Novo CEO da Vale propôs enxugar área corporativa e destravar licenciamentos; leia bastidor


Gustavo Pimenta foi eleito para presidir companhia em reunião que durou dez horas; governo federal e estaduais onde empresa atua foram avisados sobre escolha antes de comunicado ao mercado

Por Juliana Garçon
Atualização:

RIO - O novo CEO da Vale, Gustavo Pimenta, defendeu na segunda-feira, 26, em entrevista com o conselho de administração da companhia, a melhoria de aspectos da mineradora, como o inchaço da área corporativa, segundo apurou o Estadão/Broadcast. A reunião do conselho que levou à decisão sobre o nome do novo CEO da mineradora levou dez horas, de acordo com pessoas ouvidas pela reportagem, que falaram sob a condição de anonimato.

Internamente, a conclusão do processo de troca no comando da Vale também foi considerada um alívio, virando a página na companhia após debates que racharam o conselho de administração em fevereiro de 2024.

O número de setores na empresa aumentou de duas a três vezes desde o acidente de Brumadinho, em 2019, disse uma pessoa próxima à companhia. O entendimento é que a criação de instâncias adicionais foi necessária no momento crítico, mas hoje precisa de reavaliação. Segundo um interlocutor do conselho de administração, o corporativo está sufocando o operacional, e é o corporativo que precisa servir ao operacional, não o contrário.

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Além disso, Pimenta teria reconhecido que as entregas precisam ser mais consistentes, com a companhia superando a dificuldade para obter licenciamentos, muitos “travados” por desacordo com governos. A Vale também enfrenta questões relacionadas a autorizações para explorar regiões onde teria de desmontar cavidades naturais. Outro ponto importante é o relacionamento com comunidades e governos, disse uma pessoa a par das discussões, também sob condição de anonimato.

Planalto cobra Vale por mais investimentos alinhados aos interesses nacionais Foto: Fabio Motta/Estadão

Pimenta indicou, por outro lado, a continuidade do plano de negócios e de pontos positivos no panorama da empresa, como a diversificação mineral, com cobre e lítio, por meio da Vale Base Metals.

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Os avanços em termos de segurança e saúde dos trabalhadores, após o acidente de Brumadinho, também foram lembrados como aspectos a serem mantidos.

A escolha de Pimenta acaba com o tiroteio no conselho de administração, segundo uma pessoa sob condição de anonimato. Segundo ela, o conselho tem como função dar o alicerce para o trabalho do CEO e é importante que a decisão tenha sido unânime, por reescrever o capítulo de divisões internas.

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Para um conselheiro que não quis se identificar, a escolha de Pimenta foi a melhor forma de fazer uma transição segura, com uma visão de dentro. A avaliação é que o executivo, tido como alguém de “relacionamento fácil”, vai trazer valor à companhia no longo prazo.

Um dos impactos esperados da decisão para o processo sucessório é a retomada do valor das ações, que sofreram com a indefinição. A transição também representou entrave às negociações sobre o acordo para a reparação do desastre de Mariana, em 2015, segundo pessoas que acompanharam o processo. Além disso, a expectativa do conselho é que Pimenta estabeleça um novo ciclo para a companhia, com uma visão de sustentabilidade que vai além da descarbonização da cadeia de negócios.

Desde o início de 2023, corriam nos bastidores informações de que o governo Lula deseja indicar o novo CEO da Vale, tendo o ex-ministro Guido Mantega como seu favorito. Em meio ao conflito aberto no conselho de administração, dois membros independentes deixaram seus postos neste ano: Luciano Penido, em março, e Vera Marie Inkster, em julho.

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Também no mês passado, vazou a lista de 15 nomes recomendados pela consultoria Russell Reynolds para apreciação do conselho como possíveis ocupantes do cargo de CEO. O vazamento apressou o processo de escolha do novo líder da companhia, antecipando a decisão do conselho sobre o sucessor de Eduardo Bartolomeo, disse uma pessoa que acompanhou o caso.

O cronograma previa que a aprovação da lista tríplice de candidatos deveria ser aprovada até 30 de setembro. Mas, já neste mês, o conselho reduziu a lista de 15 para 5 nomes, incluindo o de Gustavo Pimenta.

Também foram sabatinados na etapa final do processo de seleção dois outros executivos com experiência no setor de mineração e passagem pela Vale: Marcelo Bastos, ex-CEO da BHP Billiton Mitsubishi Alliance (BMA), e Rubens Fernandes, CEO de Base Metals da Anglo American.

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O Estadão/Broadcast apurou que a solução interna para a sucessão do atual CEO, Eduardo Bartolomeo, passou pela articulação realizada pelos conselheiros André Viana, representante dos trabalhadores, João Fukunaga, da Previ, e os independentes Rachel Maia e Marcelo Gasparino, alinhados à condução de Daniel Stieler, presidente do conselho, que ocupa o segundo assento da Previ no colegiado.

