BRASÍLIA - Aos 63 anos, o carioca Pedro Parente já conhece bem os meandros da Presidência da República, com quem terá relacionamento estreito ao assumir o comando da estatal Petrobrás.
Entre 1999 e 2002, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, ele foi secretário executivo do Ministério da Fazenda e ocupou três ministérios (Casa Civil, Planejamento e Minas e Energia). Na época, ficou conhecido como “ministro do apagão”, por ter coordenado a equipe que gerenciou a crise de energia que se instalou no País.
Como ministro do Planejamento, Parente coordenou ainda, em 2002, a equipe de transição entre o governo FHC e o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ao todo, somando sua passagem por outros ministérios e empresas públicas, Parente tem 32 anos de experiência no setor público. E os últimos 14, na iniciativa privada. Ao deixar o governo, em 2002, ele assumiu a presidência do grupo de mídia RBS e, em 2010, o comando da multinacional americana Bunge no País.
Quando deixou o cargo, em 2014, ele disse à imprensa que tomou a decisão porque queria “mudar o foco para ter mais qualidade de vida”. Na época, pretendia se dedicar aos conselhos de administração de empresa e à Prada Assessoria, especializada na gestão de fortuna de mais de 20 famílias. A consultoria é sua e de sua mulher, Lucia Hauptman. Como conselheiro, Parente já atuou em empresas como Itaú, Banco do Brasil, TAM, Suzano e da própria Petrobrás. Hoje, é conselheiro na BM&F Bovespa.
Formado em Engenharia Eletrônica, Parente iniciou a carreira no setor público no Banco do Brasil, em 1971. Dois anos depois, foi transferido para o Banco Central. Ele também já atuou como consultor do Fundo Monetário Internacional.