Xeque Mate: Conheça a história da bebida criada por universitários em MG que virou febre em festas


Mistura de rum, mate, guaraná e limão vendida em latinha chegou a São Paulo há oito meses; sócios negociam aporte para fazer produto chegar a principais centros do País

Por Luciana Dyniewicz
Atualização:

Já famosa nas ruas de Belo Horizonte, uma bebida vendida em latinha que leva rum, mate, guaraná e limão chegou a São Paulo há oito meses e tem se espalhado pelas festas da cidade rapidamente. A Xeque Mate, criada por dois amigos mineiros em 2016, está em 300 pontos de distribuição de Belo Horizonte, 100 em São Paulo e, agora, negocia um aporte de capital que deve sair ainda neste semestre para chegar a outras capitais do País - a bebida também já é vendida em Goiás, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Bahia e Santa Catarina.

O embrião da empresa surgiu no fim de 2015 em festas da capital mineira em que os então estudantes de engenharia da UFMG Alex Freire, hoje com 30 anos, e Gabriel Rochael, 31, eram responsáveis pelo bar. Rochael, que já tinha trabalhado como barman em Londres, criou um drink que levava mate e rum a pedido de um produtor de eventos. A bebida fez sucesso.

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A dupla também organizava eventos e passou a colocar o drink no cardápio de suas festas. Começou como uma opção secundária das bebidas oferecidas, mas passou a ganhar relevância quando a empresa que vendia cerveja a prazo para a dupla fechou.

“Perdemos a facilidade que tínhamos para comprar cerveja e vimos a necessidade de colocar mais Xeque Mate nas festas. Aí teve eventos em que vendemos duas vezes mais Xeque Mate do que cerveja. Isso não acontecia com outras bebidas”, conta Freire.

Em janeiro de 2016, tendo como exemplo a Busca Vida (marca de cachaça com mel e limão), os amigos abriram a empresa. Começaram vendendo a bebida em garrafas, com um teor alcoólico mais alto para preservá-la e produzindo na cervejaria de um amigo.

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Pouco mais de um ano e meio depois, com um investimento de R$ 100 mil, compraram o maquinário para enlatar a bebida e montaram uma pequena fábrica de 100 metros quadrados. Com a lata, a ideia era facilitar o consumo em lugares abertos, já que a Xeque Mate sempre esteve ligada às festas de rua, além de reduzir a produção de lixo.

Hoje, a empresa está em uma planta de 2 mil metros quadrados, tem 90 funcionários e capacidade para fabricar 300 mil litros por mês, cem mil litros a mais do que produz atualmente. Por enquanto, 85% do faturamento vem de Belo Horizonte, mas a intenção é que São Paulo cresça significativamente. Segundo Freire, o objetivo é triplicar o volume comercializado em São Paulo em até três anos e dobrar o faturamento da Xeque Mate até o fim de 2023. O empresário, porém, não divulga o faturamento atual.

Alex Freire (esq.) e Gabriel Rochael, sócios da Xeque Mate, diante de local onde abrirão bar em São Paulo Foto: Tiago Queiroz
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Para atingir a meta, os sócios pretendem investir o aporte que está em negociação principalmente em marketing e, aí, ampliar a distribuição da bebida. Quando entram em um novo mercado, eles começam por bares, ambulantes e pequenos distribuidores. “Conversamos com os sindicatos dos ambulantes e mapeamos onde eles compram bebidas,” diz Freire.

Nos carrinhos dos ambulantes em blocos de pré-carnaval de São Paulo, a Xeque Mate tem sido onipresente neste começo de ano. Já no carnaval de Belo Horizonte, a empresa é parceira dos blocos Swing Safado e Alcova Libertina, que deram nome às novas bebidas da Xeque Mate.

A empresa também tem uma espécie de laboratório onde testa novos drinques. Em Belo Horizonte, abriu três bares onde vende outras bebidas à base de rum. Até o fim do ano, vai abrir a primeira unidade em São Paulo, em Pinheiros. “Nos bares, vendemos a experiência completa da marca. Colocamos artistas parceiros para tocar”, diz o empresário.

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Oportunidades e desafios

O plano de expansão da Xeque Mate vem em um momento em que o mercado de bebidas prontas cresce no Brasil e no exterior, o que deve ajudar a empresa, de acordo com o presidente da Associação Brasileira da Cerveja Artesanal (Abracerva), Gilberto Tarantino. Segundo ele, o público jovem, que procura bebidas com teor alcoólico mais baixo que os destilados, tem sido o principal consumidor. “Várias cervejarias têm apostado nessas bebidas também”, diz.