Governos foram avisados antes

Antes da divulgação ao mercado do nome de Pimenta, vice-presidente de Finanças e Relações com o Investidor, como novo CEO da Vale, a companhia informou a decisão ao governo federal e aos governos dos Estados onde atua (Minas Gerais, Pará, Maranhão e Espírito Santo) em nome da boa relação, conforme apurou o Estadão/Broadcast. De acordo com uma pessoa a par do assunto, que preferiu não se identificar, foi uma “deferência”.

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O relacionamento com os governos, em especial o federal e o do Estado do Pará, tem sido desafiador para a Vale. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a mineradora em diversas ocasiões, citando que a companhia não teria compensado devidamente as vítimas do desastre de Brumadinho, em 2019, e estaria retardando o acordo relativo ao acidente de Mariana, em 2015.

Outro ponto de atrito se refere à renovação antecipada das concessões ferroviárias (Estrada de Ferro Carajás e Estrada de Ferro Vitória-Minas) realizada no governo Bolsonaro. O governo se mostra insatisfeito com a negociação e está cobrando R$ 25,7 bilhões adicionais pela outorga das duas linhas.

O Planalto cobra ainda a mineradora por mais investimentos alinhados aos interesses nacionais e acusa as grandes empresas do setor de obter licenças de exploração e vendê-las, em vez de utilizá-las.

Acordo sobre desastre de Mariana

Pimenta está envolvido nas negociações com os entes públicos sobre o acordo para compensação pelo desastre de Mariana, segundo apurou o Estadão/Broadcast. A expectativa do conselho de administração da mineradora, disse uma pessoa a par do assunto, é que o executivo alcance uma solução mais breve no Brasil do que a ação que corre em uma corte londrina. Neste, o julgamento está previsto para começar em outubro.

Nas negociações sobre o acordo relativo ao desastre de 2015, Pimenta faz parceria com Alexandre D´Ambrosio, vice-presidente de Assuntos Corporativos e Institucionais da Vale. A dificuldade para chegar a um entendimento sobre o tema é considerada um entrave para o valor das ações da companhia.

Na visão dos conselheiros, Pimenta é visto como um executivo que vai aparar melhor as arestas nas negociações com o governo e comunidades, inclusive com Brasília e os estados onde a Vale atua. Ele é visto como alguém que tem consciência e que traz tranquilidade e visão estratégica.

Também se espera que o executivo consiga retomar o crescimento da produção da mineradora. Atualmente, o guidance (orientação sobre os próximos passos) da companhia aponta a faixa de 310 milhões de toneladas (m/t) a 320 m/t em 2024; 340 m/t a 360 m/t em 2026 e maior que 360 m/t a partir de 2030. A perspectiva parece “modesta” na visão de um conselheiro, com a Vale caindo no ranking internacional.

Embora tenha chegado à Vale em novembro de 2021, na gestão de Bartolomeo, Pimenta não é visto como “herdeiro” do atual CEO. Na época, ele foi escolhido por consultoria e já chega à cadeira de CEO com uma atitude diferente, de ouvir antes de responder, segundo pessoas de dentro da empresa. A aposta é que será uma gestão diferente do antecessor.

RIO - O novo CEO da Vale, Gustavo Pimenta, defendeu na segunda-feira, 26, em entrevista com o conselho de administração da companhia, a melhoria de aspectos da mineradora, como o inchaço da área corporativa, segundo apurou o Estadão/Broadcast. A reunião do conselho que levou à decisão sobre o nome do novo CEO da mineradora levou dez horas, de acordo com pessoas ouvidas pela reportagem, que falaram sob a condição de anonimato.

Internamente, a conclusão do processo de troca no comando da Vale também foi considerada um alívio, virando a página na companhia após debates que racharam o conselho de administração em fevereiro de 2024.

O número de setores na empresa aumentou de duas a três vezes desde o acidente de Brumadinho, em 2019, disse uma pessoa próxima à companhia. O entendimento é que a criação de instâncias adicionais foi necessária no momento crítico, mas hoje precisa de reavaliação. Segundo um interlocutor do conselho de administração, o corporativo está sufocando o operacional, e é o corporativo que precisa servir ao operacional, não o contrário.

Além disso, Pimenta teria reconhecido que as entregas precisam ser mais consistentes, com a companhia superando a dificuldade para obter licenciamentos, muitos “travados” por desacordo com governos. A Vale também enfrenta questões relacionadas a autorizações para explorar regiões onde teria de desmontar cavidades naturais. Outro ponto importante é o relacionamento com comunidades e governos, disse uma pessoa a par das discussões, também sob condição de anonimato.

Planalto cobra Vale por mais investimentos alinhados aos interesses nacionais Foto: Fabio Motta/Estadão

Pimenta indicou, por outro lado, a continuidade do plano de negócios e de pontos positivos no panorama da empresa, como a diversificação mineral, com cobre e lítio, por meio da Vale Base Metals.

