Petrobras: Novo presidente, alinhado ao governo, avança na troca de diretoria


Paes de Andrade indicou Paulo Palaia, ex-diretor da Gol, para diretoria de transformação digital e inovação

Por Gabriel Vasconcelos
Atualização:

RIO - Pouco mais de dois meses após assumir a presidência da Petrobras, Caio Paes de Andrade dá os primeiros passos para trocar diretores da estatal.

A primeira mudança, definida ainda na semana passada e comunicada nesta segunda-feira, 5, ao mercado, acontece na diretoria de transformação digital e inovação: sai Juliano de Carvalho Dantas e entra Paulo Palaia, ex-diretor da Gol. O executivo é próximo de Paes de Andrade e tem currículo robusto na área, o que blindaria a indicação. A tendência é de que esta seja a primeira de uma série de trocas na diretoria.

Para ser efetivado, o nome de Palaia deve ser ratificado pelo Comitê de Pessoas (Cope) e pelo Conselho de Administração (CA), o que não deve representar grande resistência. Ambas as instâncias estão mais alinhadas ao Planalto desde as trocas dos representantes da União no Conselho de Administração, em 19 de agosto.

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Paes de Andrade indicou Paulo Palaia, ex-diretor da Gol, para diretoria de transformação digital e inovação Foto: Sérgio Moraes/Reuters

Conforme noticiado pelo Estadão/Broadcast na semana passada, o Cope está prestes a ser ocupado somente por conselheiros indicados pela União, sem representantes minoritários, o que facilitaria um avanço mais rápido de indicações.

O nome de Palaia circulava havia meses em Brasília para um alto cargo na Petrobras, mas, assim como outras trocas pretendidas, não prosperava devido à resistência a qualquer ingerência do governo pelas estruturas internas de governança da estatal e do antigo Conselho de Administração.

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Mais do que reduções nos preços dos combustíveis, os bastidores dão conta de que governo conta com trocas em pelo menos três de oito diretorias.

Ainda em junho, Bolsonaro disse, em entrevista à rádio Itatiaia, de Belo Horizonte, que “obviamente”, Paes de Andrade trocaria seus diretores. “Eu não posso ser eleito presidente, tomar posse e não trocar os ministros”, disse em analogia. Em seguida, o presidente disse que novos diretores dariam uma outra dinâmica à empresa no tocante a política de preços de paridade de importação (PPI). Hoje, com quatro reduções na gasolina e duas no diesel em apenas um mês e meio, circula a tese de que mudar a estratégia de preços da companhia para induzir a queda nos preços talvez não seja mais necessária. Por ora, a missão de Paes de Andrade é facilitada pelo recuo nas cotações internacionais do barril de petróleo e mesmo dos combustíveis.

Antes da conjuntura favorável, fontes da estatal falavam em trocas nas diretorias de tecnologia, em curso, mas também na diretoria de Relações Institucionais, hoje comandado por Rafael Chaves, economista do Banco Central, e na diretoria financeira e de relacionamento com investidores, hoje comandada pelo contador Rodrigo Araújo. Este último goza da confiança do corpo de acionistas em função dos bons desempenhos financeiros recentes da companhia, com aumento do lucro líquido, enxugamento da dívida e distribuição de dividendos recordes.

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Entre as diretorias da Petrobras que estariam na mira do Planalto, só a de cunho financeiro tem ingerência na formação de preços. As demais - tecnologia e relações institucionais - não participam dessa decisão, o que deixa um ponto de interrogação para interlocutores na empresa. Uma das teses discutidas são o peso dessas áreas, que comandam, respectivamente, as verbas de inovação e comunicação da estatal. Há na companhia o receio de que as trocas abram espaço para indicações políticas e reeditem o passado de desvios.

Decisões sobre reajustes nos combustíveis são tomadas em conjunto pelo presidente da Petrobras e os diretores das áreas financeira e de logística. Esta última cadeira, de Comercialização e Logística, é ocupada pelo engenheiro químico Cláudio Mastella.

Na Petrobras, diretores são indicados pelo presidente, mas devem ser confirmados pelo conselho, o que não deve ser mais um problema. Os mandatos de diretor têm duração de dois anos, com até três reconduções.

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Paulo Palaia

O indicado para assumir a diretoria de Transformação Digital e Inovação da Petrobras, Paulo Palaia, tem larga experiência na área, informa a Petrobras.

Segundo a estatal, Palaia tem mais de 37 anos de carreira na área de Tecnologia da Informação e experiência em diversos segmentos do mercado. Ele foi por mais de nove anos diretor de Tecnologia da Gol Linhas Aéreas e diretor Geral da GolLabs, laboratório de inovação voltado ao setor aéreo. Palaia também ocupou os cargos de diretor de tecnologia da Webjet Linhas Aéreas, Dasa, CVC, e de presidente do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira de e-Business, entre 2015 e 2016.

