Perspectivas de longo prazo são atrativos para europeias


Espanha e Portugal já atingiram níveis elevados de consumo, o que reduz capacidade de crescimento das empresas

Por Karla Mendes e Fernando Nakagawa

Não é apenas a crise que respalda tamanho interesse dos europeus pelo Brasil. Espanha e Portugal são países com perspectivas econômicas de longo prazo menos auspiciosas que as do Brasil. A população é a primeira diferença: o número de espanhóis é um pouco maior que o de habitantes do Estado de São Paulo e Portugal tem um número semelhante ao da capital paulista.Além disso, esses países experimentaram um período de crescimento econômico e enriquecimento das famílias nas últimas décadas. Assim, essas sociedades atingiram níveis elevados de consumo e desenvolvimento, o que reduz a capacidade das empresas de expandir seus negócios. "Enquanto isso, grande parte da população brasileira só experimenta agora o acesso ao consumo básico. Estávamos em situação de subconsumo", diz André Sacconato, professor da FGV e analista da Tendências Consultoria. No mercado de telefonia, esse cenário é ainda mais evidente. O Brasil hoje tem mais de 180 milhões de linhas de celular ativas, cerca de uma por habitante. Elia San Miguel, analista da consultoria Gartner, observa, porém, que há um potencial enorme de crescimento, já que boa parte desses números se refere a pessoas que têm mais de uma linha. A especialista destaca também que a receita por usuário no Brasil ainda é muito reduzida - menos de US$ 15 mensais - e que há muito espaço para melhorar essa base. "Só o estado de São Paulo, principal mercado da Vivo, equivale ao mercado da Austrália", revela.

Não é apenas a crise que respalda tamanho interesse dos europeus pelo Brasil. Espanha e Portugal são países com perspectivas econômicas de longo prazo menos auspiciosas que as do Brasil. A população é a primeira diferença: o número de espanhóis é um pouco maior que o de habitantes do Estado de São Paulo e Portugal tem um número semelhante ao da capital paulista.Além disso, esses países experimentaram um período de crescimento econômico e enriquecimento das famílias nas últimas décadas. Assim, essas sociedades atingiram níveis elevados de consumo e desenvolvimento, o que reduz a capacidade das empresas de expandir seus negócios. "Enquanto isso, grande parte da população brasileira só experimenta agora o acesso ao consumo básico. Estávamos em situação de subconsumo", diz André Sacconato, professor da FGV e analista da Tendências Consultoria. No mercado de telefonia, esse cenário é ainda mais evidente. O Brasil hoje tem mais de 180 milhões de linhas de celular ativas, cerca de uma por habitante. Elia San Miguel, analista da consultoria Gartner, observa, porém, que há um potencial enorme de crescimento, já que boa parte desses números se refere a pessoas que têm mais de uma linha. A especialista destaca também que a receita por usuário no Brasil ainda é muito reduzida - menos de US$ 15 mensais - e que há muito espaço para melhorar essa base. "Só o estado de São Paulo, principal mercado da Vivo, equivale ao mercado da Austrália", revela.

Não é apenas a crise que respalda tamanho interesse dos europeus pelo Brasil. Espanha e Portugal são países com perspectivas econômicas de longo prazo menos auspiciosas que as do Brasil. A população é a primeira diferença: o número de espanhóis é um pouco maior que o de habitantes do Estado de São Paulo e Portugal tem um número semelhante ao da capital paulista.Além disso, esses países experimentaram um período de crescimento econômico e enriquecimento das famílias nas últimas décadas. Assim, essas sociedades atingiram níveis elevados de consumo e desenvolvimento, o que reduz a capacidade das empresas de expandir seus negócios. "Enquanto isso, grande parte da população brasileira só experimenta agora o acesso ao consumo básico. Estávamos em situação de subconsumo", diz André Sacconato, professor da FGV e analista da Tendências Consultoria. No mercado de telefonia, esse cenário é ainda mais evidente. O Brasil hoje tem mais de 180 milhões de linhas de celular ativas, cerca de uma por habitante. Elia San Miguel, analista da consultoria Gartner, observa, porém, que há um potencial enorme de crescimento, já que boa parte desses números se refere a pessoas que têm mais de uma linha. A especialista destaca também que a receita por usuário no Brasil ainda é muito reduzida - menos de US$ 15 mensais - e que há muito espaço para melhorar essa base. "Só o estado de São Paulo, principal mercado da Vivo, equivale ao mercado da Austrália", revela.

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