre as unidades produtivas para aumentar a competitividade.
Incentivos
A Toyota só anunciou o novo investimento após enquadrar o projeto em um programa de incentivo paulista, o Pró Veículo Verde, no qual a montadora contará com a devolução de R$ 1 bilhão em crédito de ICMS.
Tarcísio de Freitas disse que faz sentido substituir crédito tributário por capex - ou seja, investimentos - e anunciou planos de estender o programa voltado ao desenvolvimento de automóveis menos poluentes a outros setores.
O crédito, até então retido, será liberado para a Toyota ao longo dos quatro anos do mandato. Foi gerado, principalmente, nas exportações de veículos, além da compra de peças. O governador comemorou a atração de mais de R$ 30 bilhões em investimentos privados desde o início de mandato, em janeiro, e disse que São Paulo vai liderar a transição energética.
Para o governador, a tecnologia híbrida, aplicada pela Toyota, com a combinação de um motor elétrico com outro convencional a combustão interna, representa um passo anterior ao desenvolvimento de propulsores movidos a hidrogênio
Se tudo sair dentro do cronograma, a Toyota vai lançar o novo carro no fim do ano que vem, iniciando agora os trabalhos de desenvolvimento de fornecedores e preparação da fábrica de Sorocaba. Os motores serão montados na unidade de Porto Feliz, vizinha a Sorocaba, com bateria importada do Japão.
Chang disse que o compromisso do governo de São Paulo de devolver o crédito de ICMS ajudou a acelerar a aprovação do projeto. “Estamos no momento de confirmar o projeto. Receber essa sinalização do Estado de São Paulo no assunto do ICMS é importante pela previsibilidade com a calendarização (da devolução do crédito). Com isso, podemos ir em frente com nosso projeto”, afirmou o executivo.