No governo Temer, BNDES deu R$ 4 mi a mais para auditoria incluir 10 funcionários na investigação


Após analisar cerca de 300 mil documentos, escritório americano emitiu um relatório em que diz não ter encontrado indícios de corrupção

Por Patrik Camporez
Atualização:

BRASÍLIA - No governo do ex-presidente Michel Temer, o BNDES aumentou em R$ 4 milhões o pagamento ao escritório americano contratado para abrir a “caixa-preta” das operações com o grupo J&F. Esse reajuste teve como objetivo incluir 10 funcionários na investigação e uma nova leva de 100 mil documentos. À época, o banco era presidido por Dyogo Oliveira

BNDES Foto: Sergio Moraes/ Reuters

Como revelou o Estado, a auditoria custou ao todo R$ 48 milhões aos cofres do BNDES. No total, 50 funcionários e dirigentes foram alvos de investigação. Após analisar cerca de 300 mil documentos que estavam nos computadores dos funcionários da instituição e também no exterior, o escritório Cleary Gopttlieb Steen & Hamilton LLP emitiu um relatório que não atribuía indícios de corrupção a esses funcionários. O trabalho levou um ano e dez meses e focou em oito operações com as empresas JBS, Bertin e Eldorado Brasil Celulose.

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O Ministério Público Federal em Brasília, porém, apontou prejuízos de R$ 2 bilhões ao banco em operações com o grupo J&F, controlador da JBS. Dados da Operação Bullish mostram desrespeito ao limite de crédito que poderia ser emprestado à companhia e dispensa de recebimento de juros sobre o valor injetado na empresa.

A ideia inicial do BNDES era investigar 40 funcionários e dirigentes, mas, orientado pela KPMG Auditores Independentes, o banco decidiu incluir no escopo mais 10 empregados e 100 mil documentos.

“Tal aumento do teto era necessário para que as referidas entidades continuassem a realização dos serviços, que deveriam ser concluídos até o final de 2018”, diz trecho da ata da reunião do Conselho de Administração de 12 de novembro de 2018.

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Apesar do acréscimo no contrato, autorizado naquela reunião, a auditoria não foi finalizada naquele ano e o BNDES continuou contratando os serviços do escritório estrangeiro ao longo de 2019, durante a gestão do presidente Jair Bolsonaro. Como revelou o Estado, o último aditivo do contrato, de outubro de 2019, foi realizado sob a gestão do atual presidente do banco, Gustavo Montezano. Por ele, houve incremento de cerca de R$ 15 milhões o valor do contrato com o Cleary.

Nesta terça-feira, 28, o presidente Bolsonaro disse que “está errado” o último aditivo. “Tem coisa esquisita aí. Parece que alguém quis raspar o tacho”, afirmou ao chegar ao Palácio da Alvorada, depois de voltar da viagem à Índia.

Procurado pela reportagem, o BNDES não se manifestou sobre o motivo de a auditoria ter se estendido ao longo de 2019. Ontem, a cúpula do banco esteve em Brasília para dar explicações na Controladoria-Geral da União (CGU), na Câmara dos Deputados e no Tribunal de Contas da União (TCU).

BRASÍLIA - No governo do ex-presidente Michel Temer, o BNDES aumentou em R$ 4 milhões o pagamento ao escritório americano contratado para abrir a “caixa-preta” das operações com o grupo J&F. Esse reajuste teve como objetivo incluir 10 funcionários na investigação e uma nova leva de 100 mil documentos. À época, o banco era presidido por Dyogo Oliveira

BNDES Foto: Sergio Moraes/ Reuters

Como revelou o Estado, a auditoria custou ao todo R$ 48 milhões aos cofres do BNDES. No total, 50 funcionários e dirigentes foram alvos de investigação. Após analisar cerca de 300 mil documentos que estavam nos computadores dos funcionários da instituição e também no exterior, o escritório Cleary Gopttlieb Steen & Hamilton LLP emitiu um relatório que não atribuía indícios de corrupção a esses funcionários. O trabalho levou um ano e dez meses e focou em oito operações com as empresas JBS, Bertin e Eldorado Brasil Celulose.

O Ministério Público Federal em Brasília, porém, apontou prejuízos de R$ 2 bilhões ao banco em operações com o grupo J&F, controlador da JBS. Dados da Operação Bullish mostram desrespeito ao limite de crédito que poderia ser emprestado à companhia e dispensa de recebimento de juros sobre o valor injetado na empresa.

A ideia inicial do BNDES era investigar 40 funcionários e dirigentes, mas, orientado pela KPMG Auditores Independentes, o banco decidiu incluir no escopo mais 10 empregados e 100 mil documentos.

“Tal aumento do teto era necessário para que as referidas entidades continuassem a realização dos serviços, que deveriam ser concluídos até o final de 2018”, diz trecho da ata da reunião do Conselho de Administração de 12 de novembro de 2018.

