Interesses políticos e econômicos representam mais da metade das contas de luz; leia o artigo


Ainda dá tempo de resolver o preço alto da energia enquanto o País começa o ciclo de um novo governo

Por Paulo Pedrosa

Finalmente o preço alto da energia ganhou o espaço que merece nas redes sociais, na mídia e nos discursos do Executivo e do Legislativo. E ainda dá tempo de resolver a questão enquanto o País começa o ciclo de um novo governo. É o momento de fortalecer nossa vocação energética e enfrentar nossas fraquezas.

Precisamos reverter a captura do setor energético por interesses políticos e econômicos que hoje já representam mais da metade das contas de luz. Para o setor elétrico, a agenda está esboçada no PL 414/2021, à espera de aprovação na Câmara dos Deputados.

Com a redução do custo da energia ao patamar competitivo, o crescimento do PIB saltaria de 1,7% ao ano para 4,8%, na média da próxima década Foto: Eletronorte/Divulgação
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O Brasil poderia ser destaque mundial em energia competitiva, barata e limpa. Somos melhores que os países com os quais competimos em nossas instituições, recursos materiais e humanos. Mas o custo da energia elétrica e do gás natural chega às famílias brasileiras, que pagam duas vezes mais pela energia dos produtos que consomem a cada mês, do que o que pagam por suas contas de luz. Estudo encomendado pela Abrace à consultoria econômica Ex Ante revela que a relação custo-preço dos produtos vem promovendo o desinvestimento e a míngua do Produto Interno Bruto (PIB).

O estudo traz uma conclusão impactante. Com a redução do custo da energia ao patamar competitivo, o crescimento do PIB saltaria de 1,7% ao ano para 4,8%, na média da próxima década. A população ocupada cresceria em um ritmo mais acelerado. Isso significaria a abertura de 7 milhões de postos de trabalho e a consequente expansão do consumo e do investimento das famílias brasileiras. Um ganho de riqueza expressivo e decorrente, de modo exclusivo, do barateamento da energia no País. A partir da energia, poderíamos tornar viável e suportar um verdadeiro projeto nacional de desenvolvimento.

A melhoria do crescimento e emprego e o impacto da queda de custos da energia e dos produtos nacionais na taxa de inflação são elementos fundamentais para restabelecer as expectativas econômicas e possibilitar a estabilização das taxas de juros em um patamar reduzido. Pensar o custo da energia a médio prazo não se limita, portanto, a baixar o valor da conta dos consumidores tão sacrificados. Esse é um debate que envolve diretamente política de desenvolvimento humano.

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O avanço das condições materiais da sociedade, alcançado com o crescimento econômico mais rápido, inclui o aumento da expectativa de vida da população e da escolaridade média das novas gerações.

É assim que vamos, na energia, ter a oportunidade de um novo recomeço, que reconheça o seu potencial transformador para a economia e a sociedade brasileira. /Presidente da Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace)

Finalmente o preço alto da energia ganhou o espaço que merece nas redes sociais, na mídia e nos discursos do Executivo e do Legislativo. E ainda dá tempo de resolver a questão enquanto o País começa o ciclo de um novo governo. É o momento de fortalecer nossa vocação energética e enfrentar nossas fraquezas.

Precisamos reverter a captura do setor energético por interesses políticos e econômicos que hoje já representam mais da metade das contas de luz. Para o setor elétrico, a agenda está esboçada no PL 414/2021, à espera de aprovação na Câmara dos Deputados.

Com a redução do custo da energia ao patamar competitivo, o crescimento do PIB saltaria de 1,7% ao ano para 4,8%, na média da próxima década Foto: Eletronorte/Divulgação

O Brasil poderia ser destaque mundial em energia competitiva, barata e limpa. Somos melhores que os países com os quais competimos em nossas instituições, recursos materiais e humanos. Mas o custo da energia elétrica e do gás natural chega às famílias brasileiras, que pagam duas vezes mais pela energia dos produtos que consomem a cada mês, do que o que pagam por suas contas de luz. Estudo encomendado pela Abrace à consultoria econômica Ex Ante revela que a relação custo-preço dos produtos vem promovendo o desinvestimento e a míngua do Produto Interno Bruto (PIB).

