Peso despenca e BC argentino eleva juros para 118% após vitória de Milei em primárias


Para analista, mercado argentino deve viver um período de muita especulação e alta volatilidade até as eleições, em outubro

Por Associated Press
Atualização:

BUENOS AIRES - Os títulos argentinos despencaram até 12% nesta segunda-feira, 14, na abertura dos mercados em Nova York, enquanto o peso se desvalorizou após a surpreendente vitória do libertário Javier Milei nas primárias em que os candidatos à presidência nas eleições de outubro no país foram escolhidos. As prévias foram realizadas neste domingo.

O Banco Central da Argentina aumentou a taxa de câmbio oficial para 356 pesos por dólar - ante 298 pesos na sexta-feira - e elevou a taxa de juros de referência em 21 pontos, para 118% ao ano, para evitar que os argentinos se refugiem no dólar para não perder poder de compra.

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Enquanto isso, o dólar negociado no mercado paralelo, ao qual os poupadores recorrem por conta das limitações do governo para adquirir moeda estrangeira, disparou para 690 pesos ante 605 na sexta-feira, segundo alguns operadores ouvidos pela AP.

Milei abalou a cena política argentina neste domingo, ao se tornar o candidato presidencial mais votado nas primárias, após reunir os votos dos argentinos insatisfeitos com a liderança política tradicional, que nos últimos anos tem sido incapaz de combater a inflação, a insegurança e a corrupção.

Milei defende a dolarização da economia argentina e o fechamento do Banco Central Foto: Natacha Pisarenko/AP
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Nas surpreendentes primárias, que revelaram uma inclinação do eleitorado para a direita, a ex-ministra da Segurança, Patricia Bullrich, da coalizão de oposição Juntos pela Mudança, ficou em segundo lugar, enquanto o representante do peronismo, Sergio Massa, ministro da Economia, terminou em terceiro.

Jorge Arias, da consultoria Polilat, previu um cenário econômico volátil e altamente problemático até as eleições de 22 de outubro após a vitória de Milei, que se propõe a dolarizar a economia para combater a inflação crônica em um momento em que o Banco Central sofre um declínio em suas reservas cambiais.

“Os mercados vão ser altamente especulativos, ainda mais do que antes, com um Banco Central e uma economia bastante abaladas”, disse Arias. Segundo ele, Massa - um moderado do peronismo que tem laços bem estabelecidos com os líderes americanos e é aceito pelos mercados financeiros - “terá de fazer valer todas as qualidades de um mágico, tanto como candidato quanto como ministro da Economia, para gerar ações que possam contornar a situação”.

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Milei também propõe o fechamento do Banco Central para evitar que continue emitindo pesos e acelerando a inflação - a última medição em junho deu 115% ano a ano -, que teria jogado 40% da população na pobreza.

Mariano Machado, principal analista da empresa de inteligência de risco Verisk Maplecroft para as Américas, disse que Milei ainda não forneceu detalhes sobre como implementará suas medidas, observando que seu plano pode “atrelar a inflação às taxas dos EUA”.

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“A dolarização dos custos pode acabar com a competitividade dos poucos setores que continuam movimentando a economia local, como o agropecuário, fundamental para a obtenção de divisas, e os que apresentam oportunidades futuras, como mineração, petróleo e gás”, disse Machado.

Ele também indicou que no atual cenário de pobreza “um aumento significativo do desemprego e/ou da informalidade aumentaria o fogo sob a panela de pressão existente” atingindo níveis semelhantes aos do início dos anos 1990.

Milei é a favor do porte livre de armas e da venda de órgãos e contra o aborto. Ele afirma que a mudança climática é uma mentira e é admirador dos ex-presidentes do Brasil e dos Estados Unidos, Jair Bolsonaro e Donald Trump, respectivamente.

BUENOS AIRES - Os títulos argentinos despencaram até 12% nesta segunda-feira, 14, na abertura dos mercados em Nova York, enquanto o peso se desvalorizou após a surpreendente vitória do libertário Javier Milei nas primárias em que os candidatos à presidência nas eleições de outubro no país foram escolhidos. As prévias foram realizadas neste domingo.

O Banco Central da Argentina aumentou a taxa de câmbio oficial para 356 pesos por dólar - ante 298 pesos na sexta-feira - e elevou a taxa de juros de referência em 21 pontos, para 118% ao ano, para evitar que os argentinos se refugiem no dólar para não perder poder de compra.

Enquanto isso, o dólar negociado no mercado paralelo, ao qual os poupadores recorrem por conta das limitações do governo para adquirir moeda estrangeira, disparou para 690 pesos ante 605 na sexta-feira, segundo alguns operadores ouvidos pela AP.