Uma dificuldade, porém, é que multinacionais também estão investindo no segmento e, para uma empresa pequena como a Xeque Mate, brigar com as gigantes não será fácil. “No segmento de cerveja, por exemplo, enquanto os artesanais produzem 10 litros com uma pessoa, as grandes companhias fazem 200 mil”, acrescenta Tarantino.

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Para Marcelo Paixão, sócio da cervejaria artesanal mineira Verace - que também está investindo em bebidas prontas -, outro desafio é distribuir o produto pelo País. Enquanto fazer chegar a mercadoria de Minas Gerais em São Paulo é relativamente fácil, para a baixada santista, o frete já é mais caro e pode reduzir a margem do produto, diz Paixão.

“Nos grandes centros, a dificuldade é a maior concorrência. No interior, onde a empresa pode ir comendo pelas beiradas, o frete pode inviabilizar a comercialização”, afirma. O empresário acrescenta que as pequenas fabricantes podem montar uma equipe comercial própria para vender em outros centros, o que encarece o produto, ou trabalhar com representante, que também reduz a margem da companhia.

Já famosa nas ruas de Belo Horizonte, uma bebida vendida em latinha que leva rum, mate, guaraná e limão chegou a São Paulo há oito meses e tem se espalhado pelas festas da cidade rapidamente. A Xeque Mate, criada por dois amigos mineiros em 2016, está em 300 pontos de distribuição de Belo Horizonte, 100 em São Paulo e, agora, negocia um aporte de capital que deve sair ainda neste semestre para chegar a outras capitais do País - a bebida também já é vendida em Goiás, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Bahia e Santa Catarina.

O embrião da empresa surgiu no fim de 2015 em festas da capital mineira em que os então estudantes de engenharia da UFMG Alex Freire, hoje com 30 anos, e Gabriel Rochael, 31, eram responsáveis pelo bar. Rochael, que já tinha trabalhado como barman em Londres, criou um drink que levava mate e rum a pedido de um produtor de eventos. A bebida fez sucesso.

A dupla também organizava eventos e passou a colocar o drink no cardápio de suas festas. Começou como uma opção secundária das bebidas oferecidas, mas passou a ganhar relevância quando a empresa que vendia cerveja a prazo para a dupla fechou.

“Perdemos a facilidade que tínhamos para comprar cerveja e vimos a necessidade de colocar mais Xeque Mate nas festas. Aí teve eventos em que vendemos duas vezes mais Xeque Mate do que cerveja. Isso não acontecia com outras bebidas”, conta Freire.

Em janeiro de 2016, tendo como exemplo a Busca Vida (marca de cachaça com mel e limão), os amigos abriram a empresa. Começaram vendendo a bebida em garrafas, com um teor alcoólico mais alto para preservá-la e produzindo na cervejaria de um amigo.

Pouco mais de um ano e meio depois, com um investimento de R$ 100 mil, compraram o maquinário para enlatar a bebida e montaram uma pequena fábrica de 100 metros quadrados. Com a lata, a ideia era facilitar o consumo em lugares abertos, já que a Xeque Mate sempre esteve ligada às festas de rua, além de reduzir a produção de lixo.

Hoje, a empresa está em uma planta de 2 mil metros quadrados, tem 90 funcionários e capacidade para fabricar 300 mil litros por mês, cem mil litros a mais do que produz atualmente. Por enquanto, 85% do faturamento vem de Belo Horizonte, mas a intenção é que São Paulo cresça significativamente. Segundo Freire, o objetivo é triplicar o volume comercializado em São Paulo em até três anos e dobrar o faturamento da Xeque Mate até o fim de 2023. O empresário, porém, não divulga o faturamento atual.

Alex Freire (esq.) e Gabriel Rochael, sócios da Xeque Mate, diante de local onde abrirão bar em São Paulo Foto: Tiago Queiroz

Para atingir a meta, os sócios pretendem investir o aporte que está em negociação principalmente em marketing e, aí, ampliar a distribuição da bebida. Quando entram em um novo mercado, eles começam por bares, ambulantes e pequenos distribuidores. “Conversamos com os sindicatos dos ambulantes e mapeamos onde eles compram bebidas,” diz Freire.