O estudo traz uma conclusão impactante. Com a redução do custo da energia ao patamar competitivo, o crescimento do PIB saltaria de 1,7% ao ano para 4,8%, na média da próxima década. A população ocupada cresceria em um ritmo mais acelerado. Isso significaria a abertura de 7 milhões de postos de trabalho e a consequente expansão do consumo e do investimento das famílias brasileiras. Um ganho de riqueza expressivo e decorrente, de modo exclusivo, do barateamento da energia no País. A partir da energia, poderíamos tornar viável e suportar um verdadeiro projeto nacional de desenvolvimento.

A melhoria do crescimento e emprego e o impacto da queda de custos da energia e dos produtos nacionais na taxa de inflação são elementos fundamentais para restabelecer as expectativas econômicas e possibilitar a estabilização das taxas de juros em um patamar reduzido. Pensar o custo da energia a médio prazo não se limita, portanto, a baixar o valor da conta dos consumidores tão sacrificados. Esse é um debate que envolve diretamente política de desenvolvimento humano.

O avanço das condições materiais da sociedade, alcançado com o crescimento econômico mais rápido, inclui o aumento da expectativa de vida da população e da escolaridade média das novas gerações.

É assim que vamos, na energia, ter a oportunidade de um novo recomeço, que reconheça o seu potencial transformador para a economia e a sociedade brasileira. /Presidente da Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace)

Finalmente o preço alto da energia ganhou o espaço que merece nas redes sociais, na mídia e nos discursos do Executivo e do Legislativo. E ainda dá tempo de resolver a questão enquanto o País começa o ciclo de um novo governo. É o momento de fortalecer nossa vocação energética e enfrentar nossas fraquezas.

Precisamos reverter a captura do setor energético por interesses políticos e econômicos que hoje já representam mais da metade das contas de luz. Para o setor elétrico, a agenda está esboçada no PL 414/2021, à espera de aprovação na Câmara dos Deputados.

Com a redução do custo da energia ao patamar competitivo, o crescimento do PIB saltaria de 1,7% ao ano para 4,8%, na média da próxima década Foto: Eletronorte/Divulgação

O Brasil poderia ser destaque mundial em energia competitiva, barata e limpa. Somos melhores que os países com os quais competimos em nossas instituições, recursos materiais e humanos. Mas o custo da energia elétrica e do gás natural chega às famílias brasileiras, que pagam duas vezes mais pela energia dos produtos que consomem a cada mês, do que o que pagam por suas contas de luz. Estudo encomendado pela Abrace à consultoria econômica Ex Ante revela que a relação custo-preço dos produtos vem promovendo o desinvestimento e a míngua do Produto Interno Bruto (PIB).

O estudo traz uma conclusão impactante. Com a redução do custo da energia ao patamar competitivo, o crescimento do PIB saltaria de 1,7% ao ano para 4,8%, na média da próxima década. A população ocupada cresceria em um ritmo mais acelerado. Isso significaria a abertura de 7 milhões de postos de trabalho e a consequente expansão do consumo e do investimento das famílias brasileiras. Um ganho de riqueza expressivo e decorrente, de modo exclusivo, do barateamento da energia no País. A partir da energia, poderíamos tornar viável e suportar um verdadeiro projeto nacional de desenvolvimento.

A melhoria do crescimento e emprego e o impacto da queda de custos da energia e dos produtos nacionais na taxa de inflação são elementos fundamentais para restabelecer as expectativas econômicas e possibilitar a estabilização das taxas de juros em um patamar reduzido. Pensar o custo da energia a médio prazo não se limita, portanto, a baixar o valor da conta dos consumidores tão sacrificados. Esse é um debate que envolve diretamente política de desenvolvimento humano.

O avanço das condições materiais da sociedade, alcançado com o crescimento econômico mais rápido, inclui o aumento da expectativa de vida da população e da escolaridade média das novas gerações.

É assim que vamos, na energia, ter a oportunidade de um novo recomeço, que reconheça o seu potencial transformador para a economia e a sociedade brasileira. /Presidente da Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace)

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