Os avanços em termos de segurança e saúde dos trabalhadores, após o acidente de Brumadinho, também foram lembrados como aspectos a serem mantidos.

A escolha de Pimenta acaba com o tiroteio no conselho de administração, segundo uma pessoa sob condição de anonimato. Segundo ela, o conselho tem como função dar o alicerce para o trabalho do CEO e é importante que a decisão tenha sido unânime, por reescrever o capítulo de divisões internas.

Para um conselheiro que não quis se identificar, a escolha de Pimenta foi a melhor forma de fazer uma transição segura, com uma visão de dentro. A avaliação é que o executivo, tido como alguém de “relacionamento fácil”, vai trazer valor à companhia no longo prazo.

Um dos impactos esperados da decisão para o processo sucessório é a retomada do valor das ações, que sofreram com a indefinição. A transição também representou entrave às negociações sobre o acordo para a reparação do desastre de Mariana, em 2015, segundo pessoas que acompanharam o processo. Além disso, a expectativa do conselho é que Pimenta estabeleça um novo ciclo para a companhia, com uma visão de sustentabilidade que vai além da descarbonização da cadeia de negócios.

Desde o início de 2023, corriam nos bastidores informações de que o governo Lula deseja indicar o novo CEO da Vale, tendo o ex-ministro Guido Mantega como seu favorito. Em meio ao conflito aberto no conselho de administração, dois membros independentes deixaram seus postos neste ano: Luciano Penido, em março, e Vera Marie Inkster, em julho.

Também no mês passado, vazou a lista de 15 nomes recomendados pela consultoria Russell Reynolds para apreciação do conselho como possíveis ocupantes do cargo de CEO. O vazamento apressou o processo de escolha do novo líder da companhia, antecipando a decisão do conselho sobre o sucessor de Eduardo Bartolomeo, disse uma pessoa que acompanhou o caso.

O cronograma previa que a aprovação da lista tríplice de candidatos deveria ser aprovada até 30 de setembro. Mas, já neste mês, o conselho reduziu a lista de 15 para 5 nomes, incluindo o de Gustavo Pimenta.

Também foram sabatinados na etapa final do processo de seleção dois outros executivos com experiência no setor de mineração e passagem pela Vale: Marcelo Bastos, ex-CEO da BHP Billiton Mitsubishi Alliance (BMA), e Rubens Fernandes, CEO de Base Metals da Anglo American.

O Estadão/Broadcast apurou que a solução interna para a sucessão do atual CEO, Eduardo Bartolomeo, passou pela articulação realizada pelos conselheiros André Viana, representante dos trabalhadores, João Fukunaga, da Previ, e os independentes Rachel Maia e Marcelo Gasparino, alinhados à condução de Daniel Stieler, presidente do conselho, que ocupa o segundo assento da Previ no colegiado.

Governos foram avisados antes

Antes da divulgação ao mercado do nome de Pimenta, vice-presidente de Finanças e Relações com o Investidor, como novo CEO da Vale, a companhia informou a decisão ao governo federal e aos governos dos Estados onde atua (Minas Gerais, Pará, Maranhão e Espírito Santo) em nome da boa relação, conforme apurou o Estadão/Broadcast. De acordo com uma pessoa a par do assunto, que preferiu não se identificar, foi uma “deferência”.

O relacionamento com os governos, em especial o federal e o do Estado do Pará, tem sido desafiador para a Vale. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a mineradora em diversas ocasiões, citando que a companhia não teria compensado devidamente as vítimas do desastre de Brumadinho, em 2019, e estaria retardando o acordo relativo ao acidente de Mariana, em 2015.

Outro ponto de atrito se refere à renovação antecipada das concessões ferroviárias (Estrada de Ferro Carajás e Estrada de Ferro Vitória-Minas) realizada no governo Bolsonaro. O governo se mostra insatisfeito com a negociação e está cobrando R$ 25,7 bilhões adicionais pela outorga das duas linhas.

O Planalto cobra ainda a mineradora por mais investimentos alinhados aos interesses nacionais e acusa as grandes empresas do setor de obter licenças de exploração e vendê-las, em vez de utilizá-las.

Acordo sobre desastre de Mariana

Pimenta está envolvido nas negociações com os entes públicos sobre o acordo para compensação pelo desastre de Mariana, segundo apurou o Estadão/Broadcast. A expectativa do conselho de administração da mineradora, disse uma pessoa a par do assunto, é que o executivo alcance uma solução mais breve no Brasil do que a ação que corre em uma corte londrina. Neste, o julgamento está previsto para começar em outubro.

Nas negociações sobre o acordo relativo ao desastre de 2015, Pimenta faz parceria com Alexandre D´Ambrosio, vice-presidente de Assuntos Corporativos e Institucionais da Vale. A dificuldade para chegar a um entendimento sobre o tema é considerada um entrave para o valor das ações da companhia.