Nos carrinhos dos ambulantes em blocos de pré-carnaval de São Paulo, a Xeque Mate tem sido onipresente neste começo de ano. Já no carnaval de Belo Horizonte, a empresa é parceira dos blocos Swing Safado e Alcova Libertina, que deram nome às novas bebidas da Xeque Mate.

A empresa também tem uma espécie de laboratório onde testa novos drinques. Em Belo Horizonte, abriu três bares onde vende outras bebidas à base de rum. Até o fim do ano, vai abrir a primeira unidade em São Paulo, em Pinheiros. “Nos bares, vendemos a experiência completa da marca. Colocamos artistas parceiros para tocar”, diz o empresário.

Oportunidades e desafios

O plano de expansão da Xeque Mate vem em um momento em que o mercado de bebidas prontas cresce no Brasil e no exterior, o que deve ajudar a empresa, de acordo com o presidente da Associação Brasileira da Cerveja Artesanal (Abracerva), Gilberto Tarantino. Segundo ele, o público jovem, que procura bebidas com teor alcoólico mais baixo que os destilados, tem sido o principal consumidor. “Várias cervejarias têm apostado nessas bebidas também”, diz.

Uma dificuldade, porém, é que multinacionais também estão investindo no segmento e, para uma empresa pequena como a Xeque Mate, brigar com as gigantes não será fácil. “No segmento de cerveja, por exemplo, enquanto os artesanais produzem 10 litros com uma pessoa, as grandes companhias fazem 200 mil”, acrescenta Tarantino.

Para Marcelo Paixão, sócio da cervejaria artesanal mineira Verace - que também está investindo em bebidas prontas -, outro desafio é distribuir o produto pelo País. Enquanto fazer chegar a mercadoria de Minas Gerais em São Paulo é relativamente fácil, para a baixada santista, o frete já é mais caro e pode reduzir a margem do produto, diz Paixão.

“Nos grandes centros, a dificuldade é a maior concorrência. No interior, onde a empresa pode ir comendo pelas beiradas, o frete pode inviabilizar a comercialização”, afirma. O empresário acrescenta que as pequenas fabricantes podem montar uma equipe comercial própria para vender em outros centros, o que encarece o produto, ou trabalhar com representante, que também reduz a margem da companhia.

Já famosa nas ruas de Belo Horizonte, uma bebida vendida em latinha que leva rum, mate, guaraná e limão chegou a São Paulo há oito meses e tem se espalhado pelas festas da cidade rapidamente. A Xeque Mate, criada por dois amigos mineiros em 2016, está em 300 pontos de distribuição de Belo Horizonte, 100 em São Paulo e, agora, negocia um aporte de capital que deve sair ainda neste semestre para chegar a outras capitais do País - a bebida também já é vendida em Goiás, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Bahia e Santa Catarina.

O embrião da empresa surgiu no fim de 2015 em festas da capital mineira em que os então estudantes de engenharia da UFMG Alex Freire, hoje com 30 anos, e Gabriel Rochael, 31, eram responsáveis pelo bar. Rochael, que já tinha trabalhado como barman em Londres, criou um drink que levava mate e rum a pedido de um produtor de eventos. A bebida fez sucesso.

A dupla também organizava eventos e passou a colocar o drink no cardápio de suas festas. Começou como uma opção secundária das bebidas oferecidas, mas passou a ganhar relevância quando a empresa que vendia cerveja a prazo para a dupla fechou.

“Perdemos a facilidade que tínhamos para comprar cerveja e vimos a necessidade de colocar mais Xeque Mate nas festas. Aí teve eventos em que vendemos duas vezes mais Xeque Mate do que cerveja. Isso não acontecia com outras bebidas”, conta Freire.

Em janeiro de 2016, tendo como exemplo a Busca Vida (marca de cachaça com mel e limão), os amigos abriram a empresa. Começaram vendendo a bebida em garrafas, com um teor alcoólico mais alto para preservá-la e produzindo na cervejaria de um amigo.

Pouco mais de um ano e meio depois, com um investimento de R$ 100 mil, compraram o maquinário para enlatar a bebida e montaram uma pequena fábrica de 100 metros quadrados. Com a lata, a ideia era facilitar o consumo em lugares abertos, já que a Xeque Mate sempre esteve ligada às festas de rua, além de reduzir a produção de lixo.

