Obama anuncia plano de US$ 275 bi para ajudar mutuários


Pacote prevê refinanciamento e redução de pagamentos para até nove milhões de famílias pela crise

Por BBC Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta quarta-feira, 18, um plano de US$ 275 bilhões que deve ajudar até nove milhões de famílias que têm hipotecas e foram afetadas pela crise imobiliária no país.  Do total de investimentos anunciado no pacote, chamado "iniciativa de estabilidade do proprietário de imóvel", US$ 75 bilhões serão destinados a ajudar pessoas que não conseguem pagar suas hipotecas ou estão com dificuldade em honras suas dívidas. Veja Também: De olho nos sintomas da crise econômica  Dicionário da crise  Lições de 29 Como o mundo reage à crise O plano também visa aumentar a confiança nas agências hipotecárias Fannie Mae e Freddie Mac, que garantem ou são credoras de cerca da metade das hipotecas dos Estados Unidos. Para isso, as duas gigantes do setor receberão mais US$ 200 bilhões em fundos do Tesouro americano. A proposta deve começar a surtir efeito a partir de 4 de março, quando o governo publiclará seus detalhes, segundo o New York Times. No entanto, alguns itens da proposta, incluindo a mudança na lei de falência para permitir que os juízes ajustem os termos das hipotecas, terão de ser aprovados pelo Congresso para entrar em vigor. Em meio ao aumento da inadimplência, Fannie Mae e Freddie Mac foram colocadas sob administração de um órgão federal americano no ano passado. "No final todos nós pagamos um preço por esta crise das hipotecas, e todos nós pagaremos um preço ainda mais alto se permitirmos que esta crise continue se aprofundando (...). Mas se agirmos corajosamente e rapidamente para interromper esta queda, então todos os americanos serão beneficiados", disse Obama em um discurso no Estado do Arizona, em que anunciou o plano. O plano prevê que o governo americano faça refinanciamentos que atenderiam entre quatro e cinco milhões de proprietários de imóveis. A iniciativa também vai reduzir os pagamentos mensais de hipoteca para outras três a quatro milhões de pessoas, para que elas não tenham que comprometer no pagamento mais do que 31% de suas rendas. Obama afirmou que o pacote visa ajudar proprietários de imóveis que "obedeceram às regras e agiram de forma responsável", mas não estão conseguindo pagar suas dívidas, e não vai premiar "inescrupulosos ou irresponsáveis". "Não vamos ajudar os especuladores que assumiram riscos em um mercado em ascensão e compraram casas, não para viver, mas para vender. Não vamos ajudar pessoas desonestas que emprestaram dinheiro e agiram de forma irresponsável distorcendo fatos (...) e não vamos recompensar pessoas que compraram casas que sabiam, desde o começo, que não poderiam pagar", afirmou. Mais de um milhão de pessoas nos Estados Unidos perderam suas casas devido à crise no setor imobiliário. E a inadimplência dos que contraíram hipotecas está no centro da crise financeira mundial, que ganhou força no ano passado. O plano do governo americano visa prestar assistência a proprietários de imóveis cuja dívida é hoje maior do que o valor de suas casas, além de ajudar os que estão prestes a terem suas casas retomadas pelo banco. De acordo com o resumo divulgado pelo governo no site da Casa Branca, o plano poderá fornecer proteção de até US$ 6 mil contra a queda no valor do imóvel. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta quarta-feira, 18, um plano de US$ 275 bilhões que deve ajudar até nove milhões de famílias que têm hipotecas e foram afetadas pela crise imobiliária no país.  Do total de investimentos anunciado no pacote, chamado "iniciativa de estabilidade do proprietário de imóvel", US$ 75 bilhões serão destinados a ajudar pessoas que não conseguem pagar suas hipotecas ou estão com dificuldade em honras suas dívidas. Veja Também: De olho nos sintomas da crise econômica  Dicionário da crise  Lições de 29 Como o mundo reage à crise O plano também visa aumentar a confiança nas agências hipotecárias Fannie Mae e Freddie Mac, que garantem ou são credoras de cerca da metade das hipotecas dos Estados Unidos. Para isso, as duas gigantes do setor receberão mais US$ 200 bilhões em fundos do Tesouro americano. A proposta deve começar a surtir efeito a partir de 4 de março, quando o governo publiclará seus detalhes, segundo o New York Times. No entanto, alguns itens da proposta, incluindo a mudança na lei de falência para permitir que os juízes ajustem os termos das hipotecas, terão de ser aprovados pelo Congresso para entrar em vigor. Em meio ao aumento da inadimplência, Fannie Mae e Freddie Mac foram colocadas sob administração de um órgão federal americano no ano passado. "No final todos nós pagamos um preço por esta crise das hipotecas, e todos nós pagaremos um preço ainda mais alto se permitirmos que esta crise continue se aprofundando (...). Mas se agirmos corajosamente e rapidamente para interromper esta queda, então