Doutor em Economia

‘Economia da complexidade’ pode dar rumo à nova política industrial


Só poderiam ser beneficiados setores que, pelos dados, de fato são mais ‘complexos’

Por Pedro Fernando Nery

Queríamos Steve Jobs, terminamos com Joesley. O sonho de empresas inovadoras, liderando o desenvolvimento nacional e famosas globalmente, era a aspiração da política industrial.

Esta se refere ao conjunto de incentivos dados pelo Estado a setores específicos do empresariado, diante da avaliação de que o resultado será positivo para a coletividade. Depois de Dilma, a política industrial foi desidratada, mas agora o governo eleito prometeu reeditá-la. Como fazer?

A academia oferece um possível saída. Difundida nos últimos anos, a área conhecida como “economia da complexidade” defende que a estrutura produtiva de um país de fato determinaria, de forma causal, o seu crescimento. Afasta-se nesse sentido da ortodoxia, mas, por uma ênfase mais forte em dados e computação, não se aproxima também da heterodoxia.

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Não se esperaria forçar a fabricação de iPhones na fronteira da soja. Por isso se têm usado expressões como 'diversificação inteligente' Foto: Taba Benedicto/Estadão

Mapeadas as relações entre todos os produtos da economia mundial, na tese da complexidade seria possível para um país direcionar seus esforços para aprimorar sua estrutura produtiva. Gestores poderiam ver onde essa estrutura está hoje, quão distante está dos produtos que mais geram crescimento e qual o caminho para chegar lá – baseado no que o País já sabe fazer hoje, e não em chutes. O Atlas da Complexidade, de Harvard, e o Observatório (ex-MIT), trazem estes mapas online.

Para os críticos da velha política industrial, o Estado não teria capacidade de adivinhar quais setores são os mais promissores da economia. E, ao poder escolher vencedores e perdedores, ficariam abertas portas para corrupção ou favorecimentos a amigos.

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Uma “estratégia de complexidade” ajudaria então a dotar de critérios a política industrial, como salvaguarda a excessiva discricionariedade dos governos. Só poderiam ser beneficiados setores que, pelos dados, de fato são mais “complexos” do que o normal, e que estão inseridos em um caminho entre a estrutura produtiva atual e a estrutura produtiva “ideal” que se ambiciona.

Esse upgrade seria gradual, a partir de áreas relacionadas às que o País já tem vantagens comparativas, e não em grandes saltos. Não se esperaria forçar a fabricação de iPhones na fronteira da soja. Por isso se têm usado expressões como “diversificação inteligente”.

Alguma literatura relaciona os setores mais complexos – mais intensivos em conhecimento – também a menor desigualdade e menos destruição ambiental. A abordagem é então condizente com objetivos do novo governo e pode aplacar traumas das rodadas anteriores de expansão da política industrial.

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Queríamos Steve Jobs, terminamos com Joesley. O sonho de empresas inovadoras, liderando o desenvolvimento nacional e famosas globalmente, era a aspiração da política industrial.

Esta se refere ao conjunto de incentivos dados pelo Estado a setores específicos do empresariado, diante da avaliação de que o resultado será positivo para a coletividade. Depois de Dilma, a política industrial foi desidratada, mas agora o governo eleito prometeu reeditá-la. Como fazer?

A academia oferece um possível saída. Difundida nos últimos anos, a área conhecida como “economia da complexidade” defende que a estrutura produtiva de um país de fato determinaria, de forma causal, o seu crescimento. Afasta-se nesse sentido da ortodoxia, mas, por uma ênfase mais forte em dados e computação, não se aproxima também da heterodoxia.

Não se esperaria forçar a fabricação de iPhones na fronteira da soja. Por isso se têm usado expressões como 'diversificação inteligente' Foto: Taba Benedicto/Estadão

Mapeadas as relações entre todos os produtos da economia mundial, na tese da complexidade seria possível para um país direcionar seus esforços para aprimorar sua estrutura produtiva. Gestores poderiam ver onde essa estrutura está hoje, quão distante está dos produtos que mais geram crescimento e qual o caminho para chegar lá – baseado no que o País já sabe fazer hoje, e não em chutes. O Atlas da Complexidade, de Harvard, e o Observatório (ex-MIT), trazem estes mapas online.

