O plano de recuperação judicial da Oi apresentado neste sábado, 20, prevê a venda de diversos ativos do grupo para bancar o pagamento de credores. A lista é enorme e inclui a V.tal, o negócio de banda larga (Oi Fibra), o negócio de conectividade e TI para empresas (Oi Soluções), as subsidiárias de prestação de serviços, imóveis e outras participações, conforme antecipado pela Coluna do Estadão.
Leia mais
“Como forma de levantamento de recursos, o Grupo Oi poderá promover a alienação dos bens que integram o ativo permanente listados no anexo, bem como outros bens, móveis ou imóveis, integrantes do seu ativo permanente”, descreveu a companhia, no seu plano de recuperação.
Entre os ativos incluídos na lista para alienação, a grande novidade foi a Oi Soluções, braço de conectividade e TI para empresas. O segmento era apontado como um dos negócios estratégicos do novo grupo após a venda das redes móveis, além de ter grande contribuição para a geração de caixa.
Entre os ativos mais importantes da lista está a fatia de 34% que a companhia detém na V.tal, empresa de redes de fibra ótica controlada pelo BTG Pactual. A V.tal pertencia integralmente à Oi, e a alienação do seu controle já foi uma forma de levantar dinheiro anos atrás. Desde então, a operadora passou a ser uma locatária das redes de fibra da V.tal.
O plano ainda prevê a criação de uma nova empresa - batizada temporariamente de ClientCo - que abrigará os ativos da Oi Fibra. Entrarão aí: a base de 3,86 milhões de clientes de banda larga, os equipamentos instalados na casa dos clientes, os canais de comunicação, vendas, atendimento e os imóveis usados para prestação do serviço. Neste caso, a Oi venderia uma participação na ClientCo, permanecendo com uma fatia - nos mesmos moldes do que aconteceu com a V.tal.
A lista de ativos para alienação traz também a SeRede (subsidiária de operações de campo), Tahto (call center), Paggo (soluções e meios de pagamento), além de dezenas de imóveis.
Por fim, aparecem na lista ativos internacionais, entre eles uma fatia de 10% na Pharol, antiga Portugal Telecom; fatias minoritárias na Timor Telecom; Africatel Management e Aficatel Holldings; entre outros.