OCDE eleva previsão do PIB do Brasil de 1,9% para 2,9% em 2024


Segundo organização, previsão é que o País mantenha o impulso econômico do primeiro semestre ‘auxiliado por maior gasto fiscal’; estimativa de inflação subiu de 4% para 4,4%

Por Ricardo Leopoldo
Atualização:

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revisou para cima as projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para este ano e para 2025. Para 2024, a estimativa passou de expansão de 1,9% para 2,9%, enquanto que, para o próximo ano, foi de 2,1% para 2,6%, segundo o relatório Perspectiva Econômica de setembro.

“A previsão é de que o Brasil deverá manter o sólido impulso econômico observado no primeiro semestre de 2024, auxiliado por maior gasto fiscal”, diz o texto.

Para a inflação no Brasil, a OCDE elevou a estimativa de 4% para 4,4% neste ano e de 3,3% para 4% em 2025. O relatório aponta que o índice de preços ao consumidor no País e no México têm subido, em parte devido à desvalorização cambial.

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“O recente ressurgimento das pressões de preços no Brasil significa que a inflação será um pouco maior no final de 2025 do que o esperado, embora ainda dentro da banda da meta da inflação do Banco Central”, diz o relatório.

OCDE prevê que Brasil mantenha 'sólido impulso econômico' observado no primeiro semestre de 2024 Foto: Filipe Araújo/Estadão

Ainda segundo o estudo, a desvalorização cambial no Brasil, na Argentina, na Turquia e no México “tem apoiado receitas de exportação”, mas também elevou os custos financeiros do pagamento de dívidas denominadas na moeda dos Estados Unidos.

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A OCDE ressalta que as taxas de juros reais de longo prazo estão elevadas no Brasil e também nos Estados Unidos, na zona do euro e no Reino Unido.

PIB mundial

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A OCDE elevou também a projeção do crescimento da economia mundial de 3,1% para 3,2% em 2024 e manteve a previsão de expansão de 3,2% para 2025. A entidade fez avaliação semelhante para os países membros do G20, cuja estimativa para o PIB subiu de 3,1% para 3,2% neste ano e foi mantida em 3,1% para 2025.

Segundo o relatório Perspectiva Econômica de setembro, a OCDE manteve a previsão de alta do PIB dos Estados Unidos em 2,6% neste ano e reduziu de 1,8% para 1,6% em 2025. Em relação à zona do euro, a entidade não alterou a estimativa do crescimento de 0,7% em 2024, mas reduziu a projeção para 2025, de 1,5%, para 1,3%. Para a China, as expectativas de expansão em 2024 e 2025 permaneceram em 4,9% e 4,5%, respectivamente. No caso do Japão, ocorreu uma redução de 0,5% para -0,1% em 2024 e uma elevação de 1,1% para 1,4% em 2025.

“Recentes indicadores de atividade sugerem continuidade do impulso (econômico), especialmente nos setores de serviços. A expansão do salário real está apoiando a renda e os gastos das famílias, embora em vários países o poder de compra não retornou aos níveis anteriores à pandemia”, diz o relatório. “O comércio global está se recuperando mais rápido do que o previsto, mas os custos de transporte (de mercadorias) continuam elevados e as exportações moderaram.”

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A OCDE prevê queda da inflação em diversos países neste ano. Nos Estados, a previsão para 2024 é de 2,4%, pouco abaixo dos 2,5% divulgados em maio, enquanto para 2025 caiu de 2,0% para 1,8%. Para o G20, a projeção recuou de 5,9% para 5,4% neste ano e de 3,6% para 3,3% em 2025. Na zona do euro, a estimativa para o índice de preços ao consumidor subiu de 2,3% para 2,4% neste ano e recuou de 2,2% para 2,1% em 2025. Em relação à China, a expectativa ficou estável para a inflação em 2024, quando deverá ser de 0,3%, e recuou de 1,3% para 1,0% em 2025. No caso do Japão, a projeção passou de 2,1% para 2,5% em 2024 e subiu de 2,0% para 2,1% no próximo ano.

