Presidente do Bradesco diz que proposta de nova âncora funciona e que é preciso limitar gastos


Uma das propostas testadas pela equipe econômica é um alvo para a dívida entre 60% e 70% do PIB, com margem de tolerância de cinco pontos porcentuais para mais ou para menos

Por Altamiro Silva Junior, Thaís Barcellos e Cynthia Decloedt

O presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, disse nesta terça-feira, 9, que a proposta do ministro da Economia, Paulo Guedes, de criar uma regra fiscal com meta de dívida pública, nos moldes do sistema de metas de inflação, funciona, pois estabelece um limite para os gastos do governo.

“O que não pode é ter um cheque em branco”, disse a jornalistas, ao ser perguntado sobre a proposta do ministro. “Tem que existir um limite de gastos”, afirmou Lazari, ressaltando que bancos, empresas e também as famílias têm um sistema de orçamento, que prevê despesas. “Tem que ter em qualquer lugar, no mundo privado e público.”

Octavio de Lazari Junior, presidente do Bradesco; para ele, proposta da equipe econômica de criar nova âncora fiscal pode ajudar nas contas do governo Foto: Amanda Perobelli/Reuters
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Uma das propostas testadas pela equipe econômica, como antecipou o Estadão, é um alvo para a dívida entre 60% e 70% do Produto Interno Bruto (PIB), com margem de tolerância de cinco pontos porcentuais para mais ou para menos. Por exemplo: se a meta for de 65% do PIB, o governo cumpriria a meta se levasse a dívida para o intervalo entre 60% e 70%. Hoje, a dívida está em 78,2% do PIB

Não há, porém, nenhum número fechado. Dependendo do nível da dívida e da sua trajetória, o sistema de bandas permitiria aumentar as despesas acima da inflação desde que garantida a continuidade da queda do endividamento. Se a dívida estiver subindo, o governo teria de voltar a corrigir as despesas.

A ideia dos técnicos é que a dívida pública passe a ser a principal âncora da política fiscal brasileira. Hoje, esse papel é do teto de gastos, regra que atrela o crescimento das despesas à inflação.]

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“Se adotar o teto de gastos ou outro modelo qualquer, tem que ter esse controle, pois só assim a gente consegue equilibrar o gasto público e ter mais recursos para fazer investimentos no país”, disse o presidente do Bradesco.

Almoço com Bolsonaro

Sobre o almoço da Febraban com o presidente Jair Bolsonaro na segunda, Lazari afirmou que foi “tranquilo” e confirmou que o chefe do Planalto pediu aos presidentes dos bancos para baixar os juros do crédito consignado, sem dar detalhes sobre a modalidade. Recentemente, foi sancionado o projeto que permite a concessão de crédito consignado para beneficiários do Auxílio Brasil e do BPC.

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Mas, o presidente do Bradesco disse que não acatou o pedido. “A taxa de juros envolve uma série de fatores, como a cobrança, a inadimplência, a recuperação do crédito.”

Jair Bolsonaro, candidato à reeleição como presidente da República, se reuniu com 33 banqueiros em São Paulo Foto: Jair Bolsonaro/Reprodução Facebook

O presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, disse nesta terça-feira, 9, que a proposta do ministro da Economia, Paulo Guedes, de criar uma regra fiscal com meta de dívida pública, nos moldes do sistema de metas de inflação, funciona, pois estabelece um limite para os gastos do governo.

“O que não pode é ter um cheque em branco”, disse a jornalistas, ao ser perguntado sobre a proposta do ministro. “Tem que existir um limite de gastos”, afirmou Lazari, ressaltando que bancos, empresas e também as famílias têm um sistema de orçamento, que prevê despesas. “Tem que ter em qualquer lugar, no mundo privado e público.”

Octavio de Lazari Junior, presidente do Bradesco; para ele, proposta da equipe econômica de criar nova âncora fiscal pode ajudar nas contas do governo Foto: Amanda Perobelli/Reuters

Uma das propostas testadas pela equipe econômica, como antecipou o Estadão, é um alvo para a dívida entre 60% e 70% do Produto Interno Bruto (PIB), com margem de tolerância de cinco pontos porcentuais para mais ou para menos. Por exemplo: se a meta for de 65% do PIB, o governo cumpriria a meta se levasse a dívida para o intervalo entre 60% e 70%. Hoje, a dívida está em 78,2% do PIB

Não há, porém, nenhum número fechado. Dependendo do nível da dívida e da sua trajetória, o sistema de bandas permitiria aumentar as despesas acima da inflação desde que garantida a continuidade da queda do endividamento. Se a dívida estiver subindo, o governo teria de voltar a corrigir as despesas.