Milei abalou a cena política argentina neste domingo, ao se tornar o candidato presidencial mais votado nas primárias, após reunir os votos dos argentinos insatisfeitos com a liderança política tradicional, que nos últimos anos tem sido incapaz de combater a inflação, a insegurança e a corrupção.

Milei defende a dolarização da economia argentina e o fechamento do Banco Central Foto: Natacha Pisarenko/AP

Nas surpreendentes primárias, que revelaram uma inclinação do eleitorado para a direita, a ex-ministra da Segurança, Patricia Bullrich, da coalizão de oposição Juntos pela Mudança, ficou em segundo lugar, enquanto o representante do peronismo, Sergio Massa, ministro da Economia, terminou em terceiro.

Jorge Arias, da consultoria Polilat, previu um cenário econômico volátil e altamente problemático até as eleições de 22 de outubro após a vitória de Milei, que se propõe a dolarizar a economia para combater a inflação crônica em um momento em que o Banco Central sofre um declínio em suas reservas cambiais.

“Os mercados vão ser altamente especulativos, ainda mais do que antes, com um Banco Central e uma economia bastante abaladas”, disse Arias. Segundo ele, Massa - um moderado do peronismo que tem laços bem estabelecidos com os líderes americanos e é aceito pelos mercados financeiros - “terá de fazer valer todas as qualidades de um mágico, tanto como candidato quanto como ministro da Economia, para gerar ações que possam contornar a situação”.

Milei também propõe o fechamento do Banco Central para evitar que continue emitindo pesos e acelerando a inflação - a última medição em junho deu 115% ano a ano -, que teria jogado 40% da população na pobreza.

Mariano Machado, principal analista da empresa de inteligência de risco Verisk Maplecroft para as Américas, disse que Milei ainda não forneceu detalhes sobre como implementará suas medidas, observando que seu plano pode “atrelar a inflação às taxas dos EUA”.

“A dolarização dos custos pode acabar com a competitividade dos poucos setores que continuam movimentando a economia local, como o agropecuário, fundamental para a obtenção de divisas, e os que apresentam oportunidades futuras, como mineração, petróleo e gás”, disse Machado.

Ele também indicou que no atual cenário de pobreza “um aumento significativo do desemprego e/ou da informalidade aumentaria o fogo sob a panela de pressão existente” atingindo níveis semelhantes aos do início dos anos 1990.

Milei é a favor do porte livre de armas e da venda de órgãos e contra o aborto. Ele afirma que a mudança climática é uma mentira e é admirador dos ex-presidentes do Brasil e dos Estados Unidos, Jair Bolsonaro e Donald Trump, respectivamente.

BUENOS AIRES - Os títulos argentinos despencaram até 12% nesta segunda-feira, 14, na abertura dos mercados em Nova York, enquanto o peso se desvalorizou após a surpreendente vitória do libertário Javier Milei nas primárias em que os candidatos à presidência nas eleições de outubro no país foram escolhidos. As prévias foram realizadas neste domingo.

O Banco Central da Argentina aumentou a taxa de câmbio oficial para 356 pesos por dólar - ante 298 pesos na sexta-feira - e elevou a taxa de juros de referência em 21 pontos, para 118% ao ano, para evitar que os argentinos se refugiem no dólar para não perder poder de compra.

Enquanto isso, o dólar negociado no mercado paralelo, ao qual os poupadores recorrem por conta das limitações do governo para adquirir moeda estrangeira, disparou para 690 pesos ante 605 na sexta-feira, segundo alguns operadores ouvidos pela AP.

Milei abalou a cena política argentina neste domingo, ao se tornar o candidato presidencial mais votado nas primárias, após reunir os votos dos argentinos insatisfeitos com a liderança política tradicional, que nos últimos anos tem sido incapaz de combater a inflação, a insegurança e a corrupção.

Milei defende a dolarização da economia argentina e o fechamento do Banco Central Foto: Natacha Pisarenko/AP

Nas surpreendentes primárias, que revelaram uma inclinação do eleitorado para a direita, a ex-ministra da Segurança, Patricia Bullrich, da coalizão de oposição Juntos pela Mudança, ficou em segundo lugar, enquanto o representante do peronismo, Sergio Massa, ministro da Economia, terminou em terceiro.

Jorge Arias, da consultoria Polilat, previu um cenário econômico volátil e altamente problemático até as eleições de 22 de outubro após a vitória de Milei, que se propõe a dolarizar a economia para combater a inflação crônica em um momento em que o Banco Central sofre um declínio em suas reservas cambiais.

“Os mercados vão ser altamente especulativos, ainda mais do que antes, com um Banco Central e uma economia bastante abaladas”, disse Arias. Segundo ele, Massa - um moderado do peronismo que tem laços bem estabelecidos com os líderes americanos e é aceito pelos mercados financeiros - “terá de fazer valer todas as qualidades de um mágico, tanto como candidato quanto como ministro da Economia, para gerar ações que possam contornar a situação”.