Segundo o relatório, a inflação relativa a mercadorias em diversos países caiu para patamares baixos, mas continua elevada a inflação de serviços, que “ainda precisa baixar 1 ponto porcentual em várias economias para levar o núcleo da inflação para taxas consistentes com a meta”.

Segundo a OCDE, o núcleo da inflação nos Estados Unidos atingirá 2% no próximo ano, uma redução da projeção anterior de 2,1%. Em 2024, a estimativa foi de 2,6% para 2,7%. No caso da zona do euro, a expectativa é de que o núcleo do índice de preços ao consumidor atingirá 2,2% no próximo ano, pouco acima da previsão de 2,1% divulgada em maio. Para 2024, a previsão subiu de 2,6% para 2,8%. Em relação às economias avançadas do G20, a estimativa para o indicador aumentou de 2,5% para 2,7% em 2024 e ficou estável em 2,1% em 2025.

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“À medida que a inflação cai e pressões no mercado de trabalho diminuem ainda mais, as reduções de (juros) devem continuar, embora o tempo e o escopo delas precisarão manter a dependência de dados e ser cuidadosamente avaliados a fim de garantir que as pressões inflacionárias subjacentes sejam contidas de maneira duradoura.”

Na avaliação da OCDE, há significativos riscos para a economia mundial. “Persistentes tensões comerciais e geopolíticas podem crescentemente prejudicar investimentos e elevar preços de importações.” O relatório destacou que a expansão do PIB de vários países pode desacelerar mais rápido do que o esperado com a perda de força do mercado de trabalho. Além disso, desvios no processo de “desinflação suave” pode deflagrar rupturas em mercados financeiros. Por outro lado, a retomada da renda real das famílias em diversas nações pode ser um grande reforço para a confiança e os gastos dos consumidores.

Para a OCDE, “ações fiscais decisivas são necessárias” por diversos países para assegurar a sustentabilidade da dívida pública, permitir que governos possam reagir a futuros choques e gerar recursos para conter pressões de alta de despesas.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revisou para cima as projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para este ano e para 2025. Para 2024, a estimativa passou de expansão de 1,9% para 2,9%, enquanto que, para o próximo ano, foi de 2,1% para 2,6%, segundo o relatório Perspectiva Econômica de setembro.

“A previsão é de que o Brasil deverá manter o sólido impulso econômico observado no primeiro semestre de 2024, auxiliado por maior gasto fiscal”, diz o texto.

Para a inflação no Brasil, a OCDE elevou a estimativa de 4% para 4,4% neste ano e de 3,3% para 4% em 2025. O relatório aponta que o índice de preços ao consumidor no País e no México têm subido, em parte devido à desvalorização cambial.

“O recente ressurgimento das pressões de preços no Brasil significa que a inflação será um pouco maior no final de 2025 do que o esperado, embora ainda dentro da banda da meta da inflação do Banco Central”, diz o relatório.

OCDE prevê que Brasil mantenha 'sólido impulso econômico' observado no primeiro semestre de 2024 Foto: Filipe Araújo/Estadão

Ainda segundo o estudo, a desvalorização cambial no Brasil, na Argentina, na Turquia e no México “tem apoiado receitas de exportação”, mas também elevou os custos financeiros do pagamento de dívidas denominadas na moeda dos Estados Unidos.

A OCDE ressalta que as taxas de juros reais de longo prazo estão elevadas no Brasil e também nos Estados Unidos, na zona do euro e no Reino Unido.

PIB mundial

A OCDE elevou também a projeção do crescimento da economia mundial de 3,1% para 3,2% em 2024 e manteve a previsão de expansão de 3,2% para 2025. A entidade fez avaliação semelhante para os países membros do G20, cuja estimativa para o PIB subiu de 3,1% para 3,2% neste ano e foi mantida em 3,1% para 2025.

Segundo o relatório Perspectiva Econômica de setembro, a OCDE manteve a previsão de alta do PIB dos Estados Unidos em 2,6% neste ano e reduziu de 1,8% para 1,6% em 2025. Em relação à zona do euro, a entidade não alterou a estimativa do crescimento de 0,7% em 2024, mas reduziu a projeção para 2025, de 1,5%, para 1,3%. Para a China, as expectativas de expansão em 2024 e 2025 permaneceram em 4,9% e 4,5%, respectivamente. No caso do Japão, ocorreu uma redução de 0,5% para -0,1% em 2024 e uma elevação de 1,1% para 1,4% em 2025.

