Indicados pelo governo federal são aprovados para Conselho de Administração da Petrobras


União fez valer controle acionário e elegeu rejeitados pelos órgãos de governança da companhia

Por Gabriel Vasconcelos e Denise Luna
Atualização:

RIO - A União fez valer o controle acionário na Petrobras e elegeu nesta sexta-feira, 19, seis indicados ao Conselho de Administração da companhia durante assembleia de acionistas, inclusive os rejeitados pelos órgãos de governança da companhia, o que deve gerar ações na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e na Justiça.

A assembleia também elegeu o agora conselheiro Gileno Barreto para presidir o colegiado. Ele foi indicado pela União, contando com seus votos e, também, os votos do acionista minoritário Banco Clássico, que pertence ao conselheiro reconduzido Juca Abdalla.

Entre os eleitos para o novo Conselho de Administração da Petrobras estão o secretário executivo da Casa Civil, Jônathas de Castro, e o procurador-geral da Fazenda Nacional, Ricardo Soriano. Eles haviam sido reprovados pelo Comitê de Elegibilidade (Celeg) e pelo então conselho da Petrobras por conflito de interesses, vedado na lei das estatais. Mas o governo ignorou o fato e depositou votos suficientes para eleger os dois indicados. O representante da União definiu as posições da companhia como “meramente opinativas”.

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Secretário executivo da Casa Civil, Jônathas de Castro, e o procurador-geral da Fazenda Nacional, Ricardo Soriano, haviam sido reprovados pelo Celeg por conflitos de interesse Foto: Paulo Whitaker/Reuters - 1/7/2017

Castro e Soriano foram eleitos com votos de 5,412 bilhões de ações. Eram necessários votos relativos a 5.390.507.541 ações para se eleger um conselheiro desta vez.

Completam os assentos da União o presidente Caio Paes de Andrade, os advogados Gileno Barreto e Edison Garcia, e a procuradora da Fazenda Nacional, Iêda Cagni. Cagni obteve votos de 4,820 bilhões de ações, abaixo do mínimo necessário. Mas como os dois candidatos abaixo dela também eram indicações da União, a mesa dispensou uma segunda rodada.

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Com isso, dois membros do antigo conselho, Ruy Schneider e Marcio Weber, que acumulava a presidência do Conselho de Administração, não foram reconduzidos e encerram suas atividades na companhia.

Durante o rito, Barreto, o presidente Paes de Andrade e Soriano se declararam não independentes, enquanto Jônathas de Castro, Edison Garcia e Iêda Cagni se declararam independentes. Em tese, essa dependência é uma indicação sobre o grau de alinhamento ao acionista que depositou os votos - no caso a União.

Minoritários

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Os minoritários reconduziram ao conselho o advogado Marcelo Gasparino e o empresário Juca Abdalla, preservando a segunda cadeira conquistada pelo mercado na AGE de abril. Ambos conquistaram as maiores votações, referentes a mais de 7 bilhões de ações.

Completam o Conselho de Administração da Petrobras os advogados Marcelo Mesquita e Francisco Petros, eleitos em abril pelos acionistas minoritários em votação em separado da União, e a representante dos funcionários, a geofísica Rosângela Buzanelli. Como não foram eleitos por voto múltiplo, eles preservam o mandato conquistado na AGE anterior.

Com a modificação de todos os representantes da União e manutenção dos conselheiros minoritários, a taxa de rotatividade dos conselheiros em eleições voltou ao padrão histórico de 54%, maior que os 36% verificados na AGE de abril.

RIO - A União fez valer o controle acionário na Petrobras e elegeu nesta sexta-feira, 19, seis indicados ao Conselho de Administração da companhia durante assembleia de acionistas, inclusive os rejeitados pelos órgãos de governança da companhia, o que deve gerar ações na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e na Justiça.

A assembleia também elegeu o agora conselheiro Gileno Barreto para presidir o colegiado. Ele foi indicado pela União, contando com seus votos e, também, os votos do acionista minoritário Banco Clássico, que pertence ao conselheiro reconduzido Juca Abdalla.

Entre os eleitos para o novo Conselho de Administração da Petrobras estão o secretário executivo da Casa Civil, Jônathas de Castro, e o procurador-geral da Fazenda Nacional, Ricardo Soriano. Eles haviam sido reprovados pelo Comitê de Elegibilidade (Celeg) e pelo então conselho da Petrobras por conflito de interesses, vedado na lei das estatais. Mas o governo ignorou o fato e depositou votos suficientes para eleger os dois indicados. O representante da União definiu as posições da companhia como “meramente opinativas”.

Secretário executivo da Casa Civil, Jônathas de Castro, e o procurador-geral da Fazenda Nacional, Ricardo Soriano, haviam sido reprovados pelo Celeg por conflitos de interesse Foto: Paulo Whitaker/Reuters - 1/7/2017

Castro e Soriano foram eleitos com votos de 5,412 bilhões de ações. Eram necessários votos relativos a 5.390.507.541 ações para se eleger um conselheiro desta vez.