Para os críticos da velha política industrial, o Estado não teria capacidade de adivinhar quais setores são os mais promissores da economia. E, ao poder escolher vencedores e perdedores, ficariam abertas portas para corrupção ou favorecimentos a amigos.

Uma “estratégia de complexidade” ajudaria então a dotar de critérios a política industrial, como salvaguarda a excessiva discricionariedade dos governos. Só poderiam ser beneficiados setores que, pelos dados, de fato são mais “complexos” do que o normal, e que estão inseridos em um caminho entre a estrutura produtiva atual e a estrutura produtiva “ideal” que se ambiciona.

Esse upgrade seria gradual, a partir de áreas relacionadas às que o País já tem vantagens comparativas, e não em grandes saltos. Não se esperaria forçar a fabricação de iPhones na fronteira da soja. Por isso se têm usado expressões como “diversificação inteligente”.

Alguma literatura relaciona os setores mais complexos – mais intensivos em conhecimento – também a menor desigualdade e menos destruição ambiental. A abordagem é então condizente com objetivos do novo governo e pode aplacar traumas das rodadas anteriores de expansão da política industrial.

Queríamos Steve Jobs, terminamos com Joesley. O sonho de empresas inovadoras, liderando o desenvolvimento nacional e famosas globalmente, era a aspiração da política industrial.

Esta se refere ao conjunto de incentivos dados pelo Estado a setores específicos do empresariado, diante da avaliação de que o resultado será positivo para a coletividade. Depois de Dilma, a política industrial foi desidratada, mas agora o governo eleito prometeu reeditá-la. Como fazer?

A academia oferece um possível saída. Difundida nos últimos anos, a área conhecida como “economia da complexidade” defende que a estrutura produtiva de um país de fato determinaria, de forma causal, o seu crescimento. Afasta-se nesse sentido da ortodoxia, mas, por uma ênfase mais forte em dados e computação, não se aproxima também da heterodoxia.

Não se esperaria forçar a fabricação de iPhones na fronteira da soja. Por isso se têm usado expressões como 'diversificação inteligente' Foto: Taba Benedicto/Estadão

Mapeadas as relações entre todos os produtos da economia mundial, na tese da complexidade seria possível para um país direcionar seus esforços para aprimorar sua estrutura produtiva. Gestores poderiam ver onde essa estrutura está hoje, quão distante está dos produtos que mais geram crescimento e qual o caminho para chegar lá – baseado no que o País já sabe fazer hoje, e não em chutes. O Atlas da Complexidade, de Harvard, e o Observatório (ex-MIT), trazem estes mapas online.

Para os críticos da velha política industrial, o Estado não teria capacidade de adivinhar quais setores são os mais promissores da economia. E, ao poder escolher vencedores e perdedores, ficariam abertas portas para corrupção ou favorecimentos a amigos.

Uma “estratégia de complexidade” ajudaria então a dotar de critérios a política industrial, como salvaguarda a excessiva discricionariedade dos governos. Só poderiam ser beneficiados setores que, pelos dados, de fato são mais “complexos” do que o normal, e que estão inseridos em um caminho entre a estrutura produtiva atual e a estrutura produtiva “ideal” que se ambiciona.

Esse upgrade seria gradual, a partir de áreas relacionadas às que o País já tem vantagens comparativas, e não em grandes saltos. Não se esperaria forçar a fabricação de iPhones na fronteira da soja. Por isso se têm usado expressões como “diversificação inteligente”.

Alguma literatura relaciona os setores mais complexos – mais intensivos em conhecimento – também a menor desigualdade e menos destruição ambiental. A abordagem é então condizente com objetivos do novo governo e pode aplacar traumas das rodadas anteriores de expansão da política industrial.

Queríamos Steve Jobs, terminamos com Joesley. O sonho de empresas inovadoras, liderando o desenvolvimento nacional e famosas globalmente, era a aspiração da política industrial.

Esta se refere ao conjunto de incentivos dados pelo Estado a setores específicos do empresariado, diante da avaliação de que o resultado será positivo para a coletividade. Depois de Dilma, a política industrial foi desidratada, mas agora o governo eleito prometeu reeditá-la. Como fazer?

A academia oferece um possível saída. Difundida nos últimos anos, a área conhecida como “economia da complexidade” defende que a estrutura produtiva de um país de fato determinaria, de forma causal, o seu crescimento. Afasta-se nesse sentido da ortodoxia, mas, por uma ênfase mais forte em dados e computação, não se aproxima também da heterodoxia.

