O Nubank tem conseguido superar consistentemente as expectativas na atração de novos clientes a cada trimestre, segundo seu fundador e CEO, David Vélez. Só no Brasil, o banco conseguiu atrair uma média de 1,2 milhão de novos clientes por mês, chegando a 95,5 milhões ao todo.
Ao final de junho, chegou a 105 milhões de pessoas e empresas, crescimento de 25% em 12 meses. No México, o banco digital atraiu 1,2 milhão de novos clientes no trimestre, atingindo um total de 7,8 milhões no final de junho. Na Colômbia, chegou a quase 1,3 milhão de clientes.
O Nubank afirma ter 87,2 milhões de clientes ativos, expansão de 27%. Em número de conta correntes ativas, o banco fechou o trimestre com 77,5 milhões, alta anual de 30%. Nas pequenas e médias empresas, são 2,6 milhões de contas ativas, avanço de 44%.
Nos investimentos, o total de clientes ativos chegou a 18,5 milhões de pessoas, crescimento de 78% em 12 meses.
O fundador do Nubank disse que o modelo de expansão da fintech se baseia em três princípios: expansão dos clientes, aumento da receita por clientes e custos eficientes. “Nossos resultados do segundo trimestre de 2024 reafirmam a força do nosso modelo de negócios, a eficiência da nossa execução e a resiliência da nossa concessão de crédito”, disse Vélez.
Vélez citou que o retorno patrimonial anualizado (ROE) foi recorde e o maior do setor bancário no Brasil, chegando a 28%. A taxa de ativação dos clientes fechou o segundo trimestre em 83,4% ante 82,2% há um ano.
Lucro no segundo trimestre
O Nubank anunciou na terça-feira, 13, um lucro líquido de US$ 487 milhões no segundo trimestre de 2024, crescimento de 116% em relação ao mesmo período do ano passado. O lucro líquido ajustado aumentou para US$ 563 milhões, expansão de 114%. A melhora dos números foi puxada pelo expansão das receitas e das operações de crédito, mas a inadimplência também subiu.
O banco digital informou que a taxa de inadimplência para atrasos acima de 90 dias saltou para 7%, de 5,9% no segundo trimestre de 2023.
Vélez ressaltou que o recente lançamento de contas correntes no México e na Colômbia gerou depósitos de US$ 3,3 bilhões e US$ 220 milhões, respectivamente. “Isso alimenta nossas expectativas de crescimento nessas operações”, completou.
As receitas do banco digital, incluindo as operações no México e Colômbia, somaram US$ 2,8 bilhões, aumento de 65% em 12 meses. Já a carteira de crédito que rende juros, que inclui operações como crédito pessoal e cartão de crédito, subiu 81%, para US$ 9,8 bilhões. A receita líquida de juros aumentou 77% em um ano, para US$ 1,7 bilhão no segundo trimestre.
“Foi um trimestre de recordes”, disse ao Estadão/Broadcast o diretor financeiro do Nubank, Guilherme Lago. Foi a maior receita trimestral da história do Nubank e também a maior margem bruta, além de superar os 100 milhões de clientes. “São pouquíssimas fintechs globais que têm mais do que 100 milhões de clientes.”
A margem financeira líquida aumentou 1,5 ponto porcentual em um ano, para 19,8%. A receita média mensal por cliente ativo (Arpac, na sigla em inglês) atingiu US$ 11,20 no segundo trimestre.