Milei também propõe o fechamento do Banco Central para evitar que continue emitindo pesos e acelerando a inflação - a última medição em junho deu 115% ano a ano -, que teria jogado 40% da população na pobreza.

Mariano Machado, principal analista da empresa de inteligência de risco Verisk Maplecroft para as Américas, disse que Milei ainda não forneceu detalhes sobre como implementará suas medidas, observando que seu plano pode “atrelar a inflação às taxas dos EUA”.

“A dolarização dos custos pode acabar com a competitividade dos poucos setores que continuam movimentando a economia local, como o agropecuário, fundamental para a obtenção de divisas, e os que apresentam oportunidades futuras, como mineração, petróleo e gás”, disse Machado.

Ele também indicou que no atual cenário de pobreza “um aumento significativo do desemprego e/ou da informalidade aumentaria o fogo sob a panela de pressão existente” atingindo níveis semelhantes aos do início dos anos 1990.

Milei é a favor do porte livre de armas e da venda de órgãos e contra o aborto. Ele afirma que a mudança climática é uma mentira e é admirador dos ex-presidentes do Brasil e dos Estados Unidos, Jair Bolsonaro e Donald Trump, respectivamente.

BUENOS AIRES - Os títulos argentinos despencaram até 12% nesta segunda-feira, 14, na abertura dos mercados em Nova York, enquanto o peso se desvalorizou após a surpreendente vitória do libertário Javier Milei nas primárias em que os candidatos à presidência nas eleições de outubro no país foram escolhidos. As prévias foram realizadas neste domingo.

O Banco Central da Argentina aumentou a taxa de câmbio oficial para 356 pesos por dólar - ante 298 pesos na sexta-feira - e elevou a taxa de juros de referência em 21 pontos, para 118% ao ano, para evitar que os argentinos se refugiem no dólar para não perder poder de compra.

Enquanto isso, o dólar negociado no mercado paralelo, ao qual os poupadores recorrem por conta das limitações do governo para adquirir moeda estrangeira, disparou para 690 pesos ante 605 na sexta-feira, segundo alguns operadores ouvidos pela AP.

Milei abalou a cena política argentina neste domingo, ao se tornar o candidato presidencial mais votado nas primárias, após reunir os votos dos argentinos insatisfeitos com a liderança política tradicional, que nos últimos anos tem sido incapaz de combater a inflação, a insegurança e a corrupção.

Milei defende a dolarização da economia argentina e o fechamento do Banco Central Foto: Natacha Pisarenko/AP

Nas surpreendentes primárias, que revelaram uma inclinação do eleitorado para a direita, a ex-ministra da Segurança, Patricia Bullrich, da coalizão de oposição Juntos pela Mudança, ficou em segundo lugar, enquanto o representante do peronismo, Sergio Massa, ministro da Economia, terminou em terceiro.

Jorge Arias, da consultoria Polilat, previu um cenário econômico volátil e altamente problemático até as eleições de 22 de outubro após a vitória de Milei, que se propõe a dolarizar a economia para combater a inflação crônica em um momento em que o Banco Central sofre um declínio em suas reservas cambiais.

“Os mercados vão ser altamente especulativos, ainda mais do que antes, com um Banco Central e uma economia bastante abaladas”, disse Arias. Segundo ele, Massa - um moderado do peronismo que tem laços bem estabelecidos com os líderes americanos e é aceito pelos mercados financeiros - “terá de fazer valer todas as qualidades de um mágico, tanto como candidato quanto como ministro da Economia, para gerar ações que possam contornar a situação”.

Milei também propõe o fechamento do Banco Central para evitar que continue emitindo pesos e acelerando a inflação - a última medição em junho deu 115% ano a ano -, que teria jogado 40% da população na pobreza.

Mariano Machado, principal analista da empresa de inteligência de risco Verisk Maplecroft para as Américas, disse que Milei ainda não forneceu detalhes sobre como implementará suas medidas, observando que seu plano pode “atrelar a inflação às taxas dos EUA”.

“A dolarização dos custos pode acabar com a competitividade dos poucos setores que continuam movimentando a economia local, como o agropecuário, fundamental para a obtenção de divisas, e os que apresentam oportunidades futuras, como mineração, petróleo e gás”, disse Machado.

Ele também indicou que no atual cenário de pobreza “um aumento significativo do desemprego e/ou da informalidade aumentaria o fogo sob a panela de pressão existente” atingindo níveis semelhantes aos do início dos anos 1990.

Milei é a favor do porte livre de armas e da venda de órgãos e contra o aborto. Ele afirma que a mudança climática é uma mentira e é admirador dos ex-presidentes do Brasil e dos Estados Unidos, Jair Bolsonaro e Donald Trump, respectivamente.

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