“Recentes indicadores de atividade sugerem continuidade do impulso (econômico), especialmente nos setores de serviços. A expansão do salário real está apoiando a renda e os gastos das famílias, embora em vários países o poder de compra não retornou aos níveis anteriores à pandemia”, diz o relatório. “O comércio global está se recuperando mais rápido do que o previsto, mas os custos de transporte (de mercadorias) continuam elevados e as exportações moderaram.”

A OCDE prevê queda da inflação em diversos países neste ano. Nos Estados, a previsão para 2024 é de 2,4%, pouco abaixo dos 2,5% divulgados em maio, enquanto para 2025 caiu de 2,0% para 1,8%. Para o G20, a projeção recuou de 5,9% para 5,4% neste ano e de 3,6% para 3,3% em 2025. Na zona do euro, a estimativa para o índice de preços ao consumidor subiu de 2,3% para 2,4% neste ano e recuou de 2,2% para 2,1% em 2025. Em relação à China, a expectativa ficou estável para a inflação em 2024, quando deverá ser de 0,3%, e recuou de 1,3% para 1,0% em 2025. No caso do Japão, a projeção passou de 2,1% para 2,5% em 2024 e subiu de 2,0% para 2,1% no próximo ano.

Segundo o relatório, a inflação relativa a mercadorias em diversos países caiu para patamares baixos, mas continua elevada a inflação de serviços, que “ainda precisa baixar 1 ponto porcentual em várias economias para levar o núcleo da inflação para taxas consistentes com a meta”.

Segundo a OCDE, o núcleo da inflação nos Estados Unidos atingirá 2% no próximo ano, uma redução da projeção anterior de 2,1%. Em 2024, a estimativa foi de 2,6% para 2,7%. No caso da zona do euro, a expectativa é de que o núcleo do índice de preços ao consumidor atingirá 2,2% no próximo ano, pouco acima da previsão de 2,1% divulgada em maio. Para 2024, a previsão subiu de 2,6% para 2,8%. Em relação às economias avançadas do G20, a estimativa para o indicador aumentou de 2,5% para 2,7% em 2024 e ficou estável em 2,1% em 2025.

“À medida que a inflação cai e pressões no mercado de trabalho diminuem ainda mais, as reduções de (juros) devem continuar, embora o tempo e o escopo delas precisarão manter a dependência de dados e ser cuidadosamente avaliados a fim de garantir que as pressões inflacionárias subjacentes sejam contidas de maneira duradoura.”

Na avaliação da OCDE, há significativos riscos para a economia mundial. “Persistentes tensões comerciais e geopolíticas podem crescentemente prejudicar investimentos e elevar preços de importações.” O relatório destacou que a expansão do PIB de vários países pode desacelerar mais rápido do que o esperado com a perda de força do mercado de trabalho. Além disso, desvios no processo de “desinflação suave” pode deflagrar rupturas em mercados financeiros. Por outro lado, a retomada da renda real das famílias em diversas nações pode ser um grande reforço para a confiança e os gastos dos consumidores.

Para a OCDE, “ações fiscais decisivas são necessárias” por diversos países para assegurar a sustentabilidade da dívida pública, permitir que governos possam reagir a futuros choques e gerar recursos para conter pressões de alta de despesas.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revisou para cima as projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para este ano e para 2025. Para 2024, a estimativa passou de expansão de 1,9% para 2,9%, enquanto que, para o próximo ano, foi de 2,1% para 2,6%, segundo o relatório Perspectiva Econômica de setembro.

“A previsão é de que o Brasil deverá manter o sólido impulso econômico observado no primeiro semestre de 2024, auxiliado por maior gasto fiscal”, diz o texto.

Para a inflação no Brasil, a OCDE elevou a estimativa de 4% para 4,4% neste ano e de 3,3% para 4% em 2025. O relatório aponta que o índice de preços ao consumidor no País e no México têm subido, em parte devido à desvalorização cambial.

