'No Brasil, podemos seguir em frente sozinhos'


Por Redação

ENTREVISTAGabriele Galateri, Presidente do conselho da Telecom ItaliaGabriele Galateri, presidente do conselho da Telecom Italia, conversou sexta-feira com o Estado sobre os desafios e as oportunidades do mercado brasileiro. A seguir, trechos da entrevista.Qual é a importância do Brasil para a Telecom Italia?Costumava vir ao Brasil quando trabalhava para a Fiat, 25 anos atrás. De lá para cá, a situação econômica do Brasil tem evoluído extremamente bem. Estava vendo os números do desenvolvimento econômico do País, com 8% de crescimento em 2010, inflação ao redor de 4% e a inclusão de uma nova classe de pessoas no mundo do consumo. Esse cenário é absolutamente importante para nós. Hoje, consideramos o Brasil um mercado doméstico, assim como a Itália, mas com um potencial maior.Como está o ambiente de negócios na Itália hoje?Sobre o ambiente para a companhia eu posso fazer poucos comentários, porque temos uma reunião de conselho na próxima semana. A Itália deve crescer cerca de 1%. O consumo, em particular, não é muito ativo, e infelizmente o problema da dívida pública é importante. Apesar disso, estamos desenvolvendo corretamente nossos negócios, porque a tecnologia é uma das áreas mais importantes para incentivar o crescimento da economia.A fase de recuperação das operações brasileiras terminou?Acho que, com os números que divulgamos hoje (sexta-feira), uma parte desse projeto de recuperação foi alcançada. Toda a equipe da administração fez um trabalho excelente. Quando vemos a taxa de crescimento, em termos de faturamento, de fluxo de caixa, estamos muito satisfeitos, tanto com os números quanto com a evolução da companhia. Mas, ao mesmo tempo, fomos expostos, na reunião do conselho de hoje, ao potencial que existe neste País. Na área móvel, na banda larga e no apoio à inclusão social, que é um alvo importante para o governo.Algumas pessoas costumavam dizer que o sr. Luca Luciani veio ao Brasil para arrumar a empresa e vendê-la. Qual é sua resposta para isso?Sempre acreditei no Brasil, como eu disse, desde 30 anos atrás, quando participei do primeiro investimento da Fiat. Como ex-executivo da Fiat, e vendo como a empresa se desenvolveu, nunca tive na minha cabeça que um grupo multinacional como a Telecom Italia pudesse pensar em se afastar de uma oportunidade tão extraordinária. Não há nenhuma conversa e nenhuma ideia. Pelo contrário, procuramos mais desenvolvimento e expansão. É claro que de uma maneira razoável, sendo extremamente cuidadosos a respeito da posição financeira, que melhorou nos últimos anos.Recentemente, houve comentários de que vocês procuravam novos acionistas. O que o senhor diz a respeito?O mundo das telecomunicações é cheio de rumores. Temos alianças na Europa que são sólidas, sem expectativa de mudança. No Brasil, podemos ir em frente sozinhos, sem mudança na estrutura acionária.Também dizem que a Telefônica pode ter problemas com as autoridades antitruste no Brasil, depois de ter comprado a Vivo, por ser também acionista da Telecom Italia. Não quero comentar regulações e decisões que não pertencem a nós. Posso dizer somente que a situação com a Telefônica no Brasil e na Argentina está totalmente de acordo com as regras que as autoridades definiram, o que quer dizer que somos totalmente independentes em termos de administração, estratégia e controle das empresas. Estamos muito satisfeitos com essa situação, em que competimos duramente, como mostram os números, com todos no Brasil, incluindo a Telefônica, e, ao mesmo tempo, na Europa, onde não temos essas limitações, cooperamos em várias áreas e temos sinergias a serem capturadas. Falando em competição, a TIM será a única empresa móvel sem uma rede de acesso fixa no Brasil. Como o sr. vê essa situação?O Brasil é o quarto maior mercado de telefonia celular do mundo, e a TIM é, em termos de valor, a segunda maior nesse mercado. Isso é para mostrar que não é tão ruim ser principalmente móvel. Mas não somos somente móveis. Estamos envolvidos no desenvolvimento de infraestrutura, pois adquirimos a Intelig recentemente. Estamos muito satisfeitos com essa operação, que dá à empresa capacidade de competir até do ponto de vista da telefonia fixa. Mas, acima de tudo, queria acrescentar que o futuro num País como o Brasil está claramente mais na área móvel do que na fixa.Qual será o próximo passo, depois da recuperação?Acho que o Brasil, com esse mercado imenso de 200 milhões de pessoas, tem muitas oportunidades, particularmente na área de banda larga. O número total de pessoas que usam a internet ainda é uma fração da população, então temos muito o que fazer aqui. / R.C.