Não se esperaria forçar a fabricação de iPhones na fronteira da soja. Por isso se têm usado expressões como 'diversificação inteligente' Foto: Taba Benedicto/Estadão

Mapeadas as relações entre todos os produtos da economia mundial, na tese da complexidade seria possível para um país direcionar seus esforços para aprimorar sua estrutura produtiva. Gestores poderiam ver onde essa estrutura está hoje, quão distante está dos produtos que mais geram crescimento e qual o caminho para chegar lá – baseado no que o País já sabe fazer hoje, e não em chutes. O Atlas da Complexidade, de Harvard, e o Observatório (ex-MIT), trazem estes mapas online.

Para os críticos da velha política industrial, o Estado não teria capacidade de adivinhar quais setores são os mais promissores da economia. E, ao poder escolher vencedores e perdedores, ficariam abertas portas para corrupção ou favorecimentos a amigos.

Uma “estratégia de complexidade” ajudaria então a dotar de critérios a política industrial, como salvaguarda a excessiva discricionariedade dos governos. Só poderiam ser beneficiados setores que, pelos dados, de fato são mais “complexos” do que o normal, e que estão inseridos em um caminho entre a estrutura produtiva atual e a estrutura produtiva “ideal” que se ambiciona.

Esse upgrade seria gradual, a partir de áreas relacionadas às que o País já tem vantagens comparativas, e não em grandes saltos. Não se esperaria forçar a fabricação de iPhones na fronteira da soja. Por isso se têm usado expressões como “diversificação inteligente”.

Alguma literatura relaciona os setores mais complexos – mais intensivos em conhecimento – também a menor desigualdade e menos destruição ambiental. A abordagem é então condizente com objetivos do novo governo e pode aplacar traumas das rodadas anteriores de expansão da política industrial.

Queríamos Steve Jobs, terminamos com Joesley. O sonho de empresas inovadoras, liderando o desenvolvimento nacional e famosas globalmente, era a aspiração da política industrial.

Esta se refere ao conjunto de incentivos dados pelo Estado a setores específicos do empresariado, diante da avaliação de que o resultado será positivo para a coletividade. Depois de Dilma, a política industrial foi desidratada, mas agora o governo eleito prometeu reeditá-la. Como fazer?

A academia oferece um possível saída. Difundida nos últimos anos, a área conhecida como “economia da complexidade” defende que a estrutura produtiva de um país de fato determinaria, de forma causal, o seu crescimento. Afasta-se nesse sentido da ortodoxia, mas, por uma ênfase mais forte em dados e computação, não se aproxima também da heterodoxia.

Não se esperaria forçar a fabricação de iPhones na fronteira da soja. Por isso se têm usado expressões como 'diversificação inteligente' Foto: Taba Benedicto/Estadão

Mapeadas as relações entre todos os produtos da economia mundial, na tese da complexidade seria possível para um país direcionar seus esforços para aprimorar sua estrutura produtiva. Gestores poderiam ver onde essa estrutura está hoje, quão distante está dos produtos que mais geram crescimento e qual o caminho para chegar lá – baseado no que o País já sabe fazer hoje, e não em chutes. O Atlas da Complexidade, de Harvard, e o Observatório (ex-MIT), trazem estes mapas online.

Para os críticos da velha política industrial, o Estado não teria capacidade de adivinhar quais setores são os mais promissores da economia. E, ao poder escolher vencedores e perdedores, ficariam abertas portas para corrupção ou favorecimentos a amigos.

Uma “estratégia de complexidade” ajudaria então a dotar de critérios a política industrial, como salvaguarda a excessiva discricionariedade dos governos. Só poderiam ser beneficiados setores que, pelos dados, de fato são mais “complexos” do que o normal, e que estão inseridos em um caminho entre a estrutura produtiva atual e a estrutura produtiva “ideal” que se ambiciona.

Esse upgrade seria gradual, a partir de áreas relacionadas às que o País já tem vantagens comparativas, e não em grandes saltos. Não se esperaria forçar a fabricação de iPhones na fronteira da soja. Por isso se têm usado expressões como “diversificação inteligente”.

Alguma literatura relaciona os setores mais complexos – mais intensivos em conhecimento – também a menor desigualdade e menos destruição ambiental. A abordagem é então condizente com objetivos do novo governo e pode aplacar traumas das rodadas anteriores de expansão da política industrial.

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