A ideia dos técnicos é que a dívida pública passe a ser a principal âncora da política fiscal brasileira. Hoje, esse papel é do teto de gastos, regra que atrela o crescimento das despesas à inflação.]

“Se adotar o teto de gastos ou outro modelo qualquer, tem que ter esse controle, pois só assim a gente consegue equilibrar o gasto público e ter mais recursos para fazer investimentos no país”, disse o presidente do Bradesco.

Almoço com Bolsonaro

Sobre o almoço da Febraban com o presidente Jair Bolsonaro na segunda, Lazari afirmou que foi “tranquilo” e confirmou que o chefe do Planalto pediu aos presidentes dos bancos para baixar os juros do crédito consignado, sem dar detalhes sobre a modalidade. Recentemente, foi sancionado o projeto que permite a concessão de crédito consignado para beneficiários do Auxílio Brasil e do BPC.

Mas, o presidente do Bradesco disse que não acatou o pedido. “A taxa de juros envolve uma série de fatores, como a cobrança, a inadimplência, a recuperação do crédito.”

Jair Bolsonaro, candidato à reeleição como presidente da República, se reuniu com 33 banqueiros em São Paulo Foto: Jair Bolsonaro/Reprodução Facebook

O presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, disse nesta terça-feira, 9, que a proposta do ministro da Economia, Paulo Guedes, de criar uma regra fiscal com meta de dívida pública, nos moldes do sistema de metas de inflação, funciona, pois estabelece um limite para os gastos do governo.

“O que não pode é ter um cheque em branco”, disse a jornalistas, ao ser perguntado sobre a proposta do ministro. “Tem que existir um limite de gastos”, afirmou Lazari, ressaltando que bancos, empresas e também as famílias têm um sistema de orçamento, que prevê despesas. “Tem que ter em qualquer lugar, no mundo privado e público.”

Octavio de Lazari Junior, presidente do Bradesco; para ele, proposta da equipe econômica de criar nova âncora fiscal pode ajudar nas contas do governo Foto: Amanda Perobelli/Reuters

Uma das propostas testadas pela equipe econômica, como antecipou o Estadão, é um alvo para a dívida entre 60% e 70% do Produto Interno Bruto (PIB), com margem de tolerância de cinco pontos porcentuais para mais ou para menos. Por exemplo: se a meta for de 65% do PIB, o governo cumpriria a meta se levasse a dívida para o intervalo entre 60% e 70%. Hoje, a dívida está em 78,2% do PIB

Não há, porém, nenhum número fechado. Dependendo do nível da dívida e da sua trajetória, o sistema de bandas permitiria aumentar as despesas acima da inflação desde que garantida a continuidade da queda do endividamento. Se a dívida estiver subindo, o governo teria de voltar a corrigir as despesas.

A ideia dos técnicos é que a dívida pública passe a ser a principal âncora da política fiscal brasileira. Hoje, esse papel é do teto de gastos, regra que atrela o crescimento das despesas à inflação.]

“Se adotar o teto de gastos ou outro modelo qualquer, tem que ter esse controle, pois só assim a gente consegue equilibrar o gasto público e ter mais recursos para fazer investimentos no país”, disse o presidente do Bradesco.

Almoço com Bolsonaro

Sobre o almoço da Febraban com o presidente Jair Bolsonaro na segunda, Lazari afirmou que foi “tranquilo” e confirmou que o chefe do Planalto pediu aos presidentes dos bancos para baixar os juros do crédito consignado, sem dar detalhes sobre a modalidade. Recentemente, foi sancionado o projeto que permite a concessão de crédito consignado para beneficiários do Auxílio Brasil e do BPC.

Mas, o presidente do Bradesco disse que não acatou o pedido. “A taxa de juros envolve uma série de fatores, como a cobrança, a inadimplência, a recuperação do crédito.”

Jair Bolsonaro, candidato à reeleição como presidente da República, se reuniu com 33 banqueiros em São Paulo Foto: Jair Bolsonaro/Reprodução Facebook

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