Nervos estão à flor da pele em Brasília, em semana de Copom, arcabouço e reforma tributária


Temas importantes para a equipe econômica devem ter avanços antes do recesso parlamentar

Por Adriana Fernandes

As próximas duas semanas prometem ser tensas em Brasília para a área econômica. Os nervos estão à flor da pele na capital com a agenda que se acumula à medida que se aproxima o recesso parlamentar.

Tem reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sobre o futuro dos juros, definição do tamanho dos subsídios que serão concedidos pelo Tesouro Nacional no Plano Safra, votação do arcabouço fiscal no Senado e negociações decisivas para a apresentação do relatório final da proposta de reforma tributária. Se não entregar logo o relatório e aparar as arestas nos próximos dias, o relator na Câmara, Aguinaldo Ribeiro, será arrastado pelas resistências que crescem à proposta.

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A reunião do Copom também será feita sob um ambiente de ataques renovados ao Banco Central pelo PT, que lançou nesta sexta-feira uma campanha permanente contra o que classifica de “juros abusivos” do BC.

Como apontou a coluna na quinta-feira, a estratégia era elevar a níveis “insuportáveis” a pressão sobre o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Mesmo sabendo que é improvável que o Copom vá reduzir a taxa Selic na reunião dos dias 20 e 21.

Redobrar o ruído em torno do mesmo tema a essa altura, porém, é muito contraproducente. A economia brasileira pegou uma onda positiva que foi embalada durante a semana pela agência de classificação de risco S&P, que elevou para positiva a perspectiva da nota de crédito do Brasil.

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Deputado Aguinaldo Ribeiro (PP - PB) é o relator da reforma tributária na Câmara dos Deputados Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

A notícia animou o mercado, que já vinha numa toada positiva com a queda de inflação. Os juros futuros caíram mais e o dólar encerrou a semana cotado a R$ 4,81.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o seu time de secretários comemoraram a decisão da agência, reforçando o trabalho deles como decisivo para a mudança. E têm o que celebrar, de fato: o arcabouço fiscal e negociação para a aprovação do texto na Câmara, tirando de cena a percepção de risco de uma trajetória explosiva da dívida pública com a nova regra.

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Haddad e equipe esqueceram, no entanto, do difícil trabalho de controle da inflação e que contribui para a sinalização positiva da agência. A autonomia do BC também foi citada.

Outra agência, a Moody’s, destacou em relatório a postura firme do Banco Central do Brasil como chave para garantir o que chamou de “exitoso processo de desinflação observado no Brasil. O mais provável, segundo a agência, é que a taxa Selic continue no nível de dois dígitos por período prolongado, de forma a garantir a convergência da inflação no País para as metas.

O início do processo de queda está próximo e o melhor que o governo pode fazer é diminuir os ruídos.”É chutar a bola no gol”, como definiu o economista José Julio Senna, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, em webinar promovida com o Estadão.

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Chutar a bola, no caso, é dar uma sinalização de que vai abandonar de vez a ideia de alterar meta de inflação, mantendo-a em 3%, ao mesmo tempo em que a transforma em objetivo contínuo. Para ele, esse sinal bem que poderia ser dado pelo atual secretário-executivo de Haddad no Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, indicado por Lula para a diretoria do BC.

As próximas duas semanas prometem ser tensas em Brasília para a área econômica. Os nervos estão à flor da pele na capital com a agenda que se acumula à medida que se aproxima o recesso parlamentar.

Tem reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sobre o futuro dos juros, definição do tamanho dos subsídios que serão concedidos pelo Tesouro Nacional no Plano Safra, votação do arcabouço fiscal no Senado e negociações decisivas para a apresentação do relatório final da proposta de reforma tributária. Se não entregar logo o relatório e aparar as arestas nos próximos dias, o relator na Câmara, Aguinaldo Ribeiro, será arrastado pelas resistências que crescem à proposta.

A reunião do Copom também será feita sob um ambiente de ataques renovados ao Banco Central pelo PT, que lançou nesta sexta-feira uma campanha permanente contra o que classifica de “juros abusivos” do BC.

Como apontou a coluna na quinta-feira, a estratégia era elevar a níveis “insuportáveis” a pressão sobre o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Mesmo sabendo que é improvável que o Copom vá reduzir a taxa Selic na reunião dos dias 20 e 21.

Redobrar o ruído em torno do mesmo tema a essa altura, porém, é muito contraproducente. A economia brasileira pegou uma onda positiva que foi embalada durante a semana pela agência de classificação de risco S&P, que elevou para positiva a perspectiva da nota de crédito do Brasil.