todos os americanos serão beneficiados", disse Obama em um discurso no Estado do Arizona, em que anunciou o plano. O plano prevê que o governo americano faça refinanciamentos que atenderiam entre quatro e cinco milhões de proprietários de imóveis. A iniciativa também vai reduzir os pagamentos mensais de hipoteca para outras três a quatro milhões de pessoas, para que elas não tenham que comprometer no pagamento mais do que 31% de suas rendas. Obama afirmou que o pacote visa ajudar proprietários de imóveis que "obedeceram às regras e agiram de forma responsável", mas não estão conseguindo pagar suas dívidas, e não vai premiar "inescrupulosos ou irresponsáveis". "Não vamos ajudar os especuladores que assumiram riscos em um mercado em ascensão e compraram casas, não para viver, mas para vender. Não vamos ajudar pessoas desonestas que emprestaram dinheiro e agiram de forma irresponsável distorcendo fatos (...) e não vamos recompensar pessoas que compraram casas que sabiam, desde o começo, que não poderiam pagar", afirmou. Mais de um milhão de pessoas nos Estados Unidos perderam suas casas devido à crise no setor imobiliário. E a inadimplência dos que contraíram hipotecas está no centro da crise financeira mundial, que ganhou força no ano passado. O plano do governo americano visa prestar assistência a proprietários de imóveis cuja dívida é hoje maior do que o valor de suas casas, além de ajudar os que estão prestes a terem suas casas retomadas pelo banco. De acordo com o resumo divulgado pelo governo no site da Casa Branca, o plano poderá fornecer proteção de até US$ 6 mil contra a queda no valor do imóvel. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta quarta-feira, 18, um plano de US$ 275 bilhões que deve ajudar até nove milhões de famílias que têm hipotecas e foram afetadas pela crise imobiliária no país.  Do total de investimentos anunciado no pacote, chamado "iniciativa de estabilidade do proprietário de imóvel", US$ 75 bilhões serão destinados a ajudar pessoas que não conseguem pagar suas hipotecas ou estão com dificuldade em honras suas dívidas. Veja Também: De olho nos sintomas da crise econômica  Dicionário da crise  Lições de 29 Como o mundo reage à crise O plano também visa aumentar a confiança nas agências hipotecárias Fannie Mae e Freddie Mac, que garantem ou são credoras de cerca da metade das hipotecas dos Estados Unidos. Para isso, as duas gigantes do setor receberão mais US$ 200 bilhões em fundos do Tesouro americano. A proposta deve começar a surtir efeito a partir de 4 de março, quando o governo publiclará seus detalhes, segundo o New York Times. No entanto, alguns itens da proposta, incluindo a mudança na lei de falência para permitir que os juízes ajustem os termos das hipotecas, terão de ser aprovados pelo Congresso para entrar em vigor. Em meio ao aumento da inadimplência, Fannie Mae e Freddie Mac foram colocadas sob administração de um órgão federal americano no ano passado. "No final todos nós pagamos um preço por esta crise das hipotecas, e todos nós pagaremos um preço ainda mais alto se permitirmos que esta crise continue se aprofundando (...). Mas se agirmos corajosamente e rapidamente para interromper esta queda, então todos os americanos serão beneficiados", disse Obama em um discurso no Estado do Arizona, em que anunciou o plano. O plano prevê que o governo americano faça refinanciamentos que atenderiam entre quatro e cinco milhões de proprietários de imóveis. A iniciativa também vai reduzir os pagamentos mensais de hipoteca para outras três a quatro milhões de pessoas, para que elas não tenham que comprometer no pagamento mais do que 31% de suas rendas. Obama afirmou que o pacote visa ajudar proprietários de imóveis que "obedeceram às regras e agiram de forma responsável", mas não estão conseguindo pagar suas dívidas, e não vai premiar "inescrupulosos ou irresponsáveis". "Não vamos ajudar os especuladores que assumiram riscos em um mercado em ascensão e compraram casas, não para viver, mas para vender. Não vamos ajudar pessoas desonestas que emprestaram dinheiro e agiram de forma irresponsável distorcendo fatos (...) e não vamos recompensar pessoas que compraram casas que sabiam, desde o começo, que não poderiam pagar", afirmou. Mais de um milhão de pessoas nos Estados Unidos perderam suas casas devido à crise no setor imobiliário. E a inadimplência dos que contraíram hipotecas está no centro da crise financeira mundial, que ganhou força no ano passado. O plano do governo americano visa prestar assistência a proprietários de imóveis cuja dívida é hoje maior do que o valor de suas casas, além de ajudar os que estão prestes a terem suas casas retomadas pelo banco. De acordo com o resumo divulgado pelo governo no site da Casa Branca, o plano poderá fornecer proteção de até US$ 6 mil contra a queda no valor do imóvel. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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