“O recente ressurgimento das pressões de preços no Brasil significa que a inflação será um pouco maior no final de 2025 do que o esperado, embora ainda dentro da banda da meta da inflação do Banco Central”, diz o relatório.

OCDE prevê que Brasil mantenha 'sólido impulso econômico' observado no primeiro semestre de 2024 Foto: Filipe Araújo/Estadão

Ainda segundo o estudo, a desvalorização cambial no Brasil, na Argentina, na Turquia e no México “tem apoiado receitas de exportação”, mas também elevou os custos financeiros do pagamento de dívidas denominadas na moeda dos Estados Unidos.

A OCDE ressalta que as taxas de juros reais de longo prazo estão elevadas no Brasil e também nos Estados Unidos, na zona do euro e no Reino Unido.

PIB mundial

A OCDE elevou também a projeção do crescimento da economia mundial de 3,1% para 3,2% em 2024 e manteve a previsão de expansão de 3,2% para 2025. A entidade fez avaliação semelhante para os países membros do G20, cuja estimativa para o PIB subiu de 3,1% para 3,2% neste ano e foi mantida em 3,1% para 2025.

Segundo o relatório Perspectiva Econômica de setembro, a OCDE manteve a previsão de alta do PIB dos Estados Unidos em 2,6% neste ano e reduziu de 1,8% para 1,6% em 2025. Em relação à zona do euro, a entidade não alterou a estimativa do crescimento de 0,7% em 2024, mas reduziu a projeção para 2025, de 1,5%, para 1,3%. Para a China, as expectativas de expansão em 2024 e 2025 permaneceram em 4,9% e 4,5%, respectivamente. No caso do Japão, ocorreu uma redução de 0,5% para -0,1% em 2024 e uma elevação de 1,1% para 1,4% em 2025.

“Recentes indicadores de atividade sugerem continuidade do impulso (econômico), especialmente nos setores de serviços. A expansão do salário real está apoiando a renda e os gastos das famílias, embora em vários países o poder de compra não retornou aos níveis anteriores à pandemia”, diz o relatório. “O comércio global está se recuperando mais rápido do que o previsto, mas os custos de transporte (de mercadorias) continuam elevados e as exportações moderaram.”

A OCDE prevê queda da inflação em diversos países neste ano. Nos Estados, a previsão para 2024 é de 2,4%, pouco abaixo dos 2,5% divulgados em maio, enquanto para 2025 caiu de 2,0% para 1,8%. Para o G20, a projeção recuou de 5,9% para 5,4% neste ano e de 3,6% para 3,3% em 2025. Na zona do euro, a estimativa para o índice de preços ao consumidor subiu de 2,3% para 2,4% neste ano e recuou de 2,2% para 2,1% em 2025. Em relação à China, a expectativa ficou estável para a inflação em 2024, quando deverá ser de 0,3%, e recuou de 1,3% para 1,0% em 2025. No caso do Japão, a projeção passou de 2,1% para 2,5% em 2024 e subiu de 2,0% para 2,1% no próximo ano.

Segundo o relatório, a inflação relativa a mercadorias em diversos países caiu para patamares baixos, mas continua elevada a inflação de serviços, que “ainda precisa baixar 1 ponto porcentual em várias economias para levar o núcleo da inflação para taxas consistentes com a meta”.

Segundo a OCDE, o núcleo da inflação nos Estados Unidos atingirá 2% no próximo ano, uma redução da projeção anterior de 2,1%. Em 2024, a estimativa foi de 2,6% para 2,7%. No caso da zona do euro, a expectativa é de que o núcleo do índice de preços ao consumidor atingirá 2,2% no próximo ano, pouco acima da previsão de 2,1% divulgada em maio. Para 2024, a previsão subiu de 2,6% para 2,8%. Em relação às economias avançadas do G20, a estimativa para o indicador aumentou de 2,5% para 2,7% em 2024 e ficou estável em 2,1% em 2025.