Hoje, a empresa está em uma planta de 2 mil metros quadrados, tem 90 funcionários e capacidade para fabricar 300 mil litros por mês, cem mil litros a mais do que produz atualmente. Por enquanto, 85% do faturamento vem de Belo Horizonte, mas a intenção é que São Paulo cresça significativamente. Segundo Freire, o objetivo é triplicar o volume comercializado em São Paulo em até três anos e dobrar o faturamento da Xeque Mate até o fim de 2023. O empresário, porém, não divulga o faturamento atual.

Alex Freire (esq.) e Gabriel Rochael, sócios da Xeque Mate, diante de local onde abrirão bar em São Paulo Foto: Tiago Queiroz

Para atingir a meta, os sócios pretendem investir o aporte que está em negociação principalmente em marketing e, aí, ampliar a distribuição da bebida. Quando entram em um novo mercado, eles começam por bares, ambulantes e pequenos distribuidores. “Conversamos com os sindicatos dos ambulantes e mapeamos onde eles compram bebidas,” diz Freire.

Nos carrinhos dos ambulantes em blocos de pré-carnaval de São Paulo, a Xeque Mate tem sido onipresente neste começo de ano. Já no carnaval de Belo Horizonte, a empresa é parceira dos blocos Swing Safado e Alcova Libertina, que deram nome às novas bebidas da Xeque Mate.

A empresa também tem uma espécie de laboratório onde testa novos drinques. Em Belo Horizonte, abriu três bares onde vende outras bebidas à base de rum. Até o fim do ano, vai abrir a primeira unidade em São Paulo, em Pinheiros. “Nos bares, vendemos a experiência completa da marca. Colocamos artistas parceiros para tocar”, diz o empresário.

Oportunidades e desafios

O plano de expansão da Xeque Mate vem em um momento em que o mercado de bebidas prontas cresce no Brasil e no exterior, o que deve ajudar a empresa, de acordo com o presidente da Associação Brasileira da Cerveja Artesanal (Abracerva), Gilberto Tarantino. Segundo ele, o público jovem, que procura bebidas com teor alcoólico mais baixo que os destilados, tem sido o principal consumidor. “Várias cervejarias têm apostado nessas bebidas também”, diz.

Uma dificuldade, porém, é que multinacionais também estão investindo no segmento e, para uma empresa pequena como a Xeque Mate, brigar com as gigantes não será fácil. “No segmento de cerveja, por exemplo, enquanto os artesanais produzem 10 litros com uma pessoa, as grandes companhias fazem 200 mil”, acrescenta Tarantino.

Para Marcelo Paixão, sócio da cervejaria artesanal mineira Verace - que também está investindo em bebidas prontas -, outro desafio é distribuir o produto pelo País. Enquanto fazer chegar a mercadoria de Minas Gerais em São Paulo é relativamente fácil, para a baixada santista, o frete já é mais caro e pode reduzir a margem do produto, diz Paixão.

“Nos grandes centros, a dificuldade é a maior concorrência. No interior, onde a empresa pode ir comendo pelas beiradas, o frete pode inviabilizar a comercialização”, afirma. O empresário acrescenta que as pequenas fabricantes podem montar uma equipe comercial própria para vender em outros centros, o que encarece o produto, ou trabalhar com representante, que também reduz a margem da companhia.

Já famosa nas ruas de Belo Horizonte, uma bebida vendida em latinha que leva rum, mate, guaraná e limão chegou a São Paulo há oito meses e tem se espalhado pelas festas da cidade rapidamente. A Xeque Mate, criada por dois amigos mineiros em 2016, está em 300 pontos de distribuição de Belo Horizonte, 100 em São Paulo e, agora, negocia um aporte de capital que deve sair ainda neste semestre para chegar a outras capitais do País - a bebida também já é vendida em Goiás, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Bahia e Santa Catarina.

O embrião da empresa surgiu no fim de 2015 em festas da capital mineira em que os então estudantes de engenharia da UFMG Alex Freire, hoje com 30 anos, e Gabriel Rochael, 31, eram responsáveis pelo bar. Rochael, que já tinha trabalhado como barman em Londres, criou um drink que levava mate e rum a pedido de um produtor de eventos. A bebida fez sucesso.