Na visão dos conselheiros, Pimenta é visto como um executivo que vai aparar melhor as arestas nas negociações com o governo e comunidades, inclusive com Brasília e os estados onde a Vale atua. Ele é visto como alguém que tem consciência e que traz tranquilidade e visão estratégica.

Também se espera que o executivo consiga retomar o crescimento da produção da mineradora. Atualmente, o guidance (orientação sobre os próximos passos) da companhia aponta a faixa de 310 milhões de toneladas (m/t) a 320 m/t em 2024; 340 m/t a 360 m/t em 2026 e maior que 360 m/t a partir de 2030. A perspectiva parece “modesta” na visão de um conselheiro, com a Vale caindo no ranking internacional.

Embora tenha chegado à Vale em novembro de 2021, na gestão de Bartolomeo, Pimenta não é visto como “herdeiro” do atual CEO. Na época, ele foi escolhido por consultoria e já chega à cadeira de CEO com uma atitude diferente, de ouvir antes de responder, segundo pessoas de dentro da empresa. A aposta é que será uma gestão diferente do antecessor.

RIO - O novo CEO da Vale, Gustavo Pimenta, defendeu na segunda-feira, 26, em entrevista com o conselho de administração da companhia, a melhoria de aspectos da mineradora, como o inchaço da área corporativa, segundo apurou o Estadão/Broadcast. A reunião do conselho que levou à decisão sobre o nome do novo CEO da mineradora levou dez horas, de acordo com pessoas ouvidas pela reportagem, que falaram sob a condição de anonimato.

Internamente, a conclusão do processo de troca no comando da Vale também foi considerada um alívio, virando a página na companhia após debates que racharam o conselho de administração em fevereiro de 2024.

O número de setores na empresa aumentou de duas a três vezes desde o acidente de Brumadinho, em 2019, disse uma pessoa próxima à companhia. O entendimento é que a criação de instâncias adicionais foi necessária no momento crítico, mas hoje precisa de reavaliação. Segundo um interlocutor do conselho de administração, o corporativo está sufocando o operacional, e é o corporativo que precisa servir ao operacional, não o contrário.

Além disso, Pimenta teria reconhecido que as entregas precisam ser mais consistentes, com a companhia superando a dificuldade para obter licenciamentos, muitos “travados” por desacordo com governos. A Vale também enfrenta questões relacionadas a autorizações para explorar regiões onde teria de desmontar cavidades naturais. Outro ponto importante é o relacionamento com comunidades e governos, disse uma pessoa a par das discussões, também sob condição de anonimato.

Planalto cobra Vale por mais investimentos alinhados aos interesses nacionais Foto: Fabio Motta/Estadão

Pimenta indicou, por outro lado, a continuidade do plano de negócios e de pontos positivos no panorama da empresa, como a diversificação mineral, com cobre e lítio, por meio da Vale Base Metals.

Os avanços em termos de segurança e saúde dos trabalhadores, após o acidente de Brumadinho, também foram lembrados como aspectos a serem mantidos.

A escolha de Pimenta acaba com o tiroteio no conselho de administração, segundo uma pessoa sob condição de anonimato. Segundo ela, o conselho tem como função dar o alicerce para o trabalho do CEO e é importante que a decisão tenha sido unânime, por reescrever o capítulo de divisões internas.

Para um conselheiro que não quis se identificar, a escolha de Pimenta foi a melhor forma de fazer uma transição segura, com uma visão de dentro. A avaliação é que o executivo, tido como alguém de “relacionamento fácil”, vai trazer valor à companhia no longo prazo.

Um dos impactos esperados da decisão para o processo sucessório é a retomada do valor das ações, que sofreram com a indefinição. A transição também representou entrave às negociações sobre o acordo para a reparação do desastre de Mariana, em 2015, segundo pessoas que acompanharam o processo. Além disso, a expectativa do conselho é que Pimenta estabeleça um novo ciclo para a companhia, com uma visão de sustentabilidade que vai além da descarbonização da cadeia de negócios.

Desde o início de 2023, corriam nos bastidores informações de que o governo Lula deseja indicar o novo CEO da Vale, tendo o ex-ministro Guido Mantega como seu favorito. Em meio ao conflito aberto no conselho de administração, dois membros independentes deixaram seus postos neste ano: Luciano Penido, em março, e Vera Marie Inkster, em julho.

Também no mês passado, vazou a lista de 15 nomes recomendados pela consultoria Russell Reynolds para apreciação do conselho como possíveis ocupantes do cargo de CEO. O vazamento apressou o processo de escolha do novo líder da companhia, antecipando a decisão do conselho sobre o sucessor de Eduardo Bartolomeo, disse uma pessoa que acompanhou o caso.

