A Vale informou nesta quarta-feira, 27, em fato relevante, que celebrou contrato para a aquisição da totalidade da participação de 45% da Cemig Geração e Transmissão na companhia Aliança Energia, empresa de capital fechado. A Vale pagará o valor de R$ 2,7 bilhões pela aquisição e, ao concluir, passará a deter 100% do capital da Aliança Energia.
O montante tem data base de 30 de junho de 2023, corrigido pelo CDI até o dia anterior ao efetivo fechamento da transação. Desse valor, segundo a Cemig em outro fato relevante, serão abatidos dividendos e juros sob o capital próprio (JCP) distribuídos ou aprovados até o fechamento da operação.
A Cemig GT fará jus ainda a um valor adicional, correspondente a 45% dos valores das indenizações futuras que porventura sejam recebidas pela Aliança, relativo aos prejuízos advindos do evento relacionado à ruptura da barragem de rejeitos do Fundão (desastre de Mariana) envolvendo a Usina Hidrelétrica Risoleta Neves (Candonga), cujo valor de referência para fins do contrato é de R$ 223 milhões, também atualizado pelo CDI desde a data base.
“A aquisição da participação na Aliança Energia é um passo importante para a criação de uma plataforma de energia, que potencialmente contemplará outros ativos do portfólio da Vale. Após a conclusão da aquisição, a companhia buscará potenciais parceiros para essa plataforma, mantendo seu compromisso com a descarbonização de suas operações a partir de fontes renováveis e com custos competitivos”, informou a Vale.
O volume de geração da Aliança Energia é estratégico para a manutenção da matriz energética baseada em fontes renováveis da Vale no Brasil. O portfólio de ativos de geração de energia elétrica da Aliança Energia é composto por sete usinas hidrelétricas no estado de Minas Gerais e três parques eólicos nos estados do Rio Grande do Norte e do Ceará. Juntos, esses ativos alcançam 1.438 MW em capacidade instalada e 755 MW médios de garantia física.
Segundo fato relevante, a decisão “foi ponderada no contexto do plano de desinvestimento da Cemig GT, tornado público em 2020, e considerando que a Vale já utiliza, atualmente, a maior parte da energia gerada pela Aliança Energia”. A transação está sujeita ainda à aprovação em Assembleia Geral de acionistas da Cemig GT e a condições precedentes usuais neste tipo de acordo, incluindo a anuência de órgãos competentes.