A Oi, quarta maior operadora do País, que está em recuperação judicial desde junho passado, anunciou ontem que fechou o primeiro trimestre com prejuízo líquido de R$ 200 milhões, queda de 89% sobre igual período do ano passado, que ficou em R$ 1,8 bilhão. A receita líquida no período teve baixa de 8,8%, para R$ 6,16 bilhões.
O presidente da empresa, Marco Schroeder, reconheceu que o resultado foi “fraco” no período, em parte por causa do resultado do segmento pré-pago sob impacto da crise.
“Somos a operadora que tem a maior base de pré-pago proporcionalmente ao segmento móvel e esse negócio continua caindo por causa do cenário macroeconômico”, afirmou. Além disso, Schroeder atribuiu a queda na receita a investimentos menores do que os feitos pelos competidores no passado. “Há três anos, tinha concorrente investindo R$ 9 bilhões a R$ 10 bilhões, e a Oi estava investindo R$ 4 bilhões. Queremos reverter esse quadro”, disse.
Plano. Segundo ele, a operadora foca para encerrar o processo de proteção na Justiça. Em setembro, o plano deverá ser submetido à aprovação em assembleia de credores. “De alguma forma, a recuperação judicial impacta (no negócio). É uma obrigação da empresa, credor e acionista tentar resolver isso e buscar um acordo.”
Mesmo diante do cenário difícil, o executivo afirmou que é possível voltar a ter resultados positivos depois da recuperação judicial, com a renegociação das dívidas. O presidente da tele disse ainda que mantém conversas com credores e que a demanda de incluir um aumento de capital no plano é uma possibilidade. “Alguns dos credores falam da questão de aumento de capital com dinheiro novo. A companhia não descarta isso. Estamos abertos a buscar alternativas”, disse.