O cronograma previa que a aprovação da lista tríplice de candidatos deveria ser aprovada até 30 de setembro. Mas, já neste mês, o conselho reduziu a lista de 15 para 5 nomes, incluindo o de Gustavo Pimenta.

Também foram sabatinados na etapa final do processo de seleção dois outros executivos com experiência no setor de mineração e passagem pela Vale: Marcelo Bastos, ex-CEO da BHP Billiton Mitsubishi Alliance (BMA), e Rubens Fernandes, CEO de Base Metals da Anglo American.

O Estadão/Broadcast apurou que a solução interna para a sucessão do atual CEO, Eduardo Bartolomeo, passou pela articulação realizada pelos conselheiros André Viana, representante dos trabalhadores, João Fukunaga, da Previ, e os independentes Rachel Maia e Marcelo Gasparino, alinhados à condução de Daniel Stieler, presidente do conselho, que ocupa o segundo assento da Previ no colegiado.

Governos foram avisados antes

Antes da divulgação ao mercado do nome de Pimenta, vice-presidente de Finanças e Relações com o Investidor, como novo CEO da Vale, a companhia informou a decisão ao governo federal e aos governos dos Estados onde atua (Minas Gerais, Pará, Maranhão e Espírito Santo) em nome da boa relação, conforme apurou o Estadão/Broadcast. De acordo com uma pessoa a par do assunto, que preferiu não se identificar, foi uma “deferência”.

O relacionamento com os governos, em especial o federal e o do Estado do Pará, tem sido desafiador para a Vale. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a mineradora em diversas ocasiões, citando que a companhia não teria compensado devidamente as vítimas do desastre de Brumadinho, em 2019, e estaria retardando o acordo relativo ao acidente de Mariana, em 2015.

Outro ponto de atrito se refere à renovação antecipada das concessões ferroviárias (Estrada de Ferro Carajás e Estrada de Ferro Vitória-Minas) realizada no governo Bolsonaro. O governo se mostra insatisfeito com a negociação e está cobrando R$ 25,7 bilhões adicionais pela outorga das duas linhas.

O Planalto cobra ainda a mineradora por mais investimentos alinhados aos interesses nacionais e acusa as grandes empresas do setor de obter licenças de exploração e vendê-las, em vez de utilizá-las.

Acordo sobre desastre de Mariana

Pimenta está envolvido nas negociações com os entes públicos sobre o acordo para compensação pelo desastre de Mariana, segundo apurou o Estadão/Broadcast. A expectativa do conselho de administração da mineradora, disse uma pessoa a par do assunto, é que o executivo alcance uma solução mais breve no Brasil do que a ação que corre em uma corte londrina. Neste, o julgamento está previsto para começar em outubro.

Nas negociações sobre o acordo relativo ao desastre de 2015, Pimenta faz parceria com Alexandre D´Ambrosio, vice-presidente de Assuntos Corporativos e Institucionais da Vale. A dificuldade para chegar a um entendimento sobre o tema é considerada um entrave para o valor das ações da companhia.

Na visão dos conselheiros, Pimenta é visto como um executivo que vai aparar melhor as arestas nas negociações com o governo e comunidades, inclusive com Brasília e os estados onde a Vale atua. Ele é visto como alguém que tem consciência e que traz tranquilidade e visão estratégica.

Também se espera que o executivo consiga retomar o crescimento da produção da mineradora. Atualmente, o guidance (orientação sobre os próximos passos) da companhia aponta a faixa de 310 milhões de toneladas (m/t) a 320 m/t em 2024; 340 m/t a 360 m/t em 2026 e maior que 360 m/t a partir de 2030. A perspectiva parece “modesta” na visão de um conselheiro, com a Vale caindo no ranking internacional.

Embora tenha chegado à Vale em novembro de 2021, na gestão de Bartolomeo, Pimenta não é visto como “herdeiro” do atual CEO. Na época, ele foi escolhido por consultoria e já chega à cadeira de CEO com uma atitude diferente, de ouvir antes de responder, segundo pessoas de dentro da empresa. A aposta é que será uma gestão diferente do antecessor.

RIO - O novo CEO da Vale, Gustavo Pimenta, defendeu na segunda-feira, 26, em entrevista com o conselho de administração da companhia, a melhoria de aspectos da mineradora, como o inchaço da área corporativa, segundo apurou o Estadão/Broadcast. A reunião do conselho que levou à decisão sobre o nome do novo CEO da mineradora levou dez horas, de acordo com pessoas ouvidas pela reportagem, que falaram sob a condição de anonimato.

Internamente, a conclusão do processo de troca no comando da Vale também foi considerada um alívio, virando a página na companhia após debates que racharam o conselho de administração em fevereiro de 2024.

O número de setores na empresa aumentou de duas a três vezes desde o acidente de Brumadinho, em 2019, disse uma pessoa próxima à companhia. O entendimento é que a criação de instâncias adicionais foi necessária no momento crítico, mas hoje precisa de reavaliação. Segundo um interlocutor do conselho de administração, o corporativo está sufocando o operacional, e é o corporativo que precisa servir ao operacional, não o contrário.