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O executivo, diz a Petrobras, possui formação de Bacharel em Processamento de Dados pela Universidade Braz Cubas e possui aperfeiçoamento em Gestão Estratégica de Tecnologia da Informação pela UC Berkeley, na Califórnia (EUA).

RIO - Pouco mais de dois meses após assumir a presidência da Petrobras, Caio Paes de Andrade dá os primeiros passos para trocar diretores da estatal.

A primeira mudança, definida ainda na semana passada e comunicada nesta segunda-feira, 5, ao mercado, acontece na diretoria de transformação digital e inovação: sai Juliano de Carvalho Dantas e entra Paulo Palaia, ex-diretor da Gol. O executivo é próximo de Paes de Andrade e tem currículo robusto na área, o que blindaria a indicação. A tendência é de que esta seja a primeira de uma série de trocas na diretoria.

Para ser efetivado, o nome de Palaia deve ser ratificado pelo Comitê de Pessoas (Cope) e pelo Conselho de Administração (CA), o que não deve representar grande resistência. Ambas as instâncias estão mais alinhadas ao Planalto desde as trocas dos representantes da União no Conselho de Administração, em 19 de agosto.

Paes de Andrade indicou Paulo Palaia, ex-diretor da Gol, para diretoria de transformação digital e inovação Foto: Sérgio Moraes/Reuters

Conforme noticiado pelo Estadão/Broadcast na semana passada, o Cope está prestes a ser ocupado somente por conselheiros indicados pela União, sem representantes minoritários, o que facilitaria um avanço mais rápido de indicações.

O nome de Palaia circulava havia meses em Brasília para um alto cargo na Petrobras, mas, assim como outras trocas pretendidas, não prosperava devido à resistência a qualquer ingerência do governo pelas estruturas internas de governança da estatal e do antigo Conselho de Administração.

Mais do que reduções nos preços dos combustíveis, os bastidores dão conta de que governo conta com trocas em pelo menos três de oito diretorias.

Ainda em junho, Bolsonaro disse, em entrevista à rádio Itatiaia, de Belo Horizonte, que “obviamente”, Paes de Andrade trocaria seus diretores. “Eu não posso ser eleito presidente, tomar posse e não trocar os ministros”, disse em analogia. Em seguida, o presidente disse que novos diretores dariam uma outra dinâmica à empresa no tocante a política de preços de paridade de importação (PPI). Hoje, com quatro reduções na gasolina e duas no diesel em apenas um mês e meio, circula a tese de que mudar a estratégia de preços da companhia para induzir a queda nos preços talvez não seja mais necessária. Por ora, a missão de Paes de Andrade é facilitada pelo recuo nas cotações internacionais do barril de petróleo e mesmo dos combustíveis.

Antes da conjuntura favorável, fontes da estatal falavam em trocas nas diretorias de tecnologia, em curso, mas também na diretoria de Relações Institucionais, hoje comandado por Rafael Chaves, economista do Banco Central, e na diretoria financeira e de relacionamento com investidores, hoje comandada pelo contador Rodrigo Araújo. Este último goza da confiança do corpo de acionistas em função dos bons desempenhos financeiros recentes da companhia, com aumento do lucro líquido, enxugamento da dívida e distribuição de dividendos recordes.

Entre as diretorias da Petrobras que estariam na mira do Planalto, só a de cunho financeiro tem ingerência na formação de preços. As demais - tecnologia e relações institucionais - não participam dessa decisão, o que deixa um ponto de interrogação para interlocutores na empresa. Uma das teses discutidas são o peso dessas áreas, que comandam, respectivamente, as verbas de inovação e comunicação da estatal. Há na companhia o receio de que as trocas abram espaço para indicações políticas e reeditem o passado de desvios.

Decisões sobre reajustes nos combustíveis são tomadas em conjunto pelo presidente da Petrobras e os diretores das áreas financeira e de logística. Esta última cadeira, de Comercialização e Logística, é ocupada pelo engenheiro químico Cláudio Mastella.

Na Petrobras, diretores são indicados pelo presidente, mas devem ser confirmados pelo conselho, o que não deve ser mais um problema. Os mandatos de diretor têm duração de dois anos, com até três reconduções.

Paulo Palaia

O indicado para assumir a diretoria de Transformação Digital e Inovação da Petrobras, Paulo Palaia, tem larga experiência na área, informa a Petrobras.

Segundo a estatal, Palaia tem mais de 37 anos de carreira na área de Tecnologia da Informação e experiência em diversos segmentos do mercado. Ele foi por mais de nove anos diretor de Tecnologia da Gol Linhas Aéreas e diretor Geral da GolLabs, laboratório de inovação voltado ao setor aéreo. Palaia também ocupou os cargos de diretor de tecnologia da Webjet Linhas Aéreas, Dasa, CVC, e de presidente do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira de e-Business, entre 2015 e 2016.

O executivo, diz a Petrobras, possui formação de Bacharel em Processamento de Dados pela Universidade Braz Cubas e possui aperfeiçoamento em Gestão Estratégica de Tecnologia da Informação pela UC Berkeley, na Califórnia (EUA).