Apesar do acréscimo no contrato, autorizado naquela reunião, a auditoria não foi finalizada naquele ano e o BNDES continuou contratando os serviços do escritório estrangeiro ao longo de 2019, durante a gestão do presidente Jair Bolsonaro. Como revelou o Estado, o último aditivo do contrato, de outubro de 2019, foi realizado sob a gestão do atual presidente do banco, Gustavo Montezano. Por ele, houve incremento de cerca de R$ 15 milhões o valor do contrato com o Cleary.

Nesta terça-feira, 28, o presidente Bolsonaro disse que “está errado” o último aditivo. “Tem coisa esquisita aí. Parece que alguém quis raspar o tacho”, afirmou ao chegar ao Palácio da Alvorada, depois de voltar da viagem à Índia.

Procurado pela reportagem, o BNDES não se manifestou sobre o motivo de a auditoria ter se estendido ao longo de 2019. Ontem, a cúpula do banco esteve em Brasília para dar explicações na Controladoria-Geral da União (CGU), na Câmara dos Deputados e no Tribunal de Contas da União (TCU).

BRASÍLIA - No governo do ex-presidente Michel Temer, o BNDES aumentou em R$ 4 milhões o pagamento ao escritório americano contratado para abrir a “caixa-preta” das operações com o grupo J&F. Esse reajuste teve como objetivo incluir 10 funcionários na investigação e uma nova leva de 100 mil documentos. À época, o banco era presidido por Dyogo Oliveira

BNDES Foto: Sergio Moraes/ Reuters

Como revelou o Estado, a auditoria custou ao todo R$ 48 milhões aos cofres do BNDES. No total, 50 funcionários e dirigentes foram alvos de investigação. Após analisar cerca de 300 mil documentos que estavam nos computadores dos funcionários da instituição e também no exterior, o escritório Cleary Gopttlieb Steen & Hamilton LLP emitiu um relatório que não atribuía indícios de corrupção a esses funcionários. O trabalho levou um ano e dez meses e focou em oito operações com as empresas JBS, Bertin e Eldorado Brasil Celulose.

O Ministério Público Federal em Brasília, porém, apontou prejuízos de R$ 2 bilhões ao banco em operações com o grupo J&F, controlador da JBS. Dados da Operação Bullish mostram desrespeito ao limite de crédito que poderia ser emprestado à companhia e dispensa de recebimento de juros sobre o valor injetado na empresa.

A ideia inicial do BNDES era investigar 40 funcionários e dirigentes, mas, orientado pela KPMG Auditores Independentes, o banco decidiu incluir no escopo mais 10 empregados e 100 mil documentos.

“Tal aumento do teto era necessário para que as referidas entidades continuassem a realização dos serviços, que deveriam ser concluídos até o final de 2018”, diz trecho da ata da reunião do Conselho de Administração de 12 de novembro de 2018.

Apesar do acréscimo no contrato, autorizado naquela reunião, a auditoria não foi finalizada naquele ano e o BNDES continuou contratando os serviços do escritório estrangeiro ao longo de 2019, durante a gestão do presidente Jair Bolsonaro. Como revelou o Estado, o último aditivo do contrato, de outubro de 2019, foi realizado sob a gestão do atual presidente do banco, Gustavo Montezano. Por ele, houve incremento de cerca de R$ 15 milhões o valor do contrato com o Cleary.

Nesta terça-feira, 28, o presidente Bolsonaro disse que “está errado” o último aditivo. “Tem coisa esquisita aí. Parece que alguém quis raspar o tacho”, afirmou ao chegar ao Palácio da Alvorada, depois de voltar da viagem à Índia.

Procurado pela reportagem, o BNDES não se manifestou sobre o motivo de a auditoria ter se estendido ao longo de 2019. Ontem, a cúpula do banco esteve em Brasília para dar explicações na Controladoria-Geral da União (CGU), na Câmara dos Deputados e no Tribunal de Contas da União (TCU).

BRASÍLIA - No governo do ex-presidente Michel Temer, o BNDES aumentou em R$ 4 milhões o pagamento ao escritório americano contratado para abrir a “caixa-preta” das operações com o grupo J&F. Esse reajuste teve como objetivo incluir 10 funcionários na investigação e uma nova leva de 100 mil documentos. À época, o banco era presidido por Dyogo Oliveira

BNDES Foto: Sergio Moraes/ Reuters

Como revelou o Estado, a auditoria custou ao todo R$ 48 milhões aos cofres do BNDES. No total, 50 funcionários e dirigentes foram alvos de investigação. Após analisar cerca de 300 mil documentos que estavam nos computadores dos funcionários da instituição e também no exterior, o escritório Cleary Gopttlieb Steen & Hamilton LLP emitiu um relatório que não atribuía indícios de corrupção a esses funcionários. O trabalho levou um ano e dez meses e focou em oito operações com as empresas JBS, Bertin e Eldorado Brasil Celulose.