Além disso, Pimenta teria reconhecido que as entregas precisam ser mais consistentes, com a companhia superando a dificuldade para obter licenciamentos, muitos “travados” por desacordo com governos. A Vale também enfrenta questões relacionadas a autorizações para explorar regiões onde teria de desmontar cavidades naturais. Outro ponto importante é o relacionamento com comunidades e governos, disse uma pessoa a par das discussões, também sob condição de anonimato.

Planalto cobra Vale por mais investimentos alinhados aos interesses nacionais Foto: Fabio Motta/Estadão

Pimenta indicou, por outro lado, a continuidade do plano de negócios e de pontos positivos no panorama da empresa, como a diversificação mineral, com cobre e lítio, por meio da Vale Base Metals.

Os avanços em termos de segurança e saúde dos trabalhadores, após o acidente de Brumadinho, também foram lembrados como aspectos a serem mantidos.

A escolha de Pimenta acaba com o tiroteio no conselho de administração, segundo uma pessoa sob condição de anonimato. Segundo ela, o conselho tem como função dar o alicerce para o trabalho do CEO e é importante que a decisão tenha sido unânime, por reescrever o capítulo de divisões internas.

Para um conselheiro que não quis se identificar, a escolha de Pimenta foi a melhor forma de fazer uma transição segura, com uma visão de dentro. A avaliação é que o executivo, tido como alguém de “relacionamento fácil”, vai trazer valor à companhia no longo prazo.

Um dos impactos esperados da decisão para o processo sucessório é a retomada do valor das ações, que sofreram com a indefinição. A transição também representou entrave às negociações sobre o acordo para a reparação do desastre de Mariana, em 2015, segundo pessoas que acompanharam o processo. Além disso, a expectativa do conselho é que Pimenta estabeleça um novo ciclo para a companhia, com uma visão de sustentabilidade que vai além da descarbonização da cadeia de negócios.

Desde o início de 2023, corriam nos bastidores informações de que o governo Lula deseja indicar o novo CEO da Vale, tendo o ex-ministro Guido Mantega como seu favorito. Em meio ao conflito aberto no conselho de administração, dois membros independentes deixaram seus postos neste ano: Luciano Penido, em março, e Vera Marie Inkster, em julho.

Também no mês passado, vazou a lista de 15 nomes recomendados pela consultoria Russell Reynolds para apreciação do conselho como possíveis ocupantes do cargo de CEO. O vazamento apressou o processo de escolha do novo líder da companhia, antecipando a decisão do conselho sobre o sucessor de Eduardo Bartolomeo, disse uma pessoa que acompanhou o caso.

O cronograma previa que a aprovação da lista tríplice de candidatos deveria ser aprovada até 30 de setembro. Mas, já neste mês, o conselho reduziu a lista de 15 para 5 nomes, incluindo o de Gustavo Pimenta.

Também foram sabatinados na etapa final do processo de seleção dois outros executivos com experiência no setor de mineração e passagem pela Vale: Marcelo Bastos, ex-CEO da BHP Billiton Mitsubishi Alliance (BMA), e Rubens Fernandes, CEO de Base Metals da Anglo American.

O Estadão/Broadcast apurou que a solução interna para a sucessão do atual CEO, Eduardo Bartolomeo, passou pela articulação realizada pelos conselheiros André Viana, representante dos trabalhadores, João Fukunaga, da Previ, e os independentes Rachel Maia e Marcelo Gasparino, alinhados à condução de Daniel Stieler, presidente do conselho, que ocupa o segundo assento da Previ no colegiado.

Governos foram avisados antes

Antes da divulgação ao mercado do nome de Pimenta, vice-presidente de Finanças e Relações com o Investidor, como novo CEO da Vale, a companhia informou a decisão ao governo federal e aos governos dos Estados onde atua (Minas Gerais, Pará, Maranhão e Espírito Santo) em nome da boa relação, conforme apurou o Estadão/Broadcast. De acordo com uma pessoa a par do assunto, que preferiu não se identificar, foi uma “deferência”.

O relacionamento com os governos, em especial o federal e o do Estado do Pará, tem sido desafiador para a Vale. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a mineradora em diversas ocasiões, citando que a companhia não teria compensado devidamente as vítimas do desastre de Brumadinho, em 2019, e estaria retardando o acordo relativo ao acidente de Mariana, em 2015.

Outro ponto de atrito se refere à renovação antecipada das concessões ferroviárias (Estrada de Ferro Carajás e Estrada de Ferro Vitória-Minas) realizada no governo Bolsonaro. O governo se mostra insatisfeito com a negociação e está cobrando R$ 25,7 bilhões adicionais pela outorga das duas linhas.