RIO - Pouco mais de dois meses após assumir a presidência da Petrobras, Caio Paes de Andrade dá os primeiros passos para trocar diretores da estatal.

A primeira mudança, definida ainda na semana passada e comunicada nesta segunda-feira, 5, ao mercado, acontece na diretoria de transformação digital e inovação: sai Juliano de Carvalho Dantas e entra Paulo Palaia, ex-diretor da Gol. O executivo é próximo de Paes de Andrade e tem currículo robusto na área, o que blindaria a indicação. A tendência é de que esta seja a primeira de uma série de trocas na diretoria.

Para ser efetivado, o nome de Palaia deve ser ratificado pelo Comitê de Pessoas (Cope) e pelo Conselho de Administração (CA), o que não deve representar grande resistência. Ambas as instâncias estão mais alinhadas ao Planalto desde as trocas dos representantes da União no Conselho de Administração, em 19 de agosto.

Paes de Andrade indicou Paulo Palaia, ex-diretor da Gol, para diretoria de transformação digital e inovação Foto: Sérgio Moraes/Reuters

Conforme noticiado pelo Estadão/Broadcast na semana passada, o Cope está prestes a ser ocupado somente por conselheiros indicados pela União, sem representantes minoritários, o que facilitaria um avanço mais rápido de indicações.

O nome de Palaia circulava havia meses em Brasília para um alto cargo na Petrobras, mas, assim como outras trocas pretendidas, não prosperava devido à resistência a qualquer ingerência do governo pelas estruturas internas de governança da estatal e do antigo Conselho de Administração.

Mais do que reduções nos preços dos combustíveis, os bastidores dão conta de que governo conta com trocas em pelo menos três de oito diretorias.

Ainda em junho, Bolsonaro disse, em entrevista à rádio Itatiaia, de Belo Horizonte, que “obviamente”, Paes de Andrade trocaria seus diretores. “Eu não posso ser eleito presidente, tomar posse e não trocar os ministros”, disse em analogia. Em seguida, o presidente disse que novos diretores dariam uma outra dinâmica à empresa no tocante a política de preços de paridade de importação (PPI). Hoje, com quatro reduções na gasolina e duas no diesel em apenas um mês e meio, circula a tese de que mudar a estratégia de preços da companhia para induzir a queda nos preços talvez não seja mais necessária. Por ora, a missão de Paes de Andrade é facilitada pelo recuo nas cotações internacionais do barril de petróleo e mesmo dos combustíveis.

Antes da conjuntura favorável, fontes da estatal falavam em trocas nas diretorias de tecnologia, em curso, mas também na diretoria de Relações Institucionais, hoje comandado por Rafael Chaves, economista do Banco Central, e na diretoria financeira e de relacionamento com investidores, hoje comandada pelo contador Rodrigo Araújo. Este último goza da confiança do corpo de acionistas em função dos bons desempenhos financeiros recentes da companhia, com aumento do lucro líquido, enxugamento da dívida e distribuição de dividendos recordes.

Entre as diretorias da Petrobras que estariam na mira do Planalto, só a de cunho financeiro tem ingerência na formação de preços. As demais - tecnologia e relações institucionais - não participam dessa decisão, o que deixa um ponto de interrogação para interlocutores na empresa. Uma das teses discutidas são o peso dessas áreas, que comandam, respectivamente, as verbas de inovação e comunicação da estatal. Há na companhia o receio de que as trocas abram espaço para indicações políticas e reeditem o passado de desvios.

Decisões sobre reajustes nos combustíveis são tomadas em conjunto pelo presidente da Petrobras e os diretores das áreas financeira e de logística. Esta última cadeira, de Comercialização e Logística, é ocupada pelo engenheiro químico Cláudio Mastella.

Na Petrobras, diretores são indicados pelo presidente, mas devem ser confirmados pelo conselho, o que não deve ser mais um problema. Os mandatos de diretor têm duração de dois anos, com até três reconduções.

Paulo Palaia

O indicado para assumir a diretoria de Transformação Digital e Inovação da Petrobras, Paulo Palaia, tem larga experiência na área, informa a Petrobras.

Segundo a estatal, Palaia tem mais de 37 anos de carreira na área de Tecnologia da Informação e experiência em diversos segmentos do mercado. Ele foi por mais de nove anos diretor de Tecnologia da Gol Linhas Aéreas e diretor Geral da GolLabs, laboratório de inovação voltado ao setor aéreo. Palaia também ocupou os cargos de diretor de tecnologia da Webjet Linhas Aéreas, Dasa, CVC, e de presidente do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira de e-Business, entre 2015 e 2016.

O executivo, diz a Petrobras, possui formação de Bacharel em Processamento de Dados pela Universidade Braz Cubas e possui aperfeiçoamento em Gestão Estratégica de Tecnologia da Informação pela UC Berkeley, na Califórnia (EUA).

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