Completam os assentos da União o presidente Caio Paes de Andrade, os advogados Gileno Barreto e Edison Garcia, e a procuradora da Fazenda Nacional, Iêda Cagni. Cagni obteve votos de 4,820 bilhões de ações, abaixo do mínimo necessário. Mas como os dois candidatos abaixo dela também eram indicações da União, a mesa dispensou uma segunda rodada.

Com isso, dois membros do antigo conselho, Ruy Schneider e Marcio Weber, que acumulava a presidência do Conselho de Administração, não foram reconduzidos e encerram suas atividades na companhia.

Durante o rito, Barreto, o presidente Paes de Andrade e Soriano se declararam não independentes, enquanto Jônathas de Castro, Edison Garcia e Iêda Cagni se declararam independentes. Em tese, essa dependência é uma indicação sobre o grau de alinhamento ao acionista que depositou os votos - no caso a União.

Minoritários

Os minoritários reconduziram ao conselho o advogado Marcelo Gasparino e o empresário Juca Abdalla, preservando a segunda cadeira conquistada pelo mercado na AGE de abril. Ambos conquistaram as maiores votações, referentes a mais de 7 bilhões de ações.

Completam o Conselho de Administração da Petrobras os advogados Marcelo Mesquita e Francisco Petros, eleitos em abril pelos acionistas minoritários em votação em separado da União, e a representante dos funcionários, a geofísica Rosângela Buzanelli. Como não foram eleitos por voto múltiplo, eles preservam o mandato conquistado na AGE anterior.

Com a modificação de todos os representantes da União e manutenção dos conselheiros minoritários, a taxa de rotatividade dos conselheiros em eleições voltou ao padrão histórico de 54%, maior que os 36% verificados na AGE de abril.

RIO - A União fez valer o controle acionário na Petrobras e elegeu nesta sexta-feira, 19, seis indicados ao Conselho de Administração da companhia durante assembleia de acionistas, inclusive os rejeitados pelos órgãos de governança da companhia, o que deve gerar ações na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e na Justiça.

A assembleia também elegeu o agora conselheiro Gileno Barreto para presidir o colegiado. Ele foi indicado pela União, contando com seus votos e, também, os votos do acionista minoritário Banco Clássico, que pertence ao conselheiro reconduzido Juca Abdalla.

Entre os eleitos para o novo Conselho de Administração da Petrobras estão o secretário executivo da Casa Civil, Jônathas de Castro, e o procurador-geral da Fazenda Nacional, Ricardo Soriano. Eles haviam sido reprovados pelo Comitê de Elegibilidade (Celeg) e pelo então conselho da Petrobras por conflito de interesses, vedado na lei das estatais. Mas o governo ignorou o fato e depositou votos suficientes para eleger os dois indicados. O representante da União definiu as posições da companhia como “meramente opinativas”.

Secretário executivo da Casa Civil, Jônathas de Castro, e o procurador-geral da Fazenda Nacional, Ricardo Soriano, haviam sido reprovados pelo Celeg por conflitos de interesse Foto: Paulo Whitaker/Reuters - 1/7/2017

Castro e Soriano foram eleitos com votos de 5,412 bilhões de ações. Eram necessários votos relativos a 5.390.507.541 ações para se eleger um conselheiro desta vez.

Completam os assentos da União o presidente Caio Paes de Andrade, os advogados Gileno Barreto e Edison Garcia, e a procuradora da Fazenda Nacional, Iêda Cagni. Cagni obteve votos de 4,820 bilhões de ações, abaixo do mínimo necessário. Mas como os dois candidatos abaixo dela também eram indicações da União, a mesa dispensou uma segunda rodada.

Com isso, dois membros do antigo conselho, Ruy Schneider e Marcio Weber, que acumulava a presidência do Conselho de Administração, não foram reconduzidos e encerram suas atividades na companhia.

Durante o rito, Barreto, o presidente Paes de Andrade e Soriano se declararam não independentes, enquanto Jônathas de Castro, Edison Garcia e Iêda Cagni se declararam independentes. Em tese, essa dependência é uma indicação sobre o grau de alinhamento ao acionista que depositou os votos - no caso a União.

Minoritários

Os minoritários reconduziram ao conselho o advogado Marcelo Gasparino e o empresário Juca Abdalla, preservando a segunda cadeira conquistada pelo mercado na AGE de abril. Ambos conquistaram as maiores votações, referentes a mais de 7 bilhões de ações.

Completam o Conselho de Administração da Petrobras os advogados Marcelo Mesquita e Francisco Petros, eleitos em abril pelos acionistas minoritários em votação em separado da União, e a representante dos funcionários, a geofísica Rosângela Buzanelli. Como não foram eleitos por voto múltiplo, eles preservam o mandato conquistado na AGE anterior.

Com a modificação de todos os representantes da União e manutenção dos conselheiros minoritários, a taxa de rotatividade dos conselheiros em eleições voltou ao padrão histórico de 54%, maior que os 36% verificados na AGE de abril.

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