O Planalto cobra ainda a mineradora por mais investimentos alinhados aos interesses nacionais e acusa as grandes empresas do setor de obter licenças de exploração e vendê-las, em vez de utilizá-las.

Acordo sobre desastre de Mariana

Pimenta está envolvido nas negociações com os entes públicos sobre o acordo para compensação pelo desastre de Mariana, segundo apurou o Estadão/Broadcast. A expectativa do conselho de administração da mineradora, disse uma pessoa a par do assunto, é que o executivo alcance uma solução mais breve no Brasil do que a ação que corre em uma corte londrina. Neste, o julgamento está previsto para começar em outubro.

Nas negociações sobre o acordo relativo ao desastre de 2015, Pimenta faz parceria com Alexandre D´Ambrosio, vice-presidente de Assuntos Corporativos e Institucionais da Vale. A dificuldade para chegar a um entendimento sobre o tema é considerada um entrave para o valor das ações da companhia.

Na visão dos conselheiros, Pimenta é visto como um executivo que vai aparar melhor as arestas nas negociações com o governo e comunidades, inclusive com Brasília e os estados onde a Vale atua. Ele é visto como alguém que tem consciência e que traz tranquilidade e visão estratégica.

Também se espera que o executivo consiga retomar o crescimento da produção da mineradora. Atualmente, o guidance (orientação sobre os próximos passos) da companhia aponta a faixa de 310 milhões de toneladas (m/t) a 320 m/t em 2024; 340 m/t a 360 m/t em 2026 e maior que 360 m/t a partir de 2030. A perspectiva parece “modesta” na visão de um conselheiro, com a Vale caindo no ranking internacional.

Embora tenha chegado à Vale em novembro de 2021, na gestão de Bartolomeo, Pimenta não é visto como “herdeiro” do atual CEO. Na época, ele foi escolhido por consultoria e já chega à cadeira de CEO com uma atitude diferente, de ouvir antes de responder, segundo pessoas de dentro da empresa. A aposta é que será uma gestão diferente do antecessor.

RIO - O novo CEO da Vale, Gustavo Pimenta, defendeu na segunda-feira, 26, em entrevista com o conselho de administração da companhia, a melhoria de aspectos da mineradora, como o inchaço da área corporativa, segundo apurou o Estadão/Broadcast. A reunião do conselho que levou à decisão sobre o nome do novo CEO da mineradora levou dez horas, de acordo com pessoas ouvidas pela reportagem, que falaram sob a condição de anonimato.

Internamente, a conclusão do processo de troca no comando da Vale também foi considerada um alívio, virando a página na companhia após debates que racharam o conselho de administração em fevereiro de 2024.

O número de setores na empresa aumentou de duas a três vezes desde o acidente de Brumadinho, em 2019, disse uma pessoa próxima à companhia. O entendimento é que a criação de instâncias adicionais foi necessária no momento crítico, mas hoje precisa de reavaliação. Segundo um interlocutor do conselho de administração, o corporativo está sufocando o operacional, e é o corporativo que precisa servir ao operacional, não o contrário.

Além disso, Pimenta teria reconhecido que as entregas precisam ser mais consistentes, com a companhia superando a dificuldade para obter licenciamentos, muitos “travados” por desacordo com governos. A Vale também enfrenta questões relacionadas a autorizações para explorar regiões onde teria de desmontar cavidades naturais. Outro ponto importante é o relacionamento com comunidades e governos, disse uma pessoa a par das discussões, também sob condição de anonimato.

Planalto cobra Vale por mais investimentos alinhados aos interesses nacionais Foto: Fabio Motta/Estadão

Pimenta indicou, por outro lado, a continuidade do plano de negócios e de pontos positivos no panorama da empresa, como a diversificação mineral, com cobre e lítio, por meio da Vale Base Metals.

Os avanços em termos de segurança e saúde dos trabalhadores, após o acidente de Brumadinho, também foram lembrados como aspectos a serem mantidos.

A escolha de Pimenta acaba com o tiroteio no conselho de administração, segundo uma pessoa sob condição de anonimato. Segundo ela, o conselho tem como função dar o alicerce para o trabalho do CEO e é importante que a decisão tenha sido unânime, por reescrever o capítulo de divisões internas.

Para um conselheiro que não quis se identificar, a escolha de Pimenta foi a melhor forma de fazer uma transição segura, com uma visão de dentro. A avaliação é que o executivo, tido como alguém de “relacionamento fácil”, vai trazer valor à companhia no longo prazo.

Um dos impactos esperados da decisão para o processo sucessório é a retomada do valor das ações, que sofreram com a indefinição. A transição também representou entrave às negociações sobre o acordo para a reparação do desastre de Mariana, em 2015, segundo pessoas que acompanharam o processo. Além disso, a expectativa do conselho é que Pimenta estabeleça um novo ciclo para a companhia, com uma visão de sustentabilidade que vai além da descarbonização da cadeia de negócios.