ENTREVISTAGabriele Galateri, Presidente do conselho da Telecom ItaliaGabriele Galateri, presidente do conselho da Telecom Italia, conversou sexta-feira com o Estado sobre os desafios e as oportunidades do mercado brasileiro. A seguir, trechos da entrevista.Qual é a importância do Brasil para a Telecom Italia?Costumava vir ao Brasil quando trabalhava para a Fiat, 25 anos atrás. De lá para cá, a situação econômica do Brasil tem evoluído extremamente bem. Estava vendo os números do desenvolvimento econômico do País, com 8% de crescimento em 2010, inflação ao redor de 4% e a inclusão de uma nova classe de pessoas no mundo do consumo. Esse cenário é absolutamente importante para nós. Hoje, consideramos o Brasil um mercado doméstico, assim como a Itália, mas com um potencial maior.Como está o ambiente de negócios na Itália hoje?Sobre o ambiente para a companhia eu posso fazer poucos comentários, porque temos uma reunião de conselho na próxima semana. A Itália deve crescer cerca de 1%. O consumo, em particular, não é muito ativo, e infelizmente o problema da dívida pública é importante. Apesar disso, estamos desenvolvendo corretamente nossos negócios, porque a tecnologia é uma das áreas mais importantes para incentivar o crescimento da economia.A fase de recuperação das operações brasileiras terminou?Acho que, com os números que divulgamos hoje (sexta-feira), uma parte desse projeto de recuperação foi alcançada. Toda a equipe da administração fez um trabalho excelente. Quando vemos a taxa de crescimento, em termos de faturamento, de fluxo de caixa, estamos muito satisfeitos, tanto com os números quanto com a evolução da companhia. Mas, ao mesmo tempo, fomos expostos, na reunião do conselho de hoje, ao potencial que existe neste País. Na área móvel, na banda larga e no apoio à inclusão social, que é um alvo importante para o governo.Algumas pessoas costumavam dizer que o sr. Luca Luciani veio ao Brasil para arrumar a empresa e vendê-la. Qual é sua resposta para isso?Sempre acreditei no Brasil, como eu disse, desde 30 anos atrás, quando participei do primeiro investimento da Fiat. Como ex-executivo da Fiat, e vendo como a empresa se desenvolveu, nunca tive na minha cabeça que um grupo multinacional como a Telecom Italia pudesse pensar em se afastar de uma oportunidade tão extraordinária. Não há nenhuma conversa e nenhuma ideia. Pelo contrário, procuramos mais desenvolvimento e expansão. É claro que de uma maneira razoável, sendo extremamente cuidadosos a respeito da posição financeira, que melhorou nos últimos anos.Recentemente, houve comentários de que vocês procuravam novos acionistas. O que o senhor diz a respeito?O mundo das telecomunicações é cheio de rumores. Temos alianças na Europa que são sólidas, sem expectativa de mudança. No Brasil, podemos ir em frente sozinhos, sem mudança na estrutura acionária.Também dizem que a Telefônica pode ter problemas com as autoridades antitruste no Brasil, depois de ter comprado a Vivo, por ser também acionista da Telecom Italia. Não quero comentar regulações e decisões que não pertencem a nós. Posso dizer somente que a situação com a Telefônica no Brasil e na Argentina está totalmente de acordo com as regras que as autoridades definiram, o que quer dizer que somos totalmente independentes em termos de administração, estratégia e controle das empresas. Estamos muito satisfeitos com essa situação, em que competimos duramente, como mostram os números, com todos no Brasil, incluindo a Telefônica, e, ao mesmo tempo, na Europa, onde não temos essas limitações, cooperamos em várias áreas e temos sinergias a serem capturadas. Falando em competição, a TIM será a única empresa móvel sem uma rede de acesso fixa no Brasil. Como o sr. vê essa situação?O Brasil é o quarto maior mercado de telefonia celular do mundo, e a TIM é, em termos de valor, a segunda maior nesse mercado. Isso é para mostrar que não é tão ruim ser principalmente móvel. Mas não somos somente móveis. Estamos envolvidos no desenvolvimento de infraestrutura, pois adquirimos a Intelig recentemente. Estamos muito satisfeitos com essa operação, que dá à empresa capacidade de competir até do ponto de vista da telefonia fixa. Mas, acima de tudo, queria acrescentar que o futuro num País como o Brasil está claramente mais na área móvel do que na fixa.Qual será o próximo passo, depois da recuperação?Acho que o Brasil, com esse mercado imenso de 200 milhões de pessoas, tem muitas oportunidades, particularmente na área de banda larga. O número total de pessoas que usam a internet ainda é uma fração da população, então temos muito o que fazer aqui. / R.C.