O Ministério Público Federal em Brasília, porém, apontou prejuízos de R$ 2 bilhões ao banco em operações com o grupo J&F, controlador da JBS. Dados da Operação Bullish mostram desrespeito ao limite de crédito que poderia ser emprestado à companhia e dispensa de recebimento de juros sobre o valor injetado na empresa.

A ideia inicial do BNDES era investigar 40 funcionários e dirigentes, mas, orientado pela KPMG Auditores Independentes, o banco decidiu incluir no escopo mais 10 empregados e 100 mil documentos.

“Tal aumento do teto era necessário para que as referidas entidades continuassem a realização dos serviços, que deveriam ser concluídos até o final de 2018”, diz trecho da ata da reunião do Conselho de Administração de 12 de novembro de 2018.

Apesar do acréscimo no contrato, autorizado naquela reunião, a auditoria não foi finalizada naquele ano e o BNDES continuou contratando os serviços do escritório estrangeiro ao longo de 2019, durante a gestão do presidente Jair Bolsonaro. Como revelou o Estado, o último aditivo do contrato, de outubro de 2019, foi realizado sob a gestão do atual presidente do banco, Gustavo Montezano. Por ele, houve incremento de cerca de R$ 15 milhões o valor do contrato com o Cleary.

Nesta terça-feira, 28, o presidente Bolsonaro disse que “está errado” o último aditivo. “Tem coisa esquisita aí. Parece que alguém quis raspar o tacho”, afirmou ao chegar ao Palácio da Alvorada, depois de voltar da viagem à Índia.

Procurado pela reportagem, o BNDES não se manifestou sobre o motivo de a auditoria ter se estendido ao longo de 2019. Ontem, a cúpula do banco esteve em Brasília para dar explicações na Controladoria-Geral da União (CGU), na Câmara dos Deputados e no Tribunal de Contas da União (TCU).

BRASÍLIA - No governo do ex-presidente Michel Temer, o BNDES aumentou em R$ 4 milhões o pagamento ao escritório americano contratado para abrir a “caixa-preta” das operações com o grupo J&F. Esse reajuste teve como objetivo incluir 10 funcionários na investigação e uma nova leva de 100 mil documentos. À época, o banco era presidido por Dyogo Oliveira

BNDES Foto: Sergio Moraes/ Reuters

Como revelou o Estado, a auditoria custou ao todo R$ 48 milhões aos cofres do BNDES. No total, 50 funcionários e dirigentes foram alvos de investigação. Após analisar cerca de 300 mil documentos que estavam nos computadores dos funcionários da instituição e também no exterior, o escritório Cleary Gopttlieb Steen & Hamilton LLP emitiu um relatório que não atribuía indícios de corrupção a esses funcionários. O trabalho levou um ano e dez meses e focou em oito operações com as empresas JBS, Bertin e Eldorado Brasil Celulose.

O Ministério Público Federal em Brasília, porém, apontou prejuízos de R$ 2 bilhões ao banco em operações com o grupo J&F, controlador da JBS. Dados da Operação Bullish mostram desrespeito ao limite de crédito que poderia ser emprestado à companhia e dispensa de recebimento de juros sobre o valor injetado na empresa.

A ideia inicial do BNDES era investigar 40 funcionários e dirigentes, mas, orientado pela KPMG Auditores Independentes, o banco decidiu incluir no escopo mais 10 empregados e 100 mil documentos.

“Tal aumento do teto era necessário para que as referidas entidades continuassem a realização dos serviços, que deveriam ser concluídos até o final de 2018”, diz trecho da ata da reunião do Conselho de Administração de 12 de novembro de 2018.

Apesar do acréscimo no contrato, autorizado naquela reunião, a auditoria não foi finalizada naquele ano e o BNDES continuou contratando os serviços do escritório estrangeiro ao longo de 2019, durante a gestão do presidente Jair Bolsonaro. Como revelou o Estado, o último aditivo do contrato, de outubro de 2019, foi realizado sob a gestão do atual presidente do banco, Gustavo Montezano. Por ele, houve incremento de cerca de R$ 15 milhões o valor do contrato com o Cleary.

Nesta terça-feira, 28, o presidente Bolsonaro disse que “está errado” o último aditivo. “Tem coisa esquisita aí. Parece que alguém quis raspar o tacho”, afirmou ao chegar ao Palácio da Alvorada, depois de voltar da viagem à Índia.

Procurado pela reportagem, o BNDES não se manifestou sobre o motivo de a auditoria ter se estendido ao longo de 2019. Ontem, a cúpula do banco esteve em Brasília para dar explicações na Controladoria-Geral da União (CGU), na Câmara dos Deputados e no Tribunal de Contas da União (TCU).

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