“À medida que a inflação cai e pressões no mercado de trabalho diminuem ainda mais, as reduções de (juros) devem continuar, embora o tempo e o escopo delas precisarão manter a dependência de dados e ser cuidadosamente avaliados a fim de garantir que as pressões inflacionárias subjacentes sejam contidas de maneira duradoura.”

Na avaliação da OCDE, há significativos riscos para a economia mundial. “Persistentes tensões comerciais e geopolíticas podem crescentemente prejudicar investimentos e elevar preços de importações.” O relatório destacou que a expansão do PIB de vários países pode desacelerar mais rápido do que o esperado com a perda de força do mercado de trabalho. Além disso, desvios no processo de “desinflação suave” pode deflagrar rupturas em mercados financeiros. Por outro lado, a retomada da renda real das famílias em diversas nações pode ser um grande reforço para a confiança e os gastos dos consumidores.

Para a OCDE, “ações fiscais decisivas são necessárias” por diversos países para assegurar a sustentabilidade da dívida pública, permitir que governos possam reagir a futuros choques e gerar recursos para conter pressões de alta de despesas.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revisou para cima as projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para este ano e para 2025. Para 2024, a estimativa passou de expansão de 1,9% para 2,9%, enquanto que, para o próximo ano, foi de 2,1% para 2,6%, segundo o relatório Perspectiva Econômica de setembro.

“A previsão é de que o Brasil deverá manter o sólido impulso econômico observado no primeiro semestre de 2024, auxiliado por maior gasto fiscal”, diz o texto.

Para a inflação no Brasil, a OCDE elevou a estimativa de 4% para 4,4% neste ano e de 3,3% para 4% em 2025. O relatório aponta que o índice de preços ao consumidor no País e no México têm subido, em parte devido à desvalorização cambial.

“O recente ressurgimento das pressões de preços no Brasil significa que a inflação será um pouco maior no final de 2025 do que o esperado, embora ainda dentro da banda da meta da inflação do Banco Central”, diz o relatório.

OCDE prevê que Brasil mantenha 'sólido impulso econômico' observado no primeiro semestre de 2024 Foto: Filipe Araújo/Estadão

Ainda segundo o estudo, a desvalorização cambial no Brasil, na Argentina, na Turquia e no México “tem apoiado receitas de exportação”, mas também elevou os custos financeiros do pagamento de dívidas denominadas na moeda dos Estados Unidos.

A OCDE ressalta que as taxas de juros reais de longo prazo estão elevadas no Brasil e também nos Estados Unidos, na zona do euro e no Reino Unido.

PIB mundial

A OCDE elevou também a projeção do crescimento da economia mundial de 3,1% para 3,2% em 2024 e manteve a previsão de expansão de 3,2% para 2025. A entidade fez avaliação semelhante para os países membros do G20, cuja estimativa para o PIB subiu de 3,1% para 3,2% neste ano e foi mantida em 3,1% para 2025.

Segundo o relatório Perspectiva Econômica de setembro, a OCDE manteve a previsão de alta do PIB dos Estados Unidos em 2,6% neste ano e reduziu de 1,8% para 1,6% em 2025. Em relação à zona do euro, a entidade não alterou a estimativa do crescimento de 0,7% em 2024, mas reduziu a projeção para 2025, de 1,5%, para 1,3%. Para a China, as expectativas de expansão em 2024 e 2025 permaneceram em 4,9% e 4,5%, respectivamente. No caso do Japão, ocorreu uma redução de 0,5% para -0,1% em 2024 e uma elevação de 1,1% para 1,4% em 2025.

“Recentes indicadores de atividade sugerem continuidade do impulso (econômico), especialmente nos setores de serviços. A expansão do salário real está apoiando a renda e os gastos das famílias, embora em vários países o poder de compra não retornou aos níveis anteriores à pandemia”, diz o relatório. “O comércio global está se recuperando mais rápido do que o previsto, mas os custos de transporte (de mercadorias) continuam elevados e as exportações moderaram.”