ENTREVISTAGabriele Galateri, Presidente do conselho da Telecom ItaliaGabriele Galateri, presidente do conselho da Telecom Italia, conversou sexta-feira com o Estado sobre os desafios e as oportunidades do mercado brasileiro. A seguir, trechos da entrevista.Qual é a importância do Brasil para a Telecom Italia?Costumava vir ao Brasil quando trabalhava para a Fiat, 25 anos atrás. De lá para cá, a situação econômica do Brasil tem evoluído extremamente bem. Estava vendo os números do desenvolvimento econômico do País, com 8% de crescimento em 2010, inflação ao redor de 4% e a inclusão de uma nova classe de pessoas no mundo do consumo. Esse cenário é absolutamente importante para nós. Hoje, consideramos o Brasil um mercado doméstico, assim como a Itália, mas com um potencial maior.Como está o ambiente de negócios na Itália hoje?Sobre o ambiente para a companhia eu posso fazer poucos comentários, porque temos uma reunião de conselho na próxima semana. A Itália deve crescer cerca de 1%. O consumo, em particular, não é muito ativo, e infelizmente o problema da dívida pública é importante. Apesar disso, estamos desenvolvendo corretamente nossos negócios, porque a tecnologia é uma das áreas mais importantes para incentivar o crescimento da economia.A fase de recuperação das operações brasileiras terminou?Acho que, com os números que divulgamos hoje (sexta-feira), uma parte desse projeto de recuperação foi alcançada. Toda a equipe da administração fez um trabalho excelente. Quando vemos a taxa de crescimento, em termos de faturamento, de fluxo de caixa, estamos muito satisfeitos, tanto com os números quanto com a evolução da companhia. Mas, ao mesmo tempo, fomos expostos, na reunião do conselho de hoje, ao potencial que existe neste País. Na área móvel, na banda larga e no apoio à inclusão social, que é um alvo importante para o governo.Algumas pessoas costumavam dizer que o sr. Luca Luciani veio ao Brasil para arrumar a empresa e vendê-la. Qual é sua resposta para isso?Sempre acreditei no Brasil, como eu disse, desde 30 anos atrás, quando participei do primeiro investimento da Fiat. Como ex-executivo da Fiat, e vendo como a empresa se desenvolveu, nunca tive na minha cabeça que um grupo multinacional como a Telecom Italia pudesse pensar em se afastar de uma oportunidade tão extraordinária. Não há nenhuma conversa e nenhuma ideia. Pelo contrário, procuramos mais desenvolvimento e expansão. É claro que de uma maneira razoável, sendo extremamente cuidadosos a respeito da posição financeira, que melhorou nos últimos anos.Recentemente, houve comentários de que vocês procuravam novos acionistas. O que o senhor diz a respeito?O mundo das telecomunicações é cheio de rumores. Temos alianças na Europa que são sólidas, sem expectativa de mudança. No Brasil, podemos ir em frente sozinhos, sem mudança na estrutura acionária.Também dizem que a Telefônica pode ter problemas com as autoridades antitruste no Brasil, depois de ter comprado a Vivo, por ser também acionista da Telecom Italia. Não quero comentar regulações e decisões que não pertencem a nós. Posso dizer somente que a situação com a Telefônica no Brasil e na Argentina está totalmente de acordo com as regras que as autoridades definiram, o que quer dizer que somos totalmente independentes em termos de administração, estratégia e controle das empresas. Estamos muito satisfeitos com essa situação, em que competimos duramente, como mostram os números, com todos no Brasil, incluindo a Telefônica, e, ao mesmo tempo, na Europa, onde não temos essas limitações, cooperamos em várias áreas e temos sinergias a serem capturadas. Falando em competição, a TIM será a única empresa móvel sem uma rede de acesso fixa no Brasil. Como o sr. vê essa situação?O Brasil é o quarto maior mercado de telefonia celular do mundo, e a TIM é, em termos de valor, a segunda maior nesse mercado. Isso é para mostrar que não é tão ruim ser principalmente móvel. Mas não somos somente móveis. Estamos envolvidos no desenvolvimento de infraestrutura, pois adquirimos a Intelig recentemente. Estamos muito satisfeitos com essa operação, que dá à empresa capacidade de competir até do ponto de vista da telefonia fixa. Mas, acima de tudo, queria acrescentar que o futuro num País como o Brasil está claramente mais na área móvel do que na fixa.Qual será o próximo passo, depois da recuperação?Acho que o Brasil, com esse mercado imenso de 200 milhões de pessoas, tem muitas oportunidades, particularmente na área de banda larga. O número total de pessoas que usam a internet ainda é uma fração da população, então temos muito o que fazer aqui. / R.C.

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