Deputado Aguinaldo Ribeiro (PP - PB) é o relator da reforma tributária na Câmara dos Deputados Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

A notícia animou o mercado, que já vinha numa toada positiva com a queda de inflação. Os juros futuros caíram mais e o dólar encerrou a semana cotado a R$ 4,81.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o seu time de secretários comemoraram a decisão da agência, reforçando o trabalho deles como decisivo para a mudança. E têm o que celebrar, de fato: o arcabouço fiscal e negociação para a aprovação do texto na Câmara, tirando de cena a percepção de risco de uma trajetória explosiva da dívida pública com a nova regra.

Haddad e equipe esqueceram, no entanto, do difícil trabalho de controle da inflação e que contribui para a sinalização positiva da agência. A autonomia do BC também foi citada.

Outra agência, a Moody’s, destacou em relatório a postura firme do Banco Central do Brasil como chave para garantir o que chamou de “exitoso processo de desinflação observado no Brasil. O mais provável, segundo a agência, é que a taxa Selic continue no nível de dois dígitos por período prolongado, de forma a garantir a convergência da inflação no País para as metas.

O início do processo de queda está próximo e o melhor que o governo pode fazer é diminuir os ruídos.”É chutar a bola no gol”, como definiu o economista José Julio Senna, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, em webinar promovida com o Estadão.

Chutar a bola, no caso, é dar uma sinalização de que vai abandonar de vez a ideia de alterar meta de inflação, mantendo-a em 3%, ao mesmo tempo em que a transforma em objetivo contínuo. Para ele, esse sinal bem que poderia ser dado pelo atual secretário-executivo de Haddad no Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, indicado por Lula para a diretoria do BC.

As próximas duas semanas prometem ser tensas em Brasília para a área econômica. Os nervos estão à flor da pele na capital com a agenda que se acumula à medida que se aproxima o recesso parlamentar.

Tem reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sobre o futuro dos juros, definição do tamanho dos subsídios que serão concedidos pelo Tesouro Nacional no Plano Safra, votação do arcabouço fiscal no Senado e negociações decisivas para a apresentação do relatório final da proposta de reforma tributária. Se não entregar logo o relatório e aparar as arestas nos próximos dias, o relator na Câmara, Aguinaldo Ribeiro, será arrastado pelas resistências que crescem à proposta.

A reunião do Copom também será feita sob um ambiente de ataques renovados ao Banco Central pelo PT, que lançou nesta sexta-feira uma campanha permanente contra o que classifica de “juros abusivos” do BC.

Como apontou a coluna na quinta-feira, a estratégia era elevar a níveis “insuportáveis” a pressão sobre o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Mesmo sabendo que é improvável que o Copom vá reduzir a taxa Selic na reunião dos dias 20 e 21.

Redobrar o ruído em torno do mesmo tema a essa altura, porém, é muito contraproducente. A economia brasileira pegou uma onda positiva que foi embalada durante a semana pela agência de classificação de risco S&P, que elevou para positiva a perspectiva da nota de crédito do Brasil.

Deputado Aguinaldo Ribeiro (PP - PB) é o relator da reforma tributária na Câmara dos Deputados Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

A notícia animou o mercado, que já vinha numa toada positiva com a queda de inflação. Os juros futuros caíram mais e o dólar encerrou a semana cotado a R$ 4,81.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o seu time de secretários comemoraram a decisão da agência, reforçando o trabalho deles como decisivo para a mudança. E têm o que celebrar, de fato: o arcabouço fiscal e negociação para a aprovação do texto na Câmara, tirando de cena a percepção de risco de uma trajetória explosiva da dívida pública com a nova regra.

Haddad e equipe esqueceram, no entanto, do difícil trabalho de controle da inflação e que contribui para a sinalização positiva da agência. A autonomia do BC também foi citada.

Outra agência, a Moody’s, destacou em relatório a postura firme do Banco Central do Brasil como chave para garantir o que chamou de “exitoso processo de desinflação observado no Brasil. O mais provável, segundo a agência, é que a taxa Selic continue no nível de dois dígitos por período prolongado, de forma a garantir a convergência da inflação no País para as metas.

O início do processo de queda está próximo e o melhor que o governo pode fazer é diminuir os ruídos.”É chutar a bola no gol”, como definiu o economista José Julio Senna, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, em webinar promovida com o Estadão.

Chutar a bola, no caso, é dar uma sinalização de que vai abandonar de vez a ideia de alterar meta de inflação, mantendo-a em 3%, ao mesmo tempo em que a transforma em objetivo contínuo. Para ele, esse sinal bem que poderia ser dado pelo atual secretário-executivo de Haddad no Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, indicado por Lula para a diretoria do BC.

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