A OCDE prevê queda da inflação em diversos países neste ano. Nos Estados, a previsão para 2024 é de 2,4%, pouco abaixo dos 2,5% divulgados em maio, enquanto para 2025 caiu de 2,0% para 1,8%. Para o G20, a projeção recuou de 5,9% para 5,4% neste ano e de 3,6% para 3,3% em 2025. Na zona do euro, a estimativa para o índice de preços ao consumidor subiu de 2,3% para 2,4% neste ano e recuou de 2,2% para 2,1% em 2025. Em relação à China, a expectativa ficou estável para a inflação em 2024, quando deverá ser de 0,3%, e recuou de 1,3% para 1,0% em 2025. No caso do Japão, a projeção passou de 2,1% para 2,5% em 2024 e subiu de 2,0% para 2,1% no próximo ano.

Segundo o relatório, a inflação relativa a mercadorias em diversos países caiu para patamares baixos, mas continua elevada a inflação de serviços, que “ainda precisa baixar 1 ponto porcentual em várias economias para levar o núcleo da inflação para taxas consistentes com a meta”.

Segundo a OCDE, o núcleo da inflação nos Estados Unidos atingirá 2% no próximo ano, uma redução da projeção anterior de 2,1%. Em 2024, a estimativa foi de 2,6% para 2,7%. No caso da zona do euro, a expectativa é de que o núcleo do índice de preços ao consumidor atingirá 2,2% no próximo ano, pouco acima da previsão de 2,1% divulgada em maio. Para 2024, a previsão subiu de 2,6% para 2,8%. Em relação às economias avançadas do G20, a estimativa para o indicador aumentou de 2,5% para 2,7% em 2024 e ficou estável em 2,1% em 2025.

“À medida que a inflação cai e pressões no mercado de trabalho diminuem ainda mais, as reduções de (juros) devem continuar, embora o tempo e o escopo delas precisarão manter a dependência de dados e ser cuidadosamente avaliados a fim de garantir que as pressões inflacionárias subjacentes sejam contidas de maneira duradoura.”

Na avaliação da OCDE, há significativos riscos para a economia mundial. “Persistentes tensões comerciais e geopolíticas podem crescentemente prejudicar investimentos e elevar preços de importações.” O relatório destacou que a expansão do PIB de vários países pode desacelerar mais rápido do que o esperado com a perda de força do mercado de trabalho. Além disso, desvios no processo de “desinflação suave” pode deflagrar rupturas em mercados financeiros. Por outro lado, a retomada da renda real das famílias em diversas nações pode ser um grande reforço para a confiança e os gastos dos consumidores.

Para a OCDE, “ações fiscais decisivas são necessárias” por diversos países para assegurar a sustentabilidade da dívida pública, permitir que governos possam reagir a futuros choques e gerar recursos para conter pressões de alta de despesas.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revisou para cima as projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para este ano e para 2025. Para 2024, a estimativa passou de expansão de 1,9% para 2,9%, enquanto que, para o próximo ano, foi de 2,1% para 2,6%, segundo o relatório Perspectiva Econômica de setembro.

“A previsão é de que o Brasil deverá manter o sólido impulso econômico observado no primeiro semestre de 2024, auxiliado por maior gasto fiscal”, diz o texto.

Para a inflação no Brasil, a OCDE elevou a estimativa de 4% para 4,4% neste ano e de 3,3% para 4% em 2025. O relatório aponta que o índice de preços ao consumidor no País e no México têm subido, em parte devido à desvalorização cambial.

“O recente ressurgimento das pressões de preços no Brasil significa que a inflação será um pouco maior no final de 2025 do que o esperado, embora ainda dentro da banda da meta da inflação do Banco Central”, diz o relatório.

OCDE prevê que Brasil mantenha 'sólido impulso econômico' observado no primeiro semestre de 2024 Foto: Filipe Araújo/Estadão

Ainda segundo o estudo, a desvalorização cambial no Brasil, na Argentina, na Turquia e no México “tem apoiado receitas de exportação”, mas também elevou os custos financeiros do pagamento de dívidas denominadas na moeda dos Estados Unidos.

A OCDE ressalta que as taxas de juros reais de longo prazo estão elevadas no Brasil e também nos Estados Unidos, na zona do euro e no Reino Unido.