Desde o início de 2023, corriam nos bastidores informações de que o governo Lula deseja indicar o novo CEO da Vale, tendo o ex-ministro Guido Mantega como seu favorito. Em meio ao conflito aberto no conselho de administração, dois membros independentes deixaram seus postos neste ano: Luciano Penido, em março, e Vera Marie Inkster, em julho.

Também no mês passado, vazou a lista de 15 nomes recomendados pela consultoria Russell Reynolds para apreciação do conselho como possíveis ocupantes do cargo de CEO. O vazamento apressou o processo de escolha do novo líder da companhia, antecipando a decisão do conselho sobre o sucessor de Eduardo Bartolomeo, disse uma pessoa que acompanhou o caso.

O cronograma previa que a aprovação da lista tríplice de candidatos deveria ser aprovada até 30 de setembro. Mas, já neste mês, o conselho reduziu a lista de 15 para 5 nomes, incluindo o de Gustavo Pimenta.

Também foram sabatinados na etapa final do processo de seleção dois outros executivos com experiência no setor de mineração e passagem pela Vale: Marcelo Bastos, ex-CEO da BHP Billiton Mitsubishi Alliance (BMA), e Rubens Fernandes, CEO de Base Metals da Anglo American.

O Estadão/Broadcast apurou que a solução interna para a sucessão do atual CEO, Eduardo Bartolomeo, passou pela articulação realizada pelos conselheiros André Viana, representante dos trabalhadores, João Fukunaga, da Previ, e os independentes Rachel Maia e Marcelo Gasparino, alinhados à condução de Daniel Stieler, presidente do conselho, que ocupa o segundo assento da Previ no colegiado.

Governos foram avisados antes

Antes da divulgação ao mercado do nome de Pimenta, vice-presidente de Finanças e Relações com o Investidor, como novo CEO da Vale, a companhia informou a decisão ao governo federal e aos governos dos Estados onde atua (Minas Gerais, Pará, Maranhão e Espírito Santo) em nome da boa relação, conforme apurou o Estadão/Broadcast. De acordo com uma pessoa a par do assunto, que preferiu não se identificar, foi uma “deferência”.

O relacionamento com os governos, em especial o federal e o do Estado do Pará, tem sido desafiador para a Vale. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a mineradora em diversas ocasiões, citando que a companhia não teria compensado devidamente as vítimas do desastre de Brumadinho, em 2019, e estaria retardando o acordo relativo ao acidente de Mariana, em 2015.

Outro ponto de atrito se refere à renovação antecipada das concessões ferroviárias (Estrada de Ferro Carajás e Estrada de Ferro Vitória-Minas) realizada no governo Bolsonaro. O governo se mostra insatisfeito com a negociação e está cobrando R$ 25,7 bilhões adicionais pela outorga das duas linhas.

O Planalto cobra ainda a mineradora por mais investimentos alinhados aos interesses nacionais e acusa as grandes empresas do setor de obter licenças de exploração e vendê-las, em vez de utilizá-las.

Acordo sobre desastre de Mariana

Pimenta está envolvido nas negociações com os entes públicos sobre o acordo para compensação pelo desastre de Mariana, segundo apurou o Estadão/Broadcast. A expectativa do conselho de administração da mineradora, disse uma pessoa a par do assunto, é que o executivo alcance uma solução mais breve no Brasil do que a ação que corre em uma corte londrina. Neste, o julgamento está previsto para começar em outubro.

Nas negociações sobre o acordo relativo ao desastre de 2015, Pimenta faz parceria com Alexandre D´Ambrosio, vice-presidente de Assuntos Corporativos e Institucionais da Vale. A dificuldade para chegar a um entendimento sobre o tema é considerada um entrave para o valor das ações da companhia.

Na visão dos conselheiros, Pimenta é visto como um executivo que vai aparar melhor as arestas nas negociações com o governo e comunidades, inclusive com Brasília e os estados onde a Vale atua. Ele é visto como alguém que tem consciência e que traz tranquilidade e visão estratégica.

Também se espera que o executivo consiga retomar o crescimento da produção da mineradora. Atualmente, o guidance (orientação sobre os próximos passos) da companhia aponta a faixa de 310 milhões de toneladas (m/t) a 320 m/t em 2024; 340 m/t a 360 m/t em 2026 e maior que 360 m/t a partir de 2030. A perspectiva parece “modesta” na visão de um conselheiro, com a Vale caindo no ranking internacional.

Embora tenha chegado à Vale em novembro de 2021, na gestão de Bartolomeo, Pimenta não é visto como “herdeiro” do atual CEO. Na época, ele foi escolhido por consultoria e já chega à cadeira de CEO com uma atitude diferente, de ouvir antes de responder, segundo pessoas de dentro da empresa. A aposta é que será uma gestão diferente do antecessor.

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