A dupla também organizava eventos e passou a colocar o drink no cardápio de suas festas. Começou como uma opção secundária das bebidas oferecidas, mas passou a ganhar relevância quando a empresa que vendia cerveja a prazo para a dupla fechou.

“Perdemos a facilidade que tínhamos para comprar cerveja e vimos a necessidade de colocar mais Xeque Mate nas festas. Aí teve eventos em que vendemos duas vezes mais Xeque Mate do que cerveja. Isso não acontecia com outras bebidas”, conta Freire.

Em janeiro de 2016, tendo como exemplo a Busca Vida (marca de cachaça com mel e limão), os amigos abriram a empresa. Começaram vendendo a bebida em garrafas, com um teor alcoólico mais alto para preservá-la e produzindo na cervejaria de um amigo.

Pouco mais de um ano e meio depois, com um investimento de R$ 100 mil, compraram o maquinário para enlatar a bebida e montaram uma pequena fábrica de 100 metros quadrados. Com a lata, a ideia era facilitar o consumo em lugares abertos, já que a Xeque Mate sempre esteve ligada às festas de rua, além de reduzir a produção de lixo.

Hoje, a empresa está em uma planta de 2 mil metros quadrados, tem 90 funcionários e capacidade para fabricar 300 mil litros por mês, cem mil litros a mais do que produz atualmente. Por enquanto, 85% do faturamento vem de Belo Horizonte, mas a intenção é que São Paulo cresça significativamente. Segundo Freire, o objetivo é triplicar o volume comercializado em São Paulo em até três anos e dobrar o faturamento da Xeque Mate até o fim de 2023. O empresário, porém, não divulga o faturamento atual.

Alex Freire (esq.) e Gabriel Rochael, sócios da Xeque Mate, diante de local onde abrirão bar em São Paulo Foto: Tiago Queiroz

Para atingir a meta, os sócios pretendem investir o aporte que está em negociação principalmente em marketing e, aí, ampliar a distribuição da bebida. Quando entram em um novo mercado, eles começam por bares, ambulantes e pequenos distribuidores. “Conversamos com os sindicatos dos ambulantes e mapeamos onde eles compram bebidas,” diz Freire.

Nos carrinhos dos ambulantes em blocos de pré-carnaval de São Paulo, a Xeque Mate tem sido onipresente neste começo de ano. Já no carnaval de Belo Horizonte, a empresa é parceira dos blocos Swing Safado e Alcova Libertina, que deram nome às novas bebidas da Xeque Mate.

A empresa também tem uma espécie de laboratório onde testa novos drinques. Em Belo Horizonte, abriu três bares onde vende outras bebidas à base de rum. Até o fim do ano, vai abrir a primeira unidade em São Paulo, em Pinheiros. “Nos bares, vendemos a experiência completa da marca. Colocamos artistas parceiros para tocar”, diz o empresário.

Oportunidades e desafios

O plano de expansão da Xeque Mate vem em um momento em que o mercado de bebidas prontas cresce no Brasil e no exterior, o que deve ajudar a empresa, de acordo com o presidente da Associação Brasileira da Cerveja Artesanal (Abracerva), Gilberto Tarantino. Segundo ele, o público jovem, que procura bebidas com teor alcoólico mais baixo que os destilados, tem sido o principal consumidor. “Várias cervejarias têm apostado nessas bebidas também”, diz.

Uma dificuldade, porém, é que multinacionais também estão investindo no segmento e, para uma empresa pequena como a Xeque Mate, brigar com as gigantes não será fácil. “No segmento de cerveja, por exemplo, enquanto os artesanais produzem 10 litros com uma pessoa, as grandes companhias fazem 200 mil”, acrescenta Tarantino.

Para Marcelo Paixão, sócio da cervejaria artesanal mineira Verace - que também está investindo em bebidas prontas -, outro desafio é distribuir o produto pelo País. Enquanto fazer chegar a mercadoria de Minas Gerais em São Paulo é relativamente fácil, para a baixada santista, o frete já é mais caro e pode reduzir a margem do produto, diz Paixão.

“Nos grandes centros, a dificuldade é a maior concorrência. No interior, onde a empresa pode ir comendo pelas beiradas, o frete pode inviabilizar a comercialização”, afirma. O empresário acrescenta que as pequenas fabricantes podem montar uma equipe comercial própria para vender em outros centros, o que encarece o produto, ou trabalhar com representante, que também reduz a margem da companhia.

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