PIB mundial

A OCDE elevou também a projeção do crescimento da economia mundial de 3,1% para 3,2% em 2024 e manteve a previsão de expansão de 3,2% para 2025. A entidade fez avaliação semelhante para os países membros do G20, cuja estimativa para o PIB subiu de 3,1% para 3,2% neste ano e foi mantida em 3,1% para 2025.

Segundo o relatório Perspectiva Econômica de setembro, a OCDE manteve a previsão de alta do PIB dos Estados Unidos em 2,6% neste ano e reduziu de 1,8% para 1,6% em 2025. Em relação à zona do euro, a entidade não alterou a estimativa do crescimento de 0,7% em 2024, mas reduziu a projeção para 2025, de 1,5%, para 1,3%. Para a China, as expectativas de expansão em 2024 e 2025 permaneceram em 4,9% e 4,5%, respectivamente. No caso do Japão, ocorreu uma redução de 0,5% para -0,1% em 2024 e uma elevação de 1,1% para 1,4% em 2025.

“Recentes indicadores de atividade sugerem continuidade do impulso (econômico), especialmente nos setores de serviços. A expansão do salário real está apoiando a renda e os gastos das famílias, embora em vários países o poder de compra não retornou aos níveis anteriores à pandemia”, diz o relatório. “O comércio global está se recuperando mais rápido do que o previsto, mas os custos de transporte (de mercadorias) continuam elevados e as exportações moderaram.”

A OCDE prevê queda da inflação em diversos países neste ano. Nos Estados, a previsão para 2024 é de 2,4%, pouco abaixo dos 2,5% divulgados em maio, enquanto para 2025 caiu de 2,0% para 1,8%. Para o G20, a projeção recuou de 5,9% para 5,4% neste ano e de 3,6% para 3,3% em 2025. Na zona do euro, a estimativa para o índice de preços ao consumidor subiu de 2,3% para 2,4% neste ano e recuou de 2,2% para 2,1% em 2025. Em relação à China, a expectativa ficou estável para a inflação em 2024, quando deverá ser de 0,3%, e recuou de 1,3% para 1,0% em 2025. No caso do Japão, a projeção passou de 2,1% para 2,5% em 2024 e subiu de 2,0% para 2,1% no próximo ano.

Segundo o relatório, a inflação relativa a mercadorias em diversos países caiu para patamares baixos, mas continua elevada a inflação de serviços, que “ainda precisa baixar 1 ponto porcentual em várias economias para levar o núcleo da inflação para taxas consistentes com a meta”.

Segundo a OCDE, o núcleo da inflação nos Estados Unidos atingirá 2% no próximo ano, uma redução da projeção anterior de 2,1%. Em 2024, a estimativa foi de 2,6% para 2,7%. No caso da zona do euro, a expectativa é de que o núcleo do índice de preços ao consumidor atingirá 2,2% no próximo ano, pouco acima da previsão de 2,1% divulgada em maio. Para 2024, a previsão subiu de 2,6% para 2,8%. Em relação às economias avançadas do G20, a estimativa para o indicador aumentou de 2,5% para 2,7% em 2024 e ficou estável em 2,1% em 2025.

“À medida que a inflação cai e pressões no mercado de trabalho diminuem ainda mais, as reduções de (juros) devem continuar, embora o tempo e o escopo delas precisarão manter a dependência de dados e ser cuidadosamente avaliados a fim de garantir que as pressões inflacionárias subjacentes sejam contidas de maneira duradoura.”

Na avaliação da OCDE, há significativos riscos para a economia mundial. “Persistentes tensões comerciais e geopolíticas podem crescentemente prejudicar investimentos e elevar preços de importações.” O relatório destacou que a expansão do PIB de vários países pode desacelerar mais rápido do que o esperado com a perda de força do mercado de trabalho. Além disso, desvios no processo de “desinflação suave” pode deflagrar rupturas em mercados financeiros. Por outro lado, a retomada da renda real das famílias em diversas nações pode ser um grande reforço para a confiança e os gastos dos consumidores.

Para a OCDE, “ações fiscais decisivas são necessárias” por diversos países para assegurar a sustentabilidade da dívida pública, permitir que governos possam reagir a futuros choques e gerar recursos para conter pressões de alta de despesas.

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